Queiroga mostra falta de autonomia e omite morte de massagista e infecção de 320 jogadores; STF decide na quinta se Copa América será no Brasil

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Reprodução

Da Redação

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deixou clara sua falta de autonomia como subordinado do presidente Jair Bolsonaro ao dizer que não cobra do ocupante do Planalto um comportamento público condizente com um país que em breve terá meio milhão de mortos pelo coronavírus.

Queiroga também minimizou os riscos sobre a realização da Copa América no Brasil, dizendo que apenas cuidou de avaliar os chamados protocolos de segurança.

A cobrança mais dura ao ministro foi feita pelo senador Humberto Costa, que disse que as delegações e jornalistas que virão ao Brasil por causa da competição podem trazer ou levar novas cepas do vírus, tornando ainda mais grave a situação na América do Sul.

Em sua fala, Queiroga referiu-se apenas a um caso de covid entre jogadores, mas foi lembrado do falecimento do mais antigo funcionário do Flamengo, o massagista Jorginho, além de 320 casos registrados entre jogadores desde o Campeonato Brasileiro do ano passado.

Jorge Luiz Domingos, o Jorginho, morreu aos 68 anos de idade em 4 de maio de 2020.

Em seu depoimento, Queiroga disse ter tido contato com quatro dos chamados integrantes do gabinete paralelo de Saúde: a oncologista Nise Yamaguchi, o empresário Carlos Wizard, o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado negacionista Osmar Terra, que fez as previsões mais bizarras até agora sobre a pandemia.

O Supremo Tribunal Federal marcou para quinta-feira uma sessão extraordinária para analisar pedidos feitos por parlamentares para proibir a realização da Copa América no Brasil.

O PSB, autor de uma das ações, argumentou em seu pedido que “a intensa circulação de visitantes em território nacional promoverá evidente propagação do vírus da Covid-19 por diversos estados brasileiros, bem como a potencial entrada de novas variantes virais em território nacional, em momento no qual as autoridades sanitárias já lutam contra a sedimentação da variante indiana”.

Segundo o painel do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, o Brasil atingiu hoje 476.792 mortos, com 2.378 óbitos nas últimas 24 horas.

Mas o Peru superou o Brasil em mortes por milhão de habitantes.

Por motivos distintos, Colômbia e Argentina desistiram do campeonato, que só será realizado no Brasil por esforço de Jair Bolsonaro.

Nosso mundo em números; mortes por covid por milhão de habitantes

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Zé Maria

Já deveriam ter sido suspensos todos
os Campeonatos de Futebol em curso
no Território Nacional, não acrescentado
ainda mais uma Copa que não tem o menor
significado no Contexto da Pandemia.

Estão liberando os jogos no Brasil para
favorecer as Empresas de Rádio e TV.

Por conseqüência, as Aglomerações
em Bares e Restaurantes aumentam.

E absurdamente há concentrações de
torcedores na frente dos Estádios onde
estão ocorrendo os Jogos de Futebol.

Na atualidade, o Brasil está sendo
tragicamente desgovernado por
uma Quadrilha de Assassinos.

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