Bandeira de Mello: Parecer contra Dilma é armadilha para desestabilizar

Tempo de leitura: 2 min

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por Conceição Lemes

Em artigo publicado na Folha de S. Paulo  de 3 de fevereiro, o  jurista Ives Gandra Martins diz haver fundamentos para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) por causa dos escândalos na Petrobras. Gandra foi contratado pelo advogado José de Oliveira Costa para fazer um parecer sobre o tema.

No dia seguinte, 4 de fevereiro, reportagem de Mário César Carvalho na mesma Folha revela a origem. Costa trabalha para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e integra o conselho do Instituto FHC. É o golpismo do tucanato em andamento.

Pedi então a um dos mais respeitados juristas brasileiros, o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, da PUC-São Paulo, que opinasse sobre a avaliação de Ives Gandra.

Ele não quis comentar o conteúdo do parecer. Mas alertou: “É uma armadilha. É uma tentativa de fazer com que juristas discutam esse tema. E não há nada que ser discutido. Para ser sincero,é um disparate, um absurdo completo”.

“A meu ver, é aquilo que no futebol se chama de tentativa de ganhar no tapetão. Nada mais do que isso”, previne.

“Eles [os tucanos] perderam a eleição e não gostaram. Agora estão tentando transformar isso em tema jurídico para desestabilizar o governo da Dilma”, explica.

“Eles querem que o assunto vire tema jurídico. E não é. É uma questão política”, frisa.

— É uma artimanha para manter o tema na mídia na ordem do dia?

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“Exato. Eles querem transformar o impeachment em tema para debate. E isso não é tema para debate algum”, ressalta Bandeira de Mello. “A Dilma ganhou lisamente a eleição. Eles fizeram de tudo para derrotá-la, não conseguiram. Agora, querem ganhar no tapetão o que perderam no campo.”

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