Chaer: Irritada com decisão de Toffoli, Lava Jato vazou falsa propina que foi capa da Veja para atacar ministro

Tempo de leitura: 2 min

Mentira virou ferramenta de trabalho para grupo de Curitiba

Por Márcio Chaer, no Conjur, reprodução parcial

Nos diálogos da apelidada turma da “lava jato” interceptados pelo hacker Walter Delgatti tem de tudo. Jornalistas instigando procuradores a denunciar pessoas, procuradores combinando como manipular a opinião pública — em geral para emparedar ministros do Supremo — e até articulações para garantir a eleição de aliados, quando Jair Bolsonaro chegou ao poder.

Mostram também que o grupo de Curitiba, estribado na imensa popularidade que alcançou, passou a comportar-se como um poder autônomo.

Mais que isso: um Estado paralelo que passou a lidar com governos estrangeiros como uma República independente.

O grampo ilegal é condenável quando flagra a intimidade das conversas pessoais.

Mas é válido e repleto de interesse público quando revela a desonestidade e a covardia de agentes do Estado que se valem do cargo e da função para perseguir pessoas e não a Justiça.

Este site foi objeto de 24.639 menções desses interlocutores.

Em geral, diatribes. Sérgio Moro e seus parceiros atribuem as notícias e reportagens sobre eles a pretensos interesses escusos da empresa de comunicação que produz o conteúdo ConJur.

Os supostamente diligentes servidores públicos se mostram especialmente irritados quando o site desmascara mentiras levadas a público para fabricar condenações artificiais.

Um caso típico foi quando procuradores inventaram a farsa de uma acusação que não existiu.

No caso, que a OAS teria dado de presente ao ministro do STF, Dias Toffoli uma reforma em sua casa.

Para quem quisesse ver, Toffoli ofereceu as notas fiscais mostrando que ele pagou a empresa que se desincumbiu da obra.

Mas não foi essa a notícia que estrelou a capa da revista Veja daqueles dias.

O que se dizia era que um anexo do acordo de delação trazia essa “revelação”.

Descoberta a mentira (não existiu o presente nem o anexo), o que fez Rodrigo Janot?

Desistiu da delação imputando à empresa o que ele e seus asseclas haviam feito: vazar o que não existia.

Em uma conversa, o próprio Moro alertou Deltan Dallagnol sobre um rastro que os procuradores deixaram ao tentar comprometer Toffoli: a irritação do MP com uma decisão do ministro que favoreceu o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, dias antes.

Foi um truque recorrente: para evitar anulação de ilegalidades, atacava-se os ministros ou seus familiares para colocar o STJ ou STF no seu devido lugar


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Comentários

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Eduardo Ratis

Não sei quem é pior: A Lava-Jato de Cu ritiba ou o TRF-4. A história se encarregará de todos.

CICERO DE BARROS

E OS CANALHAS CONTINUAM À SOLTA … QUE TIPO DE MINISTROS TEM A MAIS ALTA CORTE JUDICIÁRIA DO BRASIL ??? ACOVARDADOS ???

Adair

Será efetivamente incompreensível se esta turma não for punida. É inaceitável comprometer usando de má fé pública a vida de tantas pessoas. Será que um país que já alçou a sexta posição econômica no mundo se deixará fragmentar de forma tão maiúscula por infantis aventureiros.

Brasil Jr.

Um monte de gente ainda acredita e defende esses 2 e os outros procuradores de dinheiro. Ops, do Estado.
Pobre país. Estamos condenados a ser privada dos EUA.
Talvez não seja tão ruim projetar o botão do liquidificador. Pra que mais, né ! Desenhar batedeira tá bom pra😜nós.
Segue o jogo. O árbitro é honestíssimo.
Se não sair na tv vai ser difícil reverter a coisa.
Tv todo mundo tem. Dá para ver na casa do vizinho, bar, manicure etc.
Sem tv vai ser difícil reverter o estrago na opinião geral dos brasileiros.
Humorísticos podem ser um bom caminho para um povo cheio de graça. Talvez rir da própria estupidez seja a cura desses ‘tempos modernos’. Vamos imitar o Chaplin para esquecer o sombreiro da Chevron. Que chapéu do Obama ? Joga muito.
Devolveu-nos ao século XVIII. Bora procurar ouro de novo, pois o petróleo já era.

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