Cristina Kirchner tem câncer na tireoide e será operada em janeiro

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Presidente argentina não tem metástase, de acordo com porta-voz do governo

O Globo

BUENOS AIRES – O secretário de Comunicação Pública do governo argentino, Alfredo Scoccimarro, anunciou na noite desta terça-feira que a presidente Cristina Fernandez Kirchner será operada para tratar um câncer na tireoide do tipo papilífero no dia quatro de janeiro.

O tumor está localizado no lóbulo direito da glândula tireoide e não há metástase, de acordo com as informações oficiais. A cirurgia será realizada no Hospital Austral de Pilar pelo médico Pedro Saco e sua equipe. Saco é o chefe do departamento de cabeça e pescoço do Instituto de Oncologia Doutor Angel Roffo da Universidade de Buenos Aires. Cristina deve ficar internada por 72 horas após a cirurgia. Para se submeter ao tratamento médico, a presidente, de 58 anos, ficará de licença até o dia 24 de janeiro. O governo ficará a cargo do vice Amado Boudou.

Soccimarro afirmou à imprensa que a doença foi detectada durante exames de rotina realizados no dia 22 de dezembro. Ele destacou que “os exames pré-cirúrgicos realizados nesta terça-feira indicaram a ausência de comprometimento nos gânglios linfáticos e a ausência de metástase”. Assim, a localização do câncer está restrita à glândula tireoide.

O porta-voz anunciou que a agenda presidencial desta quarta-feira está mantida e Cristina vai participar de um encontro com governadores de províncias e de uma cerimônia de promoção das Forças Armadas, que acontecerá na Casa Rosada.

Em poucos minutos, a saúde da presidente virou o assunto mais comentado do Twitter na Argentina, com a expressão “#FuerzaCristina” em primeiro lugar da lista de “trending topics”.

Câncer de tireoide requer cuidados vitalícios

O tipo de câncer de tireoide que atingiu Cristina tem altas taxas de sobrevivência, com mais de 95% dos pacientes vivendo pelo menos dez anos após a detecção da doença, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.

O tratamento mais comum é a retirada cirúrgica da maior quantidade de material cancerígeno possível, seguida de tratamento com iodo radioativo, através de pílulas orais. Essa substância ajuda a destruir reminiscências das células cancerígenas e proporciona imagens mais nítidas, mostrando qualquer tipo de câncer adicional.

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Após a cirurgia, os pacientes costumam ter que tomar remédios pelo resto de suas vidas, para repor os hormônios que a glândula tireoide produz. Exames de sangue a cada seis ou doze meses também são recomendados, para acompanhar os níveis de hormônio.

Cristina Kirchner é a quarta presidente dos atuais mandatários a ser diagnosticada com câncer. Fernando Lugo, do Paraguai, Hugo Chavez, da Venezuela e a brasileira Dilma Rousseff também passaram por tratamentos contra a doença recentemente. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também descobriu um câncer no fim de outubro.

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