Dr. Rosinha: Finalmente o STF ressuscitou e vai enfrentar o morto vivo, toda a maldade que está causando e o fascismo?

Tempo de leitura: 3 min
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Por Dr. Rosinha

Gravura de Gustav Doré para a "Divina Comédia", de Dante

Ressurreição

por Dr. Rosinha*

O Dicionário do Houaiss define assim ressurreição: “ato ou efeito de ressurgir ou ressuscitar; retorno da morte à vida; cura surpreendente e inesperada; nova vida, novo vigor”.

Em  Diccionário de la Bíblia, Serafín de Asuejo, Hebert Haag e A. Van den Born afirmam que os israelitas acreditavam firmemente que –Javé (Deus) – tem poder sobre todos.

“Por isso atribuí a ele (Deus) o poder de livrar a pessoas do reino dos mortos.

É verdade que muitas vezes ‘livrar alguém do reino dos mortos’ significa livrar do perigo de morte”.

Também afirma que no “antigo testamento a ideia da ressurreição aparece tarde e só em alguns textos isolados.

Em geral, o apocalipse de Isaías (Is 24-27) considera o testemunho mais antigo da fé na ressurreição” (tradução minha).

Esclarece ainda que, no geral, quando se trata do tema ressurreição é dos mortos de espírito e dos pagãos.

Atenção: mortos de espíritos.

Nosso país vem sendo governado pelos mortos de espíritos e neste contexto um dos mortos –Bolsonaro –reclamou que ninguém noticiou sobre “quem matou Bolsonaro”.

Ao mesmo tempo, queixou-se pelo tempo que a imprensa dedicou e dedica ao assassinato de Marielle.

Ainda esta semana o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o caso não deve ser federalizado, ou seja, a investigação não deve passar à  polícia política de Bolsonaro, a Polícia Federal.

Atenção: a imprensa pode até ter dedicado algum tempo maior ao caso de Marielle e, mesmo assim, é insuficiente para informar à população que foram as milícias do Rio de Janeiro,  sempre apoiadas pela família Bolsonaro, que a assassinaram.

Mas não basta só a imprensa fazer o seu trabalho de forma responsável.

É fundamental uma investigação séria, para investigar com seriedade o assassinato de Marielle e do Anderson.

Passados dois anos ainda não foram identificados os mandantes nem os executores.

E as esperanças de isso vir a acontecer são poucas, pois os envolvidos são policiais e ex-policiais que atuam e/ou fazem parte das milícias.

A frase “Quem matou Bolsonaro” foi uma queixa do próprio a partir do momento em que alguns veículos de imprensa decidiram –tardiamente –não mais a dar cobertura a ele no Palácio da Alvorada.

Sem a cobertura diária decidiu se vitimizar.

Atenção: Bolsonaro é um morto vivo. Um espírito morto num corpo vivo.

Seu espírito está morto, o corpo vaga. Os pensamentos, atos, ações e boca, constroem, todos os dias, há muitos anos, a violência, a morte e a desesperança.

Quando vejo uma pessoa com 60 anos ou mais, com cara de pesarosa, bondosa, educada e conciliadora, me pergunto: Como era quando criança?  Como se comportava? O que foi na vida adulta.

Só a carinha triste não me compadece: repare na cara de todos os idosos que foram ditadores sanguinários.

Não tenho a menor ideia de como Bolsonaro era quando criança.

Imagino que sempre teve o espírito morto.

Portanto, jamais compreenderá as diferenças, as vidas que –habitam –vivem sobre a terra e a poesia.

Mario Quintana –Bolsonaro não deve saber quem é Quintana –num dos seus poemas diz o que perdeu da primeira vez em que o assassinaram:

Da vez primeira em que me assassinaram, / Perdi um jeito de sorrir que eu tinha. / Depois, a cada vez que me mataram, / Foram levando qualquer coisa minha …”.

Atenção: “Quem matou Bolsonaro”.

Esta frase é a confissão do próprio Bolsonaro de que está morto. Nem ele sabe quem o matou. Não sabe porque seu espírito morreu, talvez, ainda, na infância ou, no mais tardar, na adolescência.

Ao contrário de Quintana, Bolsonaro foi morto ou suicidou-se uma única vez. Aí, perdeu não só o jeito de sorrir, mas também toda capacidade de ser humano e solidário.

Ele está espiritualmente morto, não conseguirá “ressurgir ou ressuscitar”. Tampouco pelos danos já enormemente causados conseguirá a ressurreição do espírito.

Atenção: e o Supremo Tribunal Federal (STF)?

Volto ao Houaiss: ressurreição é o “ ato ou efeito de ressurgir ou ressuscitar; retorno da morte à vida; cura surpreendente e inesperada”.

O STF, após morrer ou entrar em catatonia, parece que surpreendentemente foi curado e ressuscitou e saiu a caçar os financiadores, construtores e divulgadores de fake news.

É aguardar e esperar para ver se realmente vai enfrentar o morto vivo, o fascismo e toda a maldade que o morto esta causando.

Dr. Rosinha é médico pediatra, militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017).  De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul. 

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Dr. Rosinha

Médico pediatra e militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017). De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.


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Comentários

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Elaine

URGENTE

Peço a quem tiver contato com o STF para sugerir ao ministro Alexandre de Morais manter a vista do processo das fake news até que Bolsonaro se desgaste mais junto à população. As próximas semanas serão cruciais para a queda do bolsonarismo. Enquanto isso ele terá tempo para analisar profundamente as provas encontradas pela PF essa semana.
Peçam ao ministro Barroso e Celso de Melo para analisarem a situação pela mesma ótica.
O ministro Barroso precisa esperar o compartilhamento de provas do processo das fake news para colocar o processo de cassação da chapa em votação.
O ministro Celso de Melo sai em novembro, mais até lá tem água para correr e dará tempo dele deixar seu nome na história como combatedor feroz do fascismo no Brasil.
Surgiram aos ministros reforçarem ao máximo a segurança uma vez que Bolsonaro falou em uma ‘terceira vaga’ para nomear Aras. Dentro da respectiva live ele usou a infeliz expressao ‘alguem desaparecer’ num convite silencioso para algum fanático como Sara winter atentar contra vida de ministros do STF. Eles precisam tomar muito cuidado com os ‘acidentes’ como o que matou o ministro Teori. Não são Celso de Melo, Alexandre de Morais ou Barroso que correm riscos com tais acidentes e sim os outros ministros, pois despertariam enormes suspeitas se algum tipo de ‘acidente’ os atingissem.
Portanto, eles precisam tomar cuidado com aviões, carros e outros tipos de atentados que possam ser interpretados como ‘acidentes’.
Os procuradores que estão insatisfeitos com Aras podem contar que ele não será nomeado para o STF depois da nefasta live de ontem de Bolsonaro e ainda se tornará cúmplice de qualquer coisa estranha que aconteça a ministro do STF de sorte a abrir uma terceira vaga na corte. A partir de agora tudo que Aras fizer para proteger Bolsonaro ficará suspeito. A imprensa deve ficar de olho nele. Bolsonaro prejudicou Aras enormemente ontem em sua live. Tal como Moro o procurador também vai sair prejudicado nesta aventura de apoiar Bolsonaro.
Quando Bolsonaro se desgastar mais os militares que o apóiam no governo vao preferir apoiar Mourão a perder o poder com uma eventual cassação da chapa.
Mourão por sua vez não vai querer cometer os mesmos arroubos autoritários de Bolsonaro simplesmente porque não é louco como ele. Mourão não vai querer desonrar ainda mais a imagem das Forças Armadas. Portanto, depois que Bolsonaro cair tudo ficará sob controle até as próximas eleições.

Zé Maria

Apenas curiosidade:

Por que a Mídia Venal denomina de ‘Ala Ideológica do Governo’
a Corja Fascista do Bolsonaro?

Como é difícil para os calunistas
dar o nome correto à Súcia da Extrema-Direita …

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