Brasil pode ultrapassar EUA em número total de mortes por covid dentro de três meses

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Da Redação

O Brasil pode assumir a liderança mundial em número de mortes por covid 19 dentro de três meses.

Isso se considerarmos as estatísticas oficiais, já que há grandes dúvidas sobre subnotificação não só aqui, mas também no México e na Rússia.

Neste momento, Estados Unidos e Brasil estão produzindo praticamente o mesmo número de casos.

Depois de bater em 300 mil casos num só dia, em primeiro de janeiro, os números nos EUA passaram a despencar.

Já no Brasil atingimos uma estabilidade com números altos.

Existe uma grande diferença em testagem nos dois países, assim como no ritmo da vacinação.

Mortes por milhão

Nas mortes por milhão de habitantes, as curvas já se inverteram de maneira dramática, em fevereiro.

Mas, e em número total de mortes?

Mortes por dia

Aqui, sim, a vacinação faz a diferença, pois se não tem o poder de evitar novos casos, impacta fortemente no número de mortes.

Nos Estados Unidos, o número de óbitos tem se mantido consistentemente em torno de 1000/dia. No Brasil, em 3.000/dia.

Mantidas estas curvas, o Brasil ultrapassará os Estados Unidos em número total de óbitos por covid dentro de 90 dias, ou seja, em meados de julho.

Hoje, os EUA tem 567 mil mortes por covid, contra 373 mil do Brasil.

O Brasil deve chegar a 400 mil mortes no início de maio e a 500 mil no início de julho, de acordo com previsões de epidemiologistas, se não fizer o lockdown de 15 dias proposto por eles.

É preciso considerar, além disso, que os Estados Unidos estão entrando no verão e o Brasil, no inverno.

Diferentemente do que diz o filho de Jair Bolsonaro, Eduardo, a aglomeração das pessoas dentro de casa é potencialmente o maior fator de transmissão — basta ver as famílias que se contaminaram inteiras, mesmo morando em casas diferentes.

Importante notar que os dois campeões mundiais em número de mortos eram governados por negacionistas, Donald Trump e Jair Bolsonaro.

Ambos fizeram pouco caso da doença, acusaram os chineses de fabricar o vírus em laboratório e se negaram a usar máscaras ou evitar aglomerações, além de fazer propaganda de curas falsas.

Com a eleição de Joe Biden nos Estados Unidos, que organizou e acelerou a vacinação e deixou de brigar com os governadores (democratas ou republicanos), o Brasil ficou sozinho como pária internacional.

Os gráficos acima são todos do Our World in Data.


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