A reunião da Frentex

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Do Lucas Krauss


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A sociedade está se organizando para exigir sua liberdade frente à ditadura das corporações.O governo não é mais inimigo de nenhuma liberdade.As corporações são o principal inimigo porque capturaram o Estado.
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Histórias dos paraísos fiscais
Enviado por luisnassif, qua, 11/05/2011 – 13:27
Por raquel_

Do Outras Palavras

Histórias das ilhas sem lei

Bancos de fachada, que movimentam fortunas em cubículos. Operações fechadas em caçadas. Repressão a dissidentes. Assim funcionam os paraísos fiscais

Por Nicholas Shaxson* | Tradução: Daniela Frabasile

Em 2009, eu encontrei uma ex-alta funcionária de banco, Beth Krall, para explorar a questão que estava me incomodando: como os banqueiros que abrigam os gângsters ricos e políticos corruptos justificam o que fazem? Nós nos conhecemos em um domingo em Washington. Ele tinha deixado o banco privado e se juntado ao setor não governamental. Vestida em um notável casaco branco e preto, ainda parecia muito uma financista internacional estilosa. Com 47 anos e quase 24 anos em negócios bancários, Krall (nome fictício) ainda estava se acertando com seu passado.
p>O último posto de Krall num paraíso fiscal fora em Bahamas, um arquipélago com 300 mil habitantes que foi importante “centro offshore” desde a época de ouro do crime organizado norte-americano. Alguns meses antes, um profissional nas ilhas Cayman avisou-me para ter cuidado com minha segurança pessoal, se eu fosse “fazer todas as perguntas” sobre Bahamas. Krall disse que não tinha certeza sobre o que aconteceria a ela se voltasse, já que estava quebrando parcialmente o código de silêncio dos banqueiros privados. “Eu não quero que me ponham sapatos de concreto”, ela me disse sem sorrir. Uma das razões para o medo era algo que a irritava desde o princípio: muitas das pessoas com quem tratava eram membros poderosos da sociedade em seus países.

Krall iniciou-se na atividade bancária logo após a universidade, e trabalhou em diversos bancos antes de se mudar para o Cititrust no Bahamas, onde ela fazia avaliações e contabilidade para os fundos de investimentos.

A partir desse ponto, Krall se recusou a nomear seu empregador. Ela se tornou gerente de relações com clientes com o setor de private banking de uma conhecida instituição em Bahamas. Eles trabalhavam com o que é eufemisticamente conhecido como “bancos dirigidos” (managed banks), ou “bancos-couraça” (shell banks), uma especialidade dos paraísos ficais. Sua atividade real é desenvolvida longe de sua sede, para que possam escapar da supervisão das autoridades.

Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 levaram os Estados Unidos a legislar contra os “bancos-couraça”. Agora, um banco no Bahamas deve manter lá dois diretores e apresentar seus livros e registros, para operar. “Isso significa que uma instituição, instalada talvez num quarto ou suíte de um prédio, onde trabalham duas pessoas, pode ser considerado um banco agora”, diz Krall. Ela me passou o site de uma companhia com base em Bahamas onde se podia perceber exatamente isso: a aparência de um banco verdadeiro – incluindo dois diretores e um local para guardar os registros. Tal configuração torna o “banco” quase comuns, mas continua a manter as autoridades à margem………………

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