Pimenta: Moro vai prevaricar no caso de Flávio Bolsonaro?

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução redes sociais

Da Redação

O deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, escreveu em sua página do Facebook que o ministro da Justiça Sérgio Moro cometerá prevaricação se não pedir ao Panamá dados da offshore que é sócia de uma empresa que fez negócios com o senador Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro.

“E agora Moro? Ex-juiz é obrigado a pedir documentos ao Panamá sobre esquema dos Bolsonaros, vai fazer?”, perguntou o parlamentar.

Acrescentou: “Um dos maiores paraísos fiscais do mundo, o Panamá só fornece as informações aos países que solicitam cooperação judicial; se não fizer o pedido, Moro cometerá crime de prevaricação”.

Flávio Bolsonaro, como se sabe agora, fez fortuna no mercado imobiliário com transações suspeitas, obtendo lucros altos em curto espaço de tempo.

Alguns negócios foram fechados com uma empresa de nome MCA, que tem como sócia uma offshore baseada na Cidade do Panamá.

O então deputado estadual comprou, entre dezembro de 2008 e setembro de 2010, 12 salas do condomínio comercial Barra da Tijuca — e as revendeu de uma vez, em outubro de 2010, à MCA Exportação e Participações Ltda., com lucro de R$ 504,9 mil.

“O MP-RJ chamou atenção para o fato de a pessoa jurídica que adquiriu os imóveis ter como sócia a Listel S.A. Trata-se de uma empresa com sede no Panamá, inscrita na Receita Federal do Brasil como holding de instituições não-financeiras. Desde junho de 2010, uma instrução normativa do fisco brasileiro considera o Panamá paraíso fiscal”, informou o diário conservador Valor Econômico.

Em tese, negócios imobiliários simulados podem esquentar dinheiro de corrupção ou auferido por milicianos, com empresas-ônibus — seria a Listel uma? — servindo para transferir valores até refúgios fiscais.

“Refúgios” e não “paraísos”, que tem conotação positiva — quando o objetivo dos ricaços é sonegar impostos.

De acordo com o jornal da família Marinho, o “caso Flávio torna-se teste à independência de Moro”.

O Valor informou que o MPRJ solicitou cooperação ao Ministério da Justiça para apurar o caso. “No caso panamenho, o país é signatário de acordo datado de novembro de 2011 que dispõe sobre auxílio jurídico mútuo em matéria penal”, aduziu.

Conforme descreveu a Folha de S. Paulo, “o subfaturamento nas operações imobiliárias pode ter como objetivo lavar dinheiro obtido ilegalmente. O comprador com dinheiro sujo paga ao vendedor por fora, geralmente em espécie, a fim de obter um bem de valor real maior do que o declarado. O dinheiro volta limpo quando a revenda é realizada”.

Segundo a revista Veja, o MPRJ apurou que Flávio torrou R$ 9,425 milhões em transações envolvendo 19 imóveis.

Num caso emblemático, “em 27 de novembro de 2012, ele comprou, por 140 mil reais, um apartamento na Avenida Prado Junior, em Copacabana – 15 meses depois, em fevereiro de 2014, vendeu o imóvel por 550 mil reais, o que representa um lucro de 292%”.

Segundo a Agência Estado, documentos que o MPRJ utilizou para pedir a quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro, do ex-PM Fabricio Queiroz e de dezenas de ex-funcionários de gabinetes parlamentares demonstram que Queiroz fez saques em dinheiro vivo de R$ 661 mil, entre janeiro de 2016 e junho de 2018.

O MPRJ vai investigar a conexão entre os saques de Queiroz e as transações imobiliárias de Flávio.


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Zé Maria

Queiroz e Marielle, duas investigações que encurralam a família Bolsonaro

A devassa legal nas contas do primogênito do clã
rastreia assessores e ex-assessores,
alguns deles ligados ao mundo da milícia
investigada pelo assassinato de vereadora

| 16 MAI 2019 – 22:23 | Reportagem: Gil Alessi, de São Paulo | ElPaís BR |

Pouco mais de cinco meses após o nome do motorista Fabrício Queiroz vir à tona
em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras [COAF]
citado por movimentações atípicas, o primogênito do clã Bolsonaro, o senador
Flávio, que até o final do ano passado o empregava em seu gabinete na
Assembleia do Rio [ALERJ], começou a sofrer uma profunda devassa
em suas contas bancárias.
O Ministério Público do Estado [MP-RJ] pediu a quebra do sigilo bancário do parlamentar
por um período de dez anos (entre janeiro de 2007 e dezembro de 2018),
alegando haver indícios de lavagem de dinheiro e da operação de
uma organização criminosa em seu gabinete —no total, 95 pessoas terão
suas contas reviradas, sendo que ao menos nove delas também atuaram
em algum momento com funcionários do atual presidente,
segundo informações do jornal O Globo, e duas delas são ligadas
ao miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, buscado pela polícia
sob acusação de ser o chefe do grupo Escritório do Crime,
suspeito de ter ligação com o assassinato da vereadora Marielle Franco.
[…]
Na quarta-feira, a Veja publicou reportagem em que afirmava que entre 2010 e 2017,
quando ainda era deputado estadual, Flávio investiu 9,425 milhões de reais
na compra de 19 imóveis, entre salas e apartamentos, e lucrou 3,089 milhões
nessas transações imobiliárias —indícios, segundo o MP, de lavagem de dinheiro.

Na quinta-feira, nova reportagem de O Globo destacou que policiais militares
nomeados para o gabinete de Flávio, quando ele era deputado estadual,
repassavam até dois terços de seus salários para Queiroz, em troca de “férias
permanentes”: ou seja, recebiam para não trabalhar.
[…]
A quebra do sigilo do filho do presidente tem alto potencial para respingar no palácio do Planalto —já fragilizado pelos protestos de estudantes e professores e com uma base no Congresso que se mostra fraca…

E torna-se algo especialmente grave para um capitão reformado do Exército que se elegeu com um forte discurso contra a corrupção e tem o juiz da Lava Jato como principal troféu de seu Governo.

Ter o nome de Flávio envolvido em algum esquema da chamada “velha política”,
tanto criticada pelo clã, pode dificultar ainda mais a aprovação de projetos
e a governabilidade e diminuir seu apoio nas ruas, que já é o menor
nos primeiros cem dias dentre todos os presidentes brasileiros eleitos…

Morte de Marielle
Uma análise mais conservadora aponta para a possibilidade de que se comprove a participação de Flávio em um esquema de “rachadinha”, prática proibida, mas comum nos legislativos do país, na qual funcionários devolvem parte de seus salários para os parlamentares. Esta possibilidade já havia sido ventilada desde dezembro passado e foi confirmada por Queiroz ao depor por escrito ao Ministério Público. Em fevereiro ele informou que pegava parte do dinheiro dos demais servidores do gabinete e “com a remuneração de apenas um assessor parlamentar conseguia designar alguns outros para exercer a mesma função, expandindo a atuação do deputado”. Flávio sempre negou que a prática ocorresse em seu gabinete, e essa contradição entre os dois ainda não foi esclarecida —tendo em vista que o senador faltou a um depoimento e não remarcou mais a data.

Mas, para além da “rachadinha”, as investigações tem potencial para colocar o clã Bolsonaro em uma situação mais complicada. Os laços da família Bolsonaro com milicianos e seus parentes (e a simpatia do clã pelos grupos paramilitares comandados por policiais e ex-policiais) podem desaguar em em desdobramentos delicados, especialmente porque no gabinete de Flávio estavam lotadas Danielle Nóbrega e Raimunda Magalhães, respectivamente irmã e mãe o miliciano do apontado como chefe do Escritório do Crime. Trata-se de uma organização miliciana ligada ao assassinato da vereadora Marielle Franco, de acordo com o que já foi divulgado da apuração que tem ainda uma ponta federal: a Polícia Federal investiga se alguém nas polícias do Rio trabalhou para sabotar os trabalhos de elucidação do crime. Ambas tiveram o sigilo bancário quebrado, e o Coaf já tinha apontado repasses delas para Queiroz, amigo de Nóbrega.

íntegra:
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/14/politica/1557863308_090753.html

Zé Maria

Caso Queiroz

Michelle Bolsonaro volta a estar na linha de tiro

Será que os dados do ex-PM, funcionário por uma década de Flávio Bolsonaro,
revelarão outros Depósitos à Primeira-Dama?

Jair Bolsonaro tem adoração pela esposa 27 anos mais jovem.
Fez questão que a primeira-dama estivesse a seu lado ao tentar receber
na marra, na quinta-feira 16, no Texas, um prêmio de “homem do ano”
que lhe foi dado por certa entidade americana.

Quando o nome de Michelle apareceu, em dezembro, como receptora
de 24 mil reais depositados em sua conta pelo ex-PM Fabrício Queiroz,
amigo do clã Bolsonaro, o ex-capitão perdeu o chão.
Saiu do sério, ficou muito preocupado, segundo contou à época,
em uma conversa a portas fechadas, um advogado que era do time
de defensores do atual presidente.

Imagine-se o transtorno de Bolsonaro agora que o Ministério Público (MP)
do Estado do Rio faz uma devassa financeira na família Queiroz,
em um caso que tem tudo para transformar em inferno a vida do primogênito
do presidente, Flávio, senador pelo Rio.

íntegra em: https://t.co/ydjvNPidtS
https://www.cartacapital.com.br/politica/caso-queiroz-michelle-bolsonaro-entra-na-linha-de-tiro/

Zé Maria

Deus e Brasil são inconciliáveis com Jair Bolsonaro, um Recruta Zero!

Segundo a “ficha de informações” produzida em 1983 pela Diretoria de Cadastro
e Avaliação do ministério [do Exército], Bolsonaro, na época tenente com 28 anos
de idade, “deu mostras de imaturidade ao ser atraído por empreendimento de ‘garimpo de ouro’.
“Necessita ser colocado em funções que exijam esforço e dedicação,
a fim de reorientar sua carreira. Deu demonstrações de excessiva ambição
em realizar-se financeira e economicamente” [Em uma palavra: Ganância].

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/05/1884332-bolsonaro-era-agressivo-e-tinha-excessiva-ambicao-diz-ficha-militar.shtml

Jardel

Se o Bozo 02 pedir desculpas o Moro perdoa.
É bom o 02 também fazer uma tatuagem: “conhecereis a verdade e a verdade bla bla bla…”
O Moro não resiste a uma tatuagem bíblica. Já vai logo perdoando.

Adriano

Moro se lascou de verde e amarelo. Terá que ir para os EUA para disfarçar a vergonha e manter a pose de nobre.
Lula volta como rei. As ideias dele estavam e estão certas. Se a elite nao quiser ir a bancarrota é melhor perceber isso logo antes que seja tarde.
Quem sério investiria num país que rasga a própria constituição. Onde vamos arrumar esses trouxas ?
Mas há tb o risco do Moro se candidatar se anteciparem as eleiçoes. Isso é o principal objetivo do super héroi fajuto.

Zé Maria

Mais uma: Queiroz fez saques de R$ 661 mil em 18 meses

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviados
ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apontam que Fabrício Queiroz,
ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), sacou R$ 661 mil em dinheiro durante um período de 18 meses,
entre janeiro de 2016 e junho de 2018.

As movimentações consideradas atípicas – detectadas originalmente pelo
sistema de compliance do Banco Itaú, onde Queiroz é correntista – foram
anexadas pelos promotores ao pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio, do ex-assessor e de outras 93 pessoas e empresas no âmbito do inquérito
que investiga o hoje senador por peculato (desvio de dinheiro público por servidor)
e lavagem de dinheiro.
[…]
O primeiro relatório do Coaf revelado pelo jornal apontou que Queiroz recebeu depósitos de outros nove assessores de Flávio e ainda emitiu um cheque de R$ 24 mil para a primeira-dama, Michele Bolsonaro.

Segundo relato do presidente [Jair Bolsonaro], o cheque serviu para quitar um empréstimo feito por ele a Queiroz.

Único assessor a prestar depoimento ao MP, o policial militar Agostinho Moraes da Silva admitiu que repassava R$ 4 mil do salário (de R$ 6 mil) a Queiroz, mas que seria para investir na compra e venda de carro intermediada pelo colega.

íntegra: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2019/05/17/queiroz-fez-saques-de-r-661-mil-em-18-meses.htm

Leia também: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/05/15/caso-queiroz-mp-mira-parentes-de-pms-envolvidos-com-o-crime.htm

Zé Maria

Caso Flávio [Queiroz & Cia] torna-se Teste à independência de Sérgio Moro

O MP-RJ apura indícios de lavagem em transações imobiliárias feitas pelo atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) entre 2005 e 2018 – período em que foi deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

De dezembro de 2008 a setembro de 2010, Flávio Bolsonaro comprou 12 salas em condomínio comercial da Barra da Tijuca ao preço declarado de R$ 2,6 milhões. Todas as unidades foram revendidas em outubro do mesmo ano para a MCA Exportação e Participações Ltda por R$ 3,167 milhões, auferindo lucro de R$ 504,9 mil.

O MP-RJ chamou atenção para o fato de a pessoa jurídica que adquiriu os imóveis ter como sócia a Listel S.A.
Trata-se de uma empresa com sede no Panamá, inscrita na Receita Federal do Brasil como “holding de instituições não-financeiras”.

Desde junho de 2010, uma instrução normativa do fisco brasileiro considera o Panamá paraíso fiscal.
No pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, feito à Justiça do Rio – e por ela aceito – os promotores observam que “um dos mais tradicionais métodos de lavagem de dinheiro consiste na remessa de recursos ao exterior através de empresas offshore, sediadas em paraísos fiscais”.
Nesses locais, segundo o MP-RJ, é difícil determinar os reais beneficiários das transações envolvendo essas companhias.

Quando apurações criminais evoluem e demandam informações que podem estar disponíveis em outro país, cabe ao ministério da Justiça estabelecer a ponte oficial para a transmissão de dados à investigação.

Vinculado à pasta da Justiça, é o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) o órgão responsável por articular ações com o Ministério Público para enfrentamento à lavagem de dinheiro em casos com interface no exterior.

A diretora do DRCI, que foi nomeada para o cargo por Moro, é a delegada da Polícia Federal (PF) Erika Marena*, que participou da criação da Lava-Jato em Curitiba e foi a responsável por batizar a operação.

*Marena é aquela PF que foi Tigrona com o Reitor da UFSC.
Será que agora vai ser Tchutchuca com o Filho do Bolsonaro?
Tudo depende do Moro …

Zé Maria

O ministréco, Marréco, Moréco, Cônje da Rô, tem primeiro que pedir
autorização pro FBI, pra CIA e pro Departamento de Justiça dos EUA …

Deixe seu comentário

Leia também