Dr. Rosinha: É hora de ir às ruas e colocar os ratos para longe do poder do Estado

Tempo de leitura: 3 min
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Por Dr. Rosinha

Ilustração: Beto Mafra

Ratos

por Dr. Rosinha*

Para que servem os ratos?

Não, não é isso, não.

Comecei este texto com a pergunta errada.

Na verdade, as perguntas corretas são duas:  O que é o rato?; Quem é o dito cujo?

Rato é a designação de alguns pequenos mamíferos (roedores) das famílias Muridae, Cricetidae, Heteromyidae, Diatomydae e Batheyergide (obrigado, Wikipédia).

O camundongo (rato doméstico), da família Muridae, e a ratazana estão presentes no mundo inteiro, sendo responsáveis pela disseminação de doenças e destruição de grande quantidade de alimentos.

Mas de tudo isso o que nos interessa aqui é que o rato é um roedor. Um predador.

Informa o Houaiss: predador é o “que destrói o ambiente em que atua, ou os elementos dele (diz-se de qualquer agente)”.

Atentem bem ao que diz o Houaiss: qualquer agente.

Imagino que quase todo mundo tem alguma história para contar, envolvendo camundongo ou ratazana.

Eu me lembro de um. Faz mais de 20 anos. Foi em Caldas Novas (GO).

Minha companheira e eu estávamos passeando, quando, de repente, um grupo de pessoas correu pela calçada em nossa direção.

Assustados, paramos para ver o que estava acontecendo. Atrás daquela pequena multidão vinha um rato fugindo de quem o perseguia. No corre-corre, um sujeito deu-lhe uma bicuda. O pequeno animal voou longe. Não sei se sobreviveu.

Nas eleições de 2018, eu concorri ao cargo de governador do Paraná.

Em um dos meus contatos com eleitores,  ouvi de um cidadão, em tom irônico e homofóbico: “o que vão pensar de um estado governado por alguém chamado de Rosinha”. E, com um riso histriônico, concluiu: “governador Rosinha!”

Ouvi atentamente a desfeita e, sem nenhum julgamento moral e/ou de seriedade no trato da coisa publica, respondi, referindo-se a um dos outros candidatos: “não seria pior o estado ser governado por alguém conhecido como Ratinho?”

Ratinho, aliado de Bolsonaro, vence as eleições e hoje é o governador do Paraná.

Ratinho não difere de Jair M. Bolsonaro. Identificam-se ideológica e programaticamente.

Juntos, corroem ou roem tudo o que é público. São predadores dos sistemas públicos de saúde, educação, enfim de todos os serviços públicos e também dos direitos dos trabalhadores.

Ideologicamente, nunca ouvimos qualquer discordância entre os dois.

Tanto que, até agora, Ratinho não disse uma palavra condenando o ato do dia 15 de março convocado por  fascistas contra a democracia e as nossas instituições.

Enquanto os líderes políticos pregam um novo AI-5, Ratinho não sai da toca, ou melhor da sua cadeira,  para se manifestar contra.

As políticas executadas em Brasília são repetidas pelo governador Ratinho.

Isso quando não antecipadas, principalmente quando se trata de roer os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. Por exemplo, o direito de no futuro ter uma aposentadoria digna.

A política de privatização é a mesma. Dou um exemplo: a Copel Telecom, que presta serviço ao povo do Paraná há 40 anos.

No início, essa empresa era um departamento da Copel (Companhia Paranaense de Energia), que colocou fibra ótica em todos os 399 municípios do Paraná e fez do nosso estado o único a ter internet em todo o seu território.

Ao invés de ampliar os serviços e construir uma rede pública de atendimento dos serviços públicos de saúde, educação, etc., Ratinho quer privatizá-la, ou seja, roer o patrimônio público.

A Copel e a Sanepar, companhia de saneamento, praticamente  estão privatizadas, tendo como objetivo final dar lucro aos seus sócios em vez de atender a população paranaense,

Com a Emenda Constitucional (EM) 95, aprovada pelos predadores, o Sistema Único de Saúde (SUS), a Educação Pública, Bolsa Família e tantos outros direitos estão sendo corroídos.

Jair M. Bolsonaro e os Ratinhos do momento — além do paranaense,  Doria, Witzel e outros — , assim como os roedores da família Muridae, contribuem através da EC 95, mesmo que indiretamente, para a disseminação de doenças e a destruição do futuro.

Tenho observado a crescente onda de tristeza e desesperança que está tomando conta do povo.

Ouço muita gente que só tem um sonho: ir embora do Brasil.

É possível retomar o sonho e a alegria, desde que, unidos, possamos  desferir, como vi em Caldas Novas, uma bicuda em cada um dos roedores.

Não pense em violência, não.  A bicuda é na política.

É ir para a rua e colocar os predadores para fora. Colocá-los para  ‘voar’ para longe do poder do Estado.

*Dr. Rosinha é médico pediatra, militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017).  De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.

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Dr. Rosinha

Médico pediatra e militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017). De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.


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Comentários

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Cláudio

Muito bom texto do excelente Dr. Rosinha. É isso mesmo. Mas ele devia ter dito o que fez (ou disse) o tal que perguntou sobre ter alguém com o nome Rosinha governando o Paraná, depois que ele, Dr. Rosinha, perguntou sobre se não era melhor do que ter esse mesmo Paraná governado por um Ratinho… E esse pesso(nh)al não vai deixar democraticamente o que abocanharam até agora, pois só há uma linguagem que eles (Ratinho, Bolsonaro, Dória, Witzel e outras peçonhas) conhecem e consideram: a da força. Não vão largar o osso tão facilmente, é preciso usar a democracia e simultaneamente a força, uma confirmando a outra, apesar de parecerem mutuamente excludentes entre si. Nenhuma mudança significativa na vida dos povos, de qualquer povo, foi feita só com o vermelho das rosas e flores mas é necessário também que o seja com sangue, infelizmente. Foi deixarem chegar a esse estado de coisas e quererem resolver com delicadezas, que ilusão! É necessário o confronto, sem maquiagens nem delongas, para resolver isso.

Gerônimo

A classe média continua a mesma topeira de sempre. Se tava difícil com a Dilma, essa turma que entrou em 2016 é 10 x pior.
O negócio é conhecer a terra do Roberto Carlos.
Os gringos tão se lixando para esse paiseco de 5 mundo. Pegaram a grana deles e vazaram. E foda-se o real.

Zé Maria

“O Peso do Silêncio vai Acabar nos Esmagando”
Audrey Lorde

“Basta uma Crise Política, Econômica e Religiosa
para que os Direitos das Mulheres sejam Questionados”
Simone de Beauvoir (1949)

https://pbs.twimg.com/media/ESW0v20WoAEOtW-?format=png
“SILENCIADAS NUNCA MAIS: MULHERES CONTRA BOLSONARO”
https://pbs.twimg.com/media/ESWWW5eWsAAUxwB?format=jpg

“Neste 8 de Março, as mulheres de todo o mundo marcharão pelas ruas
e levantarão suas vozes para dizer que não aceitamos os retrocessos,
que estamos juntas por nossos direitos, por nossos territórios,
por nossos corpos e por nossas vidas”

Por Anne Karolyne (*), no Blog “Elas Por Elas”, via GGN: https://t.co/FR9QJQRnd3

As desigualdades geradas pelo sistema patriarcal e capitalista criam processos de opressão que silenciam as mulheres.

Mesmo diante dos avanços conquistados com muita luta, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar um estado de plena cidadania para elas, que são mais de 50% da população.

Quando analisamos as relações trabalhistas, percebemos que ainda há um abismo entre homens e mulheres.

Elas recebem até 38% menos que homens exercendo a mesma função (CATHO, 2018).

Quando comparadas com seus colegas homens com a mesma escolaridade recebem até 50% menos.
Ou seja,o mercado exige que se esforcem mais, estudem mais e trabalhem mais, e mesmo assim, ainda recebem menos e são as mais atingidas pelo desemprego, pelos postos precários de trabalho e pela informalidade (IBGE, 2019).

Ao falar das mulheres no mercado de trabalho, falamos de 40% das chefes de família no Brasil (IBGE, 2015), que são a principal fonte de renda e vivenciam uma jornada dupla, ou até tripla.
O mercado desvaloriza esse “trabalho feminino,” pois pesa sobre as mulheres os “serviços de cuidado,” que compõe uma de suas jornadas de trabalho e representa, segundo a ONU, mais de 10 trilhões de dólares em serviços não remunerados por ano.

Além disso, a configuração das desigualdades de gênero no mercado de trabalho impacta diretamente na formação da renda média das trabalhadoras e nas dificuldades em relação à superação da pobreza, bem como implica diretamente na participação e incidência feminina e feminista na vida pública.

A situação das mulheres negras também segue o caminho alarmante — elas que sempre trabalharam, amargam ainda a herança da escravidão.
Elas figuram não só entre as mulheres com as piores condições de vida, mas estão em maior situação de vulnerabilidade à violência, em todos os aspectos, pois o racismo institucional faz com que o Estado não desenvolva políticas públicas da forma como é necessária.
Isso faz com que elas tenham os piores salários, sejam as maiores vítimas do feminicídio, dentre outras.

Em resumo, as condições sociais, econômicas e culturais empurram as mulheres a priorizarem a subsistência e os cuidados com a família, dificultando e até impossibilitando a luta pela garantia de seus direitos.

Não bastasse o peso histórico da opressão, ainda temos o avanço da onda fascista e conservadora, a aplicação da agenda de retrocessos e o desmonte das políticas públicas provocado pela crise civilizatória.

Com o golpe de 2016, as elites conseguiram aprovar e implementar
a Reforma trabalhista (lei n° 13.467/2017), a Terceirização (lei n° 13.429/2017)
e a Reforma da Previdência (EC 103/2019) que cassaram vários direitos
das trabalhadoras e trabalhadores.

Além disso, a guerra declarada pelo governo Bolsonaro, articulada
com a extrema direita internacional, a inventada “ideologia de gênero”,
significa o combate aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres;
e a imposição da censura às expressões da diversidade feminina
e feminista na arte que sejam divergentes de um padrão branco e submisso.

Essa é a demonstração que vivemos um ciclo histórico de perda
de direitos com o atual governo — que tem como alvo principal
os nossos direitos.

Esse cenário submete as mulheres ao silenciamento e a outras formas
de violência — como a violência doméstica e familiar e o assédio moral
e sexual, inclusive no ambiente de trabalho.
Nesse último caso, a situação é comprovada pela redução do número
de denúncias no período pós golpe e concomitante ao aumento do
desemprego (Ministério Público do Trabalho, 2017). [1]

Os ataques aos direitos das mulheres, dos povos indígenas, do povo negro e da classe trabalhadora caminham lado a lado com um ataque à própria democracia, duramente conquistada com muita luta, culminando nas Diretas Já e na Constituição de 1988.
Somente com autoritarismo, o interesse de uma pequena parcela da elite poderá prevalecer sobre as conquistas centenárias de milhões de trabalhadoras e trabalhadores.
É contra esse silenciamento que imobiliza e intimida mulheres a lutarem pelos seus direitos que iremos às ruas nesse 8 de março de 2020. Com a campanha “Silenciadas Nunca Mais”, vamos organizar, mobilizar, incentivar e estimular um conjunto de iniciativas para defender os nossos direitos, diminuir o feminicídio, ocupar espaços políticos — seja nos Conselhos, nas tribunas, no parlamento e nas prefeituras — e combater todas as formas de violência.

Quando uma mulher em defesa das trabalhadoras ocupa uma cadeira
na Política, ela muda a correlação de forças, ela reorganiza os espaços
de poder e passa um recado importante à sociedade:
de que seguiremos em marcha e em luta até que todas sejamos livres.

E seguiremos de pé para impedir o apagamento e desmonte das conquistas de direitos vividas nos governos Lula e Dilma
e em defesa da democracia.

Nenhum passo atrás!

É nítida a atuação de conservadores e da extrema-direita, no período
pós-golpe, que busca apagar os avanços conquistados com as políticas
públicas dos governos do PT, que deram autonomia às mulheres
e lhas possibilitou romper com o ciclo de violência.

Um dos maiores exemplos dessa políticas foi o programa Minha Casa Minha Vida que deu prioridade às mulheres e as casas financiadas ficaram no nome delas.
Bem como o Bolsa Família, teve a política de priorizar as mães para recebimento do benefício. Iniciativas como essa tiraram milhões de pessoas da pobreza e extrema pobreza, tanto que as formações ofertadas pelo programa possibilitaram às mães das crianças beneficiadas entrarem no mercado de trabalho e saírem espontaneamente do programa.

Outra política importante foi o ProJovem [2], esse programa identificou as jovens mães como o principal público, pois as dificuldades enfrentadas devido à maternidade na adolescência as impediam de continuar os estudos e entrar de forma qualificada no mercado de trabalho.
No entanto, a falta de ter com quem deixar seus filhos e filhas também as faziam abandonar as aulas do programa.
Pensando nessa condição da maternidade solo, o governo Lula passou a ofertar salas de acolhimento nas escolas onde o projeto acontecia, ajudando não só as alunas do ProJovem, mas também funcionárias e outras alunas das escolas que não tinham com que deixar suas crianças.

A Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, da Secretaria de Políticas para as Mulheres com status de Ministério, do governo federal, também foi fundamental.
Articulando diversos setores da sociedade, – como saúde, educação, justiça, segurança pública, assistência social, entre outros – e todas as esferas de governo, com o Pacto Nacional de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher, aprimorou a prevenção, o combate, a garantia de direitos e a assistência para mulheres em situação de violência.

Toda vez que uma mulher dá um passo, o mundo sai do lugar.

Ao ver o grande engajamento nas manifestações do #EleNão (2018) [3], percebemos o quanto foi significativo o papel do movimento feminista em conscientizar mulheres de que a violência de gênero não se resume à agressão física e ao estupro e o quanto é importante denunciar.
Bem como o investimento dos governos Lula e Dilma nas mulheres, em sua autonomia e emancipação, pois mesmo com todas as dificuldades enfrentadas milhares de mulheres foram às ruas por seus direitos conquistados duramente.

E neste 8 de Março, as mulheres de todo o mundo marcharão pelas ruas e levantarão suas vozes para dizer que não aceitamos os retrocessos, que estamos juntas por nossos direitos, por nossos territórios, por nossos corpos e por nossas vidas, não seremos
#SilenciadasNuncaMais!

[1] https://www.conjur.com.br/2019-jan-25/acoes-pedindo-assedio-moral-despencam-justica-trabalho-sp
https://www.campograndenews.com.br/brasil/cidades/informalidade-e-reforma-derrubam-denuncias-de-assedio-moral-em-ms

[2] https://idjovem.com/projovem
https://www.fnde.gov.br/programas/programas-suplementares/ps-educacao-jovens-e-adultos/ps-projovem-urbano

[3] https://twitter.com/hashtag/EleN%C3%A3o
https://twitter.com/i/status/1233536785814298629
https://twitter.com/PortalGleisi/status/1235592674280902657

(*) Anne Karolyne é Secretária Nacional de Mulheres
do Partido dos Trabalhadores (PT).

https://twitter.com/luisnassif/status/1235993587701215232
https://jornalggn.com.br/artigos/silenciadas-nunca-mais-mulheres-contra-bolsonaro-por-anne-karolyne/

https://pbs.twimg.com/media/ESdM9roWoAAwVZ-?format=png
#MulheresEmLuta #MulheresSemTerra #SemeandoResistência
“Capitalismo, Patriarcado, Racismo e Violência”
é tudo o que Jair Bolsonaro representa. #EleNão
https://twitter.com/MST_Oficial/status/1236041939268653063

Edivaldo Dias de Oliveira

Fora Bolsonaro…e o que mais?
Por Edivaldo Dias de Oliveira

É possível retomar aquilo que de nós foi arrancado pelos dois golpes, como num conto do vigário?
É possível recobrar o estado democrático de direitos que a cada dia que passa o golpista de turno faz letra morta?
Sim, é.
Mas precisamos ser firme e radical – não confundir com extremista, pois extremista é quem conspurca a democracia e todo o seu aparato de sustentação para se livrar do oponente – em nossa luta para tomar de volta tudo que nos foi roubado pelos golpistas.
Minha proposta:
A palavra de ordem “Fora Bolsonaro” parece fora de sentido e de pouco apelo popular a se considerar que o mesmo foi eleito, mesmo em uma eleição propositadamente conturbada, para dizer o mínimo, mas chancelada TSE. Grande parcela da sociedade não tem consciência do logro de que foi vítima e tende a pensar que tal palavra é uma ilegalidade.
Além do mais ela nos remete a uma aceitação, um conformismo antecipado com o fato de que ele será substituído pelo seu vice, posto que o cabeça de chapa só sai por força de lei sendo substituído pelo vice, que não é atingido por essa lei.
No entanto, se for levado em consideração que a chapa foi eleita sem a participação de seu principal oponente, que foi impedido mesmo tendo sua candidatura referendada pela ONU, se for considerado que o mesmo declarou diversas vezes que não aceitaria qualquer outro resultado que não a sua vitória, alegando que isso se configuraria fraude eleitoral, sem que nenhum tribunal o questionasse a respeito. Se considerar que o mesmo foi eleito usando expedientes ilegais como as famigeradas fake News. Então é preciso acrescentar a palavra “golpista”. Isso aponta para o impedimento da chapa e não apenas para o impedimento do seu líder. Indica que o povo vai adquirindo consciência do golpe eleitoral de que foi vítima e exige uma nova eleição.
“FORA BOLSONARO, GOLPISTA…”
Mas não só isso. É preciso acrescentar a “palavra de ordem” a relação que o mesmo parece ter com organizações criminosas como a milícia carioca bem como as suas repetidas palavras de apoio e ações contra todo tipo de minorias, contra o meio ambiente provocando o extermínio de rios, florestas e seres humanos. É alguém que usa o cargo para fazer o elogio da morte, a sua apologia, como aquele Gal Millan-Astray da falange franquista que vivia a gritar “Viva la Muerte”. Parece ter um gosto especial por cadáveres de todos os tipos. São gostos totalmente incompatíveis com o exercício do cargo ocupado por um chefe de estado democrático. Portanto, é preciso acrescentar a palavra “carniceiro” a frase.
“FORA BOLSONARO, GOLPISTA CARNICEIRO…”
Para finalizar, precisamos deixar claro que toda a sociedade sabe ou vai sabendo aos poucos, a origem dessa imundície, quem o apoia e o respalda, é necessário apontar o dedo para seus tutores, custe o que custar. Daí a importância de colocar “exército brasileiro”, como agente criador e formador dessa terrível criatura, finalizando assim a palavra de ordem. Sabemos que o golpismos faz parte do DNA do exército brasileiro mais que nas outras armas. Sabemos que os golpes legislativo e eleitoral não aconteceria sem o respaldo do exército, que o impedimento de Lula se deu sob a pressão do ministro dessa arma a quem o golpista eleitoral declarou que não chegaria onde chegou sem o seu apoio, mas que isso era segredo deles, que foi presenteado com um cargo depois de passa a reserva, coo ministro da justiça. Sabemos que a proclamação da república foi um golpe militar liderado por Deodoro, é preciso que o povo saiba que a sucessão do mesmo, após a sua morte por Floriano Peixoto, seu vice, se deu através de um golpe do exército contra a constituição que estabelecia nova eleição e teve a oposição em armas da Marinha, que foi perseguida do Rio de Janeiro até Santa Catarina, que Rui Barbosa foi perseguido e exilado por se opor a mais esse golpe do exército.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_da_Armada
https://jus.com.br/artigos/73555/o-confronto-de-rui-barbosa-com-floriano-peixoto-e-o-exilio
https://www.camara.leg.br/noticias/92271-negros-tem-dificuldades-para-progredir-nas-forcas-armadas/
https://jornalggn.com.br/noticia/continuo-preso-diz-capitao-marinho-oficial-negro-do-exercito/
FORA BOLSONARO
GOLPISTA CARNICEIRO DO EXÉRCITO BRASILEIRO

Bem, agora que sistematizamos uma palavra de ordem para fazer o enfrentamento contra o governo e seus asseclas, é também muito importante que apontemos um rumo, um norte para a sociedade brasileira, assim como foi feito na revolução francesa de 1789 com “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” e na revolução russa de 1917 com “Paz, terra, pão, liberdade e trabalho”, precisamos oferecer uma bandeira para ser empunhada pela sociedade brasileira e pela qual possa lutar no presente com a certeza de que estará construindo um futuro para sí e para os seus.
– Que bandeira seria essa?
– O passado.
– Oi? Ôxi…quer me fazer de besta, me dando o passado como presente para construir um futuro?
– Isso, o passado ainda remoto, que nos foi tirado e que ainda está ali diante dos nossos olhos e ao alcance das nossas mãos, cujos ladrões, vigaristas e corruptos de marca maior, nos levou, com a inacreditável promessa de acabar com a corrupção. Fomos vítimas de um conto do vigário e os vigaristas ainda saíram andando e gritando “pega ladrão”. Ainda podemos ver a todos destruindo cada bem que pertencia a todos nós; Bolsa Família, MCMV, SUS, Pré Sal, Embraer, ENEM, Luz para todos enfim, tudo que nos foi dado em 14 anos eles estão destruído em apenas 1. Temos que pegar de volta enquanto ainda temos tudo na memória e ao alcance de todo o povo.
– Mas não eram poucos os que mesmo à esquerda se mostravam insatisfeitos com tais conquistas, como fazê-los mudar de opinião e se engajarem na sua recuperação, na reconquista desse passado?
– Ninguém tem de mudar de opinião nem de lado, o que tem que fazer é tomar as conquista a pouco perdida como ponto de partida e não de chegada, até porque isso vai depender da correlação de forças. Quem não quer o que tínhamos agora a pouco como ponto de partida? Esse deve ser o desejo e a vontade de todo mundo, o ponto de chegada é o infinito e além e depende de cada um de nós, só temos que transformar essa vontade e esse desejo em disposição de luta.
– Essa bandeira não seria uma presa fácil para aqueles que nos roubaram, que vai nos perguntar se também queremos de volta a maior corrupção do mundo, como eles não se cansam de dizer?
– A isso responderemos de duas maneiras: A primeira dizendo que eles não estão jogando fora a agua suja da corrupção, mas se banhando e se lambuzando nela, também esfolando a criança que são o nosso patrimônio e também destruindo e jogando fora a bacia que é o nosso país.
A segunda resposta é propor uma única medida para combater a corrupção e desafiá-los a assinar, se o que querem é realmente combater a corrupção e não sua perenização, então ele não tem outra coisa a fazer. Eis o remédio em dose única:
Toda pessoa física ou jurídica, de qualquer nacionalidade e em qualquer país que tiver em seu nome qualquer bem móvel, imóvel ou qualquer valor em qualquer moeda de pessoas físicas e ou jurídicas brasileiras, com o claro propósito de ludibriar o fisco, poderá se apropriar dos mesmos se relatar o fato ao fisco do Brasil e repassar um terço aos entes fiscais desse país, sem que sobre ela recaia investigações de qualquer natureza, o que não exime o seu real proprietário das sanções previstas em lei.
Portanto o nosso lema deve ser; “DEVOLVA TUDO” “DEVOLVA JÁ”

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