Boiada de Salles: governo Bolsonaro repete método do coronavírus, para mascarar fracasso no combate aos crimes ambientais

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Foto Greenpeace

Da Redação

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deixou claro em reunião de governo que a pandemia de coronavírus seria o momento ideal para “passar a boiada”, ou seja, colocar em prática o programa que fortalece o agronegócio e a grilagem e enfraquece a legislação e os órgãos de defesa do meio ambiente.

Na reunião de 22 de abril, Salles pregou enfiar a caneta: “Agora tem um monte de coisa que é só, parecer, caneta, parecer, caneta. Sem parecer também não tem caneta, porque dar uma canetada sem parecer é cana. Então, isso aí vale muito a pena. A gente tem um espaço enorme pra fazer”, disse ele no encontro.

De acordo com o Estadão, a equipe de Salles pretende passar a boiada reduzindo os compromissos com a redução do desmatamento, que vem batendo recordes na Amazônia.

A proposta em estudo acaba com qualquer compromisso em relação a outros biomas, como o cerrado e a mata atlântica.

De acordo com documento obtido pelo diário conservador paulistano, o compromisso do governo seria o de proteger 0,07% da cobertura da floresta tropical através do projeto piloto Programa Floresta+, cujas regras ainda nem foram definidas.

Em outra frente, o governo Bolsonaro move Ação Direta de Inconstitucionalidade que restringe o escopo da Lei da Mata Atlântica.

Se vingar, a ADI pode anistiar multas e acabar com a exigência de reflorestamento de áreas degradadas ilegalmente desde 1990.

Alvo de críticas especialmente na União Europeia, o Brasil pode perder investimentos e se tornar alvo de boicote de consumidores por causa de crimes ambientais.

Desde que tomou posse, o presidente Jair Bolsonaro trabalha para enfraquecer o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que atua na medição do avanço do desmatamento.

Também desestruturou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), responsável pela fiscalização.

O comportamento de Bolsonaro é visto como um cheque em branco para grileiros, posseiros, madeireiros e garimpeiros que atuam na região da fronteira agrícola, que segue avançando especialmente no Pará, Mato Grosso e Rondônia.

Cada vez mais os criminosos ambientais atuam sem qualquer risco de penalização.

Quanto ao governo Bolsonaro, atua de maneira a mascarar seu fracasso na área, como fez na pandemia do coronavírus.

O Ministério da Saúde, por exemplo, passou a enfatizar o número de brasileiros recuperados da doença, deixando em segundo plano a terrível marca que em breve será de 100 mil mortos, num período de apenas cinco meses.

Como na Saúde, no Meio Ambiente o objetivo parece ser o de mudar o termômetro para esconder a febre.


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Antonio Sergio Neves de Azevedo

PACIÊNCIA?

O GOVERNO PRATICA MESMICES AO TENTAR CONTROLAR OS ÂNIMOS DOS BRASILEIROS COM OS TREZENTINHOS POR MÊS DEVIDO A PANDEMIA DO COVID-19 QUE ESTÁ SEM CONTROLE E CEIFANDO A VIDA DE MILHARES E MILHARES DE BRASILEIROS.

AO MESMO TEMPO ESTE GOVERNO PROMOVE UMA POLÍTICA ECONÔMICA NONSENSE QUE NÃO DESLANCHA E SÓ PRODUZ FOME, DESESPERO E ZERO EM CRESCIMENTO ECONÔMICO.

ORA, QUEM TEM FOME TEM PRESSA, PIOR AINDA SE O CIDADÃO FOR PAI DE FAMÍLIA E ESTIVER DESEMPREGADO.

TALVEZ, OS ÚNICOS SEM PRESSA NO ATUAL MOMENTO SÃO O GOVERNO E SUA EQUIPE ECONÔMICA, QUE DE TÃO DEVAGAR, SEM CRIATIVIDADE, SEM UM PROJETO DESENVOLVIMENTISTA NACIONAL OPTARAM PELA CONTINUIDADE DE UMA POLÍTICA ECONÔMICA PERVERSA, NEOLIBERAL, DE JUROS ALTOS E AUMENTOS DE IMPOSTOS QUE ESPOLIA OS TRABALHADORES E DESTRÓI O CAPITAL E A EMPRESA NACIONAL.

TER PACIÊNCIA NESSE MOMENTO SIGNIFICA ABNEGAÇÃO, SUBSERVIÊNCIA E FILIAÇÃO A TUDO DE PODRE QUE AÍ ESTÁ.

MAS O PENSAMENTO INSÍGNIO, A IDEIA UNA DE CONSTRUIR UM BRASIL NACIONAL-DESENVOLVIMENTISTA NÃO SE CURVA E NÃO SE DOBRA TÃO FACILMENTE A COMERCIALIZAÇÃO DA ALMA COMO QUEREM OS TRUÕES.

MUITO MENOS ENGOLE GOELA ABAIXO A PSEUDOMODERNIDADE PROPALADA POR UMA DIREITA FALSÁRIA QUE ESTÁ NO PODER EXECUTANDO UM LIBERALISMO PRIMITIVO – QUE DE LIBERAL EM ESSÊNCIA NÃO TEM NADA.

EM UNÍSSONO PRATICA UM DISCURSO CONSERVADOR CAPENGA – QUE ENGANA APENAS OS INCAUTOS, OS SIMPLES E O “HOMEM MÉDIO”.

ALIÁS, É UM DISCURSO ÚNICO, TENDENCIOSO E ÍMPAR EM ENTREGAR O PATRIMÔNIO NACIONAL.

UM ENTREGUISMO INSANO, VULGAR E DELIBERADO QUE ATENDE APENAS E TÃO SOMENTE OS INTERESSES DOS ESPECULADORES HEGEMÔNICOS E RENTISTAS DOS PAÍSES RICOS LIDERADOS PELOS SENHORES DE WASHINGTON.

POR TUDO ISSO, O ATUAL GOVERNO TERÁ O SEU PEDIDO ATENDIDO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.

PORÉM, DE UM JEITO UM POUCO DIFERENTE, A PACIÊNCIA SERÁ MESCLADA COM INDIGNAÇÃO, SOMADO A UMA PITADA QUE PODERÁ SE TRANFORMAR NUMA ENXURRADA DE VOTOS IMPACIENTES DA MAIS PURA E TRANSLÚCIDA DECEPÇÃO.

ACORDA BRASIL!

Antonio Sergio Neves de Azevedo – Estudante – Curitiba/Paraná.

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