Deputados petistas votam contra empréstimo de US$85 milhões para governo Riedel privatizar Hospital Regional de MS

Tempo de leitura: 2 min
Deputada Gleice Jane (PT-MS): ''A proposta [do governador Eduardo Riedel (à direita)] é privatizar a saúde pública, o Hospital Regional (vista aérea), aqui em Campo Grande. Mas desta vez com a possbilidade de dar lucro para a empresa que assumir a privatização deste hospital. Isso significa que, se o recurso da saúde hoje não é suficiente para atender a população, no futuro ele ainda vai ter sobrar lucro para essa empresa. E nós não concordamos com isso''. Fotos: Reprodução e divulgação

Por Conceição Lemes

Nessa quarta-feira, 19/11, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), deu mais um passo no seu projeto de privatização dos hospitais públicos do Estado.

A Assembleia Legislativa autorizou-o a contratar um empréstimo de até 85 milhões de dólares (US$ 85 milhões), para financiar a PPP (parceria público-privada) que vencer a disputa pelo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS).

Ou seja, Riedel entregará à iniciativa privada o Hospital Regional mais US$ 85 milhões em dinheiro.

Quatro deputados votaram contra: os petistas Gleice Jane, Pedro Kemp e Zeca do PT e João Henrique Catan (PL).

Questionaram a dívida em dólar, o risco de aumento de custos ao longo das três décadas de contrato e a entrega dos serviços de apoio à iniciativa privada.

A deputada estadual Gleice Jane postou o vídeo acima em seu perfil de rede social, onde explica por que votou contra.

”Nós entendemos que esse projeto que não atende à saúde pública, não atende aos trabalhadores. Pelo contrário.

Eu votei não mais uma vez a um projeto do governador Eduardo Riedel. Desta vez, a proposta era autorização de um empréstimo de até 85 milhões de dólares para ser pago em 30 anos pelo povo.

A proposta é privatizar a saúde pública, o Hospital Regional, aqui em Campo Grande.

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Mas desta vez com a possbilidade de dar lucro para a empresa que assume a privatização deste hospital.

Isso significa que se o recurso da saúde hoje não é suficiente para atender a população, no futuro ele ainda vai ter sobrar lucro para essa empresa. E nós não concordamos com isso.

Esse projeto vai precarizar o atendimento ao usuário do SUS e também precarizar a vida dos trabalhadores da saúde.

O SUS é uma conquista do povo.

Esse projeto não passou  pelo Conselho de Saúde. O governador estrategicamente não quis ouvir o Conselho, porque lá tem usuários e trabalhadores e trabalhadoras do SUS”.

A deputada acrescenta: ”Lucro na saúde pública significa corte. E corte significa pior atendimento e pior condição de trabalho para quem cuida da gente”.

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Comentários

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VANIA DE SOUZA MARTINS

O PT falando em saúde publica, 20 anos no poder só fez sucatear os hospitais. A saúde no Brasil ta um lixo e vcs petistas só jogam a culpa nos outros, quem está há 20 anos no poder?

Zé Maria

Na Maioria dos Estados
o PP é Igual ao PL.
Nos Demais é Pior.

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