Espírito Santo: A repressão a estudantes da UFES

Tempo de leitura: 2 min

PM do Espírito Santo ataca campus da UFES

Prezados,

Sei que vocês devem estar se perguntando se isso é real ou apenas brincadeira. O fato é que o Batalhão de Missões Especiais da PMES reprimiu de forma absurdamente violenta uma manifestação pacífica de estudantes universitários na Avenida Fernando Ferrari na altura da Universidade Federal do Espírito Santo.

Os estudantes protestavam contra a repressão violenta a outra manifestação na manhã de hoje no centro da cidade (02/05/2011), esta contra recente aumento das passagens.

Já dentro do campus da UFES os policiais balearam uma estudante no pescoço (aparentemente com bala de borracha) e lançaram diversos artefatos explosivos dentro do campus em flagrante desrespeito a legislação vigente (gás lacrimogêneo, entre outros).

Cabe ressaltar que a universidade é área de jurisdição federal e os policiais não tinham mandato judicial para tal ação dentro do campus, que é da alçada exclusiva da polícia federal.

Com a repressão os estudantes passaram a defender-se lançando pedras sobre os policias.

Estudantes de um colégio particular de ensino médio próximo ao local aproximaram-se e aplaudiram a manifestação dos estudante da UFES — que a essa altura abrigavam-se já dentro do campus da universidade — no que foram também reprimidos pela polícia.

[…]

Há relatos de que os policiais não se detiveram nem diante do reitor em exercício Prof. Dr. Reinaldo Centoducatte, que teria sido atingido por balas e bombas de gás lacrimogêno atiradas por policiais insanos.

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O leque de abusos e covardia do BME hoje não se resumiu a isso. Lançaram gás de pimenta sobre idoso que transitavam pelo local (como foi noticiado pela TV local).

Não se espera outra coisa de um governador oriundo do Partido Socialista Brasileiro que abra sindicância para apurar as responsabilidades e puna exemplarmente os responsáveis por esse ato de babárie. Sem panos quentes!

Por parte da reitoria nada se pode esperar além de abertura de queixa crime contra o secretário de segurança, o comandante do BME e do comandante das operações em campo.

Desde a ditadura militar de 1964-1985 não se viam imagens como essas da tarde de hoje.

Cordialmente,

Prof. Leonardo Meireles Câmara
Departamento de Matemática – CCE – UFES
Campus de Goiabeiras

Leia aqui como, no caso da PM paulista, o próprio brasão explica a atitude de bater primeiro e perguntar depois.

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