por Luiz Carlos Azenha
A novela tem começo, meio e fim previsíveis.
À derrota espetacular de Juvenal Juvêncio, o presidente do São Paulo FC, nos bastidores, se seguirá o clamor por jogos da Copa do Mundo em São Paulo.
“Copa no Brasil sem jogo em São Paulo é um absurdo”, dirão as vozes óbvias, com a devida repercussão na imprensa e na televisão.
Surgirá, então, como “salvadora”, a proposta de uma arena bilionária em Pirituba, que mais tarde seria cedida ao Corinthians, assim como aquele elefante branco do Pan, o Engenhão, acabou entregue ao outrora glorioso Botafogo, aquele que vendeu o estádio para fazer shopping.
É sempre assim: os recursos públicos, de todos nós, escorrem à vontade para atender a interesses particulares.
E, se ninguém se opuser a esta loucura, vai acontecer de novo: o Brasil gastará alguns bilhões para construir um estádio desnecessário em uma cidade que já tem vários estádios com o objetivo de sediar meia dúzia de jogos de uma Copa do Mundo.
O curioso é ver a estranha coalizão política que se forma em defesa de Pirituba. Todo mundo querendo levar o seu. Tristes trópicos.




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