PT do Rio diz que PSOL sofre campanha difamatória orquestrada

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Nota do PT do Rio, sugestão do Claudio Freire, no blog do Rovai

A morte do cinegrafista Santiago Andrade deve servir de alerta para algumas reflexões. Em primeiro lugar, solidarizamo-nos com amigos e familiares da vítima, cuja perda e dor deve ser respeitada, e não espetacularizada ou apropriada por uma ofensiva conservadora.

Criticamos duramente a ação de pequenos grupos que substituem a organização popular, o trabalho de base e o debate político pelo uso performático da violência, prestando um desserviço às lutas por mais direitos e pela radicalização da democracia, servindo de pretexto para o aumento da repressão, colocando em risco a integridade dos próprios manifestantes e diminuindo a adesão popular aos movimentos de massa.

Para nós, do PT, a construção de uma sociedade em novas bases é uma tarefa de milhões de pessoas, e ações irresponsáveis e de legitimidade social reduzida não contribuem para a superação das desigualdades que ainda existem em nosso país.

No entanto, não concordamos que o episódio que vitimou Santiago – que deve ser devidamente apurado, e processados os responsáveis – sirva como cortina de fumaça para encobrir a escalada de violência policial, que vitimou mais de uma dezena de pessoas, inclusive nas manifestações, ou como pretexto para tentativas conservadoras de alteração na legislação brasileira, como o PL-499 (conhecida como “lei anti-terrorismo”) ou a proposta do secretário estadual de segurança de tipificar o crime de desordem, abrindo perigosas janelas para o aumento da criminalização dos movimentos sociais.

Por último, solidarizamo-nos com o PSOL e o deputado estadual Marcelo Freixo, vítimas recentes da sanha da mídia empresarial brasileira, sempre disposta a atacar as ideias, as organizações e as lideranças da esquerda brasileira, como ocorre sistematicamente contra o PT, sendo a cobertura do julgamento da AP-470 um caso emblemático.

Entendemos os ataques desferidos contra o deputado e o seu partido como parte de um processo mais amplo de disputa ideológica – como ficou explícito nos editoriais da imprensa sobre o VI Congresso Nacional do MST, cabendo a todos e todas que lutam por um mundo melhor uma postura mais generosa entre nós e de repúdio à campanha difamatória orquestrada.

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