A crise econômica e a intervenção militar: É só uma questão de tempo?

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A GUERRA INTESTINA

por Luiz Carlos Azenha (versão ampliada de postagem no Facebook), com Fernando Frazão (Agência Brasil)

O Brasil vive uma guerra civil nas ruas. E outra guerra, intestina, pelo controle dos recursos do Estado.

Os juizes, os promotores, os parlamentares e os federais estão por cima da carne seca. Os militares, depois do fim da ditadura, foram poupados em troca de ficarem na caserna.

Porém, as ações da Lava Jato — ainda que não seja essa a intenção — enfraquecem a economia nacional, solapam a base de arrecadação e turbinam ainda mais a guerra intestina. A privataria caminha no mesmo sentido, financiando o Estado AGORA, mas entregando o lucro de longo prazo para chineses, americanos, etc.

A economia internacional vive um momento de incerteza e a “retomada” anunciada pelo governo Temer é num nível tão rebaixado que não garante arrecadação, a não ser via espasmos bancados pela venda de patrimônio público.

Onde impacta este quadro de escassez? Nos projetos que atendem aos militares. Os oficiais não querem apenas manter seus salários, só se justificam pela existência da tropa, do armamento e de objetivos concretos (o caça, a bomba, o submarino, o porta-aviões e os planos para utilizá-los).

O governo Temer quer empurrá-los para uma guerra contra a Venezuela, uma subordinação aos Estados Unidos que é contraditória com o papel de defensores do Brasil diante da cobiça pela Amazônia.

Do ponto-de-vista estratégico, já ingressamos na era pós-petróleo, quando a água é o recurso natural de maior interesse a longo prazo.

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A pergunta é: os militares brasileiros vão aceitar este papel de subordinação que a escassez pode lhes reservar — uma reserva dos fuzileiros navais americanos?

Não terão a mesma ambição do Pentágono, de cavar um Estado próprio, dentro do Estado?

Se as respostas forem não, uma intervenção militar no Brasil é apenas questão de tempo. Para adequar as prioridades do Estado aos interesses da caserna.

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