por Luiz Carlos Azenha
Dilma foi bem no primeiro bloco. Serra, também. Marina menos. Plinio, francamente, confuso e fraco. Destaque para a belíssima roupa de Dilma, que parece “presidencial”. A governista conseguiu, de cara, fazer um balanço do ponto mais forte do projeto que representa, o emprego.
No segundo bloco, Dilma deu sorte e escolheu a quem faria a pergunta. Escolheu o assunto “ferrovia”, favorável ao governo Lula. Marina Silva e José Serra bateram bola livremente. Mas Plinio, aqui, acabou levantando a bola para a agenda positiva, cor-de-rosa e sorridente de Dilma, ao perguntar a ela sobre o PT e permitir que a candidata falasse das virtudes dos governos de coalizão. No fim, quando Dilma falou que todas as doações oficiais à campanha dela estão registradas no TSE, a plateia reagiu com risos, mas a candidata foi suficientemente rápida e dura.
No terceiro bloco, Marina começou bem, ao polemizar com Serra a partir de exemplos que viu pessoalmente em São Paulo. Mais uma vez, aqui, Dilma foi beneficiada pelo sorteio: segurança pública foi o assunto escolhido no sorteio e Marina fez a pergunta à governista, permitindo que Dilma falasse sobre a experiência das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro. Marina polemizou bem, mas Dilma trouxe o assunto para o plano concreto, lembrando aos telespectadores que a adversária apenas apresenta planos. No conjunto da obra, os melhores debatedores até agora são Dilma (apresentando o que o governo Lula fez) e Marina, que tem tocado continuamente nas questões que dizem respeito aos jovens.
O quarto bloco foi o melhor de Plinio de Arruda Sampaio. Ele conseguiu se distinguir claramente dos demais. Marina atacou Serra, que se saiu bem quando falou dos programas sociais. Dilma também foi bem, ao falar da forma como o governo Lula enfrentou a crise econômica internacional. Em minha modesta opinião, foi o melhor debate de Dilma Rousseff até agora: estava firme, tranquila e melhor articulada. Em geral, acho que não houve nada de extraordinário no confronto.
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