A geração que se vai – e a que está chegando

Tempo de leitura: 2 min

por Luiz Carlos Azenha

Algumas coisas me irritam profundamente no quadro político de hoje. Uma delas tem a ver com uma certa nostalgia do não vivido. Ela existe porque o Brasil nunca acertou as contas com o seu passado. Aqueles que promoveram o regime militar e tiraram proveito das políticas promovidas pelo autoritarismo, afinal, estão aí, fazendo pose de “democratas”.

Dito isso, na esquina entre os antigos militantes de esquerda e os jovens ávidos por dar um sentido não apenas material à vida paira uma espécie de túnel do tempo, que nos conduziria a março de 1964, maio de 1968 ou aos estertores do regime militar, nos anos 80, quando os estudantes na rua e os sindicalistas no ABC abreviaram a transição “lenta, gradual e segura” sustentada pelos quartéis.

Desde então, no entanto, o Brasil mudou. Incorporou milhões de brasileiros ao consumo e, ainda que precariamente, à cidadania. Sem atentar para essa nova realidade, o risco de que continuemos eternamente num debate entre UDN-PSD-PTB é grande. E o risco de reeditar as batalhas que já foram — desconexas da realidade atual — é grande. Costumo dizer que a síndrome da “nostalgia de dias não vividos” afeta um dos lados do confronto. Do outro, há a síndrome da falta de votos.

Se as tecnologias da informação trouxeram grande avanços à capacidade individual de produzir e disseminar conteúdo, também fortaleceram um lado perverso do comportamento social. O da fulanização do debate político, travado na troca de acusações pessoais e numa obsessão doentia pelo que diz e faz o outro.

Acho importantíssima a crítica política e nenhum de nós, nos tempos de hoje, pode ou deve ser poupado dela. Na prática horizontal da blogosfera, por exemplo, ninguém pode pretender se colocar em um pedestal.

Porém, como insisti quando fui chamado a falar no Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, essa prática cotidiana desvia o foco do que considero o principal: a produção de conteúdo informativo de qualidade, para contrapor ao que é produzido pela mídia tradicional. Conteúdo regional e plural, que dê conta de atender às demandas não atendidas pelos grandes grupos de comunicação, com seus interesses políticos, econômicos, ideológicos e de classe.

Na blogosfera, isso exige não apenas dinheiro, mas capital humano. Exige conhecimento das tecnologias de informação, mas também que os blogueiros recebam treinamento mínimo em técnicas de apuração jornalistica, sem as quais patinaremos eternamente na repetitiva crítica pessoal, no ouvir dizer e no achismo. Sempre digo que cada pessoa pode encontrar o seu “potencial informativo” a partir de sua própria realidade física e experiência profissional: o médico que escreva sobre medicina e o morador de Braúna, no interior de São Paulo, que escreva sobre os problemas de Braúna. Isso não impede que ambos escrevam sobre outros assuntos, mas com certeza terão maior chance de sucesso se tirarem proveito de uma experiência já existente.

Além desta agenda positiva, propositiva e de futuro, acredito que os antigos debates serão devidamente sepultados pelo pragmatismo das novas gerações: elas querem saber quando limparemos o rio Tietê, quando os brasileiros que não tem acesso à água e ao esgotamento sanitário serão atendidos pelos governos, quando a banda larga será acessível a todos. Isso não precisa ser feito às custas do abandono de outras causas, mas articular a militância diária com questões concretas pode ajudar a evitar a cansativa, improdutiva e inconsequente reedição das “batalhas” do passado.


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Comentários

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Edson

Boa noite a todos! Hoje ouvi de 1 de meus irmãos que há 5 anos não via uma frase preocupante: " Eu sou um analfabyte"

Edson

Boa noite a todos! Hoje ouvi de 1 de meus irmãos que há 5 anos não via uma frase preocupante: " Eu sou um analfabyte"
A produção de séculos de uma educação que ignora a população gerou tantos analfabetos que originou programas como o antigo MOBRAL-MOvimento BRasileiro de ALfabetização e o atual ENCCEJA – Exame Nacional para Certificação de Competencias de Jovens e Adultos. No seu texto acima você bem lembra que é preciso conhecimento da s tecnologias de informação. A pergunta que fica é: Como serão supridas as necessidades destes Analfabetos, Analfabetos Funcionais e dos Analfabytes? É preocupante porque significa entraves à democracia e à dignidade.

Hiro

Tb desconfio da nostalgia UDN x PTB. O próprio Presidente Lula já disse várias vezes se identificar mais com JK. Alguns, acertadamente, reconhecem o trabalho de Vargas. Mas alguns se – esquecem – do que aconteceu com Olga Benário, a perseguição aos comunistas, anarquistas, trabalhadores grevistas, religiões afros, a prisão de imigrantes inocentes, a tortura de Pagu, a queda da Bastilha do Cambuci, etc. Acho que o Lula representa muito mais que GV e JK, pois pertence à classe operária, era retirante, foi tintureiro de bicicleta como minha família. O Movimento dos Trabalhadores e o Partido dos Trabalhadores foi e é a expressão dos Trabalhadores brasileiros. Assim, como o MST. Apesar de eu reconhecer que o PT esfacelou-se com a profissionalização e perdeu a classe média (fruto da própria estratégia diversionista das elites, partidos de direita e do PiG). Mas, vejam: qual a população majoritária a votar em Dilma e saudar Lula em 80%, hoje? As verdadeiras classes populares, os Trabalhadores! Como diz André Singer, o PT se "realinhou" com o Povo. Conscientizamo-nos com o passado histórico, mas vejamos o presente com crítica, justiça e lucidez.

lucia

A crise do capitalismo já vem se configurando há muito tempo, a primeira fase nós já vimos e ainda naõ acabou , o modelo neoliberal mostrou ser inadequado. A ordem econômica e política mundial inicia sua revolução..

Baixada Carioca

Hoje não existe mais Encontros no PT. Fui filiado num tempo em que a ficha era abonada depois de um período de militância. Em todas as reuniões "conjunturas local e nacional" eram temas obrigatórios nas pautas. Então discutia-se política como filosofia. Isso não excluía as questões pragmáticas, mas davam uma base fundamental para o militante petista. Aqui eu quero fazer justiça. Na corrente "Convergência Socialista", que originou o PSTU, foi onde tive os melhores embates políticos. Quando a corrente deixou de existir no PT, os embates políticos eram mais intensos com Milton Temer, Plínio, Heloísa e outros que acabaram por deixar o PT e fundar o PSOL. De fato, restou as discussões mais pragmáticas e com saudades daquelas discussões que não nos permitia esquecer a história para construir o presente e planejar o futuro.

OffTópic: Fiz um vídeo para responder aqueles que os tucanos fizeram para espalhar o medo e o terror entre os eleitores. Um minuto de imagens sobre um Jingle de 1989 para mostrar que "o PT é bom de governo!". Eu os convido a assistir no Baixada Carioca.

heliopaz

Azenha,

Lembro da tua exposição no #blogprog sobre a necessidade de os blogueiros independentes cidadãos necessitarem dominar as técnicas jornalísticas. Pois lembro de um post antigo, do início de 2010, após uma troca de ideias com o Adriano Silva acerca do que ele afirmou em uma mesa de debates da Campus Party, produzi o seguinte post:
http://heliopaz.com/2010/02/09/como-escrever-um-b

[]'s,
Hélio

P.S.: manda um beijão para a Conceição Lemes! :)

Cícero

A Web trouxe-nos a possibilidade de expormos nossos verdadeiros valores, nossos sonhos, nossas aspirações, como resposta sólida à imprensa tradicional, golpista, sórdida, suja, decadente e imoral.

Nossas manifestações democráticas, em alguns sites e blogs de jornalistas sérios; nosso pensamento coletivo, manifesto nos sítios da blogosfera, cujas páginas hospedem um jornalismo de qualidade; a crônica dos nossos dias registrada por revistas de credibilidade como a Carta Capital, exemplo de jornalismo competente, de credibilidade, comprometido com a VERDADE DOS FATOS, sem maquiá-los, sem distorcê-los, sem omiti-los; isso tudo passará para as gerações futuras através dos séculos, como um grande, um imenso e vitorioso movimento social de resistência contra a súcia da elite política que, amparada pela imprensa golpista, tenta, por meio de um golpe sujo, tomar o poder em nosso país.

ROGERIO

Um exemplo pequeno, do muito que poderia ser feito para esclarecer aos jovens quem é afinal, a parte golpista da imprensa está nesse post do Cloaca.
http://cloacanews.blogspot.com/2010/09/licoes-de-

Porque todos os blogueiros não criam em seus blogs, uma seção , uma página , um menu, só com coisas assim, que dizem claramente os nomes dos Golpistas de Ontem e de HOje?
Medo de quê?
Roberto MArinho não defendeu o golpe?
Não ganhou bilhões da ditadura?
Não defendeu a censura, o fechamento do congresso?
Isto tudo não está totalmente provado com jornais e videosmandados produzir pelo próprio Roberto Marinho?
Qual juiz vai dizer que isso tudo, não existiu?
E que "é uma calúnia"?
Está tudo provado, minha gente! Falta apresentar as provas em forma de contribuição à HIstória do Brasil e à democracia

Senão, os democratas serão os donos do engenho, como disse o Lula!
E a senzala é que posará de inimiga da democracia!

ROGERIO

Vou detalhar melhor a ideia dos Clubes de Defesa da Democracia. Mas acho que voce está no cs.caminho certo ao levantar essa questão: é preciso parar de generalizar as acusações aos nossos adversários, pois isso reduz o debate a xingamentos e os faz de vítimas.

É preciso isso sim, com dados concretos, demonstrarmos que eles enriqueceram com verbas píublicas no tempo da ditadura.

E que ganharam todo esse dinheiro apoiando um regime ilegítimo, totalitário e cruel.
Um regime corrupto, que superfaturou Itaipu em duas vezes e a Ponte Rio Niteroi e aTransamazonica em 3 vezes.
Um regime que aniquilou duas gerações de pensamento democrático, criando verdadeiro vácuo político, criando toda a fauna de picaretas políticos que conhecemos.

É a esses senhores que precisamos acusar de serem os maiores corruptos desse país, com todas as provas que estão totalmente disponíveis. Verbas do orçamento nacional para publicidade no grupo Globo, por exemplo: qual a dificuldade para obter isso no período da ditadura? Está tudo lá no Ministério da Fazenda e as informações são públicas, bastando enviar uma unica carta!!! QUALQUER CIDADÃO TEM DIREITO A ESSAS INFORMAÇÕES!!!

Enquanto não combinarmos a ação política com a moderna tecnologia de informação, continuaremos a bater a cabeça.
Espero seus comentários e do resto do pessoal nesse seu post, muito apropriado.Voce devia insistir nessa questão.

ROGERIO

Continuação do comentário…

Falta é entendermos que História também é Cultura.
Faltam projetos de disseminação cultural que resgatem, para os mais jovens e os menos escolarizados, os períodos pré-ditadura, do golpe, da resistência…
Projetos para os quais existem verbas disponíveis nos orçamentos federal, estaduais e municipais…

Um exemplo de projeto seriam os Clubes de História da Democracia, entidades que poderiam ser formadas em qualquer cidade, com recursos já alocados em pesquisa e em ensino, para promover:

a) Exposições itinerantes com Fotos e Cópias de Jornais pró-ditadura , com editoriais a favor do regime …com fotos de mortos e torturados, com depoimentos em video de sobreviventes, de parentes, que percorrressem as maiores escolas públicas e privadas;

b) Seminários com jornalistas e escritores especializados nesse período;
c) A motivação dos jovens para realizaram seus Trabalhos de Mestrado e Teses de Doutorado sobre a importancia de salvaguardarmos a democracia, estudando como o Brasil era quando ela deixou de existir…
d) Produção de vídeos, livros, etc, com material desses trabalhos acadêmicos…
e) Criação de sites e blogs de cada um desses clubes..

Enfim…

A Blogosfera não poderá mais só opinar, opinar , opinar, sobre a pauta diária imposta pela imprensa dos golpistas.
Teremos que ter nossa própria pauta.

Uma pauta não só sobre o dia a dia de hoje, mas de resultados de pesquisas , não necessariamente feitas pela blogosfera, mas por pesquisadores e especialistas ligados à blogosfera por uma rede.

A blogosfera não poderá pensar que ela se basta sozinha.

Não mesmo! Pois para chegar a todos os cantos e a todas as gentes precisamos ter em mente que a grande maioria do povo pobre não possui computador nem muito menos banda larga.E levará muito tempo para isso acontecer.

Além disso, sentar no computador sozinho é uma coisa. Participar com seus filhos de uma exposição sobre a ditadura realizada na escola do seu bairro é outra…

ROGERIO M. COSTA

Caro Azenha:

É isso aí! Produzir conteúdo e não só comentário, opinião!
Mas e por que não disseminar , mesmo, o enorme conteúdo já produzido, sobre a Ditadura Militar e os civis que dela se locupletaram?
Será que nós, que vivemos a ditadura, não estamos equivocadamente achando que os mais jovens já sabem tudo sobre esse tema que foi sempre escondido pela grande midia?
Será que todos os jovens sabem que a GLOBO , onde eles assistem a "Malhação", defendeu um regime que deteve sei lá mais de 50 mil jovens ( era só alguém pesquisar as prisões nos 21 anos) ?
Será que os operários de hoje sabem quantos sindicalistas foram presos, torturados e mortos naquela época ?
Será que os agricultores familiares sabem quantos camponeses foram mortos pela ditadura só nos primeiros anos?
( Veja, tudo isso está já em grande parte levantado, por coletivos de pessoas que se dedicam a isso, como pesquisa, e em livros como o Tortura Nunca Mais, mas que não tem instrumentos de divulgação, papel que a blogosfera poderia desempenhar, por exemplo em portais especializados no tema como um http://www.ditaduranuncamais.org.br, por exemplo.

O ato no sindicato dos jornalistas a meu ver , errou na dose e no foco.

Sabe no quê: em acusar "a imprensa"…e não especificamente aos donos dos orgãos colaboracionistas, como Folha, o Estadão , a Veja e a Globo….que comprovadamente, ajudaram a implantar um regime imoral, injusto e de terror, que atrasou o desenvolvimento socio-economico do Brasil em décadas, mas enriqueceu e muitíssimo a esses senhores!

Ao não acusarmos diretamente, com provas na mão, todas existentes em qualquer arquivo de biblioteca pública de qualquer estado que tenha os jornais da época, a Roberto Marinho, Otávio Frias, aos Civita e aos Mesquita, nós cometemos um erro tático gravíssimo: generalizamos a acusação de golpismo a toda a imprensa, o que é um absurdo, até porque nós mesmos somos parte da imprensa!

A acusação a que me refiro é facilmente comprovável, usando até mesmo manchetes de milhares de exemplares desse jornais ao longo dos 21 anos: a favor do golpe, a favor do AI5, a favor do fechamento do Congresso, contra as eleições diretas, enfim….Temos material de sobra!

Já imaginou, se nos cursos de comunicação e História , professores colocarem como temas para mestrado e doutorado
a pesquisa sobre quanta verba publica foi parar nas mãos de , por exemplo, Roberto Marinho?

Dinheiro para bolsas de estudo e para pagar as horas de trabalho dos professores, está disponível no CNPq e em dezenas de outras fontes de recursos para essa finalidade.

Continuarei em seguida.

Abraço a todos

MirabeauBLeal

.
Caro Jornalista Luiz Carlos Azenha:

Desculpa-me, se já explicitasse a tua posição em ocasião anterior, mas, apenas por curiosidade minha, faço-te esta pergunta:

Tu és a favor da obrigatoriedade do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista?
.

    Carlos

    Ótima pergunta.
    Então, Azenha?

    Carlos

    Mino Carta não tem diploma: http://www.conversaafiada.com.br/antigo/?p=12516

    O secundarista Aloysio Biondi também.

    No que dependesse da FENAJ, Biondi teria sido impedido de trabalhar.
    Mino também.

Lula Miranda

Prezado Azenha,

Muito bem desenvolvida e lúcida essa sua reflexão. Percebo, já a algum tempo, que você está atento a essa vasta via/estrada que se abre diante de nós todos, a blogosfera – e certamente faremos essa travessia com galhardia e entusiasmo. A grande mídia já é coisa do passado.
A turma da blogosfera deve estar bem atenta a essas suas dicas, essa "sinalização", já colocada inclusive em outros textos seus, de que é essencial dominarmos a tecnologia ao nosso alcance, todo um "ferramental" (hardwares e softwares) à disposição, e que nem muito caro é e nem tão complicado/inacessível, para darmos, com firmeza, esse passo adiante.
Como digo sempre, fazendo referência a Lenine (o cantor, que fique claro) , a ponte é a internet (a blogosfera) que nos levará a um auspicioso "porvir".
Dá para perceber que "dos nossos" você é um dos que está no caminho certo. Conte com a nossa parceria e entusiasmo. O "Vi o Mundo" tem tudo para ocupar seu espaço com competência.
Lula Miranda

Bonifa

Os comentários de especializados são fundamentais. Mas é a opinião do cidadão comum sobre qualquer qualquer assunto e a possibilidade desta opinião estar ao lado daquela do especialista, que muitas vezes responde e interage com o leigo, que faz a delícia destes blogs. Tudo se transforma numa grande feira livre de maravilhoso efeito didático. E o país está necessitando com avidez de um tipo de educação oral, que só pode ser substituida pela dinâmica da blogosfera. O que o capitalismo liberal deseja é compartimentalizar o conhecimento, deixando cada coisa a cargo de "especialistas", para que a visão de conjunto do conhecimento seja propriedade exclusiva de um comando central. A universalização do conhecimento é inimiga do neo-liberalismo. Daí a alienação do ensino neo-liberal, com a retração do humanismo e o direcionamento central do ensino voltado para especializações dirigidas ao mercado de profissionais, como se uma coisa atrapalhasse a outra. E a consequente produção de cidadãos que não têm coragem de se manifestar sobre coisa alguma que não seja sobre aquela à qual se encontra antolhado.

Vera Pereira

"Na blogosfera, isso exige não apenas dinheiro, mas capital humano. Exige conhecimento das tecnologias de informação, mas também que os blogueiros recebam treinamento mínimo em técnicas de apuração jornalistica, sem as quais patinaremos eternamente na repetitiva crítica pessoal, no ouvir dizer e no achismo."
Concordo, mas quando, como, onde, quem nos passará esses conhecimentos mínimos para nos habilitar a sair da mesmice e da repetitividade?

    Baixada Carioca

    Depois do Encontro Nacional de Blogueiros, em São Paulo, onde tiramos como desdobramentos os Encontros Estaduais, no grupo em que participei sugerimos que estes fossem mais pragmáticos, no sentido de realizar as oficinas que ficaram prejudicadas no Encontro Nacional. Temo que estes passem por promover claps para personalidades do jornalismo e políticos. Mas seria um grande passo para iniciar o processo de horizontalização do conhecimento.

    OffTópic: Fiz um vídeo para responder aqueles que os tucanos fizeram para espalhar o medo e o terror entre os eleitores. Um minuto de imagens sobre um Jingle de 1989 para mostrar que "o PT é bom de governo!". Eu os convido a assistir no Baixada Carioca.

Daniel Pires

Meu caro Azenha este é um processo de mudanças irreversivel, é claro que não devemos
nos limitar a fazer barulho puro e simplemente, mas foi assim que tudo começou.E devemos da
seguimento a ações mais objetivas buscando o fortalecimento de idéias assim como sua concretização.
O fato mais importante disso tudo é que vislumbramos um ´gráfico ascendente e aos poucos nos libertamos
dessa mídia escravisadora,monopolista e inverídica.

assalariado.

Azenha,a história da comunicação é a história da burguesia,e tem seus limites enquanto classe dominante,logo,sempre houve uma dominada.Para esta situação ser mantida muito nos é sonegado,informação/conhecimento,que é a base de todas as sociedades dividida entre exploradores e explorados,por isso,as noticias nunca vão além das manipulações necessárias,segundo os desejos do stataus quo.A internet esta provando isto,na medida em que,ela avança lares/Brasil adentro,vai formando novos atores sociais,novos formadores de opinião,fora do tradicional burguês,quebrando sua hegemonia enquanto idéia de sociedade e seus valores.Os comentáristas,em sua maioria,não tem como muitas vezes opinar fora dos achismos afinal,somos mesmo com os blogs progressistas,muitas vezes limitados e saudosos por força da luta de classes,a esconder ou viezar os ranços ocultos.Como disse Marx,o materialismo histórico é dialético,portanto,o futuro é hoje,a midia internetica se impõe,rompendo o senso comum desta classe midiatica que se esvai.Mas tudo dentro de um contexto de luta de classes e partidarizado,sim senhor.

Francisco

De fato Azenha, há algo aí. Como reclamar da "falta de regionalismo" na grande mídia se a blogosfera quase não tem o regional como tema? Ainda há um ponto de interseção entre as mídias tradicionais e a internet, onde aquelas acabam pautando e, de certo modo, limitando, o alcance dos temas abordados na blogosfera. Encerrado o século XX, em 3 de outubro, restrá o Admirável Mundo Novo…

Carlos Carvalho

Caro Azenha
a propósito, postei há tempos no meu blog uma reflexão a respeito.
está em http://www.n-50mm.org/?p=103

Carlos Carvalho

Caro Azenha
Sou da "antiga". Do tempo em que se fazia uma pauta por dia, apurava-se o dia inteiro e depois na redação fechava-se a matéria. Como fotógrafo eu brigava (e perdia 80% das vezes) pela foto qie imagina que era o "lead visual". De lá pra cá nada mudou a não ser os meio de veiculação. Nós sabemos disso, mas a liberdade proporcionada pela tecnologioa queimou etapas. Também acho que devemos botar a cabeça entre as orelhas e pensar no queremos e podemos fazer. Nunca foi tão possível quanto agora, utilizar a tecnica jornalistica para apurar a informação e disseminar em diferentes canais sociais. O que entendo é que os jornais simplismente pegaram o formato tradicional e tramnsformaram em uma versão digital. Podemos fazer hoje como nunca foi possível e finalmente criar uma comunicação popular. mas como você diz, as pessoas t~em que ter um mínimo de informação sobre pautas, apuração, edição e mais do que qualquer coisa "a quem interessa" essa informação. Foi importante o que aconteceu nessa eleição para percebermos a força da blogosfera mas passa a tempestade, é hora de sentarmos e traçarmos a plataforma de comunicação popular e mais do que isso, fazer com que o novo governo (que adora sempre esperar a Globo ou a Folha para começar a coletiva) perceba que "a coisa" mudou e houve um deslocamento. Conte comigo.
abs

El Cid

eis um relato do Prof. Idelber Avelar em seu blog, sobre o que ele viu em um aeroporto em Miami:
http://www.idelberavelar.com/archives/2010/09/em_

p.s.: tem uma surpresa no final deste relato…

José Pepe

Azenha: Vejo com muita esperança o trabalho que vocês poderão fazer pelo Brasil. Como petista, penso que vocês terão um papel muitíssimo importante de apoio ao governo (Deus queira) da Dilma. Mas, e, principalmente, que sejam permanentemente vigilantes com eventuais erros cometidos, pois afinal de contas, o mandato tem que ser para atender a todos os brasileiros, que é a razão principal da existência de qualquer governo;

Gerson Carneiro

"…sem as quais patinaremos eternamente na repetitiva crítica pessoal, no ouvir dizer e no achismo".

Viiiixe… tô com vergonha das bestajis que escrevo aqui.
Cumpadi Berardo, vamo sair de fininho. Azenhão tá puxando nossa orêa.

    Jairo_Beraldo

    Será mesmo cumpadi…vamos ver se ele se pronuncia. Se for, nois cala!

Sérgio

Quase tudo, Azenha: "Porém, como insisti quando fui chamado a falar no Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, essa prática cotidiana desvia o foco do que considero o principal: a produção de conteúdo informativo de qualidade, para contrapor ao que é produzido pela mídia tradicional. Conteúdo regional e plural, que dê conta de atender às demandas não atendidas pelos grandes grupos de comunicação, com seus interesses políticos, econômicos, ideológicos e de classe."

Fabio

Concordo Azenha precisamos acabar com este ranço antigo que não leva a lugar nenhum e começar
a pensar que país queremos , pois só agora começamos a respirar um pouco.
Sinto a falta destes temas , pois muita coisa é prometida mas é pouco informada.
Vai desde um projeto de infraestrutura como obras que não se sabe o que vai ser feito por exemplo Copa / Olimpiadas /
ate assuntos do dia como inundação, morro que cai população desemparada etc.
Por exemplo a 3 anos atrás houve uma catástrofe em Blumenau , a um ano atrás um morro inteiro caiu em Niteroi
vc não tem informação do que foi feito, resolvido o que deu certo enfim não tem continuidade da noticia .
Espero que isso mude ,pois como vc disse o país mudou.

yeda lima

Azenha

Talvez, nesse momento, esteja difícil exercitar a racionalidade e olhar para além de 3 de outubro. Tudo (ou quase tudo) parece insuflar emoções primárias, muitas delas relacionadas a "esqueletos guardados no armário". Talvez este seja o momento de compreender as paixões e de acreditar que elas podem se transformar solidariedade e em lutas sociais por causas concretas.
Só não sei se é possível apartidarismo.

Hans Bintje

Azenha:

Vamos fazer uns descontos: este é um momento de histeria.

Depois das eleições, a gente pode marcar um encontro informal dos blogueiros – sem atas de reunião e coisas do gênero – e pensar de maneira mais leve o futuro.

Eu estou insistindo com o Nassif que se aproveite a ótima experiência do Ricardo Kotscho nos "Encontros do Balaio" para organizar um evento muito bacana.

Na verdade, nem precisa de muita "tecnologia": basta repetir o que o Kotscho fez neste ano – http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/2010/0

(Leia a parte do post em que "Leitores do Balaio fazem" – é magnífico!)

Jair de Souza

Estimado Azenha, achei de suma importância sua colocação e queria dar minha opinião (pena que você tenha reduzido tanto o limite de espaço que já não dá para dizer coisas muito articuladas). Concordo que, se não encontrarmos formas de levar informações à sociedade, ficaremos sempre a reboque das máfias midiáticas, pois teremos que nos limitar a desconstruir suas mentiras e matrizes de opinião, sem tomar a iniciativa de informar o que realmente deveria ser informado. Eu quero me reportar a uma experiência (que você deve conhecer) da Venezuela. Lá foi criado um portal informativo muito importante para os setores populares: Aporrea.org. Na verdade, é o local indicado para que se possa obter informações gerais, em primeiro lugar. Também abrem amplo espaço a opiniões dos leitores. Com nossos atuais valorosos blogueiros progressistas e com outros que aderirão, poderíamos pensar algo ainda melhor, tomando copmo base este modelo para análise. Gostaria de saber o que você pensa.

Fernando

Como impedir as calunias e as difamações? Acho que poderia se criar um selo de confiança, similar ao de qualidade, onde estaria sites, blogs, revistas, rádios e tv"s e do outro lado estaria uma "zona paraguaia" onde poderia tudo, gozar, mentir, caluniar e difamar, até mesmo falar a verdade, embora quem estivesse nesse universo não poderia saber, pois assim como nos maços de cigarros que contém aquelas advertências e informações "malignas" nessas mídias “paraguaias” também ou nem precisava, por eliminação quem não tivesse na mídia que contém o selo de confiança é porque é mídia "paraguaia". Quem quisesse se iludir ou anarquizar, mídia "paraguaia". Seria uma mídia que pode “tudo”. E a mídia referendada no selo de confiança, quem as qualificariam ou certificariam como de confiança? Primeiro, quem aderir se sujeitará a algumas exigências, tipo: poderá dizer ou escrever quaisquer coisas, desde que possa prová-las quando solicitados, por quem prejudicado se sentir. Até porque já existe uma figura jurídica ou “remédio” muito pouco utilizado chamado HABEAS DATA que tem essa finalidade, qualquer cidadão poderá exigir documento ou dados a seu respeito, que esteja sendo retidos por entidades governamentais ou de caráter público. Poderia se criar um "inmetro" da mídia, principalmente da Internet. Acredito que no futuro bem próximo 150 milhões de brasileiro terão computadores. Quando eu entro no site do meu banco tem um cadeadozinho que indica que é seguro. No site "Paraguai" ficaria uma msg no cabeçalho do site, informando que ele não é seguro e que as informações ali contidas poderão não ser verdadeiras. O seja: "O Ministério da justiça informa acessar esse site faz mal ao caráter".

    roberto

    o fernando o "zona paraguaia"soa ofensivo aos nossos irmãos paraguaios que já tem muita dor de cabeça ,como cá!

    Alcimar

    Quando digo "zona" não é no sentido pejorativa da palavra, mais relacionado a zona comercial que fica situada no Paraguai, cujos produtos são na sua grande maioria falsificados ou contrabandeados. Além do mais Roberto, o exemplo foi metafórico.

Cícero

" homem é um ser social eminentemente gregário" (Aristóteles). Assim, cada indivíduo, na sua incansável busca pela felicidade, pautada em paz e bem-estar social, procura se unir a outros indivíduos com os quais se identifica, em seus anseios, sonhos, lutas, ideais. Talvez isso explique, em parte, o sucesso deste blog. Aqui tenho encontrado pessoas alinhadas aos ideais que se alojam em meu espírito. Aqui tenho encontrado motivos e fundamentos para prosseguir acreditando no sonho de liberdade, igualdade e justiça em sua plenitude.

Nesse contexto, a blogosfera tem (e terá cada vez mais) um papel fundamental na construção de uma sociedade cada vez mais justa, própera e pacífica. O governo Lula trouxe-nos essa esperança Cabe agora à Dilma (uma vez, eleita) avançar ainda mais, em benefício do povo.

    Baixada Carioca

    E isso sem nos desapropriar do direito da crítica.

Pedro

2ª Parte: O desmonte do monopólio midiático é algo que está acontecendo e que acontecerá inevitavelmente. E já está em pleno curso. É isto que a mídia dos dominantes está chamando de controle da liberdade de expressão. Podemos até admitir que eles têm razão, a razão deles, a expressão deles, assim como a liberdade deles. A que vem aí com a internet repete aquilo que acontece nos momentos de grande transfomação. Para fins eleitoreiros transferem esta problemática para o inimigo político com a única finalidade de ganhar votos. O que não podem admitir é que também chegou a hora deles de se ver com a história. A imprensa deles foi revolucionária quando Gutenberg inventou os caracteres móveis. Então ficaram sem emprego os copistas. O novo Gutenberg não vem para garantir monopólios. O desespero desses monopólios, como era de se prever, é que a nova liberdade de expressão está lhes escorrendo das mãos. Se acreditaram num certo momento que a história tinha acabado, vão ver agora que a história tarda, mas não falha.

Pedro

1ª Parte: Todo fato que decorre de mudanças históricas tem algo de imprevisível. Historicamente falando, as coisas novas são assim chamadas porque as coisas velhas já chegaram ou estão chegando ao fim. A gente nem sempre atenta para o fato de que todos os momentos de transformação social refletem novas necessidades e que as coisas novas surgem em meio à incapacidade das coisas velhas de responderem às novas necessidades. A luta que se trava atualmente entre a velha imprensa e a internet tem esse caráter. A internet nasce com força porque o mundo dos homens não se coaduna com coisas fracas, que, no caso, é essa mídia do pensamento único. Quanto mais se acentuar a crise da grande imprensa, essa da resma de papel, mais lugar haverá para um mundo ainda difícil de prever, mas no qual a internet terá, certamente, um papel relevante.

CC.Brega.mim

só que eu acho que o lance da blogosfera não é só jornalismo…
a expressão é poderosa
pra mim o problema da apuração é dinheiro e só dinheiro
as técnicas os jornalistas têm e muitos amadores também
a questão é quem paga pra que se faça uma investigação em vez de entregar o tempo pro patrão
porque pra sustentar a família eu entrego meu tempo pro patrão.
eu não usaria a expressão "capital humano" – o que é isso?
as pessoas sabem fazer se tiverem como fazer
acho que o achismo é um grande avanço
legal! todos podem achar!
mas sem a apropriação da cultura junto é que não vai…
e concordo com o conflito de gerações
mais ainda com a disposição de abandonar velhos elitismos…
beijos,
CC.

Antonio

Parte I

Prezado Azenha,

Acho que essa inquietação é desnecessária. As mudanças estão ocorrendo de outra forma – talvez não como você gostaria que fosse – mas estão ocorrendo. Os pulhas ligados à ditadura estão morrendo com os dissabores das mudanças que vêm acontecendo em avalanche. O que o povo brasileiro vem ganhando com os blogs é algo mágico, fantástico – eles nos deram voz. Os blogs, concebidos e dirigidos por vocês (Azenha, PH e outros jornalistas honestos e conscientes) são preciosos e necessários para nos fazer cidadãos em rede.

Antonio

Parte II

Por outro lado, temos uma linha de governo federal que não bate de frente, mas vai expondo o alicerce pelas beradas. Lá na frente, a casa do autoritarismo, do colonialismo, do entreguismo cai com um sopro. É o que estamos assistindo. Ao seu tempo, as coisas estão melhorando. Eu, por exemplo, nunca imaginei que chegariamos na situação que estamos hoje (social, política, de cidadania e na área das comunicações). Já pensou o Rei Momo da direita como presidente da república hoje? Seríamos novamente uma terra arrazada. Mas estamos melhorando muito rapidamente e quando a mundança atingir fortemente a área das comunicações com o Internet para Todos, a área da Educação e do tráfico de drogas, a grande mudança vai estar em curso, quase completa, mas difícil de regredir.

Maria

Azenha, você tocou num ponto chave. O exercício do debate e a liberdade de expressão para a maioria de nós estava ficando cada dia mais raro e mais difícil. O espaço é pouco mas tentarei resumir. O Lula se preparou como grande estrategista para esse embate previsível. Se as idéias de jornalistas , articulistas e pessoas caras produziram cada reação nossa seja pela ironia, pela reflexão e até pela revolta e indignação, isso quer dizer que o futuro promete um debate real de idéias, com menos nervosismos, menos improviso e menos barracos. Se bem que nessas eleições
cada reação nossa raiivosa, deselegante, desqualificadora foi bem merecida. Afinal, somos humanos.

Emília

Azenha, como diz a filosofia oriental: "Toda caminhada começa com o primeiro passo". Não sou jornalista, não tenho blog, mas gosto de acompanhar o trabalho de vocês pela internet, que vi nascer , e acho que vocês blogueiros tem feito excelente trabalho nessas eleições, portanto, depois delas, blogueiros, como você, o Rodrigo Viana, o Paulo Henrique Amorim e tantos outros, podem continuar esse trabalho com tópicos sérios, bem informados e, sem necessitarem de apoio, garanto que os leitores dos blogs contribuiram com a trabalho. E esse debate que você propõe, para mim, não tem nada a ver com direita ou esquerda, tem a ver com o Brasil melhor em que queremos viver e, somos nós brasileiros, que devemos batalhar pra ter.

Ricardo Pereira

Caro Azenha, como sou um profissional da area de exatas, sou acostumado a pensar quantitativamente. Este seu post veio de encontro ao meu pensamento. Que adianta insistir em discutir estes assuntos preteritos se o futuro se prenuncia desafiador? Qdo o Lula resolveu botar a mao na massa e tirar o Brasil do berço explendido, ele escancarou a porta e deu pra ver o deserto de ideias e projetos da oposiçao. Quando assistia programas mostrando a pujança do Japao dos anos 80, sempre me perguntava: mas porque a gente nao consegue ser eficiente e produzir com os japoneses? Havia um deslumbramento com o exterior e nos sentiamos inferiores. Parecia que o povo nao tinha capacidade. De repente, vem um metalurgico e diz que o povo brasileiro tem condiçao de produzir tanto ou mais que outros. E prova! Isto mexe com nosso animo e nos incentiva a querer progresso, mas sem esquecer que estamos todos no mesmo barco e as vantagens tem que ser para todos. Outro fato importante é que a gente nao olhava pra America do Sul, considerada irrelevante economicamente e atrasada culturalmente. O Lula, do alto de sua sabedoria, enxergou o povo dos paises vizinhos como iguais a nós. Acho que estas sao boas bases para um futuro pacifico e progressista. Fé na nossa capacidade de criar, inovar, gerenciar e produzir e um olhar sem odio para o resto do mundo.

Alexandre Tambelli

Azenha e Pessoal! Realmente, a produção de conteúdo próprio é uma prioridade para o Jornalismo dos blogs progressistas. Hoje, desmontamos notícias dos Jornalões ou mostramos opiniões que dissecam as condutas e ações de candidatos com posturas diversas da que acreditamos melhor para o Brasil.

Mc_SimplesAssim

Ah, o sonho petista de humanizar o capitalismo…coisa mais fofa!

    Luiz Carlos Azenha

    Nada disso, é o sonho de ligar a luta social (apartidária) a causas concretas e não às elites iluminadas, que também existem na esquerda.

    jose francisco

    esse aí é da geração que se vai. vai e já vai tarde. tchau.

    Gunther Furtado

    Pode até ser que algum petista ainda sonhe com isso, o PT que está no poder não. O PT é muito mais pragmático: acaba de concretizar a maior capitalização da história do… er… capitalismo. Sem humanização mesmo, a seco.

    Mas acho que o tema do artigo era ortogonal ao tema da sonho petista. O texto trata de uma questão relevante sobre o futuro dos blogs que desmontam as denúncias contra o governo (agradeçamos sempre a inépcia da velha mídia, esta superestrutura que o capital está descartando). Isto está em aberto mas eu aposto como já tem um monte de urubus pensando em como ganhar dinheiro, corações e mentes em cima destas conquistas (se não tinha, agora já dei a ideia).

    Quando não tivermos inimigos tão claros (e tão ineptos) que castelos de areia vamos soprar?

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