O Globo, o “feminicídio de Dilma” e as operações psicológicas

Tempo de leitura: 3 min

Captura de Tela 2015-03-11 às 11.56.55Captura de Tela 2015-03-10 às 22.06.27

Foto e charge publicadas em O Globo

O primeiro princípio da guerra psicológica é nunca repetir o discurso de seu inimigo. O segundo princípio é negar a ele uma plataforma de desinformação. Oferecer uma plataforma a partir de um senso de imparcialidade significa avançar a credibilidade e a legitimidade daqueles que querem solapar nossos movimentos. Jay Taber, no Counterpunch.

Dilma disse que é preciso haver razão para um pedido de impeachment. O Globo, 09.03.2015, em entrevista na qual Dilma acabou dando credibilidade ao debate sobre o impeachment. A foto acima acompanha o texto.

De Jay Taber, em Netwar in the Big Apple, no Counterpunch (tradução parcial):

Guerra psicológica, de acordo com Paul Linebarger da Escola Internacional de Estudos Avançados, é um processo contínuo não controlado por leis, usos ou costumes da guerra — clandestina, muitas vezes disfarçada como a voz de instituições ou da mídia -, uma forma não violenta de persuasão utilizada antes, durante e depois da guerra.

A maior parte dos países, nota Linebarger, sofre de confusão ideológica — uma instabilidade em crenças básicas. “Em estados ansiosos por promover uma mentalidade determinada, o conjunto da população vive sob condições propícias à guerra psicológica. “Aliança numa guerra”, diz Linebarger, “é uma questão de ideologia, não de opinião”. Máquinas de propaganda coordenadas, ele observa, incluem psywar, relações públicas, o noticiário e educação pública. “Psywar”, ele alerta “tem na mídia privada, em uma sociedade aberta, uma fonte constante de novo material que, seletivamente censurado, pode evitar materiais não-governamentais de circular” [Nota do Viomundo: Ele escreve do ponto-de-vista de estados que pretendem controlar a informação]

De Alexander Cockburn, em CNN and Psyops, no Counterpunch (tradução parcial):

A CNN ficou irritada com nossa reportagem na última edição do CounterPunch sobre a descoberta do jornalista holandes Abe de Vries, que relatou a presença de pessoal do Exército na CNN, de propriedade da Time Warner.

[…] De Vries relatou que um punhado de homens do Terceiro Batalhão de Operações Psicológicas, parte do Quatro Grupo de Operação Psicológicas aerotransportado, baseado em Fort Bragg, Carolina do Norte, havia trabalhado na CNN em Atlanta.

De Vries citou o major Thomas Collins, do Serviço de Informação do Exército, que confirmou ao dizer que “pessoal psy-op, soldados e oficiais tem trabalhado no quartel-general da CNN como parte de nosso programa Treinando com a Indústria da mídia. Eles trabalharam como empregados regulares da CNN. Teriam trabalhado em reportagens sobre a guerra de Kosovo. Eles ajudaram na produção de notícias”.

Definição oficial de operações psicológicas do Departamento de Defesa dos EUA:

Apoie o VIOMUNDO

Operações planejadas para disseminar indicadores e informações selecionadas entre audiências externas para influenciar suas emoções, motivos, raciocínio objetivo e, com isso, o comportamente de governos, organizações, grupos e indivíduos. O propósito das operações psicológicas é induzir ou reforçar atitudes e comportamentos favoráveis aos objetivos de quem as origina.

PS do Viomundo: Não acreditamos que O Globo faça o que faz de forma metódica ou planejada, nem que tenha tido acesso aos manuais do Pentágono. É algo que faz parte do DNA dos irmãos Marinho quando do outro lado está um governo que tenta representar os trabalhadores. Travar a guerra psicológica contra este governo é como uma segunda pele. Que eles fazem direitinho, eles fazem…

Leia também:

Centrais sindicais alertam contra provocadores no ato do dia 13

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Leia também