Conheça Joel, que “inventou” Gervinho e a seleção da Costa do Marfim
Tempo de leitura: < 1 minpor Luiz Carlos Azenha
Os narradores brasileiros da Copa da África do Sul falam em uma África genérica, na qual tudo cabe. Pelo entendimento deles, todo africano torce para as seleções africanas. Vá explicar que muitos egípcios torcem contra a Argélia, assim como há bolivianos que torcem contra o Chile e brasileiros contra a Argentina. Em Gana e Costa do Marfim, países vizinhos, existe rivalidade, mitigada pelo fato de que os dois países inventados pela ocupação europeia tem em comum grupos étnicos como os fula.
Aliás, nos dois países existem as chamadas “fazendas” para formação de jogadores de futebol, que mais tarde serão revendidos a empresários europeus. Nenhuma novidade nisso: esse sistema de produção em massa de atletas foi primeiro implantado com apoio de ligas e clubes estadunidenses de beisebol em lugares como República Dominicana e Porto Rico.
Depois de ter mostrado como o esquema funciona em Gana, nesta quarta-feira a revista Nova África dedica-se a mostrar a principal escolinha da África Ocidental, que fica nas redondezas de Abidjan, a maior cidade de Costa do Marfim. É dirigida por um brasileiro, o Joel, ex-jogador. Pelas mãos de Joel passou a maior parte dos jogadores que hoje compõem a seleção da Costa do Marfim, segundo adversário do Brasil na Copa do Mundo.
No episódio, Joel conta como os jovens jogadores marfinenses insistem para que ele os apelide com algum “inho”, uma forma de identificação com os craques brasileiros como Ronaldinho. Foi assim, aliás, que nasceu o “Gervinho”, cujo verdadeiro nome é Gervais.
Aqui, um clipe do programa, que vai ao ar nesta quarta-feira, às 20h30m, na TV Brasil.




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