Lelê Teles: Piruliru Baby, ha ha

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Por Lelê Teles

Por Lelê Teles*

“então é natal, e o que você fez?”, simone.

na noite de natal, ao ouvir esse trecho da canção navidenha, cairá a ficha do bananinha.

então, com o papo cheio de uvas passas, o traidor da pátria irá até a janela de casa e, banhado em lágrimas, ouvirá a galhardia folgada da vizinhança.

fogos coloridos, cachorros latindo, crianças correndo pra lá e pra cá, famílias inteiras reunidas, felizes e gargalhantes, papais noéis emitindo rourrourrous, o barulho dos presentes sendo desembrulhados alhures…

enfim, o espírito natalino, como diria chico xavier.

então, ao voltar os olhos pra dentro de casa, dudu vai se deparar com as grandes gengivas relinchantes de allan dos santos, a cabeça empirocada de constantino, a cínica cara cênica do dick vigarista ramagem e a deselegância cafona de figueiredo, metido num terno escuro apertado e o cinto de couro marrom combinando com os sapatos.

o poka pika perceberá, desolado, que isso é tudo o que lhe restou, a companhia de uma malta de fugitivos acovardados e derrotados.

a magnífica lei magnitsky, que segundo o zerotrês colocaria o ésseteéfe de joelhos, deu com os burros n’água.

as sanções não fizeram cócegas na nossa economia e trâmpi, trôpego, arregou pro barba.

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dudu, surpreendido por uma crise atávica de soluços, lembrará do pai, cuja prisão foi antecipada pelas trapalhadas do filho fujão.

o patético pateta de orlando vai perder o mandato de deputado federal e não ganhará o de senador da república, que cairia em seu colo com facilidade.

dudu jogou tudo fora por ambição, soberba e cobiça.

outrora, quando posava pra fotos do lado de fora da cerca da casa branca, gritava que se trâmpi transformasse o brasil numa terra arrasada, eliminando empregos e empobrecendo a nossa gente, ele, o bananinha, se sentiria vingado.

agora, derrotado, está sendo esculachado até por aliados.

nikolas ferreira, uma espécie de scooby loo – aquele cãozinho enfezado e brigão -, chamou o fugitivo prum pugilato virtual.

nikolas chuta um cachorro morto.

dudu se tornou uma rena puxadora de trenó.

lá atrás, dando chicotadas nos chifrudinhos, está o nosso barba, com suas vestes vermelhas e o saco cheio de presentes:

a economia tá bombando, bolsa em alta, dólar em queda, cresce o número de empregos formais, os pobres saem do imposto de renda, os ricos entram, glauber fica, zambellli é cassada e o malafaia parou de gritar, parece que encontrou uma rolha.

o minotauro verdemarelo – metade homem, metade gado -, vai curtir as festas de final de ano no xilindró, com uma bola de ferro no calcanhar.

ao invés de beliscar umas suculentas rabanadas com leite condensado, o golpista miserável passará a noite roendo as grades da solitária onde está confinado.

dona micheque tá enferma e mandou avisar que passará a noite de cama, vendo a missa do galo ao lado do maquiador.

os generais golpistas, condenados e trancafiados não terão direito à saidinha, anderson torres, idem.

o congresso, encabeçado por dois trapalhões, está desmoralizado.

gayer foi indiciado e a peéfe botou as garras na ex-assessora de arthur lira, uma espécie de pecê farias de saia.

se ela resolver abrir o bico, o congresso desmorona.

enfim, como se percebe, a pitonisa da direita, a senhora márcia sensitiva, errou todos os seus prognósticos pra esse ano.

pro ano que vem você já sabe, é lula quatro.

ou simplesmente LUL4.

palavra da salvação.

*Lelê Teles é jornalista, roteirista e mestre em Cinema e Narrativas Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Este artigo não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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Lelê Teles

Lelê Teles é jornalista, roteirista e mestre em Cinema e Narrativas Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).


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