Adilson Filho: Felipão, uma tragédia antes, durante e depois do jogo
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Em 2 de julho, publicamos este texto de Adilson Filho. Ele foi massacrado nos comentários por criticar o Felipão. Infelizmente, o jogo desta terça-feira contra a Alemanha mostrou que Adilson tinha razão. Vale a pena reler o seu texto. E,antes que o acusem de fazer o jogo da oposição, eu, Conceição Lemes, aviso: em 2010, Adilson votou em Dilma; este ano, votará de novo.
por Adilson Filho
Está cada dia mais difícil aturar o treinador da seleção brasileira. Aturar, essa é a palavra. Depois que ele disse que temos que deixar de ser educados e começar a ser mais rudes com os que, segundo ele, estão nos massacrando – criando “fantasmas” que não existem para esconder problemas reais – está ficando realmente difícil ouvir qualquer declaração desse senhor.
Eu não tenho mais dúvidas. Felipão é a figura mais patética que já tive a oportunidade de ver desde que acompanho o futebol. Ele é uma tragédia antes, durante e depois do jogo. Além da notória deficiência técnica e da grosseria que não encontra limites, tudo, absolutamente tudo o que ele fala é dissimulação, transferência de responsabilidade e baboseira (essa também é a palavra, me desculpem) . Mandar a torcida vaiar um atleta que optou jogar por outro país foi quase o fim da picada. Disse quase, pois sempre é possível vir algo mais tosco na sequência.
Mas o que mais interessa mesmo é que ele está simplesmente enterrando a seleção dentro de casa, diante dos nossos olhos. Teve um ano para preparar o time e me apresenta isso aí que estamos vendo em campo.
Pela primeira vez na história da seleção brasileira o time joga sem o meio de campo. Eu não vou nem falar mais no resto, pois serei repetitivo, mas uma coisa eu digo, temos sim um bom grupo, senão imbatível como outrora, mas competitivo, capaz de, pelo menos, ter um padrão de jogo, como foi em 2010. Temos goleiro, temos a melhor zaga do mundo, temos lateral se quisermos, temos um bom volante de proteção, temos também jogadores para trabalhar a bola minimamente no meio de campo (repito: minimamente) para que o ataque não fique nessa situação tão desalentada, dependendo do nosso maior craque.
O que está parecendo que não temos é um treinador à altura. Motivação, família unida, sorte e craques decidindo podem até dar certo uma vez – pois no futebol tudo pode – mas, convenhamos, essa combinação está longe de ser uma preparação respeitável para se ganhar título.
Ou a seleção se une em torno das suas principais lideranças, como fizeram em 94, ou é bom começarmos a nos preparar, sim, para o pior. E do jeito que esse senhor vem se esforçando a cada dia, não é nenhuma loucura dizer que estamos diante de um sério candidato a substituto do injustiçado Barbosa.
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