Tânia Mandarino: Perdemos o Cacique Darã. Os tributos do MST, Apib e Pastoral Indigenista do Cimi ao nosso guerreiro

Tempo de leitura: 2 min
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Por Tânia Mandarino

Tânia Mandarino: ”Meus adoráveis anfitriões, Janete e Darã, os verdadeiros donos dessa Terra Brasilis”. Foto: arquivo pessoal

Por Tânia Mandarino*

Perdemos o Cacique Darã.

Ele tinha apenas 56 anos.

Meus sentimentos aos familiares, amigos e parentes da Aldeia Tekoa Porã, em Itaporanga (SP).

Tive o privilégio de conhecê-la em 2019, quando fui tão bem e amorosamente recebida por Darã e Janete.

Triste perda, triste demais.

Que seu espírito encontre paz e seja luz para alumiar a luta indígena.

Um forte abraço de solidariedade fraterna.

Em Curitiba, estamos em luto, as amigas e os amigos que Darã fez por aqui.

Compartilho com vocês uma lembrança em homenagem ao nosso guerreiro.

Trata-se de uma fala linda e forte dele, lá no escritório, por ocasião de uma de suas vindas a Curitiba para visitar a Vigília Lula Livre. Esta foi em dezembro de 2019.

Está no vídeo abaixo.

Vale a pena assistir para saber, pelo menos, um pouco do que pensava Darã sobre o presidente Lula.

Não estou sozinha nesta dor imensa.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) — Regional Sudoeste (SP), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e a Pastoral Indigenista-SP, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), também lamentam a partida de Darã.

Em notas, resgatam a participação e liderança dele nas lutas dos povos indígenas.

NOTA DO MST

Com muita tristeza recebemos, na manhã desta quarta-feira (18), a notícia do falecimento do Cacique Darã, da Aldeia Tekoa Porã, em Itaporanga (SP).

De etnia Tupi Guarani, Cacique Darã foi figura importante da luta e resistência dos povos indígenas, em especial na região sudoeste paulista.

Sempre esteve presente nas lutas contra o Marco Temporal e os projetos de lei que alteram a demarcação das terras indígenas, além de contribuir para a construção dos Acampamentos Terra Livre, que acontecem em Brasília.

Também participou ativamente das mobilizações por democracia e justiça que aconteceram intensamente nos últimos anos em nosso país.

Camarada do Movimento do Sem Terra, participou junto a outros companheiros e companheiras do nosso VI Congresso Nacional (2014) e de edições da Feira Nacional da Reforma Agrária.

O MST se solidariza à Aldeia Tekoa Porã, à família do Cacique Darã e aos irmãos e irmãs indígenas.

Desejamos que nosso companheiro faça sua passagem na luz e que seja recebido por seus ancestrais.

MST Regional Sudoeste (SP)

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Tânia Mandarino

Advogada; integra o Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD).


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Comentários

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Zé Maria

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Que Perda Enorme para o Planeta!
Darã era um dos Imprescindíveis
que Lutam por toda a Vida.

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