Ricardo Antunes e os protestos no Brasil: Não acabou o gás do lulismo

Tempo de leitura: < 1 min

por Luiz Carlos Azenha

Ricardo Antunes é um dos principais estudiosos brasileiros do mundo do trabalho.

Ele é professor titular de sociologia do trabalho na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), organizou os livros Riqueza e miséria do trabalho no Brasil (2007) e Infoproletários: a degradação real do trabalho virtual (2009). É autor, entre outros, de Adeus ao trabalho?Os sentidos do trabalho (1999) e O caracol e sua concha (2005), além de O continente do labor.

Na opinião de Antunes, subsistem as condições que deram origem aos protestos do ano passado, no Brasil: o descontentamento, especialmente dos jovens trabalhadores.

Por que?

Trabalho precarizado, inseguro, mal pago:

Ao trabalhar, ele [o jovem] percebe que o mito de um trabalho longevo, duradouro, desapareceu.

Além disso, o fim de um mito, o de que a educação superior necessariamente resulta em empregos muito melhores:

O mito de que ele precisa estudar para crescer na vida, não é verdade! Ele estudou, paga caro, a escola privada é de péssima qualidade.

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À frustração soma-se o que Antunes descreve como “a vida urbana destroçada”. Traduz-se nas ruas abarrotadas de automóveis e na baixa qualidade do transporte público.

Mas Ricardo Antunes discorda das avaliações de que tenha acabado o gás do lulismo:

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Veja também:

Ricardo Antunes: No mundo em rebelião, portas abertas até para o fascismo; racismo de Estado vigora na Europa

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