Nelice Pompeu: O convite de Juliana Cardoso me deu a certeza de que estava na hora de iniciar um novo ciclo

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Por Nelice Pompeu

Por Nelice Pompeu

Em 13 de julho de 2022, estreei no Viomundo a coluna Escolas em luta.

Lembro exatamente do título do primeiro artigo: É tempo de virar a página; últimos acontecimentos fizeram antecipar minha desfiliação do Psol

Pois hoje, estou aqui para contar que, neste sábado, 13 de maio, às 9h, vou me filiar ao PT, em São Paulo.

Será na celebração dos ‘’100 dias de uma de nós em Brasília’’, da deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP), eleita em 2022 pelos movimentos sociais.

O convite partiu, aliás, de Juliana, cuja história de vida é inspiradora.

Mulher de luta, indígena, moradora da Zona Leste da capital, mãe da Maria Clara e do Luiz.

Bem, a Juliana vocês já conhecem e dispensa apresentações.

Mas, quem sou eu?

Vamos por partes. Ou, melhor, por microcapítulos (risos)

1

Comecei a trabalhar muito jovem, aos 16 anos.

Tenho mais de 33 anos de experiência de chão de escola.

Formada em Pedagogia, tenho pós-graduação em psicopedagogia.

Ingressei muito cedo na carreira do Magistério, no tradicional Colégio São José, onde antes fui aluna.

Passei pelas redes privada e estadual de ensino.

Atualmente, sou professora da rede municipal.

Leciono em duas escolas da prefeitura em Sapopemba, bairro da Zona Leste da capital.

Bairro onde também moro, assim como Juliana.

2

O meu interesse pela participação política começou – acreditem! – ainda na infância.

Sou mãe solo de um adolescente, aluno do ensino médio da escola pública.

Meu pai, Nelson Pompeu, é advogado trabalhista.

Sempre que ele ia a assembleias ou reuniões com trabalhadores, eu o acompanhava.

E o meu interesse foi aumentando.

Foi o senhor Nelson que, em1985, me levou ao histórico comício das Diretas Já, no Vale do Anhangabaú.

Em 2021, minha querida mãe faleceu.

Lutar por uma sociedade mais justa e humanitária é uma forma de homenageá-la.

3

Frequentemente estou envolvida em várias batalhas.

Por exemplo, já fui diretora do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo – o SINPEEM.

Sou são-paulina antifascista.

Integro o Coletivo Resistência.

Mas as causas da Educação são o meu principal foco.

Neste exato momento, participo ativamente da campanha pela Revogação do Ensino Médio – o famigerado NEM — e por uma escola pública de qualidade.

Faça-o não apenas pelo meu filho, que é estudante do ensino médio de escola pública.

Mas pelo futuro dos filhos e filhas de trabalhadores brasileiros.

Em 2021, durante a pandemia, fundei o Movimento Escolas em Luta, para denunciar a situação das escolas e dar voz aos profissionais de educação.

O Escolas em Luta também oferece cursos gratuitos de formação, que têm alcance nacional.

Dizem (risos) que sou muito aguerrida e destemida.

Daí o apelido que me deram: Neliça Rebelde. Juro que não sei por quê (mais risos).

Ganhei-o após fazer várias denúncias na imprensa sobre um grupo bolsonarista que atuava na Educação e eu apelidei de Mamães Vogue.

4

Sim, sou feminista, sim!

E, aí, a batalha pelo fim da violência contra a mulher é fundamental.

É uma luta à qual me dedico com afinco, principalmente após ter sido vítima de assédio, violência de gênero e stalking.

Quando isso aconteceu, foram as companheiras e companheiros do PT que me acolheram, me ajudaram a superar e recomeçar.

5

Em 2022, meu pai, o senhor Nelson, esteve, sim, comigo na campanha para eleger Lula presidente.

Na companhia do meu amado companheiro, tendo sempre a tiracolo o mascote Lulinha (@Lulinha_Mascote13), fiz campanha em várias regiões de São Paulo para eleger Lula, Haddad e Juliana Cardoso.

Participei de aulas públicas, intervenções culturais, panfletagens.

Acabei me aproximando da militância do Partido dos Trabalhadores e me encantei.

Como meu companheiro é filiado ao PT, muita gente achava que eu também já fosse.

Mas preferi aguardar um tempo, convicta de que o momento certo chegaria.

6

Este momento chegou.

O convite para eu me filiar, como já disse, veio da guerreira Juliana Cardoso.

Ele me deu certeza de que estava na hora iniciar um novo ciclo, onde escreverei as próximas páginas da minha trajetória.

A partir de amanhã, eu, Nelice Pompeu, conhecida Neliça Rebelde, farei parte dessa constelação que vai reconstruir o Brasil.

Assim como Paulo Freire, o mestre de todos nós e um dos fundadores do PT, acredito na importância do partido como instrumento de transformação na luta pelos direitos e pela justiça social.

7

Portanto, tô chegando, mesmo!

É neste sábado, 13 de maio, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo.

O encontro começa às 9h.

O Sindicato fica à rua Genebra, 25, próximo ao Metrô Anhangabaú.

Juliana e eu esperamos vocês lá.

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Nelice Pompeu

Professora da rede pública municipal da cidade de São Paulo. Integra o Movimento Escolas em Luta.


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