No Roda Viva, Maia reafirma o nexo entre o golpe contra Dilma e a eleição de Bolsonaro

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Com o texto da reforma da Previdência e acompanhado de Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia),  Jair Bolsonaro posa com os presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre . Foto: Xinhua/Marcos Correa/Presidência de Brasil

Nosso maior problema é que a centro-direita não demonstra nenhum compromisso com a justiça social e nem mesmo com a democracia. Estão à vontade com um extremista chucro no poder. Fernando Haddad, no twitter

Da Redação

A indicação do banqueiro André Brandão, do HSBC, para comandar o Banco do Brasil, já havia deixado claro.

Os liberais brasileiros estão muito mais interessados em aproveitar a conjuntura e aprovar reformas econômicas que lhes favoreçam do que com o comportamento tresloucado do presidente Jair Bolsonaro e de seu entorno.

Assim como o golpe de 1964, o de 2016 também foi aplicado com o objetivo de retirar direitos sociais e promover o arrocho salarial.

Lá atrás, o Brasil forneceria mão-de-obra e matéria prima barata para os grandes conglomerados transnacionais, que ajudaram a interromper o mandato do presidente constitucional João Goulart.

Em 2016, o objetivo foi romper a sequência de vitórias eleitorais dos trabalhistas, permitir à elite brasileira manter sua taxa de lucratividade apesar de um cenário externo de crise e aos investidores internacionais acesso desimpedido ao pré-sal e outros recursos brasileiros em condições mais vantajosas.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deixou claro em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, qual é sua prioridade: acelerar as reformas com Bolsonaro no poder.

Maia foi um dos principais alvos do bombardeio de fake news do gabinete do ódio a serviço de Bolsonaro.

Porém, na entrevista ele repetiu que vê as pedaladas fiscais como crime de responsabilidade suficiente para o afastamento de Dilma Rousseff, mas não vê motivo para abrir processo de impeachment contra Bolsonaro.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) citou cinco crimes pelos quais, acredita ela, o presidente poderia ser processado.

“Rodrigo Maia diz que Bolsonaro não cometeu crimes que justifiquem impeachment. Os crimes: quase 100 mil mortes por Covid; ameaças de AI-5; destruição recorde da Amazônia; fake news e gabinete do ódio; interferência na PF para salvar filhos e aliados”, escreveu em uma rede social.

Existem ao menos 40 pedidos de impeachment protocolados na Câmara.

No Roda Viva, Maia disse que não vê motivo para discutir o assunto:

Nós estamos no meio de uma pandemia, e qualquer decisão agora leva um recurso ao plenário. Nós vamos ficar discutindo impeachment sem nenhuma motivação para isso. Eu não estou usando isso para ameaçar, não é do meu feitio. O presidente Bolsonaro sabe, que desses que estão colocados, eu não vejo nenhum tipo de crime atribuído ao presidente.

Para Maia, Bolsonaro “errou” ao subestimar a pandemia de coronavírus, que até o início da próxima semana terá matado 100 mil brasileiros.

A reforma tributária e a privatização da Eletrobras estão no topo da lista da agenda econômica que une os liberais da Globo à extrema-direita bolsonarista.


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Zé Maria

‘Delação Premiada’ de Palocci foi Fake News de Moro contra Lula em 2018.

2ª Turma do STF Retira Delação de Palocci
contra Lula na Ação sobre o Instituto

A decisão foi tomada por dois votos a um.

Os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes foram favoráveis à exclusão
dos trechos da delação. O lavajatista Fachin, relator do processo, votou contra.

O sigilo do documento foi levantado pelo então juiz Sergio Moro
a seis dias do primeiro turno da eleição de 2018.

Gilmar Mendes afirmou que Moro pretendeu criar um “fato político” contra Lula
e indicou ter agido sem a imparcialidade esperada de um juiz.

“Verifica-se que o acordo foi juntado aos autos da ação penal cerca de três meses
após a decisão judicial que o homologara. Essa demora parece ter sido
cuidadosamente planejada pelo magistrado para gerar verdadeiro fato político
na semana que antecedia o primeiro turno da eleições presidenciais de 2018”,
afirmou.

“Resta claro que as circunstâncias que permeiam a juntada do acordo de
delação de Antonio Palocci no sexto dia anterior à realização do primeiro turno
das eleições presidenciais de 2018 não deixam dúvidas de que o ato judicial
encontra-se acoimado de grave e irreparável ilicitude”.

Lewandowski afirmou em seu voto que a forma como a delação foi incluída
no processo contra Lula indica a perda da imparcialidade por Moro.

“A determinação da juntada dos termos de colaboração premiada
consubstancia, quando menos, inequívoca quebra de imparcialidade”,
disse.

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/2a-turma-do-stf-retira-delacao-de-palocci-de-acao-contra-lula/

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2ª Turma do STF dá a Lula acesso a acordo de leniência da Odebrecht,
limitado aos elementos de provas que digam respeito a Lula,
reabrindo prazo para que a Defesa apresente suas alegações finais …

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/2a-turma-do-stf-da-a-lula-acesso-a-acordo-de-leniencia-da-odebrecht-e-adia-desfecho-de-acao/
https://pt.org.br/lula-obtem-duas-vitorias-expressivas-no-stf-reforcando-a-suspeita-contra-sergio-moro/

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