Médicos de OSS param por não receber reajuste negociado: ‘Cadê o dinheiro repassado, secretário?’, questiona diretor do Sindsep

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Médicos de OSS paralisam por não receber o que foi negociado

“Cadê o dinheiro repassado, secretário?, questionou dirigente do Sindsep, em ato/paralisação em frente à Secretaria Municipal de Saúde, na manhã desta segunda (26)

Por Redação Sindsep

O Sindsep se somou ao Sindicato dos Médicos e Médicas de São Paulo em ato/paralisação, na manhã desta segunda-feira (26/06), em frente à Secretaria Municipal de Saúde.

A categoria, que decidiu em assembleia pela paralisação das atividades nesta segunda, cobra o pagamento retroativo referente à Convenção Coletiva Salarial 2022/2023.

“Reivindicamos o pagamento dos 7 meses de reajuste, que obtivemos na negociação. Conquistamos o reajuste pela inflação e exigimos que esse direito seja pago agora pelas organizações sociais e pelo patronal Sindhosfil-SP [Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo] que se negam a pagar esses 7 meses retroativos de reajuste. Nosso objetivo é que, em conjunto com as trabalhadoras e trabalhadores de organizações sociais, devemos caminhar em unidade para obtenção de nossos direitos numa campanha salarial cada vez mais unificada, que nos traga melhorias de condições de trabalho e reajustes adequados a nossas profissões”, esclareceu a médica Juliana Salles, dirigente do Simesp e da CUT-SP.

Ao compartilhar a experiência da unificação da Campanha Salarial 2023, que proporcionou este ano um reajuste linear de 5% para o funcionalismo público municipal, o dirigente da CUT-SP, João Batista Gomes, secretário de Política Intersindical do Sindsep, valorizou a ação do Simesp-SP.

“O Simesp esteve conosco na campanha unificada, onde 30 entidades estiveram na mobilização da campanha salarial dos servidores da Prefeitura de São Paulo, que partiu do zero para 5% de reajuste salarial, retroativo a maio, aprovado pela Câmara Municipal, na quarta passada (21/06), e será pago no mês de julho. E é um absurdo que tenhamos que vir à porta da Secretaria Municipal de Saúde exigir que as OSSs paguem o retroativo do reajuste salarial. A Prefeitura de São Paulo repassa os recursos mensalmente para as OSSs pagarem salários, insumos, garantirem condições de trabalho, então, se eles não estão pagando o retroativo, para onde está indo o dinheiro?”, questionou o dirigente cutista.

Ele acrescentou que a pasta tem responsabilidade em dar essa resposta e efetivar os salários dos profissionais médicos que estão atuando em 90% dos serviços de saúde do município.

A direção do Simesp esclareceu que a paralisação não atingirá unidades de urgência e emergência, como UPAs, AMAs, UTI e serviços de urgência e emergência cirúrgica.

O movimento de greve ocorre nas unidades básicas de saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Assistência Médica Especializada (AME), Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad), Programa de Acompanhante de Idoso (PAI), Centro Especializado em Reabilitação (CER), enfermarias e centros cirúrgicos eletivos que não oferecem atendimento de urgência, de acordo com a divisão de competências do Sistema Único de Saúde.

Edição: Cecília Figueiredo

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