A guerra cibernética contra o Wikileaks

Tempo de leitura: 4 min

Guerra cibernética contra WikiLeaks? Veremos.

13/8/2010, Kevin Poulsen, Blog “Threat Level”, revista Wired (siga o link para o mapa detalhado)

Na 5ª-feira, o fundador do site WikiLeaks Julian Assange disse, em reunião em Londres, que o site continuará a publicar os outros 15 mil arquivos de dados que ainda não publicou, do material sobre a guerra do Afeganistão, apesar da ordem do Pentágono para que WikiLeaks “devolva” todos os documentos secretos dos EUA em seu poder, publicados e não publicados. (…) Assange disse que sua organização já trabalhou sobre metade dos arquivos ainda não publicados, para ocultar os nomes dos informantes afegãos. A notícia sugere que a divulgação pode demorar semanas.

Os jornais, porém, clamam por ação preventiva. “Os EUA têm capacidade cibernética para impedir que WikiLeaks divulgue o material”, escreveu ontem Marc Thiessen, colunista do Washington Post. “O presidente Obama ordenará que os militares usem a capacidade que têm? (…) Se Assange for deixado livre, e os documentos em seu poder forem divulgados,  Obama só poderá culpar-se ele mesmo.”

Fato é que tentativa anterior, pelos especialistas do governo, para varrer da Internet a página WikiLeaks não deu certo. Em 2008, Jeffrey White, juiz federal em San Francisco, ordenou que o nome de domínio “WikiLeaks.org” fosse confiscado, no julgamento de ação movida pelo banco Julius Baer Bank & Trust, banco suíço que tivera alguns de seus documentos internos vazados. Duas semanas, depois o juiz reconheceu que decidira sem pleno conhecimento da ação; o domínio foi devolvido e a página, restaurada. “Há graves questões envolvidas, que terão de ser decididas antes de qualquer confisco de domínio”, disse o juiz, “entre as quais, a possível violação da 1ª Emenda”.

Mas mesmo durante o tempo em que houve ordem judicial e foi cumprida, a página WikiLeaks permaneceu ativa: apoiadores e militantes de organizações que defendem a liberdade de manifestação distribuíram o IP [Internet Protocol, o endereço da página na própria rede], e a página continuou a poder ser acessada diretamente. As páginas-espelho [ing. Mirrors of the site] não foram incluídas na ordem judicial; e uma cópia de todo o arquivo vazado em WikiLeaks circulou livremente pela página Pirate Bay.

Claro que o governo dos EUA tem outras vias, menos legais, às quais recolher – as “capacidades cibernéticas” das quais fala Thiessen. É provável que o Pentágono tenha meios para lançar ataques “denial-of-service” contra os servidores de interface pública. Se não tiver, o Exército pode contratar os serviços de uma boa turma de crackers russos; é mais barato que um blindado Humvee.

Mas talvez nem os crackers russos tenham grande serventia. Há duas semanas, a página WikiLeaks produziu e distribuiu sua própria apólice de seguro: um arquivo de 1,4 GB, intitulado “insurance.aes256”. [1]

Os conteúdos dos arquivos estão codificados, e não há meios para saber o que lá existe. Mas, como já noticiamos, o arquivo contém 19 vezes mais material que todos os arquivos já divulgados da guerra do Afeganistão – suficientemente grande para conter toda a base de dados do Afeganistão, além de outras bases de dados ainda maiores que se suspeita que já estejam em poder de WikiLeaks. Há boatos de que Bradley Manning, o analista militar norte-americano que vazou o material já divulgado, teria também enviado a WikiLeaks uma pasta de material sobre a guerra do Iraque com mais de 500 mil arquivos, de 2004 a 2009, além de um banco de dados com 260 mil telegramas do Departamento de Estado, mensagens e respostas do serviço diplomático dos EUA em todo o mundo.

Haja o que houver em sua apólice de seguro, Assange – que falou pelo Skype num debate do Frontline Club – cuidou de lembrar, anteontem, que, sim, pode divulgar tudo a qualquer momento. “Basta liberar a senha para aquele material, e tudo estará instantaneamente acessível”, disse ele.

WikiLeaks está instruindo seus apoiadores a baixar a apólice de seguro pela página BitTorrent “The Pirate Bay”. “Baixem e guardem com vocês”, diz a mensagem de recepção a visitantes na sala-de-bate-papo da página WikiLeaks. Passadas já duas semanas, não há dúvidas de que a apólice de seguro de WiliLeaks já está bem guardada em centenas, se não em milhares de máquinas de net-cidadãos que trabalham no mesmo projeto “Segredo-zero. Transparência total”, de Assange.

Entramos no Torrent, ontem, 6ª-feira, para ter uma ideia do apoio que WikiLeaks teria obtido nessa empreitada. Em poucos minutos de downloading, rastreamos sinais do arquivo “insurance.aes256” em 61 pontos, em todo o mundo. Processamos os endereços de IP num programa oferecido por um serviço de geolocalização, que gerou um arquivo KML, a partir do qual geramos o Google Map que se vê http://www.wired.com/threatlevel/2010/08/cyberwar-wikileaks/ . A apólice de seguro de WikiLeaks já está bem guardada, toda aquela pasta gigantesca, nos quatro cantos do mundo: nos EUA, na Islândia, Austrália, Canadá e em vários pontos da Europa [nenhum no Brasil. NT]. Todos esses – são homens e mulheres – já baixaram toda a pasta, e, nesse preciso instante, estão doando largura de banda, para ajudar WikiLeaks a sobreviver. (Não, não! Não estamos distribuindo mapa com alvos para os mísseis cruzadores do Pentágono. A geolocalização pelo IP não é precisa.)

Desde que os arquivos secretos da guerra do Afeganistão foram divulgados, há notícias de que, em 77 mil arquivos, aparecem os nomes de centenas de informantes afegãos, os quais, por causa do vazamento, teriam ficado expostos à vingança dos Talibã. A página WikiLeaks recebeu várias críticas de organizações de direitos humanos e da ONG Repórteres sem Fronteiras. Essas organizações exigem apenas que WikiLeaks trabalhe mais atentamente sobre os dados antes de divulgá-los.

O Pentágono já deu sinais de que ainda tem recursos que usará contra a página. “Se o dever de fazer as coisas direito não os convencer, estudaremos a melhor alternativa, dentre as várias que temos, para obrigá-los a fazer o que eles têm de fazer” – disse semana passada Geoff Morrell, porta-voz do Pentágono. Mas é difícil imaginar o que o Pentágono pode ainda tentar, se se sabe que Julian Assange, ou qualquer pessoa do seu círculo mais próximo, podem vazar 1,4 gigabytes de material mediante um simples tweet bem redigido.

[1] Ver “WikiLeaks Posts Mysterious ‘Insurance’ File”, 30/7/2010, Kim Zetter, revista Wired, em http://www.wired.com/threatlevel/2010/07/wikileaks-insurance-file/


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Comentários

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sergio

Boas.
Algum de vocês se puder e souber , podia dar-me estas informações : Onde baixo o documento insurance.aes256 ?javascript:%20hideMsgBox();
Qual programa vai abrir o ficheiro se for disponibilizada a palavra passe ?
Eu baixei este ficheiro , mas acho que é fake , porque o enzip o rarr e o 7zip não reconhecem o arquivo !…
Obrigado , espero resposta.

AdilsonGuilhem

…e cá estamos nós, pouco a pouco, tomando de assalto o que sempre nos pertenceu mas nunca deixaram a gente brincar: Nossa liberdade.

ValmontRS

Lendo os posts do Threat Level e sabendo da atitude desses caras da Wired, percebe-se que o fascismo está se alastrando de forma aterradora na mentalidade do povo americano. E a paranóia desse povo justifica todo tipo de barbaridades contra a humanidade. O vídeo publicado em http://www.youtube.com/watch?v=25EWUUBjPMo&fe
mostra jornalistas sendo brutalmente assassinados com tiros de canhão de um helicóptero Apache. A câmara fotográfica é confundida com um RPG e um inocente tripé é visto por eles como um fuzil AK-47.

Zé Cabudo

Bem que o dr. Protógenes Queiroz poderia ter a idéia de disponibilizar uns documentos na Wikileaks…

    Flavio Lima

    Boa ideia!"

Almerindo

Hoje em dia, um arquivo de 1,4 gb é muito pequeno numa conexão de pelo menos 2 megabits. É o tamanho de um filme em formato AVI dual audio. Este arquivo irá se propagar pelo mundo como água. O estrago para os militares americanos já está feito. Eles agora precisam é corrigir seus rumos. Antes tarde do que nunca.

Asclépio

Acho que o Julian Assange já tomou o lugar de Obama Bin Lader na categoria inimigo público Nr. 1 dos EEUU Da América

Giovani Montagner

a internet não para de me surpreender.
farei minha parte, baixarei o conteúdo ou, como preferem os usuários desse tipo de conteúdo, compartilharei.

kimparanoid

Interessante essa questão do Wikileaks. Assim como a Wikipedia é uma enciclopédia construída sobre um modelo de trabalho cooperativo e descentralizado, esse "modelo de negócios" apoiado sobre a web 2.0 está ficando conhecido como Wikinomics (economia da Wiki) ou mesmo crowdsourcing (algo como terceirização para a multidão). Eis que a multidão internauta aparece como elemento chave na luta contra a centralização da informação, promovendo um "vazamento coletivo" de informações restritas.

Carlos

Um detalhe: dizem que se os EUA permitem o algoritmo de criptografia AES com chave de tamanho de 256 bits, é porque tem supercomputadores capazes de quebrar um arquivo com essa critografia.
Se isso for verdade, o arquivo é um "prova" do que o wikileaks tem algo grave, a fim de "convencer" o pentágono a não agir.
Tipo um seguro de vida.

Christian Schulz

Realmente, diria um sábio chinês, o Pentágono (e o que ele representa) vive tempos interessantes…

Augusto

O interessante nesta notícia é ver a própria impresa comercial tentando barrar a publicação dos documentos, mesmo sabendo que se trata de uma violação ao direito de expressão. O conflito entre este setor e as novas formas de comunicação que se desenvolvem na internet está cada vez mais latente. A imprensa comercial está perdendo o poder de filtrar as informações, o que a tem deixado profundamente contrariada. O WikiLeaks.org ainda faz muito ao esconder os nomes de informantes, porque na verdade deveriam publicar os papéis integralmente.

Sr. Marco

Um certo senador (tenho jatinho porque posso), tem seu nome em alguns documentos no Wikileaks: http://wikileaks.org/wiki/Bank_Julius_Baer:_Brazi

Também consta o nome da filha de um grande político do AMAPÁ: http://wikileaks.org/wiki/Bank_Julius_Baer:_Brazi

balasc

Vale a pena lembrar que a revista wired trabalhou junto com o hacker Adrian Lamo para entregar aos federais e ao exército dos EUA o soldado Bradley Manning, que vazou para a wikileaks o vídeo colateralmurder.com – o processo executado pelo jornalista da revista wired Kevin Poulson e o hacker Adrian Lamo é praticamente o plano do pentágono para destruir o wikileaks colocado em prática.
http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2010/07http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2010/08

Klaus

Como este pessoal consegue estes documentos secretos para publicar? Teriam condições de conseguir documentos secretos de outros países como o Brasil?

    Marcel

    Eles não "conseguem" documentos, são as fontes que com "consciência pesada" podem enviar os documentos para eles. E como o site é de origem de dissidentes chineses e tem outras pessoas ligadas aos direitos humanos( Francisco Whitaker do Brasil é consultor) eles publicam os documentos a respeito de violações de direitos humanos, opressões, etc…

    O wiki diz q em um sistema de segurança que impede o rastreamento de quem quiser enviar os documentos.

    Portanto, qualquer um que tivesse documentos importantes para denunciar qualquer país pode fazer com relativa segurança. Dê uma olhada, tem Brasil, China, etc…

Ronaldo

Os conhecedores, por favor, me orientem – o controle da internet não está nos USA? A internet não poderia ser bloqueada se os computadores de redirecionamento fossem desligados? Como as instalações da internet estão em território americano o Pentagono não teria ingerência sobre elas?

    mano

    Uma vez ouvi dizer que existiria uma rede pirata se formando pela Internet e se preparando para sobreviver à sua falta e controle. Talvez nós ficaríamos sem acesso, mas eles conseguiriam se comunicar. Mas não sei como ele opera. Isso já faz algum tempo, uns dois anos. Deve ter evoluído…

ferrera13

Vejam se esta matéria não explica o temor do PIG com relação a Banda Larga do governo federal? Se todos os brasileiros, ou pelo menos a maioria absoluta deles, tiverem acesso à internet, o PIG acaba. Esse grupo terrorista que se escondem sob o escudo do jornalismo vai ter que procurar outra profissão pra sobreviver. Terrorismo não vai dar dinheiro pra eles. Esse cara tem trunfo para enfrentar o governo estadunidense. Daqui a pouco, a blogosfera vai ser tão forte (como disse LULA no vídeo agradecendo a blogosfera) que as pessoas vão deixar de consumir as "drogas" produzidas pelo PIG. Até mesmo aquela massa cheirosa do bairro nobre de Sampa.

Ed.

Se Wikileaks conseguir derrrotar ou se impor às forças armadas, à Inteligência e ao depto.de Estado americano, será efetivamente um salto histórico contra a comspiração e a manipulação política da humanidade…

    Flavio Lima

    Salto Historico mesmo!

Ed.

A Internet tem quebrado vários paradigmas e continuará por muito tempo ainda.
Da rede militar, migrou para a de comunicação mundial pública (www); o hyperlink; a interface gráfica com o browser; veio a correspondênca por e-mail; os fóruns; o chat instantâmeo; os games; os leilões; o pesquisador universal; a enciclopédia aberta do Wikipedia; o vídeo do You Tube; as redes sociais; os blogs; os miniblogs do Twitter; agora o Wikileaks. Isso sem falar nas milhares de aplicações mais específicas.
As vezes penso que até a democracia, representativa, poderá sofrer, algum dia, uma destas revoluções….

    Emilio_Matos

    Ed, olha esse projeto de lei: http://legis.senado.gov.br/mate-pdf/77251.pdf

    A idéia é regulamentar assinaturas eletrônicas para proposição de projetos de lei por iniciativa popular. Gostaria que isso pudesse ser o início de uma revolução na democracia representativa, desse naipe que você mencionou…

    Ed.

    Já é um bom começo, Emilio!
    Só espero que o filhote de Gepeto da Moóca não se aproprie deste projeto da senadora, hehe…

ratusnatus

Como se derrubar um site fosse impedir a divulgação dos documentos. Eu diria que é irrelevante esta tentativa do pentágono.

sergio

Onde está a liberdade de imprensa tão falada no Brasil, se fosse a venezuela, Cuba, Irã, risos, eles estão costurando sem saber a nova ordem mundial, com mais respeito a opinião dos paises, ditos emergentes e dos pobres.

Josnei Di Carlo

A guerra contra o WikiLeaks, pouco importa a natureza dela, se jurídica ou cibernética, só nos alerta sobre uma coisa: a democracia é uma ameaça para os interesses poderosos, ou, parodiando o amalucado Jânio Quadros, a democracia é um perigo para as forças ocultas porque elas podem deixar de ser ocultas, e, por ameaçar interesses poderosos, a democracia sempre está em risco, sempre está sendo colocada num cercadinho.

No século XIX, Marx alertava sobre a essência da democracia liberal, ao chamá-la de ditadura da burguesia. Para ele, a partir do momento que a burguesia conquistou o poder político, embalsamou seus ideais revolucionários de liberdade, igualdade e fraternidade e passou a reprimir as outras classes sociais por medo de perder seu poder político e econômico. Ou seja, a burguesia deixou de ser revolucionária e passou a ser conservadora, ao desejar controlar o processo histórico com o mesmo ímpeto da nobreza.

Leider_Lincoln

Um brinde ao ex-líder tupamaro, herói cisplatino e atual presidente dos nossos hermanitos uruguaios, Tabaré Vásquez, que há décadas, teve a feliz ideia de assaltar um banco e não levar um único centavo, mas sim uma montanha de documentos que publicizou posteriormente, mostrando para todos a roubalheira escancarada que era o sistema financeiro.
Outra vítima dos novos tempos foram as organizações Globo, que através de um de seus braços armados, a Revista Época, publicou centenas de milhares de revistas com uma matéria desavergonhada contra a candidata Dilma Roussef e em troca ganhou milhares de páginas, acessadas por milhões de pessoas, sobre o passado do grupo, do acordo ilegal com a Time ao Proconsult, do famoso edital de 2 de abril de 1964 ao debate editado Lula x Collor. Publicou uma reportagem facilmente desnudada e ganhou em troca milhares contra as quais ela não tem defesa. Os tempos agora são estes. Um brinde então, aos novos tempos e um brinde a Bob Dylan!

The Times They Are A-Changin'

Venham pessoal
Por onde quer que andem
e admitam que as águas
à sua volta aumentaram
E aceitem que logo
Estarão cobertos até os ossos
Se seu tempo para você
Vale a pena ser salvo
Então é melhor começar a nadar
Ou irá se afundar como uma pedra
Pois os tempos estão mudando

Venham escritores e críticos
Aqueles que profetizam com sua caneta
E mantenham seus olhos abertos
A chance não virá novamente
E não falem tão cedo
Pois a roda ainda está girando
E não há como dizer
quem será nomeado
Pois o perdedor de agora
Mais tarde vencerá
Pois os tempos estão mudando

Venham senadores, congressistas
Por favor escutem o chamado
Não fiquem parados no vão da porta
Não congestionem o corredor
Pois aquele que se machuca
Será aquele que nos impediu
Há uma batalha lá fora
e está rugindo
E logo irá balançar suas janelas
E fazer ruir suas paredes
Pois os tempos estão mudando

Venham mães e pais
de toda a terra
E não critiquem
O que não podem entender
Seus filhos e filhas
Estão além de seu comando
Sua velha estrada
está rapidamente envelhecendo
Por favor saiam da nova
Se não puderem dar uma mãozinha
Pois os tempos estão mudando

A linha foi traçada
A maldição foi lançada
E lento agora
Será o rápido mais tarde
Assim como o presente agora
Será mais tarde o passado
A ordem está
rapidamente se esvaindo
E o primeiro agora
Será o último depois
Pois os tempos estão mudando

    Maria Lucia

    Caro Leider
    O atual presidente do Uruguai, que era e é Tupamaro, é o José Pepe Mujica. Só que o nome do grupo era originalmente, Movimiento Nacional de Liberación, MNL. Tupamaros era um nome fantasia para homenagear o grande guerreiro indígena andino, Tupac Amaru. Mais tarde o nome mudou para Movimiento 26 de marzo e depois para Asamblea Popular. Mas até hoje são chamados de Tupamaros.
    Recomendo a leitura das Actas Tupamaras que conta essa ação a que você se refere, bem como outras ações de resistência revolucionária daquele grupo insurgente, que faz parte da história latinoamericana contemporânea.

    Leider_Lincoln

    Eu me confundi; era mesmo o Mujica e não o Vásquez. Vi em um programa do History Channel ontem. Os dados conferem com o que você disse. Muito grato! =]

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