Fotografia de um genocídio: 84 mil novos casos, mortes na fila, colapso de hospitais e o apelo de um motorista de ambulância

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

A denúncia não é de um grande jornalista investigativo, mas de um motorista de ambulância claramente preocupado.

Na porta do hospital de campanha de Ponte Nova, a 170 km de Belo Horizonte, eles descreve a situação: seis ambulâncias com pacientes de covid 19 dentro, esperando por vagas.

Ele fala em falta de macas e oxigênio e na internação de pacientes no corredor.

Minas Gerais, que tem como governador Romeu Zema, aliado de Jair Bolsonaro, finalmente adotou medidas restritivas, mas não lockdown, apesar de 200 pessoas estarem na fila da UTI.

No Jornal da Cultura, ontem, o médico Arnaldo Liechtenstein demonstrou preocupação com a falta de insumos.

Disse que hospitais podem ser forçados a reduzir o teor de oxigênio nos respiradores, além do risco de que não existam anestésicos para o procedimento de intubação.

Em Várzea Grande, Mato Grosso, o Sindicato dos Médicos denunciou jornadas exaustivas a que profissionais estão sendo submetidos: 22 novos leitos foram abertos sem a contratação equivalente de médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem.

Segundo o portal G1, 77 pessoas morreram na fila da UTI em São Paulo, sendo 45 nos últimos 16 dias.

O portal descreveu o caso de Renan Andrade, de apenas 22 anos de idade, que sofria de obesidade.

Atendido inicialmente numa UPA de São Matheus, na sexta-feira, Renan entrou para a lista de espera. No sábado, teve uma piora do quadro respiratório. Morreu às 17h19, 19 minutos antes de surgir uma vaga no Hospital Barradas.

Em Porto Alegre, o ritmo de internações diárias saltou de 1.738 pacientes em 7 de fevereiro para 6.995 em 6 de março.

Um médico do Hospital das Clínicas da capital gaúcha denunciou:

Em Santa Catarina, eram 398 pacientes esperando por vaga na UTI na sexta-feira passada.

O pior número é o de novos casos, que bateu recorde nas últimas 24 horas: 84.124.

Isso significa que a pressão sobre o sistema de saúde tende a aumentar.


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Comentários

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André Álvaro Hinnah

Temos o azar de ter um governo incompetente e criminoso justamente no pior ano da história sanitária brasileira (e uma coisa deriva da outra). Cedo ou tarde as más escolhas cobram seu preço, e cobram de todos.

Zé Maria

Quase 3 Mil Óbitos nas últimas 24 horas.
Média de cerca de 2 Mortes por dia.
Só falta o Laranja da Saúde aceitar a sugestão do vereador de Canela-RS e mandar pulverizar o país com “álcool gel líquido” para prevenção ao Covid. Pobre Povo…

https://youtu.be/k73FyLv8UQ8

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