Comissão de Cidadania e Reprodução saúda escolha de Eleonora Menicucci

Tempo de leitura: 4 min

Da Comissão de Cidadania e Reprodução

São Paulo, fevereiro de 2012

Excelentíssima Presidenta
DD. Dilma Rousseff.

É com imenso prazer que a Comissão de Cidadania e Reprodução vem saudar a decisão de V. Exa. de conduzir à direção da Secretaria de Políticas para as Mulheres a Dra. Eleonora Menicucci de Oliveira, cuja trajetória profissional e política é reconhecida e legitimada por extensos setores da sociedade brasileira .

Somos testemunhas da excelência dos caminhos já percorridos por esta feminista e pesquisadora, que de maneira digna, correta e coerente construiu sua vida pública marcada pelo compromisso com a causa da Democracia e dos Direitos Humanos das Mulheres, particularmente dos Direitos Sexuais e Reprodutivos.

O gesto de V.Exa. sinaliza disposição para fazer avançar uma agenda crucial para o Brasil e para o mundo: a promoção de direitos das mulheres com equidade e justiça social. Esperamos que se realizem todas as esperanças de transformação ancoradas na experiência passada e nas possibilidades futuras que o país respira.

Com essa Secretaria queremos compartilhar sonhos e construir novos futuros.

Margareth Arilha

Conselho Diretor da Comissão de Cidadania e Reprodução – CCR

Beto de Jesus – Educador, consultor em Educação e Diversidade Sexual para organismos nacionais e internacionais, públicos e privados. É Presidente do Instituto Edson Neris em São Paulo e Diretor para Região Sudeste da ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e membro da ILGA – International Lesbian, Gay, Bisexaul, Trans people and Intersex Association.

Edna Roland – Psicóloga com mestrado em psicologia social na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Desde o início da década de 80 participou dos movimentos negros. Tornou-se uma das principais lideranças na luta contra o racismo, não só no Brasil como no mundo.

Elza Berquó – Professora Titular da Faculdade de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo, Pós-Graduação em Bioestatística pela Columbia University. Membro Fundador e Coordenadora da Área de População e Sociedade do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento-Cebrap, Fundadora do Núcleo de Estudos de População-Nepo, da Universidade Estadual de Campinas, Membro Fundador da Associação Brasileira de Estudos Populacionais – ABEP

Fátima Oliveira – Médica, ex-secretária-executiva da Rede Feminista de Saúde, co-autora de Fundamentos da bioética (Paulus, 1996), orgs. Christian de Paul de Barchifontaine e Léo Pessini; “Tecnologias reprodutivas: gênero e ciência” (Unesp, 1996), org. Lucila Scavone; Ciência e tecnologia em debate (Moderna, 1998), org. Márcia K.; “Questões de Saúde Reprodutiva (Ford/Fiocruz, 1999)

Fernando Pacheco Jordão – Atuou no jornalismo desde 1957, quando iniciou sua carreira na antiga Rádio Nacional, em São Paulo. Posteriormente, trabalhou como repórter, redator e editor de diversos veículos, como O Estado de S. Paulo, TV Excelsior, BBC de Londres, TV Globo, TV Cultura de São Paulo e revistas Isto É e Veja.

Jane Galvão – É doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social/Universidade do Estado do Rio de Janeiro e mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Jacqueline Pitanguy – Socióloga e cientista política, é Coordenadora Executiva da CEPIA – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação. É também Presidente do Conselho Diretor do Fundo Brasil de Direitos Humanos, membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulheres na qualidade de notório saber e Associada da Action Aid Brasil.

Marco Segre – Possui graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (1957). Atualmente é Professor Emérito da Universidade de São Paulo, Professor Responsável por Disciplina – Creden da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.Professor da Universidade de Pernambuco e do Centro Universitário São Camilo – Campus Pompeia.

Margareth Arilha – Psicóloga, com especialização em Psicanálise pelo Instituto Sedes Sapientiae, mestrado em Psicologia Social pelo Programa de Gênero, Raça e Idade da Pontifícia Universidade Católica, e doutorado pelo Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. É Diretora Executiva e membro do Conselho Diretor da Comissão de Cidadania e Reprodução e pesquisadora do NEPO – Núcleo de Estudos de População.

Maria Betânia de Melo Ávila – Socióloga, com especialização na Universidade de Sorbonne, Paris, vem se dedicando nas últimas duas décadas a pesquisas nas áreas de saúde da mulher, direitos reprodutivos e direitos sexuais. É fundadora e coordenadora geral do SOS Corpo – Gênero e Cidadania

Richard Parker – Antropólogo, professor e chefe do Departamento de Ciências Sociomédicas e diretor do Centro de Gênero, Sexualidade e Saúde na Escola de Saúde Pública da Universidade de Columbia em Nova York/USA, e diretor-presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) no Rio de Janeiro/Brasil.

Roberto Arriada Lorea – Juiz de Direito Titular do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, em Porto Alegre, RS. Doutor em Antropologia Social (UFRGS). Diretor do Departamento de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos, da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, AJURIS.

Silvia Pimentel – É jurista, e há mais de 30 anos é professora de Filosofia do Direito na PUC-SP. É presidente do Comitê CEDAW, da Organização das Nações Unidas, que fiscaliza o cumprimento da Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher. Conselheira do Comitê Latino-Americano e do Caribe para Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem).

Sonia Correa – Arquiteta com especialização em antropologia. Fundadora do primeiro grupo feminista do Nordeste (Ação-Mulher) e depois da ONG SOS-Corpo Instituto Feminista para a Democracia (Recife). É pesquisadora associada da ABIA, Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS, e coordenadora de dois projetos globais: o programa de Direitos e Sexuais e Reprodutivos da Rede DAWN (uma articulação feminista dos países em desenvolvimento que existe desde 1984) e o Observatório de Sexualidade e Política.

Tania Di Giacomo do Lago – É Professora Assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Assessora Técnica da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e Pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento.

Leia também:

Eleonora Menicucci: As relações de gênero entre mães e filhas/os na solidão

Jurema Werneck: “O governo Dilma está chocando o ovo da serpente”

Nascituro: Ninguém assume a sua paternidade nem maternidade na MP 557


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Mari

gente, é preciso que mais e mais entidades apoiem, com nota, por escrito, a nossa ministra Eleonora porque os fundamentalistas, com aquela moral de escada de tirar maxixe, estão com o cão nos couros, promovendo um suposto mar de lama. Embora a presidenta já tenha dito, no dia da posse que escloklheu a Léo ministra pelo conjunto da obra, é preciso quem a defenda.

Laura Antunes

Concordo com a proposta do Alberto. A perseguição à ministra é grande demais por parte dos fundamentalistas.

Alberto

Acho que seria muito importante que as organizações feministas de caráter nacional mandassem um apoio por escrito à ministra Eleonora Meniccuci

Mari

Meus cumprimentos para a Comissão de Cidadania e Reprodução pelo apoio que declaraou à ministra Eleonora Menicucci de Oliveira

Yarus

"Igreja excomunga responsáveis por aborto de menina de 9 anos

04 de março de 2009

O (ex) arcebispo de Olinda e Recife, d. José Cardoso Sobrinho, condenou a interrupção da gravidez da menina de 9 anos que teria sido estuprada pelo padrasto, na cidade de Alagoinha, no agreste de Pernambuco. Segundo d. José, os responsáveis (e a mãe) pelo aborto estão excomungados da Igreja Católica.
Durante a madrugada de hoje, os advogados da arquediocese de Olinda e Recife haviam preparado uma denúncia que deveria ser encaminhada ao Ministério Público, mas desistiram da medida depois da divulgação do aborto.
A menina, que estava internada no Instituto Materno e Infantil de Pernambuco (Imip), recebeu alta na noite de ontem, quando foi novamente internada no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no bairro da Encruzilhada. Lá, a garota tomou medicamentos para começar o processo. Na manhã de hoje, os dois fetos foram expelidos. O Cisam não informou quem integrou a equipe responsável pelo aborto e o arcebispo não citou nomes dos excomungados.
Por volta das 16h30 da tarde de hoje, os médicos do Cisam realizaram uma curetagem (raspagem) para retirar o material placentário do útero da menina. O estado de saúde dela é estável. A garota não corre risco de vida e se encontra na sala de recuperação da unidade. Após a se recuperar da anestesia, ela será levada para a enfermaria. A previsão de alta é de 24 a 48 horas após a curetagem.
No próximo dia 7, quando será lançada a campanha da fraternidade da CNBB em Pernambuco, em uma missa na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, d. José fará um manifesto público contra a interrupção da gravidez da menina estuprada pelo padrasto." http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,O…

Gilda Aranha

10.02.2012 Minha vida não foi só na cadeia afirma ministra Eleonora Menicucci

Durante a cerimônia de posse no Palácio do Planalto nesta sexta (10), a novo ministra Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para as Mulheres) relembrou a passagem no presídio de Tiradentes, em São Paulo, ao lado da presidenta Dilma Rousseff. No entanto, Eleonora ressaltou que sua vida não “foi só na cadeia” e defendeu ter currículo para desempenhar a nova função. "Quando cheguei ao presídio Tiradentes, a senhora [Dilma] estava lá e me abraçou com um afeto que durante minha vida inteira ficou marcado. Senhora presidenta, a minha vida não foi só na cadeia”, disse a nova ministra. Eleonora foi presa, torturada e conviveu com Dilma na chamada "Torre das Donzelas" do presídio Tiradentes, que recebeu prisioneiras políticas do regime militar.

Yole

Dilma respondeu à canalhice do aborto

Por que a Folha não pergunta à mulher do Serra – que nunca fez aborto, no Brasil – o que achou da nomeação da Ministra.
Essa é uma prova de que a Dilma continua na ‘Torre das Donzelas’.
Nomear a Eleonora foi um tapa sem luva de pelica.
Ansioso blogueiro: para deixar claro. Eu não fui mulher do Antônio. Fui amante.”
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/02/1

Gilda Aranha

A ministra foi convidada pela presidenta em um momento político bem dificil para os setores progressistas. E essa direitona conservadora tem batido muito na ministra, acho importante que as entidades feministas demonstrem apoio á ministra pra segurar também a onda da presidenta que deu uma demonstração de coragem ao escolhê-la

@luisk2017

Apoiar a Eleonora é fundamental. Se não a realpolitik a espreme contra a parede.
Para os que não viram ainda reenvio link de crítica séria, fundamentada, mas bem humorada à hipocrisia dos setores conservadores da igreja católica luta pelo "direito ao aborto": http://www.youtube.com/watch?v=-yvcc2aamcU&li

Dani

Eita gente porreta. Apoio declarado e por escrito. Quanta firmeza! Quem mais vai declarar apoio por escrito? Isso dá muita força minha gente!

Deixe seu comentário

Leia também