Dilma venceria no primeiro turno; 15% pretendem se manifestar na Copa
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18/02/2014 | CNT
Dilma Rousseff seria eleita em primeiro turno caso as eleições fossem hoje, conclui pesquisa
Presidente se manteria no poder apesar dos vários sinais de insatisfação e pessimismo da população.
Ao se comparar a pesquisa anterior (novembro de 2013) com a divulgada nesta terça-feira (18), a presidente Dilma Rousseff mantém-se estável em relação às intenções de voto e avaliações do governo e de desempenho pessoal. Apesar disso, ela venceria em primeiro turno caso as eleições fossem hoje.
Num primeiro cenário para primeiro turno, Dilma figura com 43,7% das intenções de voto, contra 17% de Aécio Neves e 9,9% de Eduardo Campos. Na pesquisa anterior (novembro do ano passado), eram 43,5%, 19,3% e 9,5%, respectivamente. Em um segundo cenário, Dilma surge com 40,7%, Marina Silva, com 20,6%, e Aécio Neves, 15,1%. Anteriormente, eram respectivamente: 40,6%, 22,6% e 16,5%.
Em relação aos cenários para segundo turno, a maior porcentagem de Dilma Rousseff, 48,6%, é obtida contra Eduardo Campos, com 18%. O pior desempenho da presidente, 44,6%, é se disputada contra Marina Silva, que obtém 26,6%
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A avaliação do governo de Dilma Rousseff sofreu leve alteração. Ela foi positiva para 36,4% dos entrevistados (em novembro, eram 39%) e negativa para 24,8% (antes, eram 22,7%). Sobre o desempenho pessoal, a aprovação foi de 55% (antes, 58,8%), contra 41% de desaprovação (antes, 38,9%).
Limite de voto
Dilma Rousseff lidera as respostas do único candidato em que o cidadão votaria, com 26,7%. O pior desempenho é de Eduardo Campos, com 2,6%. Sobre o candidato em que poderia votar, a maior parte apontou Marina Silva, com 41,2%, em segundo, Aécio Neves, 33,9%, e, depois, Dilma, com 31,4%. Sobre não votar de jeito nenhum em um candidato, Dilma Rousseff ganha o maior número de votos, 37,3%.
Expectativas pessimistas
A população se mostrou pessimista em relação às expectativas sobre vários assuntos (emprego, educação, renda mensal, segurança pública e saúde) para os próximos seis meses. Entre as piores avaliações, estão segurança pública e saúde, serviços em que a crença de que vai piorar é maior do que vai melhorar. Sobre segurança pública, 33,7% acham que vai piorar, contra 27% de que vai melhorar. Sobre saúde, 30,8% disseram que vai piorar e 26,5% que vão melhorar.
Para o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, várias são as questões que podem explicar esse pessimismo brasileiro. Uma delas é a queda de competitividade da indústria brasileira. “E o próprio pessimismo pode estar pesando para o desinteresse em ano eleitoral”, afirma o senador. Sobre isso, 32,7% afirmaram não ter nenhum interesse na eleição para presidente, 29,4% estão pouco interessados, 22,4%, com interesse médio e apenas 15% estão muito interessados.
Maioria da população reprova investimentos realizados para a Copa do Mundo, revela pesquisa
Mais de 80% dos entrevistados disseram que os recursos utilizados na construção dos estádios deveriam ser investidos para melhorar outras áreas mais importantes.
Os resultados da 117ª Pesquisa CNT/MDA, divulgados nesta terça-feira (18), revelam que 75,8% da população entrevistada disse que os investimentos feitos no país para a realização da Copa do Mundo foram desnecessários. Apenas 13,3% responderam que foram adequados. Além disso, 80,2% afirmaram que discordam dos investimentos realizados na construção dos estádios e que os recursos públicos poderiam ter sido investidos para melhorar outras áreas mais importantes. Do total, 17,6% concordam com os investimentos e que eles serão importantes para desenvolver o esporte no país. Segundo o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, isso acontece porque grande parte da população não tem acesso aos estádios, com os valores muito elevados. “Deu uma elitizada nos estádios. As pessoas têm paixão pelo futebol, acham que o país vai ganhar, mas acreditam que o país que tem mais necessidades em saúde, segurança, inflação, por exemplo. É uma conclusão que a gente já pode antecipar”, enfatizou.
Em relação às obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo, 66,6% não acreditam que ficarão prontas a tempo dos eventos nas cidades-sede, contra 27,7% que acreditam. Se a escolha do país para sediar a Copa fosse hoje, apenas 26,1% apoiariam o Brasil totalmente, 19,7%, parcialmente, e grande parte, 50,7%, não apoiariam.
Sobre manifestações públicas durante o evento esportivo mundial, 85,4% acreditam que ocorrerão, contra 11,4% que não acreditam. Mas, se participariam das manifestações caso elas ocorram, 82,9% disseram que não, contra 15,2% que sim. O otimismo revela-se em relação ao Brasil ser campeão da Copa do Mundo 2014, em que 56,2% confirmam as expectativas.
Metodologia
A pesquisa realizou 2.002 entrevistas em cinco regiões, 24 unidades da federação e 137 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
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