Brito: Um dia depois do ataque aos direitos trabalhistas, STF libera salários do funcionalismo acima de R$ 33 mil mensais

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STF acaba com o teto constitucional e libera o “Meu bocão, minha vida”

Com apenas um voto contrário, o de Luiz Edson Fachin, o Supremo Tribunal Federal aprovou relatório de Alexandre de Moraes e liberou o pagamento de  remuneração de servidores públicos que acumular cargos (e aposentadorias) que ultrapasse  R$ 33,7 mil, o equivalente aos vencimentos de ministros do STF.

Eles próprios, inclusive, já que juízes podem acumular suas funções com outras, como as de professor.

A decisão vai repercutir, é certo, sobre quem se aposentou com a integralidade dos vencimentos.

Sarney, por exemplo, que acumula aposentadorias de R$ 73 mil pode invocar o entendimento do Supremo para continuar a receber.

Os nossos doutos ministros não conseguem compreender que o teto constitucional – por isso está na Constituição – é um limite moral, não funcional.

Mas eles vão além da insensibilidade.

Porque fazer isso às vésperas de uma degola de direitos trabalhistas e previdenciários do povão é mais que isso, é escárnio.

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PS de Conceição Lemes:  Votaram pelo fim do teto constitucional os ministros Marco Aurélio (relator), Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.

Curiosamente, o julgamento teve início nessa quarta-feira (26/04) e terminou hoje.

Um dia após, portanto, a Câmara aprovar a reforma trabalhista, pondo fim aos direitos dos trabalhadores no Brasil e à CLT.

Um escárnio, como bem observou o excelente e querido Fernando Brito.

Um tapa na cara do povo.

Afinal, enquanto a Câmara aprovava o maior massacre dos trabalhadores na história do Brasil, o STF liberava privilégios para servidores que ganham mais de R$ 33,7 mil mensais, inclusive alguns dos seus ministros.

O STF segue ladeira abaixo.

À revelia da Constituição, com o seu silêncio, legitimou o golpe contra a presidenta Dilma.

Agora, também com o seu silêncio, ignora a destruição dos direitos dos trabalhadores pelo governo golpista de Michel Temer.

Direitos que levaram décadas e décadas para serem conquistados.

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