Raul Pont: Ação da RBS um dos motivos da derrota de Tarso Genro no Sul

Tempo de leitura: 5 min

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Tarso investiu na internet, mas não foi o suficiente

por Raul Pont*, na Teoria & Debate (reprodução parcial)

Penso que a razão maior da derrota está na conjuntura regional e nacional, no clima de incertezas e ansiedades criado pela criminalização da política e na demonização do PT como responsável por governos, atacado diuturnamente pelos grandes meios de comunicação. O estudo da Uerj s obre capas e manchetes negativas, ao longo de meses, comprovou isso de forma insofismável. Se pesquisa semelhante a essa feita com O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo for estendida ao grupo RBS, o resultado será muito pior, na criminalização do PT e, por consequência, no desgaste do governo através dos jornais, das rádios e TVs. Centenas de matérias, ao longo do mandato, com manchetes do tipo “Estradas esburacadas”, “Caos na saúde”, “Crise na educação”, “Governo não paga o piso”, “Transporte não funciona”, “Mensalão e corrupção do PT” repercutiam contra o governo.

As manifestações massivas de junho de 2013, inicialmente vistas pela mídia como expressões de “baderneiros”, “vândalos”, rapidamente foram saudadas como legítimas representantes da cidadania e de ações reivindicativas.

Esse clima que se arrasta há quase uma década com a Ação Penal 470 foi exacerbado com as denúncias da Petrobras. Exploradas por Aécio, foram avalizadas por Marina e por Eduardo Campos, dando respaldo às denúncias e acusações contra Lula, Dilma e principalmente, o PT. Esse clima exasperou a tese da “mudança”, sem considerar que esta pode ser para um recuo ao passado ou para pior. A racionalidade, o debate livre de preconceitos, a história e os compromissos dos concorrentes eram secundários. O que importava era a “mudança”.

O uso na eleição da TV e do rádio para mostrar o governo, suas obras e serviços, publicizar o que fora sonegado ou manipulado pela mídia ao longo do mandato, não teve importância para a população.

O enfrentamento à candidatura Ana Amélia (PP-PSDB) era incontornável. Favorita desde o início da campanha até as vésperas do primeiro turno, a candidata precisava ser desnudada de sua aparência de apresentadora de TV por seus compromissos partidários e de classe que, efetivamente, sempre representou. Não resistiu ao mínimo confronto programático e de história de vida, mas sua derrocada foi traduzida como resultado dos “ataques impiedosos e arrogantes” de Tarso e do PT.

Transformou-se em vítima e fortaleceu o senso comum na montanha-russa das pesquisas eleitorais. Em uma semana, a candidatura Sartori, que já desativava equipes de TV e rádio, saltou do terceiro lugar para chegar à frente no primeiro turno. No segundo turno, Sartori (PMDB) fez 61% dos votos e Tarso (PT) 39%.

Esse fenômeno é de difícil explicação na lógica natural da relação de forças, da qualidade das campanhas, do brilho e competência pessoal dos candidatos. Não há uma racionalidade que decifre esse sentimento que mistura senso comum, ansiedade por mudança e ódio e intolerância no debate político. Este foi substituído pela não política. O atributo e a virtude passam a ser não ter opinião, não assumir compromissos, não apresentar alternativas aos principais desafios que o estado exige. Um candidato sem partido (“meu partido é o Rio Grande”), sem programa ou opinião (“um gringo que faz”) e com um elogio ao simplório, ao senso comum (“Sartorão da massa”).

Mesmo com candidaturas acima de suspeitas, de qualquer indício desabonador em sua trajetória, Tarso Genro e Olívio Dutra, como candidato ao Senado, foram derrotados, primeiro, por esse sentimento difuso, preconceituoso, do antipetismo, da mudança sem rumo, do elogio ao senso comum e, principalmente, da identificação do PT e do governo nas denúncias da Petrobras.

Outros fatores também influíram na derrota da Unidade Popular no Rio Grande do Sul. São de natureza distinta e, em conjunto ou individualmente, não mudariam, do nosso ponto de vista, o resultado final. Mas são importantes como experiências e lições para qualquer força política, e temos de aprender com isso.

Nos três primeiros anos, o governo sofreu uma crítica duríssima do maior sindicato do Estado – o Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) – em relação ao piso nacional do magistério. Uma visão marcada pelo esquerdismo economicista que simplificava todo o debate num índice impraticável aprovado pelo Congresso e desconhecia que nenhum professor recebia menos que o piso e os reajustes dados pelo governo garantiam, no mandato, um ganho real superior a 50% com a manutenção do plano de carreira. A crítica foi dura e partidarizada, influindo em outras categorias e na opinião pública, por meio de caríssimas campanhas de outdoors que eram aproveitadas pela direita. O sectarismo era tão acentuado que a diretoria do Cpers foi derrotada na categoria, em 2014.

O Sindicado dos Médicos, de base estadual, desempenha um papel reacionário e corporativo com campanhas de rádio, jornal e TV em defesa de uma saúde abstrata contraposta às políticas governamentais sempre ditas insuficientes. Seu corporativismo fundamentalista é contra novas faculdades de medicina e colocou-se até contra o Programa Mais Médicos. Pregando um falso moralismo e uma categoria com grande influência nos setores médios, acaba tendo audiência pública.

A saída dos aliados, PSB e PDT, do governo também enfraqueceu o projeto. O primeiro sob a alegação da candidatura presidencial de Eduardo Campos, que, posteriormente com Marina, acabou no colo de Aécio. Uma trajetória galopante para a direita e para reforçar o antipetismo. O PDT afastou-se em razão da candidatura própria no estado, do deputado federal Vieira da Cunha. O prejuízo foi grande, pois levou o PDT, apesar do equívoco da candidatura que se revelou um fracasso, a não assumir com firmeza a candidatura Dilma, além da condição de opositor no estado, do governo de que havia participado.

No governo, tivemos problemas e equívocos consideráveis. O Conselhão, por suas características, não criava relações de protagonismo no governo que nos permitissem ampliar o número de pessoas que, se identificando com as políticas, fossem apoiadoras do projeto. Isso retirou esforços na direção dos conselhos estaduais ou de algo como o orçamento participativo, que são mecanismos muito mais seguros para o protagonismo e a identificação com as políticas aprovadas.

A falta de foco, de um plano previamente determinado, facilitou a dispersão de recursos sem uma hierarquia a ser buscada. A poderosa Secretaria de Infraestrutura não conseguia operar obras e serviços, debatia-se num leque enorme de ações e, periodicamente, perdia tempo, esforços e recursos financeiros em projetos inviáveis.

A manutenção do sistema eleitoral com voto nominal, financiamento por empresas e coligações proporcionais foi outro fator de prejuízo. Dificultou alianças mais programáticas, pulverizou as campanhas individualizadas e estas se automatizaram sem compromisso programático e material com as campanhas majoritárias. A maioria dos panfletos, santinhos, fôlderes, cartazes etc. dos candidatos dos partidos aliados não divulgavam a chapa majoritária para governador e senador.

Por fim, a campanha teve um atraso injustificável e falta de material. É conhecida a fragilidade estrutural dos partidos, inclusive o nosso. Numa campanha dominada pelo poder econômico, a fragilidade do PT é enorme. Refiro-me não apenas aos recursos arrecadados para os candidatos, mas aos recursos disponíveis e potenciais em cada município (sedes, veículos, implantação social, disponibilidades de militantes etc.). Nesse aspecto, a estrutura partidária é muito débil e, nos momentos eleitorais, a burguesia e seus partidos contam com os clubes, as igrejas, a propriedade do comércio, das empresas, dos serviços, das rádios e jornais, transformando-os em uma força considerável.

A soma dessas questões alteraria o resultado se evitadas ou corrigidas? Penso que não. Existem situações conjunturais dificilmente reversíveis, mas, ao menos, precisamos e devemos ter consciência e aprender em cada circunstância dessas, para nos prepararmos para as próximas.

*Raul Pont é deputado estadual (PT-RS)

PS do Viomundo: E o PT encomendou uma pesquisa para desvendar o motivo da rejeição ao partido! Só rindo…

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Comentários

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Nelson

É a Guerra Psicológica, cara pálida!

Uma campanha insistente e exaustiva, de demonização do PT , vem sendo levada a cabo há anos. Ela é visível. As denúncias que envolvem o PT, com fundo de verdade ou não, a mídia as divulga em volume máximo e as repete à exaustão. Já as mazelas de outros partidos são divulgadas em volume mínimo e de maneira bastante tímida por uma ou duas vezes, apenas, e logo são “esquecidas”.

É a chamada Guerra de 4ª Geração, a guerra psicológica, amigo.

Queres saber mais sobre tal guerra? Leias o artigo do jornalista argentino, Mauel Freytas, publicado neste sítio, mesmo, há mais de quatro anos, no dia 7 de outubro de 2010. Para chegar mais rapidamente ao artigo, clique em http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/guerra-de-quarta-geracao-aniquilar-controlar-ou-assimilar-o-inimigo.html.

Nelson

Os gaúchos, vimos elegendo coisas espúrias para o governo do Estado; Antônio Britto e Yeda Crusius, para citar apenas duas. Uma vez no poder, esses entes só fizeram detonar ainda mais o Estado.

Então, depois que o Estado ficou “no chinelo”, colocamos no Piratini o Olívio (1999-2002) e o Tarso (2011-2014), para tentar minorar a decadência. Daí, passamos a acreditar que esses dois viventes iriam, em apenas quatro ou oito anos, remediar uma situação escabrosa em que o Estado foi metido durante décadas, podemos dizer. É óbvio que isso seria impossível. Para recuperar um Estado nessa situação, é necessário dar continuidade a um projeto que assim o queira.

E como, acriticamente, somos fissurados numa propaganda, em tudo o que vem da mídia, uma vez que a RBS e seus comentaristas – reverberados pela quase totalidade da mídia do Estado – passam a afirmar que tais governos não prestam, passamos a acreditar nisso. E, numa próxima eleição, ao invés de darmos sequência ao projeto de recuperação, votamos nos candidatos que tal rede de comunicação predica. Eleitos, eles vão retomar as políticas que já haviam detonado o Estado.

E, no meio de tudo isso, continuamos a nos arvorar – sem deixarmos, de modo algum, nossa soberba – o povo mais politizado deste país-continente chamado Brasil.

Saint Clair Ligorio

As Grandes Corporações de Mídias (rádio, tv e imprensa escrita) estão nas mãos de um conglomerado traiçoeiro e a serviço dos países contrais colonizadores para o domínio das nações periféricas. Aqui, no Brasil e em outras nações, essas Grandes Corporações – nas mãos de 5 famílias – são o braço “armado”, linha auxiliar para estabelecer sobre nós o domínio das mentes populares (observem suas ações no pleito eleitoral de 2014 e seus expedientes anteriores); a contrainformação e a sonegação de notícias verdadeiras é o expediente contumaz delas. É um plano antigo estabelecido e revigorado nas cavernas sanguinárias-infernais do Consenso de Washington. Só não vê quem não quer; comece pelo México, América Central e vai até a Ucrânia, passado pela primavera árabe e aos permanentes conflitos do Oriente-médio; ali a venda de armas é o seus grande negócio. Aqui no Brasil, o Consenso de Washington tem o apoio entreguista da mídia corporatocrata (5 famílias) para fazer o que fizeram com o México no Nafta, ou seja, destruir a nossa indústria interna nos moldes mexicano, já ensaiados na Venezuela anterior ao Hugo Chaves.

Guillermo

Rindo e chorando!
Acho que os porquês e os quantos já são sabidos e até os quem. Agora o PT deveria se preocupar com “o quê” fazer.

Gerson

Quem encomendou a pesquisa foi o Bernardo Plim-Plim

FrancoAtirador

.
.
Déjà vu

12 anos

atrás.
.
.

    giovani montagner

    exatamente, fizeram o mesmo com o olivio dutra.

Messias Franca de Macedo

… [Catedrático e ilibado] Tarso Genro para o Ministério da Justiça, “e estamos conversados”!

Perde o Rio Grande do sul!

Ganha o [verdadeiro] Brasil!

Aristides Bartolomeu Novaes

Seria muita infantilidade nossa achar que bombardeio sofrido, durante alguns anos,em relação à demonização do PT, não influenciasse negativamente os candidatos do partido, seja no Rio Grande do Sul, ou em qualquer outro estado, executado pela mídia televisada, escrita e de toda forma.
A vitória da presidente Dilma reforça o acerto da política executada, quando se olha para a distribuição de renda, plano de investimento interno e outros, que foram deturpados por essa mesma mídia com mentiras do tipo: inflação descontrolada, falta de energia por má administração (exceto em São Paulo), cuja falta d’água só veio a público após as eleições, e com muita restrição e etc…
urge tentar conciliar a passividade do governo, para a governabilidade, mas atentando para as nomeações coerentes. Não se pode entregar postos chaves como ministério das Comunicações, Casa Civil, Justiça e mesmo no STF, cujas nomeações precisam ser feitas com muito cuidado.
Basta de traidores como já vem acontecendo em datas anteriores!

marcio gaúcho

Penso que o PT não voltará mais ao poder, aqui no RS, nos próximos 20 anos. A nível nacional, também aposto que o sucessor de Dilma (quem?) vai ficar para trás na próxima eleição para presidente da república. Aí, para desaparecer do contexto político, é só uma questão de tempo.

    cleide reis

    Veremos.

    cleide reis

    É cômico se nao fosse triste: e o candidato foi eleito!!!

    Um candidato sem partido (“meu partido é o Rio Grande”), sem programa ou opinião (“um gringo que faz”) e com um elogio ao simplório, ao senso comum (“Sartorão da massa”).

    KKKKKKK

    E ainda manda os intleigentes professores (que votaram nele) ver o piso na Tumellero. Os guachos merecem mesmo.

    Julio Silveira

    Agora você imagine o que foi o Tarso, o politico que implantou o piso enquanto ministro e como governo entrou na justiça com os politicos da oposição nos estados, para nega-lo colocando a culpa, como qualquer politico sem vergonha, na conjuntura economica do estado. Ora, ora, não vou ser tão radical quanto o Marcio, por acredito em bons quadros no PT para fazê-lo se recuperar, mas uma coisa é certa, desde que o partido optou pelos seus quadros mais oportunistas só vem decrescendo e perdendo credibilidade. Mas são coisa que podem ser revertidas, apesar de não ser aparentemente essa a preocupação.

Sandro Pina

Aqui no DF foi a mesma coisa o governador Agnelo e seus secretários foram hostilizados nos 4 anos do governo e ainda continuam sendo! Aí aparece que o DF é segundo lugar no PNUD e eles falaram ao vivo ”
Mas nem tudo está ruim no DF” bando de hipócritas ! Abaixo rede globo !

Lenir

Com certeza eh isso e tudo isso eh repassado para os telespectadores como verdade (uma mentira falada diversas vezes e replicadas torna-se verdade). Não ? Lei das medias Jah……………….

Julio Silveira

Gosto muito do Pont, assim como do Olivio, da mesma forma o Rosseto,,mas falemos sério, o Tarso é muito diferente dessa triade de excelentes politicos gauchos, a começar por estarem internamente em lados opostos, o que é elementar.
É certa a critica a RBS e a todos os grupos de midia no Brasil que viraram instrumentos de defesa e propaganda dos politicos que de alguma maneira possam beneficiar as familias no comando desses grupos, mas sendo completamente honestos o Tarso mereceu as criticas. E para mim não existe esse negocio de conjuntura ruim por que ao pleitear o cargo o cidadão ja deve imaginar o que vai enfrentar e estar preparado para a missão.
Como vejo diuturnamente eleição após eleição o jogo de cumpadres, enquanto os estados ficando na penuria, sem ações concretas para buscar os maus gestores, quer por incapacidade ou mesmo intencionalidade. O que ocorre é sempre um chororo mais ou menos intensivo a cada perda ou renovação de mandatos, colocando a culpa em algo, mas sempre com a intenção de atenuar ou perdoar as proprias falhas, e o Tarso teve muitas, e isso que sou um simpatizante reconheço, nem eu aguentei, e sou vacinado contra esta midia corporativa. Portanto, menos, Pont, por favor.

Alexandre Tambelli

Sejamos sinceros! Em todo Brasil o fenômeno relatado é idêntico ou próximo. E nem por isto em todo lugar o resultado foi idêntico, certo?

Na Bahia o candidato do PT, não era reeleição, venceu, depois de dois Governos de Jaques Wagner. Com blindagem total da Mídia dos governos do PSDB em Minas Gerais o PSDB perdeu para o PT.

Dilma venceu! PT pela 4 vez no Governo Federal.

É preciso ir além deste diagnóstico, que já conhecemos, não é uma lógica matemática a vitória e a derrota. Dilma só poderia perder com o diagnóstico dado à campanha do Tarso!

A pergunta que fica:

O que fazer de prático para o PT e as esquerdas crescerem mais nos executivos estaduais e nos parlamentos?

Carlos

É verdade, Azenha. As lideranças do PT estão no mundo da lua. Acorda, PT. O pig é um partido político clandestino. Ele é que derrotou o PT. Só não vê quem não quer. Não tem essa de “pessimismo da imprensa” não. É maldade mesmo. Enquanto se continuar com esse discurso tolo, nada mudará. Precisamos de concessões públicas e de um grande jornal e uma grande revista como a direita tem.

Euler

Até hoje o PT não aprendeu a se comunicar com a população que governa. Não consegue articular o projeto de governo com a necessidade de se comunicar com a população. Ingenuamente, o PT acredita que a força de políticas sociais terá o condão de convencer a população sobre a justeza de seu governo, de forma automática.

Por isso, temos essa situação inusitada de um país governado há 12 anos pelo PT – ainda que com aliados à direita – que manteve intocado o monopólio das comunicações nas mãos de famílias tradicionalmente ligadas ao golpismo, ao neoliberalismo, ao agronegócio e ao neofascismo.

Em 12 anos já era possível ter criado pelo menos um sistema alternativo de comunicação social, que pudesse inclusive incentivar a formação de jornalistas críticos, centenas, milhares, espalhados pelo Brasil, com perspectiva de sobrevivência profissional fora das asas dessa imprensa bandida e mafiosa existente no Brasil.

O articulista do presente post citou o exemplo de RS. Na questão dos professores, por exemplo, Minas não só não pagou o piso, como destruiu a carreira dos educadores, dividiu a categoria, e mesmo assim os tucanos conseguiram se manter no poder por 12 anos longos anos. E só perderam o governo agora por conta do Interior do estado, onde a influência da mídia golpista é menor – e a força das políticas sociais do governo federal se fez sentir com maior evidência.

Se dependesse da região da Grande BH, por exemplo, que sofre grande influência da rádio Itatiaia (100% tucana e golpista), CBN (idem), Bandnews (idem), jornais Estado de Minas, Hoje em Dia e O Tempo, todos tucanos, com seus proprietários todos soltos (parodiando a candidata Dilma), além da programação das TVs locais – Alterosa (SBT), Band e Globo, todos tucanos, Dilma não teria sido eleita. Afinal, com todo o arsenal midiático blindando os tucanos e detonando o PT 24 horas por dia, inclusive com ampla propaganda do governo federal, seria de se imaginar que o antipetismo ganhasse expressiva adesão. Foi até um certo milagre que o PT tenha conseguido derrotar os tucanos em Minas. É porque o governo dos tucanos foi muito ruim mesmo, e a campanha eleitoral nacional conseguiu minimamente mostrar um outro Aécio que a maioria dos mineiros não conhecia. Além do péssimo candidato que os tucanos lançaram para o governo de Minas.

Tão importante quanto o projeto econômico para o país deveria ser um projeto de comunicação social alternativa, para quebrar o cerco midiático golpista que intoxica as mentes de milhões de brasileiros diariamente. Como o PT não tem esse projeto, ele caminha para desaparecer. E o que é pior: não se construiu alternativa de uma esquerda de massa nesse período. O que significa que num período não muito distante a direita tem grande chance de reconquistar o governo federal, completando o domínio que já tem sobre os outros aparelhos do estado.

Que o nosso povo pobre, os de baixo, pela base, perceba isso a tempo e construa um forte movimento capaz de barrar essa onda golpista que está em marcha no país.

edson tadeu

VOCES SE recordam que Tarso deu muito fora, ele no periodo do mensalao sugeriu virar a pagina e deixar os condenados entregues a eles proprios e varios artigos que ele fez criticando o proprio PT, quer queira ou nao isso foi um fator prepoderante tambem na escolha dos RGS, aquele povo nao tem apego a esquerda, nao sabem nem portque esta realmente votando, nunca vi um povo tao apagado politicamente como eles. alias todo o sul do país é assim. Quando se vai conversar com eles nao se sabe porque nao vai votar em tal candidato, miasturam tudo. acho que por essa falta de memoria deles, o indice de suicidio por la é alarmante. e para completar sr Tarso fez fora do pinico varias vezes. e nao partiu para a disputa porta a porta levando informaçoes ao povo que é o que eu sempre defendi.

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