Xico Sá: Com aquele Carnaval chatíssimo, tinha mais que tomar porre

Tempo de leitura: 3 min

Acima, quando o sambódromo não valia nada (no tempo do Brizola); abaixo, sobre o porre de Vera Fischer na homenagem ao Boni:

Carta p/ Vera ou O escândalo são os outros

POR XICO SÁ, em seu blog

07/03/14 02:38

Estimada Vera, é com atraso, mas com o amor ungido nas cinzas carnavalescas, que te endereço estas mal traçadas. Os manuais de cardiologia recomendam e os homens de boa vontade obedecem: não é bom guardar tais sentimentos. As minhas desculpas por retomar a chatice do tema. Espero que compreendas. Os selos desta carta foram grudados com a resina da compaixão, jamais da pena, sei que me entendes.

O motivo desta é para dizer que, assim como existe a vergonha alheia, estou com a ressaca moral alheia. Não por ti, obviamente, mas por essa gente, incluindo coleguinhas e santinhos do pau oco de plantão, que exploraram, urubuzisticamente falando, o teu porre de Carnaval.

Porre + Carnaval, vai somando aí, gente fina.

Gostei do Miguel Falabella. Neguinho veio cheio da malícia querendo uma declaração moralista, donde ele sapeca, bonito, elogios ao teu profissionalismo como atriz. E pronto, e priu, como se diz em Pernambuco.|

Ora, um pileque de Carnaval, cheio daquelas verdades necessárias que soltamos justamente no luxo dessa hora. Na minha terra, nas minhas tantas terras, notícia no Carnaval é encontrar alguém sóbrio na folia –os amigos dos retiros espirituais não contam, com todo respeito.

Parece aquele velho conceito do que é ou não é notícia. Se o cachorro morde o homem, dane-se, não há menor novidade nisso. Notícia é quando o homem morde o cachorro –se bem que hoje basta um ator se espreguiçar no aeroporto, como aconteceu recentemente, que já vira #rastegui.

Aguentar sobriamente um camarote daqueles, querida Vera, impossível. Ainda mais com uma turma que homenagearia a história oficialíssima da tv, arre, que saco. Isso é bom em um documentário de domingo, não no mundo momesco e fantasioso.

Foste a vingança de muita gente, foste Vera, a superfêmea, como no título daquele filmaço que fizeste do diretor Anibal Massaini Neto. Foste a grande mulher de sempre, sem mentirinhas ou nove horas, um rosto demasiadamente humano no meio da farsa e da picaretagem nota zero em harmonia.

Sim, o preço é alto, Vera. Está ficando cada vez mais caro ser mais ou menos parecido com a gente mesmo. É a grande inflação brasileira do momento. A economia moral -nem os romanos antigos foram tão bons nisso- é a cara de pau.

Repito: estamos tratando de um porre carnavalesco. Nem caberia o critério da genial Angela Rô Rô: “Dou gargalhada, dou dentada na maçã da luxúria, pra quê/ Se ninguém tem dó, ninguém entende nada/ O grande escândalo sou eu/ Aqui só”.

O escândalo c’est moi, caro Flobé.

Era só este breve bouquet demodê de palavras, Vera, que este cronista sempre com nó na garganta, tinha para te ofertar.

Com o amor, carinho e um beijo nada técnico, Xico Sá.

PS do Viomundo: Sobre as transmissões do Carnaval e a homenagem ao Boni (feita pela Beija Flor), como sempre disse meu irmão José Carlos, a Globo é auto-referente, ou seja, cria um mundo paralelo onde só cabem “os seus”. “Olha nós lá na avenida”, disse um dos comentaristas da emissora quando apareceu um carro lotado de estrelas globais na Marquês de Sapucaí. Surpresa-fake, já que o monopólio das transmissões transformou o Carnaval oficial carioca no Carnaval da Globo, com patrocínio… da Prefeitura do Rio de Janeiro. As luzes são da Globo, os horários são da Globo e as estrelas são da Globo. Notem que os atores não tem nome próprio. É fulano da novela tal, fulana do Big Brother e assim por diante. Aquela menina que saiu do Pânico, cujo nome me foge agora — lindíssima, aliás — foi mencionada como alguém “que surgiu no Faustão”. Os enredos foram de tal forma domesticados para atender ao padrão Globo de aceitável que a única surpresa é em gimmicks inventadas por coreógrafos ou baterias cujas roupas e instrumentos piscam. Chatíssimo. Porre plenamente justificado.

Leia também:

A pesquisa da Secom e a irrelevância da mídia impressa


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Comentários

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Marcos Mineiro

Tudo bem ! É carnaval !
Milhares de pessoas se unem com um objetivo.
Não seria maravilhoso se essa gente se reunisse,com o mesmo empenho, para fazer alguma coisa diferente ? Exemplo : Dar um trato mensal nas escolas onde seus filhos estudam. Pais e mães, alunos e outros, com baldes, vassouras, etc, limpando as escolas e dando um forte exemplo de cidadania aos filhos. Acho que um lance assim faria diminuir a depredação de escolas.

anac

Mas a vingança foi maligna: BRIZOLA, BRIZOLA, BRIZOLA!

luiz claudio

TÁ TUDO DOMINADO
A Globo proibiu que seus jornalistas fizessem menção aos 30 anos de aniversário do Sambódromo, pois tal data faria com que todos se lembrassem de Brizola, sobretudo nesse momento em que 2 pulhas estão governando o estado e a capital. Lembrar de Brizola na Sapucaí, nesse momento, levaria a galera da avenida ao delírio, louvando o ex-governador. Além do mais, nesse 2014 lembraremos os 10 anos do desaparecimento do grande Briza. O mais triste nisso tudo é que a liga das escolas também acatou a Globo e deixou de homenagear o ex-governador justo o cara que deu para eles um espaço definitivo para suas apresentações. Também não é de se estranhar o esquecimento desses caras, já que a liga de escolas que eles compõem é formada por bicheiros e policiais que participaram ativamente da repressão política nos anos 60 e 70. Quem não se lembra do Capitão Guimarães, torturador famoso, bicheiro e frequentador assíduo d Globo nos anos 70, 80 e 90? Lembrar da inauguração do Sambódromo também seria doloroso para a Globo já que no ano de 1984 ela perdeu muita grana e a transmissão dos desfiles para a finada Rede Manchete, tv que mostrou o Carnaval de uma forma inovadora (comentaristas, flashes, zoom, câmeras móveis, etc), copiados até hoje pela Poderosa do Jardim Botânico. Lamentavelmente a Globo impôs sua marca no Carnaval de 2014 e nos fez engolir o Boni e o já batido Ayrton Senna, irmão da Viviane, aquela que é ligada ao PSDB e que recebe rios de dinheiro das secretarias de educação do estado e do município do RJ. Tá tudo dominado.

abolicionista

Carnaval é uma festa de rua. Quando o colocaram no sambódromo, deixou de ser carnaval, virou Broadway. Pode ser bonito e tudo, mas não é carnaval. O carnaval sempre foi pagão. É sua origem. As saturnálias. Falos e glandes esfolando a pele dos santos. Pra rua. O carnaval é lá. O resto é bobagem.

Hans Bintje

Eu amo a Vera Fischer…

Que sempre se apresentou como mulher, adulta. E se negou a se infantilizar, inclusive nas fotos em que aparece nua.

Meu humilde casebre aqui da colônia sempre está disponível para minha eterna musa.

E vamos tomar um porre juntos, minha querida, sem vergonha de nada!

    Apavorado com a cara-de-pau humana.

    Tem home no mundo….

denis dias ferreira

Vera é que é uma mulher de verdade!

Sr. Indignado

Posso pedir um STF padrão Unidos da Tijuca?

Tadeu Silva

É que, na maioria, não caiu a Fisher!

FrancoAtirador

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Maravilha de Grito!

Povão gritou: -Brizola!

quando a Beija-Globo

passou na Avenida.

8 de March de 2014 às 8:25 am
Extra, via DCM

Beija Flor fica de fora do desfile das campeãs
depois de ser vaiada na avenida aos gritos de ‘Brizola’

Classificada em sétimo lugar no desfile das escolas de samba do Grupo Especial em 2014, a Beija Flor não estará neste sábado no desfile das campeãs — o que não acontece há 21 anos.

A escola levou para a avenida uma homenagem a Boni, “o astro iluminado da comunicação brasileira”, e à Globo. Foi vaiada.
“Gritaram o nome de Brizola na avenida”, diz o diretor de carnaval e harmonia da escola, Laíla.

Brizola, que foi governador do Rio, ficou célebre por dizer que o que é bom para a Globo é ruim para o Brasil.

Entre as celebridades da Globo que desfilaram na Beija Flor estavam Faustão, Renato Aragão, Toni Ramos, Angélica, Luciano Huck, Miguel Falabella, Regina Casé, Tarcísio Meira, Regina Duarte e Francisco Cuoco.
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Meu coração bateu mais rápido quando soube que gritaram Brizola na avenida

Por Paulo Nogueira, no DCM

A passagem mais interessante que conheço de política une as figuras opostas de Leonel Brizola e Roberto Marinho na cinematográfica sala de RM na sede da Globo.

Roberto Marinho era Roberto Marinho e Brizola era o governador do Rio, eleito mesmo com a trapaça – o caso Proconsult — que a Globo montou para desrespeitar a escolha do povo pelas urnas.

Batiam-se por mundos diferentes, e se detestavam abertamente. Roberto Marinho convidou um dia Brizola para um almoço, na tentativa de selar uma trégua.

Deu a Brizola – gaúcho — a vista mais linda do Rio e do Brasil, aquela que se tinha de sua sala, e se sentou do outro lado.

Depois de um breve tempo, Roberto Marinho disse:
“Está provado que o senhor não gosta mesmo do Rio, governador.
Eu lhe dei esta vista e o senhor não se dignou a olhá-la.”

Brizola imediatamente retrucou:
“O senhor estraga qualquer vista, Doutor Roberto Marinho.”

Este era Brizola.

Fiquei tocado ao saber que seu nome foi gritado na avenida no Carnaval do Rio por pessoas inconformadas com a bajulação abjeta que a Beija Flor fez em seu desfile a Boni e, por extensão, à Globo.

Brizola venceu, mais uma vez.

A Beija Flor depois de muitos anos ficou fora do desfile das campeãs.

Brizola foi, ao lado de Getúlio Vargas, o maior político da história do Brasil.

Sabia que, para reformar o país, era preciso desmontar o símbolo supremo da iniquidade nacional – a Globo.

“O que é bom para a Globo é ruim para o Brasil”, disse.

Corajoso, Brizola tentou convencer seu cunhado Jango a resistir militarmente ao golpe, a partir do Rio Grande do Sul, estado que ele governava em 1964.

Jango era menos combativo, e entendeu que a causa estava perdida: muitos brasileiros morreriam numa guerra civil, e a presença americana do lado dos golpistas impediria qualquer chance de evitar a queda da democracia.

Mas Brizola não se rendeu.
Recebeu, durante algum tempo, recursos de Cuba para montar uma operação de resistência.

Documentos mostram que ele anotava, num papel, como era empregado cada centavo.
Não, a direita não teria ali a chance de dizer que ele se apropriava dos fundos cubanos para tachá-lo de corrupto.

Era um brasileiro íntegro, e é uma imensa pena que não tenha, com a redemocratização, chegado à presidência.

Buscaram prejudicá-lo o tempo todo.
A sigla que ele simbolizava como ninguém, o PTB, foi entregue a uma filha inexpressiva de Vargas, e ele teve que inventar o PDT para continuar na vida política.

Votei nele em 1989, e foi para mim o fim da era da inocência política. Fiquei arrasado quando, por escassa margem de votos, ele não passou para o segundo turno.

Nunca mais senti o mesmo quando algum candidato em que votei foi batido.

Brizola disputou a segunda colocação, voto a voto, com Lula.

A vitória apertada de Lula como que selou o nome de quem representaria, dali por diante, a esquerda nacional.

Num exercício tolo, às vezes me pergunto o que teria ocorrido se Brizola tivesse vencido, em vez de Lula.

A Globo teria coragem de favorecer Collor e meter medo em Lula, no debate decisivo, com uma mala em que supostamente estavam denúncias contra Lula?

A mala – com denúncias imaginárias – foi vital para que Lula tivesse um desempenho sofrível no debate.
Cada vez que Collor se aproximava dela, Lula tremia.

Brizola, presumivelmente, teria denunciado a mala a todos os brasileiros em pleno debate, caso o mesmo golpe baixo fosse tentado contra ele.

A mim parece claro que, para o Brasil, a vitória de Brizola teria sido melhor que a de Lula em 1989.

Brizola teria enfrentado a Globo, para começo de conversa.
Não por não gostar das novelas, ou da voz de Cid Moreira, mas por compreender que a Globo é a Bastilha brasileira, o símbolo da desigualdade e dos privilégios.

Enquanto a Globo não for desmontada pouca coisa se fará no avanço social brasileiro, porque a Globo é a guardiã dos privilégios com o esquema de controle que montou para monitorar a Justiça e o mundo político.

Lula fugiu da luta, e isso ficou claro quando compareceu ao enterro de Roberto Marinho – o homem da mala do debate com Collor – e fez ali uma eulogia vergonhosa. Completou o serviço decretando luto oficial de três dias.

É uma pena que Lula seja pouco cobrado por um gesto pusilânime e oportunista que atrasou tanto o combate à desigualdade social.

Fosse cobrado, teria talvez caído em si, e a sociedade talvez ganhasse o prêmio de uma regulamentação de mídia que impeça uma só empresa de ter tanto poder em tantos meios. (Até o México enquadrou a Televisa, a Globo local.)
[O México quebrou o monopólio da Televisa.
A Globo de lá terá que compartilhar infraestrutura e grandes eventos com concorrentes: (http://007bondeblog.blogspot.com.br/2014/03/mexico-quebra-monopolio-da-televisa.html)]

Voltei no tempo ao ler que gritaram o nome de Brizola na avenida, em repúdio ao endeusamento da Globo.

Por minutos, era um jovem jornalista de 33 anos, como em 89, e talvez meus olhos míopes tenham ficado marejados com a menção de Brizola, tanto tempo depois.

Detesto Carnaval, mas como eu queria estar naquele momento na avenida para gritar, com o povo, o nome dele, por tudo que podia ter sido e que não foi quando ele perdeu – Brizola, Brizola, Brizola !!!

(http://www.diariodocentrodomundo.com.br/meu-coracao-bateu-mais-rapido-quando-soube-que-gritaram-brizola-na-avenida)
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    FrancoAtirador

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    No Brasil, Roberto Marinho é – no presente,
    porque continua vivo nas Organizações Globo –
    uma das figuras mais funestas à República Democrática
    e nefastas ao Estado de Direito.

    Desde o início dos anos 1930, a FamíGlia Marinho se locupleta
    no Círculo do Poder Político e Econômico, para única e exclusivamente
    fazer crescer esse Império de Ganância e de Vaidade,
    às custas do Sangue, do Suor e das Lágrimas de Brasileiros e Brasileiras.
    E é a Internet que fará esse Monstruoso Monopólio Midiático ruir.
    E está próximo.
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    A Rede Globo, por Leonel de Moura Brizola,
    no Jornal Nacional, pela voz de Cid Moreira:

    (http://www.youtube.com/watch?v=udqva2sZHIQ)

    Em 1992, o magnata das comunicações Roberto Marinho (1904-2003), em um editorial no jornal ‘O Globo’ e no Jornal Nacional (JN) da TV Globo, dirigiu-se ao então Governador do Estado do Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizola (1922-2004), chamando-o de “senil”.

    Em função da matéria ofensiva da Rede Globo, Brizola ajuizou ação de direito de resposta – obra do advogado Arthur Lavigne – em fevereiro de 1992.

    O Tribunal de Alçada Criminal do Rio de Janeiro, por unanimidade, em decisão até ali inédita, confirmou, em grau de recurso, a sentença prolatada pelo Juiz de 1ª Instância, determinando que a TV Globo veiculasse no Jornal Nacional o “Direito de Resposta” do Governador Leonel Brizola.

    O texto foi preparado pelo jornalista Fernando Brito, Secretário de Imprensa de Brizola, com a colaboração dos jornalistas Luiz Augusto Erthal e Osvaldo Maneschy, que também trabalhavam na Secretaria de Imprensa.
    Coube a Leonel Brizola a revisão final.

    Finalmente, dois anos depois da ofensa global ao governador trabalhista, em 15 de março de 1994, a resposta de Brizola foi lida por Cid Moreira, âncora do JN, na TV Globo.

    Eis a íntegra do texto:

    “Todos sabem que eu, Leonel Brizola, só posso ocupar espaço na Globo quando amparado pela Justiça.

    Aqui, citam o meu nome para ser intrigado, desmerecido e achincalhado perante o povo brasileiro.

    Ontem, neste mesmo Jornal Nacional, a pretexto de citar o editorial de O Globo, fui acusado na minha honra e, pior, chamado de senil.

    Tenho setenta anos, dezesseis a menos que o meu difamador, Roberto Marinho.

    Se é esse o conceito que tem sobre os homens de cabelos brancos, que use para si.

    Não reconheço na Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta, para isso, olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura que por 20 anos dominou o nosso país.

    Todos sabem que critico, há muito tempo, a TV Globo, seu poder imperial e suas manipulações.

    Mas a ira da Globo, que se manifestou ontem, não tem nenhuma relação com posições éticas ou de princípio.

    É apenas o temor de perder negócio bilionário que para ela representa a transmissão do carnaval.

    Dinheiro, acima de tudo.

    Em 83, quando construí a Passarela, a Globo sabotou, boicotou, não quis transmitir e tentou inviabilizar, de todas as formas, o ponto alto do carnaval carioca.

    Também aí, não tem autoridade moral para questionar-me.

    E mais: reagi contra a Globo em defesa do Estado e do povo do Rio de Janeiro que, por duas vezes, contra a vontade da Globo, elegeu-me como seu representante maior.

    E isto é o que não perdoarão nunca.

    Até mesmo a pesquisa mostrada ontem revela como tudo na Globo é tendencioso e manipulado.

    Ninguém questiona o direito da Globo mostrar os problemas da cidade.
    Seria, antes, um dever para qualquer órgão de imprensa.

    Dever que a Globo jamais cumpriu quando se encontravam no Palácio Guanabara governantes de sua predileção.

    Quando ela diz que denuncia os maus administradores, deveria dizer, sim, que ataca e tenta desmoralizar os homens públicos que não se vergam diante de seu poder.

    Se eu tivesse pretensões eleitoreiras, de que tentam me acusar, não estaria, aqui, lutando contra um gigante como a Rede Globo.

    Faço-o porque não cheguei aos 70 anos de idade para ser um acomodado.

    Quando me insultam por minhas relações administrativas com o Governo Federal, ao qual faço oposição política, a Globo vê nisso bajulação e servilismo.

    É compreensível.

    Quem sempre viveu de concessões e favores do poder público não é capaz de ver nos outros senão os vícios que carrega em si mesmo.

    Que o povo brasileiro faça seu julgamento, e, na sua consciência lúcida e honrada, separe os que são dignos e coerentes daqueles que sempre foram servis e gananciosos”.

    LEONEL DE MOURA BRIZOLA



    Em 22 de janeiro de 2014, foi inaugurada em Porto Alegre-RS
    a Estátua em homenagem ao BraSileiro Leonel de Moura Brizola,
    Ex-Governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.
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    Sugestão ao Povo Fluminense

    FICARIA BONITO DEMAIS, PARA O RIO DE JANEIRO E PARA O BRASIL,

    “A PONTE RIO-NITERÓI REBATIZADA DE LEONEL DE MOURA BRIZOLA”

    Se não puderem, por força da Rede Globo no Rio de Janeiro,

    erguerem uma estátua em homenagem ao Líder Trabalhista,

    tentem substituir, pelo dele, o nome da Ponte Rio-Niterói,

    que até hoje se chama ‘Presidente Costa e Silva’ [SIC],

    o general-ditador que decretou o Ato Institucional nº 5 (AI-5)

    e, depois, teve até Secretário de Imprensa indicado pela Globo.

    (http://www.fgv.br/cpdoc/historal/arq/Entrevista1495.pdf)
    (http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o_papelao_de_assessores_de_imprensa_na_ditadura)
    .
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    Mário SF Alves

    “Desde o início dos anos 1930, a FamíGlia Marinho se locupleta
    no Círculo do Poder Político e Econômico, para única e exclusivamente
    fazer crescer esse Império de Ganância e de Vaidade,
    às custas do Sangue, do Suor e das Lágrimas de Brasileiros e Brasileiras.
    E é a Internet que fará esse Monstruoso Monopólio Midiático ruir.
    E está próximo.”
    _________________________________
    “…única e exclusivamente fazer crescer esse Império de Ganância e de Vaidade,às custas do Sangue, do Suor e das Lágrimas de Brasileiros e Brasileiras.”

    ___________________________
    É o padrão, prezado FrancoAtirador. E o padrão gloebbels é o padrão do Império do Norte; aquele que hoje, mais do que nunca, se vê na contingência de dominar o mundo inteiro. Será esse o verdadeiro destino manifesto de todo Império? Ou seja, crescem tanto e tanto que chega o dia em que se vêm entre a cruz e a espada, ante o dilema de submeter a todos ou cair na mais completa desgraça. Nesse caso, uma Glasnost e uma Perestrokazinha talvez lhes fizessem um bem incomensurável. Só que pra isso teriam de detonar de vez, ou temporariamente, e ate às raízes, todo e qualquer vestígio de megacorporações.
    _____________________________________
    Às vezes ocorre-me referir a essa CONCESSÃO PÚBLICA, ironicamente e tragicamente transformada em oligopólio midiático, como sendo um empreendimento fora-da-lei. Hoje, no entanto, preciso concordar com você. É mídia bandida, mesmo. Em se tratando dessa filhote do Império do Norte, e, talvez, por isso mesmo, tão desabridamente arrogante, já não bastava ser bandida, não bastava toda a arrogância e a mais completa falta de escrúpulo. Pelo que se viu no carnaval era preciso mais. Era preciso despir-se da autocrítica.

    Paulo Monarco

    Sem mais, brilhantes palavras abaixo e acima acabei de ler. Agradeço pelos minutos de lucidez e limpidez em meio ao mar de lama pútrida que se formou em torno de cada país do planeta que rejeite as imposições culturais, econômicas, políticas, sociais e militares dos United Stasi of America.

    Mário SF Alves

    United Stasi-Corps of America.

    FrancoAtirador

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    Stasi-Corps of America ficou muito bom.

    Mas os ‘Defenders’ da NSA não concordam:

    “NSA Isn’t as Bad as the Stasi,
    Insist Agency’s Defenders”

    [NSA Não É tão Má quanto a Stasi,
    Insistem Defensores da Agência]

    (http://reason.com/archives/2013/11/19/nsa-isnt-as-bad-as-the-stasi-insist-agen/1)
    .
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    Marcos Mineiro

    Lindo esse texto ! Fiquei emocionado ! Viva Brizola !

Marat

Por mais que a Globo tente, não conseguirá conquistar corações e mentes. Não conseguiram vetar samba enredo homenageando o Chávez, e jamais vencerão (a não ser que comprem todas as escolas) com enredos por eles patrocinados!

Francisco

1) Foi a comprovação científica do dito de Nelson Rodrigues: quando tudo é Globo, tudo é burro.
2) A paz dos cemitérios…
3) O que acontece com o jornalismo quando ele sai do terreno de retratar a realidade e passa ao terreno de confeccionar a realidade – a ser retratada?
4) Domesticaram a maior manifestação da cultura brasileira e afro-brasileira. Não é pouco. Na verdade. é quase tudo…
5)Se a Globo só filma a Globo, quem filma o Brasil?

FrancoAtirador

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VENCEDORES: OS MERCADORES DO CARNAVAL DO RIO DE JANEIRO

01/03/2014 23:02:05
O DIA

Desfiles do Grupo Especial têm custo recorde:
R$ 100 milhões [fora o Caixa 2]

Só a Beija-Flor e a Unidos da Tijuca
investiram cerca de R$ 15 milhões, cada uma

CAIO BARBOSA

Rio – Os desfiles do Grupo Especial terão, este ano, o maior custo da história do Carnaval.

Liderados por Beija-Flor e Unidos da Tijuca, que gastaram, cada uma, cerca de R$ 15 milhões, o custo vai bater na casa dos R$ 100 milhões, 28% a mais que no ano passado, quando investimento estimado foi em torno dos R$ 78 milhões.

Os números, porém, são quase sigilosos.

Cada escola recebe entre R$ 6 milhões e R$ 6,5 milhões em um pacotão que envolve investimentos da prefeitura, governo estadual,
Rede Globo (direito de imagem), Liesa (venda de ingressos) e Petrobras.

O restante é divulgado de acordo com a política de cada agremiação.

Os valores da Beija-Flor, por exemplo, vazaram através do Boni, homenageado da escola.

Já a Unidos da Tijuca publica em seu site a lista de patrocinadores (no total de 20) — mas até o fechamento desta edição não revelou oficialmente os valores.

O preço de uma fantasia na Beija-Flor, por exemplo, pode chegar a R$ 1.300.
A escola, no entanto, doa a maioria à comunidade ou a quem se dispuser a ir a Nilópolis semanalmente participar dos ensaios.
Nas demais escolas, o preço das fantasias tem variado entre R$ 700 e R$ 1 mil.

Até mesmo no Grupo de Acesso, escolas tradicionais como o Império Serrano têm cobrado cerca de R$ 500 por fantasia.

“Acho que as escolas deveriam ter uma equiparação, um teto, algo que tornasse o jogo mais equilibrado, para que a originalidade seja ressaltada”,
sugere Ney Filardi, o presidente da União da Ilha do Governador, que tem como características justamente a criatividade e o bom humor.
“Vou gastar mais de R$ 8,7 milhões, as contas não estão fechadas.
E sei que vou terminar o Carnaval devendo a alguém”.

Historiador critica gasto milionários

Especialista em desfiles de Carnaval, o historiador Luiz Antonio Simas é um crítico feroz de gastos excessivos das escolas:
“Essa grana toda vai para o visual,
para fantasias muito grandes e caras,
que afastam o pessoal da comunidade.
A Beija-Flor e a Vila Isabel
ainda dão a maioria das fantasias,
mas um desfile menos ostensivo
obrigaria as outras escolas a fazer o mesmo”.

Outra ideia do historiador é criar um fundo de apoio às escolas de grupos de acesso, sobretudo as que desfilam na Intendente Magalhães, e servem como base para as grandes escolas do Grupo Especial.

“Tem escola que gasta sozinha o triplo de todas as que desfilam na Intendente Magalhães juntas.
Temos escolas tradicionalíssimas à beira da falência.
As pessoas que fazem esta festa não deveriam esquecer de tudo isso,
que também faz parte da história, da nossa cultura”, opinou.

As contas

Beija-Flor – O homenageado da escola, Boni, revelou que a agremiação gastou R$ 15 milhões neste Carnaval.

Unidos da Tijuca [campeã] – A escola do performático Paulo Barros não confirma, mas pelo menos R$ 15 milhões serão gastos.
A Shell entrou com R$ 7 milhões. Sem contar outros patrocinadores como Instituto Ayrton Senna, Audi, Stihl, Cielo, Gillette, Mastercard entre outros, em um total de 20 patrocinadores:
(http://unidosdatijuca.com.br/pt/parceiros).

Grande Rio – A Prefeitura de Maricá patrocinou a escola com um aporte de R$ 3 milhões. O desfile da escola de Duque de Caxias custará em torno de R$ 10 milhões.

União da Ilha – Com patrocínios de Lafarge, Postos Ale e Construtora Medeiros, entre outros, o Carnaval da Ilha do Governador fecha em aproximadamente R$ 9 milhões.

Salgueiro – A Vermelho e Branca da Tijuca teve o patrocínio da montadora Nissan, e gastará cerca de R$ 9 milhões na Sapucaí.

Mangueira – A Verde e Rosa confirmou o valor total da folia em pouco mais de R$ 8 milhões.

Portela – A Azul e Branco de Madureira também fechou o orçamento em pouco mais de R$ 8 milhões.

Sem patrocínio – Imperatriz Leopoldinense, Mocidade Independente de Padre Miguel, Império da Tijuca [rebaixada], São Clemente e Unidos de Vila Isabel disseram que vão gastar somente os R$ 6 milhões a que cada escola tem direito.

(http://odia.ig.com.br/diversao/carnaval/2014-03-01/desfiles-do-grupo-especial-tem-custo-recorde-r-100-milhoes.html)

PATROCINADORES DA ‘CAMPEÃ’ UNIDOS DA TIJUCA:

COMPRADORES E VENDEDORES DO CARNAVAL DO RIO

Lukas

Cate Blanchet saiu carregada do Oscar também. Outra coisa chatíssima…

    Marcus Vinicius

    mais um chorão da Beija-Flor chateado… próximo !!

    lukas

    Cumã?

    Cibele

    Oscar? CHATÍSSIMO!!!! Paga-pau de gringo idiota! Nossa desgraça é que muitos ainda dão bola pra merda cheirosa de Hollywood.

lulipe

Faltaram as legendas, o Azenha ainda tentou traduzir no PS, mas não deu.Ô texto fraco.Próximo…

    abolicionista

    E os porcos recusam as pérolas. Mandem lavagem! Queremos lavagem! Não tem uma Veja aí?

    francisco.latorre

    aprenda a ler.

    ou recolha-se. à insignificância.

    cada muar que aparece..

    ..

    conformista conformado. limitado.

    direitoso ignorante. típico. emblemático.

    ..

    Marcus Vinicius

    outro chorão da Beija-Flor chateado… próximo !!

Luís Carlos

A Beija Flor teve sua pior classificação dos últimos anos. Homenagem ao Boni ( e a Globo) dá em péssimo enrendo. Contaram a farsa, omitiram a verdade. Deu Beija Flor em sétimo. Se fosse rebaixada seria justo.

    Marcos

    É o fim da picada o povo oprimido homenagear o agente opresor. Sugiro a Beija-Flor homenagens futuras: A Roma Antiga; Estados Unidos; A monarquia.

    Mário SF Alves

    Kkkkkkkkkkkkkk… olha, não bota pilha, hein? Vai que ela se assanhe toda e resolva homenagear os novos aliados neo-ucranianos do Império do Norte¹.

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    ¹Império do Norte, o protetor da Gloebbels, o mesmo que hoje, mais do que nunca, trôpego, trafega no fio da navalha, em inusitado misto de agonia e êxtase.
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    Já diziam os lenhadores antigos: quanto mais alto o gigante, maior é o tombo.

abolicionista

Salve Xico Sá, cronista de primeiro escalão. Sua escrita é boêmia e sabida, mistura saudável de registros. Ela seria impensável sem o boteco, essa instituição quase extinta onde pierrôs e arlequins sobrevivem à custa de elaborarem gostosíssimas colombinas. Tampouco vira as costas para a a tradição da literatura. É porque Xico entende que a musa dos escribas sempre gostou de molhar as penas em algum tipo de líquido volátil. Bom, só queria mesmo dizer que você é um craque, Xico. Dá gosto de ler!

    Mário SF Alves

    Cara, tocante essa sua observação. Gostei.

    abolicionista

    Valeu, caro Mário. Temos que valorizar nossos bardos!

Urbano

Nem sei se ainda há, mas deve haver; não é possível… Mas estrela, estrela de primeira grandeza mesmo, na groubostonoma, não deve haver mais, não. Quando virem algum brilho praquelas bandas, por garantia saiam de baixo mais que depressa, pois é altamente provável se tratar de algum meteoro, sem nem ter se esmigalhado pelo atrito com a atmosfera.
A propósito, o vizinho bonitão também por dentro, da MPB e da PB, reclamando do povão que passou a viajar de avião, pode? É como pitaquei ainda esta semana, aqui no VI O MUNDO, dizendo que, o que se vê de gente que mal se desfez da poeira da pobreza, e já se sente digna de passar a seguir a moda dos que fazem a oposição ao Brasil, não está escrito. E essa moda, todos sabem bem de cor e salteado o seu nome e sobrenome. Pela avalanche de idiotias ditas nos últimos onze anos dentro da classe artística (ainda bem que há as exceções) só pode ser uma pandemia. Para que se tenha uma ideia da gravidade da situação, nem o ícone do humor inteligente escapou.

    Mário SF Alves

    Urbano, não subestimemos o poder de fogo e o modus operandi de quem há séculos se dedica exclusivamente a isso: furar o zóio do assum-preto pra ele assim canta mió.
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    Ufa! Ainda bem que o assum-preto dos dias que correm, mesmo que diuturnamente manipulado e condenado às trevas do saber [político], aprendeu, sabe-se lá como, a cantar canções de outros carnavais. E viva Brizola! E viva Lula! E viva Dilma! E viva a América Latina! E viva o mundo livre da peste das trevas da ignorância!

    Urbano

    Quem sou eu para subestimar alguém ou alguma coisa, Mário… Eles mesmos que se subestimam. Quando muito, eu apenas passo a cinza na escrita invisível deles. Além do mais, a força do sistema deles tem por base principal a fraqueza dos oprimidos, desde o princípio dos tempos. Só que tem o seguinte: a nossa espera pode continuar sendo milenar, mas a derrota final será deles e não nossa; sem a menor sombra de dúvidas.

Marcelo

Não entendi nada.

    renato

    Não foi escrito para nós entender.
    Só perdemos um tempo lendo…nada mais.
    Pensei que estava sozinho..

    abolicionista

    Foi escrito porque é verdade, e a verdade precisa ser dita. Simples assim.

    Tania

    Rsss.
    A Vera Fischer, que desfilaria na Beija-Flor com enredo em homenagem ao Boni, tomou antes uma carraspana e não desfilou, saiu carregada, bebinha, do camarote onde estava…
    A crônica do Xico é para confortá-la. Como quem diz: pra ser obrigada a homenagear o Boni, só tomando um porre…

Geraldo

Ainda bem que não vi. Em São Paulo é a mesma coisa. Se não tomarem cuidado, daqui a pouco ela vai fazer o mesmo com os milhares de blocos que estão fazendo a diferença no Carnaval.

Julio Silveira

O carnaval no Rio precisa urgentemente de um banho de povo.
Precisa ser reinventado dentro das bases que o criaram. Hoje é mais uma festa para turista ver e sacar o money. A GLOBO e a prefeiturinha da cidade (em minusculo), em uníssono no Plim Plim, no Dim Dim e no Tlim Tlim. Os criadores da festa viraram instrumentos e alegorias.

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