Explicando o novo Viomundo (1)

Tempo de leitura: 2 min

por Luiz Carlos Azenha

Uma breve explicação sobre a TV Viomundo, que se faz necessária porque pretendemos produzir cada vez mais vídeos próprios, especialmente com entrevistas.

Olhando para a tela, se você clicar em COMENTAR abre a página do vídeo que está na capa e pode deixar uma comentário a respeito dele.

Com a página aberta, se você clicar em TV, em verde, verá uma relação completa dos vídeos postados no site:

Voltando à página inicial, se você clicar em veja + vídeos, do lado direito, cai em minha página no You Tube, onde estão documentários, entrevistas, discursos, reportagens de minha autoria e outros vídeos que considerei relevantes. Bom proveito!


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Comentários

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Caco

Oi, Azenha.
Uso Mac e o navegador é o Safari. Tem uma pequena incompatibilidade.
Quando acesso o teu blog, todos os títulos estão sobre "papel branco", do tamanho de cada linha.
Parece que voltamos à era do pestape (rs), com tesoura, cola benzina e gouache branco.
Vejam aí.
Um abraço
Caco

    francisco.latorre

    também uso mac e safari.

    não entendi o rolo.

    explica aí…

Ana Luisa Azenha

Cópias em DVD no more. Papey sempre high-tech e eco-friendly!

crnpaula

Por que não tem mais o "indique essa matéria" no final dos artigos ???

@stelles_br

Azenha, que tal colocar todo o conteúdo que já produziu + o futuro em alguns canais via streming (sites como Justin TV ou LiveStream), segmentando por assunto (política, saúde, variedades, etc), é mais uma forma para as pessoas acessarem e é uma ferramenta gratuita.

@AdilsonGuilhem

Outra necessidade é a migração de todos os posts do site antigo.

Faça isso por favor.

@AdilsonGuilhem

como acessar postagens antiguas?

não encontrei isso no novo site

    Conceição Lemes

    Adilson, o acesso ao site antigo está na parte superior,lado oposto à foto do Azenha. Achou? Abs

    @AdilsonGuilhem

    isso eu vi.

    Mas me refiro a posts novos mesmo.

    Se eu ficar 2-3 dias sem acessar o site, não encontrei onde rever o que foi postado nesse tempo.

    Pitagoras

    Também compartilho dessa preocupação. No antigo havia "Leia também" (que foi portado para cá, mas ao fim havia "Ver Tudo" que não foi portado para cá. Se for portado deveria acessar todo o conteúdo cronológico das postagens como dantes no quartel de Abrantes.
    Vamos melhorar mas sem piorar!
    Gosto de rever postagens passadas, tanto por tê-las perdido ou por puro prazer e comentar tardiamente.
    Vamos lá seu Leandro, coloca a coisa aÍ…

Silvia Helena Calmon

Parabéns pela expansão do VI O MUNDO!

Só não consigo localizar o espaço para os leitores apresentar temas ou notícias importantes.
Solicito, o retorno deste espaço bacana e democrático.

Abraço solidário,
Silvia Helena Calmon

vera oliveira

viva a nova forma de fazer notícia!! parabéns Azenha.

Luís C. P. Prudente

Azenha e demais membros do Viomundo, parabéns pela iniciativa de explicar as novas funcionalidades deste Viomundo.

Se o grupo Civita está em queda livre, este Viomundo está em ascensão!

Parabéns.

laura

continuando 4
Ao contrário do que a imprensa divulgou com estardalhaço, não estávamos em um debate que se desenvolvia no terreno do direito (que, aliás, naquele momento seria favorável a nós). Tratava-se de uma mudança conceitual, em via de ser imposta pela potência hegemônica em negociações desiguais e viciadas, realizadas no âmbito do GATT e depois na da Organização Mundial do Comércio (OMC). As duas concepções em conflito correspondiam a posições estruturais distintas de cada país: para o Terceiro Mundo, a questão do fortalecimento da indústria nacional continuava candente, de modo que a legislação anterior lhe era muito mais favorável.
A resistência do Brasil começou a ser quebrada no famigerado governo Collor, quando o então ministro Marcílio Marques Moreira (hoje representante da corretora Merryl Lynch no Brasil) aceitou que uma nova lei brasileira de patentes fosse redigida em
Genebra, no âmbito da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), entidade dominada pelos interesses das multinacionais. Na época, M. R. Gadbaw e T. J. Richards escreveram (Intellectual Property Rights: Global Consensus, Global Conflict, Westview Press, Colorado,EUA): “A importância do Brasil se reflete na posição de liderança internacional exercida entre os países latino-americanos, uma posição que se estendeu para uma liderança geral de todos os países em desenvolvimento nas negociações internacionais. (. . .) Por isso, o Brasil foi escolhido como ponto focal dos esforços norte-americanos par mudar a legislação de propriedade intelectual, tendo em vista controlar os mercados dos produtos intensivos em pesquisas e serviços.”
Em abril de 1993, no prefácio ao livro A Guerra das Patentes, de Maria Helena Tachinardi, Fernando Henrique Cardoso demonstrou que sabia perfeitamente o que estava em jogo: “Existe uma guerra comercial e não se pode imaginar ingenuamente que uns são “modernos”, eficientes e honestos, enquanto outros são “atrasados” e piratas. Guerra è guerra.”
Três anos depois, já na presidência, foi aquela lei – redigida originalmente em inglês, como ficou provado – que Fernando Henrique fez passar em regime de urgência urgentíssima no Congresso Nacional, para em seguida prostrar-se diante de Warren Christopher no aeroporto de Brasília. Conceitos como indução ao desenvolvimento, fortalecimento da base produtiva local e divulgação de informação científica, que eram centrais no sistema tradicional de patentes, foram substituídos por outros, como domínio amplo de mercados globais, segredo de negócio e completa mercantilização da atividade científica. O Brasil passou a aceitar monopólios em setores como alimentos e medicamentos, além de conceder patentes para processos e produtos não descritos e que não serão necessariamente usados em seu território. Tornou-se um mercado cativo.
Desde então, mais de 95 por cento dos pedidos de patentes servem apenas par “impedir” a produção local, engessando uma divisão internacional do trabalho que nos condena a ficar para trás. Olhem os números: no ano passado, o Brasil solicitou o reconhecimento de 120 patentes junto à Organização Mundial do Comércio; os Estados Unidos solicitaram 39 mil.
José Serra acompanhou tudo isso sem tugir nem mugir. Agora, anuncia aos quatro ventos que conseguiu concessões de empresas detentoras de patentes de medicamentos contra a Aids. A Índia, que não se curvou e manteve em vigor uma legislação semelhante à que tínhamos, fabrica os mesmos medicamentos com preços até trinta vezes menores.
Um pouco de vergonha não faria mal aos candidatos.

laura

continuando 3
Agora, preparem o estômago: os Estados Unidos é que, quase sempre, estiveram fora da lei. Não assinaram nenhum dos dois tratados básicos – o de Paris e o de Berna – nem suas atualizações, por considera-los muito restritivos ao seu próprio desenvolvimento. Até bem entrado o século XX, quando viviam seu esforço de industrialização, os Estados Unidos não reconheciam nenhuma patente estrangeira. Sua legislação só previa a concessão patentária para seus próprios cidadãos, contrariando assim a convenção internacional em vigor. Mais tarde, os Estados Unidos passaram a reconhecer o direito de patentes para estrangeiros, desde que residentes há mais de dois anos em seu território. Quanto à Convenção de Berna, basta lembrar que até 1987 – quinze anos atrás – os Estados Unidos só reconheciam direito de copyright para artefatos (livros, discos, etc) manufaturados em território americano. Estavam completamente fora da lei.
Na década de 1980, tudo começa a mudar. Detentores da indústria mais poderosa, mas preocupados em conter um deficit comercial crescente e recuperar a competitividade de sua economia, os Estados Unidos redefiniram uma série de políticas para o mundo, tendo em vista consolidar sua hegemonia. Isso exigia controlar as novas fronteiras tecnologias, para onde o sistema produtivo tende a migrar no século XXI. Nesse contexto, forçaram a alteração dos princípios reguladores do sistema internacional de patentes. Não se tratava mais de subordiná-lo aos requisitos de desenvolvimento de cada nação, soberana na concessão do direito e na fixação de deveres, mas de fortalecer as empresas multinacionais, desejosas de mercados cativos em escala global. O Brasil e outros países que não possuíam empresas multinacionais relevantes resistiram à mudança. Por defenderem o direito internacional em vigor, viraram piratas!

laura

continuando 2
Era tudo mentira. O Brasil sempre respeitara a legislação internacional de patentes. Foi um dos onze signatários originais da Convenção de Paris de 1883, que regulamentou pela primeira vez o tema em âmbito internacional. Depois, subscreveu e cumpriu as oito modificações que o tratado sofreu. Também foi co-autor e fiel seguidor da Convenção de Berna de 1886 sobre propriedade intelectual, direito autoral e copyright.
Três princípios foram desde então consagrados:
1 – As patentes são um instrumento do desenvolvimento tecnológico e industrial dos Estados signatários do tratado, e visam beneficiar tanto o inventor quanto a sociedade. Em troca da concessão de um monopólio temporário, cada Estado tem o direito de exigir a descrição completa da invenção e sua produção local. (É fácil entender os motivos de ambas as exigências: afianal, porque um Estado deveria conceder um monopólio a alguém que não aceita descrever o que inventou? E porque alguém deve deter um monopólio em um país onde não pretende usar sua invenção?)
2 – Os Estados podem se negar a conceder patentes, para evitar monopólios, no caso de produtos considerados essenciais ou estratégicos, sendo vedado qualquer tratamento discriminatório contra estrangeiros. (Ou seja, se os cidadãos nacionais tivessem direito a certo tipo de patente, os estrangeiros também o teriam, nas mesmas condições. E vice-versa: se determinada patente fosse vedada a estrangeiros , seria vedada também a nacionais)
3 – O inventor que receber uma patente em um país signatário do tratado terá prazo de um ano para registrá-la nos demais países de seu interesse. A invenção caía no domínio público nos países não procurados.
Essa foi a base jurídica internacional, compartilhada durante quase todo o século XX por 150 países, inclusive o Brasil, que sobre ela edificaram suas legislações nacionais. Mas as empresas multinacionais nunca se interessaram em solicitar patentes nos países subdesenvolvidos, pois não pretendiam realizar produção local nem aceitavam descrever suas invenções, para não difundir informações sobre tecnologias. Por isso, mais de 95 por cento das patentes concedidas em países desenvolvidos caíram aqui em domínio público, sem qualquer pirataria.

laura

Estou sentindo falta do setor de contribuição dos leitores,o qual existia no site antigo e agora parece que não tem mais. Alí via muitos assuntos e pautas bacanas.
Recebí o que segue abaixo pela internet e gostaria de saber se tem fundamento. O Viomundo não poderia ir atrás disso?
RECORDAR É VIVER

César Benjamin

Em março de 1996, passou quase despercebido um dos atos de vassalagem mais vergonhosos de nossa história recente: contrariando o protocolo, Fernando Henrique Cardoso foi até o aeroporto de Brasília receber Warren Christopher, então secretário de Estado dos Estados Unidos para assuntos de América Latina. O presidente do Brasil fez questão de dar pessoalmente ao funcionário norte-americano uma excelente notícia ainda fresquinha: na noite anterior, em regime de urgência urgentíssima, depois de gigantescas pressões, chantagens e favorecimentos por parte do Palácio do Planalto, Senado aprovara a nova lei brasileira de patentes, nos moldes que os Estados Unidos exigiam.
Em março de 2002, o candidato José Serra, então ministro do Planejamento e depois ministro da Saúde, anuncia-se como campeão na guerra contra os abusos de empresas multinacionais detentoras de patentes de medicamentos. Trata-se de uma das maiores farsas da atual campanha eleitoral. Se a legislação em vigor não tivesse sido alterada de forma drástica pelo governo em que serviu durante tanto tempo no primeiro escalão, sequer existiriam os problemas que Serra diz ter enfrentado.
Em torno desse tema central na agenda recente do governo dos Estados Unidos, armou-se na época um gigantesco “lobby”. Apoiadas pela grande imprensa, nossas autoridades aceitaram apresentar o Brasil como um pais pirata que, finalmente com a nova lei, entrava no mundo do direito.

    francisco.latorre

    oi laura.

    manda pro palanque do dia.

    abs.

Saulo Machado

Fico muito feliz com o crescimento do Viomundo, bem como nas outras pessoas que acreditaram na proposta…

abs.

Moacir Simples Assim

Pelo visto, este blog em breve se transformará em um grande conglomerado de mídia a causar arrepios no grupo Time-Warner-Globo-SBT.

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