Europa, China e Brasil: A crise inevitável e a saída da crise

Tempo de leitura: 4 min

Da Caros Amigos:

José Arbex Jr. (Nota do Viomundo: cujo único defeito é ter nascido em Marília, na Grande Bauru): Do ponto de vista objetivo, você tem no país, onde um dos principais agentes financeiros é o Banco Santander, que é um banco espanhol, e ele e a Espanha estão no limiar de uma crise, que tá sendo anunciada pela Economist faz tempo, muito tempo, temendo que a crise grega atinja a Espanha. E vai atingir. Atualmente, 40% da população jovem da Espanha está desempregada, 40% dos jovens espanhóis estão desempregados. É a quarta economia da União Europeia e tem um PIB de 1 trilhão e 400 bilhões de dólares e 40% da juventude tá desempregada no país e não tem nenhum sinal de recuperação econômica. Ao contrário, a Zona do Euro ameaça implodir. Se você pegar a situação da Alemanha e da França, que são os dois maiores credores da Grécia. Se a Grécia não pagar… (risos) os compromissos com os bancos alemães e franceses… Essa porra vai pro espaço!  Acontece que a Grécia, hoje, tem regiões inteiras onde 40% do comércio tá parado. A Grécia é um país paralisado! Por isso que tem um monte de grandes teóricos, inclusive aquele que escreve no New York Times, o Krugman, falando abertamente na possibilidade da falência da Zona do Euro. Como é que vai ficar o Brasil? A Telefônica é espanhola, o Santander é espanhol, um monte de indústrias portuguesas, o colchão de dólares que o governo Lula alardeia que ele tem… Se essa porra explode, a fuga de dólares para a Europa vai transformar esse colchão de dólares em pó num prazo de semanas. Então, o negócio é o seguinte: subjetivamente eu não estou vendo nenhum sinal, agora objetivamente estou dizendo que está se avizinhando uma crise que é inevitável. A menos que aconteça alguma coisa extraordinária que não consigo imaginar qual seja… a crise vem! E aí, quando estourar… quando começar a ter desemprego em massa, quando cessarem os créditos fáceis e começar a cobrança desses financiamentos em até 70 meses, que se faz hoje para comprar um carro, uma televisão e a classe média não tiver dinheiro pra pagar… Aí eu quero ver como vai ficar…

Do Retrato do Brasil:

Irlanda, o “tigre celta” era de papel

Vítima do crescimento especulativo, o país se prepara para o êxodo em massa da população

Os irlandeses foram os primeiros derrotados pela crise: entraram em recessão ainda em 2008, com uma queda de 7,5% no PIB. Os três maiores bancos do país tiveram que ser resgatados pelo governo. Também foram os primeiros a protestar: em fevereiro de 2009, cem mil pessoas saíram às ruas, na capital Dublin, na maior passeata do país desde os anos 1980. Mas não bastou. A pedido dos empresários — em nome do crescimento econômico –, o governo cancelou, logo depois, o pacto social que fora negociado com os sindicatos em 1987. A Confederação Irlandesa de Sindicatos ameaça novas mobilizações, mas as previsões não são boas. Segundo o Instituto Econômico e de Pesquisa Social irlandês, 120 mil trabalhadores até o fim de 2011 dem migrar por causa da recessão. Um êxodo bíblico: a população é de apenas 4,2 milhões. Como fonte de mão de obra barata para multinacionais americanas, segundo definição da revista inglesa New Statesman, a Irlanda cresceu muito até 2008 — e foi chamada de “tigre celta”. Mas o crescimento era essencialmente especulativo: quando a quebradeira começou, levou junto a ilusão.

De Luiz Carlos Azenha, no Viomundo:

Os conglomerados mundiais buscam, agora, as “novas fronteiras”, que combinam mão de obra barata e desorganizada (ou sujeita a controle estatal), espaços físicos férteis e riquezas minerais abundantes. Elas se localizam na África, na Ásia e na América Latina. Os planos de integração da América do Sul, por exemplo, privilegiam as obras que facilitam o escoamento. As estradas planejadas não visam prioritariamente a integração econômica mutuamente vantajosa, mas são portas de saída para os recursos minerais que vão abastecer este processo, cuja plataforma central, curiosamente, está localizada na China, mas se estende por toda a Ásia, do Vietnã à Malásia, da Índia à Indonésia. A integração do Brasil a esse processo passa pelas grandes obras que produzem energia na Amazônia para a mineração, estradas de ferro para o transporte de soja e minério de ferro e a transposição do rio São Francisco, cujo principal objetivo é fornecer água para o agronegócio avançar sobre áreas do Nordeste, próximas ao mercado europeu. A ênfase no “ensino técnico” e não no desenvolvimento de biotecnologia nacional sugere uma pista de como se pretende inserir o Brasil nessa nova etapa do capitalismo. Os países centrais se desfazem de suas indústrias eletrointensivas e poluentes e concentram sua economia nos produtos de alta tecnologia de alto valor agregado. O verdismo “periférico” de Marina Silva faz parte de um processo que visa criar demanda para essa tecnologia que sai dos laboratórios europeus, japoneses e estadunidenses. Sob a capa da “sustentabilidade”, ideologia disseminada em revistas de papel caro e tintas altamente poluentes, se esconde essa “transformação” baseada na subordinação intelectual. Produziremos morangos para o café da manhã dos europeus, exportando a água brasileira no produto e reciclando materiais com o uso de tecnologia europeia — tudo em nome do ecocapitalismo. Na África o mesmo processo está em andamento, com o avanço do agronegócio sobre terras comunitárias da Etiópia, por exemplo, para a produção e exportação de alimentos (e água, num país onde há carência de água doce) para os países da península arábica; com a exportação de matérias primas (petróleo, minério de ferro, etc.) para a China; com a produção de energia elétrica em países do norte da África para a exportação, por linhões, para países europeus. Ou seja, a África também vai exportar a água e a energia às quais a grande maioria de seus habitantes não tem acesso. O processo de pilhagem será maior ou menor dependendo do grau de organização dos estados nacionais.


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Comentários

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CC.Brega.mim

propaganda antipetista aliada ao pensamento puro da velha esquerda
psol.
terrorismo econômico eurocêntrico
recusa de quaquer tipo de desenvolvimento
à espera da revolução
(que no entanto ninguém tem coragem de emprender…)
a verdadeira revolução é botar a mão na massa, agir.
e conversar
comunicar.
com liberdade de comunicação vamos avançar em direção à igualdade
o projeto do Lula sempre foi esse
pleno diálogo.
e avanço
onde dá, onde der, pelas beiradas
chegamos no centro
e educação pra massa
não pras elites.

francisco.latorre

o arbex é grande figura.

mas não acerta uma.

..

e o verdismo ecocapitalista ongueiro..

é apenas mais um truque do império. furadíssimo.

parapolítica despolitizante.

não cola. só aperreia.

..

Léo Costandrade

É uma análise bem fundamentada, mas, uma análise é sempre sobre uma situação estática, pode se confirmar ou não dependendo das soluções que forem colocadas, é de se supor que a equipe do governo (desse ou do próximo) tenha conhecimento técnico muito maior até que o do jornalista que escreveu a matéria e, portanto, tenha conhecimento deste risco, então eu suponho que alguma coisa já deve estar sendo feita para anular ou pelo menos amenizar as consequências, em todas as áreas há sempre algo que pode vir acontecer se não for aplicado nenhum antídoto antes, mas o defeito de todo analista é que ele sempre supôe que o único que percebeu aquela vunerabilidade é êle despresendo o conhecimento dos técnicos no assunto.

Carlos

"Se essa porra explode, a fuga de dólares para a Europa vai transformar esse colchão de dólares em pó num prazo de semanas."
Alternativas, Arbex?
Trocar por euro ou yen ou…?
Incinerar?

Hans Bintje

Azenha:

Viomundo, qual mundo? Eu falo do mundo que vejo, retratado pela revista Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/cultura/o-futuro-l

"O Brasil tem ainda muito disso: a 50 quilômetros de qualquer capital existe uma roça. Resumindo bastante o longo raciocínio: se tem aqui ao lado, economizamos combustível, fumaça, borracha e o preço fica também melhor. A certa altura vemos Roninho fatiar uma goiabada cascão. Vem de São Bartolomeu. Uma família faz e eles fornecem o açúcar. Eles escolheram essa família. Você vai concordar comigo ao assistir ao vídeo: que espetáculo de peça essa goiabada. Única. Raro de ser ver daquele jeito. E como diria Silvio Santos, é coisa nossa. Curioso, não? Se é bordeaux ou borgonha, a gente diz de olhos fechados. Se a trufa branca está bonita, com o canto do olho identificamos. Eu me confesso totalmente ignorante em goiabada cascão. Em farinha de milho também. E sempre na Paraopeba, um tiquinho de cena mostra um saco de uma bem flocada… Que espetáculo!

A tal nação gourmet verde-amarela que andam vendendo em cantões bastante sofisticados não vai prosperar enquanto o conceito da Paraobepa não tiver sido mastigado e digerido pelos chefs. Repito: que cada um cuide do seu quintal. O vídeo foi muito bem dirigido por Rusty Marcellini, que é diretor de cinema e atua fortemente na área de gastronomia lá em BH. E a produtora é a Cara de Cão. Acesse já:" http://www.youtube.com/watch?v=aUiWgtIGJwU

    Sérgio Vianna

    Hans, aceitei sua sugestão e fui lá assistir. Uma maravilha de documentário, esse conceito da Paraopeba. Próxima viagem a Minas, acho que vou ver de perto.

Fernando Gonzales

O Brasil esta no caminho correto, amenos que o autor tenha outra idéia. Falar é simple quero ver botar em praticas idéias que não são aprovadas pela Máfia Europa-EUA. Alguém tem idéia melhor do que este governo esta fazendo? Quem foi que tirou o país de derrocados 15º lugar para 8º? Quem é que vive dizendo que temos que melhorar os portos para termos melhor escoamento das nossas riquezas? Ou será que a América do Sul por si só ja é suficiente? Que história é esta de o governo estar investindo só no ensino técnico se este é o governo que mais investe no próUNI e em técnologia autóctone?
Acho que esta na hora de dizer a verdade, até mesmo porque todos os internautas estão ligadíssimos em varias paginas da internet e vendo o que o governo federal vem fazendo de bom por este país, não da mais para esconder a verdade ou querer influenciar com meias verdades.
O povo esta convencido que este governo fez mais, não é só pelas compras a perder de vista, como diz um autor alarmista aí em cima, mas porque esta vendo que seus filhos e netos estão tendo uma vida melhor e podendo estudar mais…acabou as formulas de um capitalismo decadente que vivia as custas dos latinos e dos africanos, eles estão quebrando porque a mamata acabou, ja não conseguem arrancar dinheiro facil dos pobres, hoje a coisa ta mais igual, daí esta vindo a bancarrota dos europeus e estadunidenses…acabou a mamata.

    leosfera

    Não adianta, Azenha, você ter os pés no chão e analisar criticamente o ufanismo desst bolha de prosperidade sem mudança estrutural. Seus leitores seguem sendo na maioria polianas candidescas. Mas vá adiante, é alentador um post como este.

    Morvan

    Se o Lula matasse 199 leões, faltar-nos-iam mais 199 e não 1. Esta é a lógica perversa destes "profetas do apocalipse". Interessante que Santander, Tele[a]fônica e outras invencionices tucanas não têm nada a ver com Lula. Lula assumiu com elas já doadas (vendidos quem as "ven-deu".). Aliás, o Brasil só saiu do cadafalso antes de todo mundo porque o Governo, inteligente e coordenadamente fez exatamente o contrário do receituário dos "iluminados" tucanos, daqui e d'alhures. Então, é um grande contrassenso atrelar os sucesso e destino do Brasil à elite da Europa ou à dos estadunidenses! Também concordo com a sua pontuação, Fernando Gonzales, com relação à política estratégico-educacional do Brasil. Não tem esta de "ensino técnico", e m detrimento do ensino estratégico. O Lula, o "sem graduação", fez muito mais pela educação superior (refiro-me ao nível e não a estratificação do conceito) do que os "doutos" deste país.
    Deplorável ler estes ensaios totalmente deslocados e d'onde não se depreende sequer onde se almeja chegar.
    Morvan, Usuário Linux #433640

Fernando

E o pior de tudo é que num cenário como esse, não teremos um presidente com poder e carisma de convocar a população a fazer sacrifícios, ter paciência e mostrar uma direção a seguir, pois o grande condutor Lula estará sem o poder. Porque ninguém é bobo e todos nós sabemos que quem faz acontecer é quem tem o poder. Mas, quem tem o poder não tiver carisma e persuasão para convencer, ai lascou-se!

    leosfera

    quem tem poder maior: o Lula ou os latifundiários? o Lula ou as multinacionais? por que Lula só chegou lá após genuflexões aos donos do poder? o que o texto diz é que quando a crise vier – e a China cresça a apenas 5%, por exemplo – o bolha estoura. Como na Irlanda. Que babaquice isso de ficar adulando o Lula! O Lula é uma peça da engrenagem, as decisões vêm de fora! Exportar soja e minério não é progresso nenhum! Foder com o Xingu para dar energia barata para a indústria de alumínio não é uma "inevitabilidade do progresso", é atraso! Progresso é exportar patentes, softwares, produção acadêmica. Nisso estamos engatinhando, se muito.

Marcelo

Esse é o melhor e mais sucinto texto sobre os rumos da economia global. O Brasil está seguindo exatamente esse caminho.

assalariado.

Observei os comentários e,notei que a maioria não analisa esta crise do capital sobre a ótica do próprio sistema e sim como se fosse crise de continentes,moedas,nunca é analisado como uma crise de super produção de mercadoria e de capital a qual Marx se refere. A crise instalada em 2008 é fato,e ainda não chegou ao seu fundo do poço,esta apenas hibernando,com a ajuda dos Estados nacionais em socorro ao bolsa burguês,mas os cofres públicos já estão rasos.Este texto é uma constatação(de fato),porque o seu ponto de partida se baseia na conjuntura (não conjectura como alguns dizem),e da realidade do G7,que como todos sabemos fazem parte da economia,agora globalizada que,em caso de quebra fara um efeito dominó,Até estes dias quando ocorria uma crise no 1º mundo logo,estas eram transferidas para as suas colonias,eventuais para raios das crises economicas do capital internacional,que agora se nega a ser o lixo das crises ora em andamento.A saida não tenho duvidas,será organizar a economia de forma planejada,de momento os donos do capital se negam a aceita-las mas,esta passagem do sistema capitalista para o socialista,será "naturalmente" forçada.

    Eridan

    Os amigos falam em "crise do capitalismo" e em "globalização" como se fossem recentes formas de economia. Não é. O capitalismo é a globalização, e a globalização existe desde sempre, apenas acelerou-se nas últimas décadas.
    Estamos e sempre estivemos dentro de um um balão. A crise é um furo em determinado local do balão. Buracos sempre aconteceram nesse balão, pois nunca ocorrerá de uma economia está totalmente em equilíbrio no mundo. Mas vão-se lá, corrigem-se o furo e o balão volta a subir. Foi sempre assim. É assim.Sempre haverá novos buracos no balão, e como estamos todos no mesmo balão, todos sentimos os efeitos causados por um ou outro buraco.

    assalariado.

    Eridan,os buracos surgem(crises ciclicas do capital),pelo motivo de que o capitalismo tem sua lógica funcional,e é uma ciência exata(sem essa de torcida),e toda vez que o sistema entra em parafuso,a concentração de renda aumenta e os salários cada vez mais ficam miseraveis,ou seja,o funcionamento deste balão não depende de advinhação, depende sim,da compreensão de onde surgem as crises do capital.Voce pensa e fala igual o PIG,tem complexo de vira latas,mesmo porque o socialismo é para quem acredita,não para quem pensa que acredita.
    Por outro lado não sei se voce percebeu,o capitalismo agora globalizado,de tantos remendos,virou uma colcha de retalhos,ou seja,tem mais remendo do que colcha,vai demanchar,desintegrar,não depende de torcida,esta sera e é a sua lógica,e o Lula sabe disto.Aproveita,mostra aí, onde foi implantado no planeta, uma sociedade socialista marxista(eu disse),sociedade socialista marxista? Abraços.

    Eridan

    Muitas pessoas torcem para que novos buracos surjam. Talvez, para colocar cada vez mais à prova do governo do nosso grande presidente. Talvez simplesmente para ver o balão pegar fogo, enfim, torcem. (incrível como torcem!).

    Quanto ao socialismo, esqueçam!!! É lindo!! Maravilhoso!! Mas é como a Constituição Brasileira: existe, mas não funciona(…)

    Pois imagine o ser humano, mesquinho do jeito que é (a única experiência de Deus que não deu certo), se curvar à igualdade de todos. Pura utopia.

Cícero

O processo de globalização está produzindo uma descontrolada competição entre os países. Há uma forte inquietação por parte dos vários blocos econômicos quanto à perspectivas futuras. Em alguns países, enquanto população cresce, a agricultara acha-se estacionada. Nessas regiões, há poucas terras cultiváveis; no campo, o uso intensivo da terra, sem regras e práticas de conservação, está levando à exaustão dos solos em algumas partes do planeta. Muitos camponeses do leste europeu migram para os grandes centros urbanos em busca de atividades alternativas. O Brasil já o 3º maior exportador agrícola do mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o Brasil, a China, a Rússia, a Índia e a Ucrânia, em dez anos, serão os maiores produtores agrícolas do planeta; serão juntos o celeiro do mundo. E isso me preocupa, pois na hipótese de uma generalizada escassez de víveres na Terra, estaria em risco a nossa soberania, face à chamada 'globalização', pautada na integração global entre os mercados produtores e consumidores do mundo.

lucia

A crise do capitalismo já vem se configurando há muito tempo, a primeira fase nós já vimos e ainda naõ acabou , o modelo neoliberal mostrou ser inadequado. A ordem econômica e política mundial inicia sua revolução..
É preciso frisar que o sistema financeiro brasileiro não está estribado nas instituições espanholas e européia como ficou evidente durante a primeira fase da crise. Sem dúvida teremos grandes mudanças e muitas medidas devem ser tomadas para que não mergulhemos nesta crise..
Futurologia é sempre um risco, mas, até hoje, as previsões catastróficas não se confirmaram, mas desta crise, com certeza, emergirá um novo modelo onde a Europa e Estados Unidos não terão a posição de dominância econômica e militar que tiveram até a atualidade. Sem dúvida, o mundo capitalista com a preponderância quase unilateral dos interesses norte americanos e europeus caminha para o fim.
Claro que devemos estar atentos e nos prepararmos, é importante buscar alternativas não tradicionais o, o que o governo Lula vem fazendo, o investimento em educação, tecnologia e pesquisa é fundamental. Aí vem a China como primeira economia do mundo.
Importante a ocupação da Amazônia e a peservação dos mananciais aquíferos cuja escassez mundial também está prevista há décadas.
O novo mundo com nova correlação de forças pode não,ser tão ruim para os países emergentes mas sem dúvida trará grandes perdas ao poderio do hemisfério norte, justificável o pânico dos que são beneficiários do atual modelo.
Prefiro acreditar na história e numa nova ordem mundial que se avizinha, devemos cuidar para que seja mais benéfica para a humanidade.
A história nos mostra que a humanidade já passou por muitas crises ( inclusive o fim da eraglacial com a extinção de muitas espécies, ofim do império romano etc) e sempre caminhou positivamente para um mundo melhor, prefiro ser otimista.

Europa, China e Brasil: A crise inevitável e a saída da crise … | GSM Brasil

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Mariano S.Silva

Vamos voltar a estes temas após as eleições. Eu pelo menos, não tenho cabeça para pensar em mais nada além de 03 de outubro. Por favor vamos retornar depois a estes temas!

monge scéptico

Em que ralo some o dinheiro de um país, quando ele se descapitaliza? Algo ou alguém açambarca
o mesmo, deixando as instituições sem poder financiar, negócios, pelo menos sustentáveis.
Quem pde salvar um país da bancarrota capitalista, são os mercados internos de cada país, e menos
importantes; contratos de longo prazo firmados com países, em a moeda de troca, seja mercadorias,
mais que a moeda etc. As crises financeiras sao provocadas de propósito, por quem detem a maior
parte do dinheiro no mundo.Temos que pular fora desse círculo; a GRÉCIA etc, também.

Lucas Cardoso

Carácoles, Azenha, você é um analista fenomenal. Já pensou em escrever livros? Ou, no mínimo, ainda mais análises ainda mais profundas na seção de opinião do blog?

Marroni

Azenha,
O Arbex deve ter gravado essa conversa na mesa de algum boteco. Dar cambalhotas mentais assim ligando o desemprego da juventude espanhola ao financiamento de automóveis no Brasil, só de cara cheia.
Quanto ao seu texto, faltou você combinar com o Arbex. Se a Europa vai explodir, essa grande massa de desempregados -irlandeses, portugueses, espanhóis, italianos e outros – não terá dinheiro para comprar os morangos.

    Luiz Carlos Azenha

    Massa, que massa?

    Exilado

    Azenha, menos! A Europa não vai explodir nunca, vai diminuir, só isso. A título de curiosidade, o Professor Darcy Ribeiro em suas obras magistrais, sempre chamou a atenção para o papel dos chamados centros diretores no processo de colonização das Américas, e nos convençe de algo histórico interessante: a tal de Espanha roubou as riquezas em ouro das Américas, gastou com inutilidades inglesas e, quando houve a revolução industrial, não teve recursos para acompanhar a nova tendência da indústria, e deu no que deu! Se a Grécia, Espanha, Irlanda ou mesmo Portugal e a Itália (não se esqueça disso!) não pagarem aos seus débitos, bem, pelo menos o governo francês vai repetir uma formula mágica já usada no passado: estatizará seus bancos e o esqueleto da dívida será incorporado ao débito nacional. Não foi assim nos EUA (somente quanto ao esqueleto da dívida)? E mais: o que é a Espanha mesmo no processo?

    Marroni

    Essa massa, http://www.wsws.org/pt/2009/aug2009/pteu-a14.shtm

José Olavo

Se a Europa, como um todo, entrar em crise, muito coflito social acontecerá. Muita coisa acontecerá, para o bem e para o mal é só ver as manifestações que ocorrem na atualidade.

Marcos Doniseti

1) A Telefônica é espanhola,

R – Se ela precisar vender seus ativos no Brasil, a Oi (que, na prática, é estatal) comprará os mesmos e na bacia das almas.

2) o Santander é espanhol,

R – Se quiser vender seus ativos no Brasil o BB poderá comprá-los.

3) um monte de indústrias portuguesas,

R – Faltou citar o nome delas….

4) o colchão de dólares que o governo Lula alardeia que ele tem… Se essa porra explode, a fuga de dólares para a Europa vai transformar esse colchão de dólares em pó num prazo de semanas.

R – O economista Nildo Ouriques previu a mesma coisa no final de 2008 e isso não aconteceu. E nem irá acontecer. E as reservas internacionais somente cresceram de lá para cá. Antes da crise, tínhamos US$ 205 bilhões em reservas e agora temos mais de US$ 270 bilhões.

Que catastrofismo barato esse do Arbex, hein!

rccmoraes

A resposta americana à depressão foi o New Deal. Um escritor hoje em desuso, Leo Huberman, escreveu um um livro de divulgacao – Nós, o povo – em que descreve algumas dessas políticas. Nao foram elas ou só elas que retiraram o país do sufoco. Mas sem elas seria dificil imaginar o deslanche ianque durante e apos a II Guerra. Alias, seria dificil imaginar a sobrevivencia daquele pais, mergulhado num desastre nao apeans eonomico, mas social e político.
Outro aspecto que deve ser desmistificado (ou desmitificado, como quiserem) é essa panacéia do ensino superior e das unviersidades de pesquisa. Claro que são importantes, mas… metade do que se chama de ensino superior nos eua nao é ensino superior, é ensino médio reciclado .E tem/teve enorme importancia para o pais. O importante na França, para pesquisa e para formação de quadros superiroes, nao é a universidade, longe disso. É o CNRS, o conjutno dos chamados grandes estabelecimentos. O estratégico na sustentacao do desenvolvimento frances está mais nos liceus (ensino médio) do que nas unviersidades – e no nivel superior, nas grandes escolas, nao nas universidades. Na Alemanha, o gimnasium, ensino médio, e as escolas técnicas têm papel tão ou mais imprtante, para o desenvolvimento do pais, quanto as unviersidades. É preciso olhar com menos descaso a popularização do ensino médio (e técnico) de qualidade. E mitificar menos a univesridade "de pesquisa". Ela é importante, mas… vamos com calma.

    El Cid

    …caro rccmoraes, arrisco a dizer que, não podemos ter a mentalidade de "plantar alfaces" porque o tempo de colheita é curto!
    … creio que plantar "árvores frutíferas" é a solução: demanda tempo, paciência, cuidado. Mas quando os frutos veêm, aí já temos a base consolidada! aí é só manutenção mesmo, e melhorar continuamente !!

assalariado.

Azenha,o fim do capitalismo enquanto relações sociais de produção,realmente esta por um fio,não tenho dúvidas que a mudança desta sociedade do capital,que,vive de crises na abundância,de mercadorias,sera dolorido.Não acho o Sr. Arbex,alguns aqui sugerem,ser um catastrofista,ao contrário,Sr. Arbex, Azenha,Pedro Ayres e Maria Lucia,dentro da minha culta ignorância,demonstraram que já leram o livro O CAPITAL (Karl Marx),que analisou com muita propriedade o capitalismo e suas crises ciclícas.É uma constatação e não um achismo a realidade deste texto,o desenvolvimento do capital no G7,já era,por outro lado as colonias que sempre arcavam com os prejuizos,já não são tão colonias e muito menos lixeiras das suas crises.O capitalismo,não se esqueçam esta globalizado e a faixa de manobra do Brasil,e de todas as nações é zero(depende do tamanho da crise),por isso,urge a necessidade da planificação da economia global mas,a burguesia do capital impede este movimento que,hora destas,terão que aceitar no amor ou na dor,a sociedade onde a especulação e a exploração de poucos sobre muitos,será obra do passado,vamos rumo ao socialismo,uma sociedade de todos/as.

Alexandre Araújo

Esse raciocínio do José Arbex está totalmente equivocado, e vou pegar apenas dois pontos pra demonstrar o equívoco:
1- FUGA DE DÓLARES PARA EUROPA? Como vai haver fuga de dólares para a europa? É muito mais lucrativo e prático pra as empresas espanholas se desfazerem de seus negócios na espanha e investirem o que tem aqui no Brasil, pois a economia aqui tá bem mais sólida que lá. Ou você acha que eles são loucos de jogar dinheiro no fogo?
2- VAI ACBAR O COLCHÃO DE DÓLARES QUE LULA ALARDEIA? Companheiro, o colchão de dólares que Lula alardeia são das reservas do GOVERNO BRASILEIRO e não das empresas estrangeiras aqui situadas.
Resumo, estou doido par aque a eurpoa quebre mesmo, pois aí é que os recursos vão se direcionar mais pra Brasil, além do que uma viagem pra Paris, vai ficar mais barato que um fim de semana no Guarujá..rsrs

    Maria José Rêgo

    Alexandre Araújo, concordo com vovê. Como explicar empresas do mundo inteiro investir na Petrobras?

    Exilado

    E essa é fresquinha: para onde os italianos pensam em vir? Hummmm … todo mundo sabe! (Eu sei, pois estive lá…)
    A titulo de curiosidade: conheço uma alemã que ver vir estudar no Brasil. Não perguntei os motivos, mas acho que sei porque….

ruypenalva

Conjecturas e mais conjecturas. É claro que a periferia do Euro pode desabar, mas a Alemanha, França, Inglaterra (que não é zona do Euro) não desabarão. A crise apenas mostrou sua face, não era vista pois era encoberta pelas finanças especulativas. Parte da Europa e Leste europeu não tem futuro. Quem tem futuro hoje? China (manufatura do mundo) Japão (tecnologia do mundo, mas até quando?) Alemanha (essa nunca cai, tem tudo de bom e ainda é meio socialista) Russia (gás, petróleo, tecnologia) Brasil (energia, agronegócio, crédito de carbono). Haverá um grande fluxo migratório da Europa em crise para a Rússia, largamente desabitada, um brain drain de volta, para o Brasil, já estamos assistindo isso. A Índia permanecerá forte em serviços, genéricos, consumo. Bom, o capitalismo é isso. É feito de fluxos e refluxos. É bom prestar a atenção para possibilidades de guerras nesse períodos de alta tensão econômica. Marx e Engels sempre acharam que o fim do capitalismo é o comunismo, mas não o comunismo como idealizado por Lênin com ditadura do proletariado e outras tolices que ele, Trotsky e Stalin cometeram, mas o comunismo por necessidade evolutiva. Mas será que o homem evoluirá a tal ponto de perder o seu individualismo egoísta?

    Exilado

    "Foi preciso quinhentos anos para se instalar o capitalismo no Brasil.." (Baseado em frase do "CARA")

Pedro Luiz Paredes

Essa do Santander e da Telefônica foi boa, rsrsrsrs
Nem vou mais no "stand up show" que vai ter hoje a noite!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Sérgio

Até tu, Azenha?

Mario Henrique

A implosão europeia , na surtiria tanto efeito na economia nacional temos um setor financeiro forte com o velho trunfo dos bancos estatais , no setor de serviços e industrias , sempre teremos a asia como opção emergente , o risco seria uma baixa de demandas pelas nossa commodities mas, não tão apocaliptico assim … os emergentes , hoje são uma barreira para crises sistemicas exportadas das metropoles para os perifericos

Luiz

Vejo o mundo e a crise inevitável…
Vejo a crise e o fundo interminável…
Vejo a política e a democracia por um fio…
Vejo a economia e a solidez evaporando…
em todo o mundo?

Vejo o realismo reinando absoluto…
Vejo o real, moeda forte, um absurdo?
Vejo o idealismo e a fé, mortos, ressussitando…
Vejo um terreno fértil para tudo…

Vejo tudo ruindo, e rio…
Vejo os rios, os oceanos…
Vejo a bússola apontar o norte…
Vejo o norte a orientar o engano…

Vejo todos perdidos caminhando…
Vejo a vaidade e os desenganos…
Vejo o dragão e a serpente…

Vejo todos unidos, seduzidos…
Vejo a escravidão para manter a vida…
Vejo a vida reduzida à dor…
Vejo a ilusão perdida…em todo o mundo?
Ou haverá alguém a dominar… de algum lugar?

Emília

Se eu não entendi errado, o cara está prevendo o colapso total do capitalismo europeu e, por tabela, nós brasileiros vamos juntos. Que loucura. O mundo vai se acaber em 2012 e o ser humano será exterminado da face da terra; um meteorito cairá na terra e causará um Impacto Profundo. A teoria do medo ataca outra vez, agora pela via econômica. Dá licença, prevê o futuro não cabe a nenhum ser humano, devemos apenas viver as "possibilidades" que a vida nos dá.

Carlos Cruz

Temos que pensar em uma politica de desenvolvimento para o Brasil e para os brasileiros. Devemos explorar nossas riquezas no limite de nossas necessidades, NOSSAS NECESSIDADES (!), pois eles são FINITOS e cada dia mais RAROS em um capitalismo destruidor. Temos que proteger nossas reservas cambiais de especulações e limitar as remessas de lucros à Europa e USA. Como pregavam Leonel Brizola e João Goulart. Se eles estão com problemas de liquidez que VENDAM SUAS EMPRESAS! Que liquidem seus patrimonios, como nos exigiram na década de 80 (Mrs Tatcher!). Promovam o controle dos gastos públicos (desemprego!), o controle da inflação. Vão ao FMI e ao Banco Mundial. Submetam-se aos programas de ajuste fiscal do FMI. Basta de exploração e colonização das economias sul americanas! VENDAM SUAS EMPRESAS!

Marat

Com relação ao problema da água, nãpo podemos nos esquecer que o Aquífero Guarany está ai, aos olhos dos tubarões do Império di IV Reich. Sei que dias negros virão, e uma das guerras se dará pela água, ou vcs acham que é a toa que os Göebbels estadunidenses vira e mexe falam sobre o suposto tráfico de armas na Tríplice Froteira? Acham que o PIG local reverbera isso à toa?

    El Cid

    Marat, creio que isso deveria estar na pauta da Unasul… embora eu acha que os governos da Tríplice Fronteira estrategicamente saibam disso…

Homero Pavan Filho

Eu penso que a escola técnica é um primeiro passo, assim como o Prouni. Do jeito que colocam passam a impressão de que daria pra ser de outro jeito. Acho que tem um provérbio chinês que diz que toda caminhada começa com o primeiro passo, e já demos alguns passos adiante.
Que o mundo vai acabar todo mundo sabe, tem alguma novidade pra constatar, Azenha?

Orides

Azenha, para que as grandes empresas espanholas e portugueses provoquem uma saída de dólares em escala tão grande elas precisariam vender seus patrimônios aqui. Só com remessa de lucros isso não é possível, e o governo sempre pode limitar tais remessas, se saírem do razoável.

Agora, se eles venderem, alguém vai comprar: se forem estrangeiros, é troca de dólares, nem chega a sair. Se forem nacionais, precisarão comprar os dólares internamente, MAS se houve falta, o dólar ficaria muito caro, e a compra talvez se tornasse desinteressante, a não ser por um precinho de banana, que daria uma remssa menor de dólares também.

Tenho alguma razão, ou não estou conseguindo ver o elefante?

O_Brasileiro

Ou seja, a pasta da Ciência e Tecnologia não é "brinde", e deve ser uma das mais organizadas e valorizadas do país!

Pedro Ayres

Um dos aspectos mais curiosos de alguns esquerdistas, além da inabalável fé em seus dons proféticos, é sempre esquecerem alguns componentes da delicada equação que desenharam. É o caso do Arbex e também do Azenha, que embora façam corretas e justas advertências quanto aos resultados da explosão neoliberal, criam um crescimento "científico e tecnológico" que não é mais possível por parte dos países centrais da globalização neoliberal, pois perderam a capacidade de crescer e de investir.
É verdade que o Brasil ainda terá que muito trabalhar para crescer em tecnologia e ciência, mas, pretender que as escolas técnicas sejam desnecessárias, simplesmente por que os países metropolitanos têm um desenvolvimento científico-tecológico superior e porque podem estar insertas em uma concreta necessidade de alguns setores, é rídiculo. O Brasil só obterá a necessária qualificação técnico-científica quando esse tipo de conhecimento for genérico e criar estímulos para pesquisas e descobertas, como acontece no ramo da biotecnologia que desde os idos de 1960 tem se desenvolvido na região amazônica e gerado conhecimento que se acumula e agora, graças aos investimentos no setor, poderá atingir níveis de expansão bem expressivos.
O nosso problema, realmente, está no Norte, nos Estados Unidos e na Europa, que, mais cedo do que muita gente imagina, deverão ampliar a gama de sofrimentos que já têm pelo avanço da crise. Uma crise que não tem nada de conjuntural e é por isso que o Império está tentando de tudo para evitar que a profecia do Paul Craig Roberts seja um realidade – o fim dos Estados Unidos como nação e o começo do fim do sistema capitalista mundial. O problema é este.

    Maria Lucia

    Concordo com a sua crítica. Para o tipo de pensamento que nega a emergência de novos sistemas sociais e econômicos só resta o pensamento catastrófico diante das graves crises econômicas.
    No entanto, se nos voltarmos para a velha e boa História veremos que a humanidade só vai se colocando os problemas à medida que vão surgindo as condições concretas para resolvê-los, como dizia Marx.
    Hoje em dia, há duas realidades reconhecidas mundialmente por sérios analistas econômicos : o capitalismo está em crise terminal, uma crise que naturalmente levará décadas e países como o Brasil, Rússia, China, India, Venezuela, Bolívia, para citar alguns exemplos mais importantes, são vistos como tendo capacidade de criar novos caminhos econômicos e garantir uma multipolaridade pacífica, evitando assim a própria destruição do planeta, que parece ser a meta do sistema capitalista.

    Alexandre Araújo

    Pedro: eu enviei um comentário antes de ler o seu, mas concordo plenamente com você! A sua leitura é muito mais centrada e acertade que do Arbex e do Azenha. Escrevi um comentário mais simples pra dizer como, ao contrário do que diz o Arbex, se a europa quebra, é melhor para o Brasil e não pior.

dukrai

contraponto para o Azenha, concordando com os seus argumentos.
A infraestrutura de transportes é o básico para a integração da América Latina, ela serve para a exportação conjugada de produtos primários ou não e é o caminho também para a criação de um mercado comum sul americano. A exportação de commmodities hoje tem uma nova perspectiva, a demanda da China tem uma nova dimensão, não é uma troca colonialista e a Vale tem demonstrado nas suas negociações que tem poder de negociar o seu preço.
o verdismo da Marina Cara de Pau tem a mesma perspectiva das denúncias do Greenpeace, que se cala diante da maior tragédia ecológica do planeta, dita dos EUA, a explosão da plataforma da BP e o vazamento de milhões de barris de petróleo no golfo do México e a condenação da exploração do pré-sal.
o ensino técnico é a saída pro fortalecimento do mercado interno com a melhor qualificação do trabalhador, pra quem acha que o sistema capitalista é o único existente. a partir daí falta uma política industrial que conjugue a exportação de produtos primários, mão de obra qualificada e a taxação do produto mineral bruto, como os royalties do minério de ferro, similar ao petróleo, que pode tirar MG como fornecedor mundial de ferro, ou ouro, como foi na colônia.
o espaço da produção agrícola na África é uma saída para o continente e a Embrapa tem um papel importante na transferência de tecnologia para a exploração das savanas africanas, equivalentes ao cerrado brasileiro. se o caminho é o agro-negócio ou a agricultura familiar vai depender das condições locais políticas e da implantação do modelo.

Tiago

Eu sinceramento acho que o Arbex está apostando no "Armagedon" de 21/12/2012, previsto pela civilização Maia,… Na hora H ele vai dizer: – Eu não disse que isso ia acabar em m_ _ _ a, de um jeito ou de outro?

João

Belo texto. Nos induz a pensar, independente de gostarmos ou não do "catastrofismo" do Arbex.
A dialética sempre existiu, e as contradições sempre aparecerão.
Se virão como o Arbex previu é outra coisa.

silvio

com licença a discordar, parece-me que a blogosfera dilmista está preocupada com a influência de Marina nesta eleição. Colocá-la como ecocapitalista chega até a fazer rir. Até pouco tempo atrás Marina era uma ecoradical anti-desenvolvimentista! Contrária a projetos que seriam a salvação da economia brasileira como as hidroeletricas da amazonia (os bagres de PHA) e agora ela é quem promove essa integração ecocapitalista… com uma pobreza dessas argumentativa fico desesperançoso do futuro da sociedade brasileira.

    Paulo Silva

    Silvio
    Até o momento ainda não consegui captar qual é a ideologia da Marina. Ela é de esquerda, quer construir um socialismo moreno, latinoamericano ou quer mais é remendar o capitalismo?
    Depois ela muda muito de orientação. Cospe muito nos pratos em que come. Pensa meio pequeno quando vê a mídia estraçalhando a honra alheia sem provas. Vem com esse papo de viva o segundo turno como uma grande sacada.
    E esconde mal os seus ciúmes e invejas. Por isso perdeu o crédito e certamente está cavando o seu ostracismo político. Quem viver verá!

    Carlos

    Após ingressar no PV, desandou a falar sobre os feitos no período ministerial, mas omitindo, sempre, a quem deveu o cargo, o apoio que obteve da bancada no Congresso Nacional.
    Mídia acusa, julga, sentencia, o acusado não tem espaço pra se defender, e ela, então, pontifica sobre "ética"…
    Ignora as acusações e suspeitas, que pesam sobre integrantes do PV relacionadas a concessões de licenças ambientais?

BeauGeste

Concordo plenamente com os comentários sobre a Irlanda e a Espanha. Aliás, isso eu já estava alarmando há tempos sobre a 'invasão dos espanhóis' no Brasil. Sempre me questionei como é que pode. Dia para o outro a Espanha ficou sabichona, rica e culta. Agora, sobre teus comentários…, menos Azenha, menos. Nada de alarmismos. Porém cautela.

Gerson Carneiro

"…exportando a água brasileira no produto"

Esse trecho ateve minha atenção porque eu sempre fiquei encasquetado com o fato de no Brasil ter tanta água e eu encontrar, nas gôndolas dos supermercados, água da França. A tal "Água Perrier".

Agora estamos em um processo inverso (até nisso)?

    Antonio

    Gerson, hoje o Brasil tem as melhores águas do mundo, em substituição à Perrier, que a fonte ou esgotou ou virou esgoto – não sei bem. A melhor água do planeta jorra em Cambuquira – MG. É uma água gasosa de "borbulhas elegantes" como eles dizem. Essa água não é conhecida como a melhor do mundo porque os donos de Cambuquira, os Barões do Café, não querem que a mão-de-obra saia do campo para trabalhar no turismo. A guerra travadas nas cidades do sul de Minas é para que as empresas exploradoras de água, que secam os mananciais devido à exploração predatória, como é o caso da Nestlé, não consigam os direitos de exploração desses mananciais. Em São Lourenço, a Nestlé destruiu uma fonte, que depois foi recuperada, e alterou outra fonte, devido à superesploração. Uma luta que ocorre hoje é a de não transformar a água, um direito de todos do planeta, em comoditie a ser explorado por multinacionais que acabam com a água de cidades inteira e levam penúria para a população.

    Gerson Carneiro

    Antonio, estou tentando lembrar aonde li certa vez sobre essa questão de empresas estrangeiras comprarem e deterem as fontes de água e depois chantagear. Só lembro que falava de mercenários espalhados pelos continentes com essa finalidade.

    Pensando bem, o que a Nestlé, uma empresa suíça cuja atividade economica tradicional era lidar com leite e chocolate, vem fazer aqui explorando água?

    Paula

    Esse documentario toca exatamente nessa questao da agua como comoditie e a exploracao da empresas multinacionais – retirando um bem que pertence a todos, engarrafando (poluindo ainda mais o planeta com suas garrafas plasticas) e destruindo a ecologia local: http://www.flowthefilm.com/
    Recomedo.
    Abs

Marcelo

Azenha, exercendo meu direito de opinião (Gostei da tirada do Santayana na terça): adorei os textos, concordando ou não é disto que precisamos, discutir e criar alternativas para não repertir a crise do subprime versão 2010 ou 2011.
E que termine logo esta campanha para voltarmos a tocar o Brasil.

mano

Eu penso que esta crise é a reengenharia global. Preprando rebaixamento dos EUA e ascenção da China. A Europa possui capital humano e isto gerará um renascimento logo ali na frente.
Esse negócio de ' o mundo vai acabar' não cola. O dinheiro (riueza, capital) muda de bolso (lugar) e é isto que está acontecendo. Nem todos os dólares sairão. Quem é louco de botar todos os ovos num ninho só? Isso vai ser a alegria dos reptilianos…

Luiz Caliman Nalin

O que é isto Azenha, Marília fica na grande Bauru? Só não vou rimar por que não é do meu estilo. Marília a capital brasileira do alimento? Só aceito tamanha inverdade se você for bauruense, rsrsrs

    Paulo Roberto

    Luiz/ Azenha,
    Bauru e Marilia se localizam na Grande Garça !!!!. Vamos colocar os pontos nos isssss!!!
    Discordo da previsão apocaliptica deste Arbéx Jr. Grande parte do saldo da reservas internacionais do Brasil é fruto de investimentos e exportações realizadas pelo Brasil, portanto ficarão por aqui. O aporte por vias especulativas com toda certeza, estas criarão asas. Conheço uma funcionária do santander que me disse: Pegue sua merreca e aplica em outro banco, compre um tereno porque isso não é um troço serio e disse a matriz está bichada.

Heber

Proteger e formar nossa juventude, raiz para solução dos problemas . Esta etapa de inserção nas mazelas da crise se deve principalmente ao descaso com a educação, exemplo disso é São Paulo. Vá a qualquer escola estadual e constate.
A teoria de dominação do Golbery está viva e atuante.

Giseldo Dias

Vou me suicidar agora.

Ele é a Miriam Leitão de calças.

Tou mudando meu voto, vou votar no PCO.

E só apresenta problemas?, não tem nenhum caminho?, solução?, quem criou todo esse ambiente?. Alguém deve ter ganho com isso, como chegamos a isso?, mostra qual foi a receita que levou a isso, para criamos o antidoto, ou nunca nos utilizarmos disso.

Marat

Cacete Azenha… esse trecho, em particular, causou-me arrepios: "[…] O verdismo “periférico” de Marina Silva faz parte de um processo que visa a criar demanda para essa tecnologia que sai dos laboratórios europeus, japoneses e estadunidenses. Sob a capa da “sustentabilidade”, ideologia disseminada em revistas de papel caro e tintas altamente poluentes, se esconde essa “transformação” baseada na dependência intelectual. Produziremos morangos para o café da manhã dos europeus, exportando a água brasileira no produto e reciclando materiais com o uso de tecnologia europeia — tudo em nome do ecocapitalismo […]"
Respeitosamente, achei que faltaram no texto, propostas de solução.

    Luiz Carlos Azenha

    É uma constatação, Marat, não uma plataforma! abs e obrigado.

Gerson Carneiro

Deixa eu ficar quieto porque eu não entendi porra nenhuma. E eu não gosto de morango, eu gosto é de jaca.

patrick

"As veias abertas da América Latina" de Eduardo Galeano continua uma obra atual.

Sr. Queiroz

Jose Abrex, é o nosso Clovis Rossi. Pessimista convicto! Talvez por ter acompanhado diversas guerra e visto o desmonte do Uniao sovietica ficou assim deprimido, alarmista!
O que salva ele é nao ser conservador!
Alias se fosse conservador estaria ate hoje na Folha.
Pensando bem ele tem esta caracteristica de todos Folhista de achar que tuda esta uma merda!
Mas não deixa de ser um grande jornalista!

Fabio

Ue chama o FHC o Serra ?
Ressucita a velha midia , fecha tudo e nois não paga simples.
Compro não pago e vou dormir tranquilo.

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