Paim: Se fizerem como no Chile, brasileiro vai se aposentar com meio salário mínimo

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Foto Agência Senado

Paim: “Regime de capitalização é o fim da Previdência pública”

Por Hora do Povo 

Em declaração ao HP nesta terça-feira, 05, o senador Paulo Paim criticou a proposta de capitalização da Previdência, que vem sendo apresentada pelo governo Bolsonaro.

Nesta semana, foi divulgada o que poderia ser a proposta do governo para a Previdência, mas, segundo Paim, “não há nada concreto. Nenhuma proposta foi ainda apresentada”.

Para o senador, no entanto, qualquer proposta que venha no sentido de capitalização significaria “o fim da Previdência”.

“Essa proposta que significa uma poupança privada, acaba com a Previdência pública, e vimos no Chile como foi. No Brasil não será diferente”, disse em relação ao modelo aplicado neste país em que durante 37 anos de privatização da Previdência apenas metade dos trabalhadores conseguiu se aposentar, e ainda aproximadamente 91% dos aposentados recebem benefícios de cerca de meio salário mínimo do país.

“O que eles querem é uma renda mínima ainda menor que o salário mínimo, uma aposentadoria generalizada e estabelecer essa capitalização e isso é o fim da Previdência”, ressaltou.

Segundo o senador, que é coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência, novas reuniões serão realizadas essa semana para debater o tema no sentido de apresentar ao governo as propostas dos parlamentares.

“Já debatemos muito durante a CPI da Previdência, apresentamos propostas de combate à sonegação, à anistia, demonstrando que ela é superavitária. Vamos reafirmar essas questões”, disse.

JÚLIA CRUZ

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Comentários

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Netho

Quando sugeri que Paim fosse o candidato à sucessão de Lula dentro do PT, o desdém foi amplo, geral e irrestrito.
Seria, a meu ver, o primeiro presidente afro-descendente do Brasil.
E seria um petista de raiz.
Dilma era uma trânsfuga do PDT, a quem nem Brizola sabia que apito, realmente, tocava.
A turma dos “tecnocratas” do partido acabaram sobrepondo-se e Lula cometeu o seu maior e fatal erro político-partidário: a opção por Dilma que formou a dupla do desastre com Mercadante. Uma dupla da fuzarca.
Há um PT que comunga com esse despautério previdenciário, sim. Sempre houve, desde 2003.
Há outro PT que jamais comungou com o despautério previdenciário, ao ponto de produzir o PSOL.
Desgraçadamente, foram Lula e o PT que abriram as portas para a escalada da previdência privada, sob os auspícios do seu quinta-coluna da Liberdade e Lula, o alcaguete infiltrado, vindo das profundezas das águas turvas de Ribeirão Preto.
Foi o “Italiano” quem privilegiou a reforma previdenciária na alvorada do primeiro mandato de Lula.
Lula foi a Davos, logo após o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, em dezembro de 2002.
Lá, William Rodes, banqueiro dos banqueiros, declarou em Davos: “Lula é um exemplo para o Mundo”.
O PT e Lula rendiam-se aos banqueiros e bancos.
O preço da fama nos picos gelados não era grátis.
Os banqueiros meteram a faca no fígado e no pescoço.
Lula e o PT, com o alcaguete no comando da Fazenda, entregaram um superávit primário de 5% do PIB (a média tucana não chegou a 1% durante os 8 anos da Era Maldita). Foram mais tucanos do que os próprios tucanos: batiam no peito declamando que a responsabilidade fiscal era um “compromisso de ouro” da esquerda e do PT.
Para quem não sabe, a expressão “compromisso de ouro” vem das Geraes do Império.
Era o compromisso do “quinto do ouro” que a Colônia jurava, ajoelhada, a entregar anualmente. Deu na Inconfidência Mineira.
Lula não chegou ao cárcere por acaso!
Não se improvisa tamanho desastre, sem consentimentos
O PT e Lula deram argamassa, ferro e tijolo, gratuitamente, aos seus algozes para edificarem o cárcere do operário que virou suco nas mãos dos senhores da Casa Grande.
A conciliação com a Casa Grande é, sempre foi, submissão.
A conciliação de classe de Lula sempre foi papo furado para a “elite ignorante, inepta, cruel e corrupta”, como dizia Darcy Ribeiro
O que isso tem a ver com a Previdência?
Goste-se ou não, em vez de Lula e o PT afirmarem no início do primeiro mandato em 2003, o imperativo de um Orçamento da Seguridade Social, com suas receitas vinculadas próprias, preferiram abraçar os juros e a política monetária tucana do BC, que já haviam quebrado o país 4 vezes durante a Era Maldita.
O PT e Lula fizeram a liturgia da genuflexão aos mercados financeiros e à troica internacional. Empunharam a bandeira tucana com a fé de cristão-novos.
Deixaram o BC na mão de um banqueiro idolatrado pelo lulopetismo e apontaram o dedo para a Reforma da Previdência, inclusive mantendo a DRU de gênese tucana.
O tempo passou.
A conta faraônica chegou do tamanho de um Everest.
Até agora, o resultado acumulado de tantos erros elementares e grotescos foi o soterramento da esquerda e do centro-esquerda que não conseguem sair do atoleiro sem forças e articulação para deter a ofensiva da direita em sua fase de viragem.

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