Fundador do Partido Militar vai ao Congresso na carona de Tiririca

Tempo de leitura: 3 min

militar

Da Redação

O palhaço Tiririca obteve 1.016. 796 votos como candidato do Partido da República.

Com isso, vai compor a bancada paulista de seis deputados federais do PR no Congresso.

Outros candidatos do PR tiveram boa votação: Mario Alvino, 179.950 votos; Milton Monti, 115.942; Paulo Freire, 111.300.

Foi a votação em Tiririca que reforçou a legenda e levará à Câmara candidatos com um número relativamente baixo de votos. Miguel Lombardi se elegeu com apenas 32.080. E o capitão Augusto, fundador do Partido Militar, vai ao Congresso com 46.905 votos.

Enquanto isso, muitos candidatos com número superior de votos ficaram de fora. Adriano Diogo, batalhador pelos direitos humanos que compõe a esquerda do PT, teve 54.904 mas não se elegeu.

Celso Russomano, do PRB, o deputado federal mais votado no Brasil, levou de carona para o Congresso o candidato Fausto Pinato, que teve apenas 22.097 votos.

Abaixo, o perfil do capitão Augusto:

Fundador do Partido Militar será candidato pelo PR, aliado de Dilma

Apesar de se considerar parte da oposição, o fundador do Partido Militar Brasileiro adere à base aliada ao governo

por Paloma Rodrigues — publicado 02/07/2014 15:13, última modificação 02/07/2014 16:22

da CartaCapital

Sem conseguir o número de assinaturas necessárias para a fundação do Partido Militar Brasileiro (PMB), Augusto Rosa, conhecido como Capitão Augusto, resolveu lançar sua candidatura a deputado federal pelo Partido da República (PR). Parte da base aliada ao governo, o PR apoia a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, alvo de duras críticas da cúpula Partido Militar. Nada que afete a candidatura do Capitão Augusto.

“Nós [do PMB] não fazemos alianças, apoiamos pessoas”, diz ele. “Para presidente, apoiaremos a candidatura do Pastor Everaldo (PSC), para o governo de São Paulo fechamos nosso apoio a (Paulo) Skaf (PMDB) e hoje mesmo nos reuniremos com o Kassab (PSD) para apoiá-lo para o Senado”, afirmou o Capitão Augusto, presidente de honra e fundador do PMB.

O Capitão, que tenta pela quarta vez um mandato como deputado federal (nas outras concorreu por PDT, PV e PSB) foi convidado por seis legendas para lançar sua candidatura. “Escolhi o PR porque me identifiquei com seu projeto para a área de segurança”, afirma o deputado, além de ter sentido que a composição do partido em São Paulo é formada por pessoas “íntegras e honestas”.

Segundo Rosa, o PR entendeu sua posição de não apoiar a base do governo e seus projetos. “Eles entendem minha posição de presidente de um partido em formação”, diz.

“Hoje, temos mais de mil diretórios nacionais, eu não posso endossar uma candidatura que vai contra o meu partido.” Como contrapartida, o PR dá como certa a eleição do capitão para deputado e sua soma de votos ainda pode angariar votos para a legenda. “Eles me consideram praticamente eleito”, aponta.

A linha partidária do PMB vai contra as políticas sociais implementadas pelo PT, sendo a principal delas o Bolsa Família. “Eu fico preocupado com o pão e circo. O pão é o Bolsa Família, uma política indiscriminada de compra de votos, e o circo é a Copa do Mundo”, diz. Em entrevista à CartaCapital em setembro passado, Rosa explicou as principais diretrizes do PMB, que pretende ser fundada em outubro desde ano com a legenda 99. Entre as principais propostas do partido estão a redução da maioridade penal, a liberação do porte de armas e a instituição da prisão perpétua.

PS do Viomundo: Com essa base “aliada”…

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Comentários

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marco

Infelizmente,estes aglomerados de gente,que se auto intitula de PARTIDO,somente existem,ao despeito de ANÕES,e não nanicos,por que existe no dicionário,a letra P.

Gerson Carneiro

É a “locomotiva do Brasil”.

Lisnei

Lista é complicado, mas é um bom começo. Mas devemos ficar alerta que a lista, previlegiará os políticos carreiristas. Os caciques estarão no topo da lista, e dificilmente decerão dela. Tambem acho escalafobético este ne
gocio de Constituinte exclusiva. Teremos então uma exclusiva para reforma tributária? Uma PEc não basta?

FrancoAtirador

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Aécio, Bolsonaro, Feliciano: este é o ‘Legado de Junho’?

Uma parte importante da voz
que saiu das urnas no domingo
expressa um moralismo reacionário
e uma reação conservadora
sem precedentes em décadas.

Por Katarina Peixoto, na Carta Maior

Há dois pontos de partida para entender a decisão deste primeiro turno nacional, encerrado ontem.

O primeiro é junho de 2013 e o segundo, o Congresso Nacional eleito. Toda captura de flutuações e acidentes eleitorais não pode deixar de ser sobrepujada pelo fato de que a decisão de domingo (5) contém o moralismo reacionário e uma reação conservadora sem precedentes, pela via eleitoral, em décadas.

O Rio, para ficar num exemplo, escolheu Bolsonaro
como o grande votado para a Câmara de Deputados.
O que o torna o grande votado é o seu caráter moralizador: supostamente, ele está fora dessa sujeira toda.

Em São Paulo, a versão moralizadora é evangélica,
mesmo, sem intermediações classistas no armário:
Marcos Feliciano e Russomano.
Evangélicos e televisão, além do palhaço Tiririca,
que não é pior que nenhum deles,
embora tenha sido eleito pelo eleitor
que “quer dar o troco”.
O troco a que? “A essa sujeira toda”.

A resposta veio com um Congresso mais à direita: mais conservador e mais evangélico
(http://abre.ai/diap_congresso_mais_reacionario_desde_1964).

Não há novidade histórica nisso.

A todos os movimentos desestabilizadores mobilizados com ajuda de redes sociais, dos últimos anos, no mundo, seguiram-se reações autoritárias, conservadoras e regressivas socialmente.

O que se passa é que a resposta à demanda moral é e sempre foi esta:
o abrigo seguro da zona de conforto perceptiva representado pela estabilidade prometida da direita.

Esse truque moralista da direita tornou-se possível, agora, com a legitimação que as grandes manifestações de junho lhe propiciaram.

Poderia ser apenas uma piada ter Aécio Neves reivindicando o “legado” de junho.

O problema é a legitimidade com que ele reivindica aquelas reclamações. Não tem o tom agudo dos serviços bem prestados ao moralismo reacionário, mas um tom mais ponderado, sóbrio:
trata-se de reivindicar para si a reclamação contra “essa sujeira toda”.

O moralismo é uma expressão reativa de instabilidade social e desagregação política.
O seu truque, embora muito bem calçado na mídia oligárquico-familiar que, mais uma vez, conseguiu tirar uma vitória no primeiro turno para o projeto popular, agora está mais robusto e animado do que nunca.

Não têm um carrancudo ou uma carrancuda ressentidos, como candidatos,
mas um moço bonito, bem nascido e simpático.
Um rapaz que não é exatamente do ramo da Política, mas das oligarquias.
Nunca precisou trabalhar para pagar uma conta, nem governar para ter aprovação.
A sua candidatura arregimenta a direita de maneira veloz e consistente,
com a gigantesca propaganda midiática que lhe é aliada, desde sempre.
Como derrotar isso?

A resposta sopra de Minas Gerais e da superioridade moral da Dilma. Para se chegar nessa resposta é preciso enquadrar o debate eleitoral, pautá-lo e não se render ou entrar no jogo do que nos jogam no colo.

É muito revelador da indigência política da oposição brasileira à transformação dos últimos dez anos resumir-se a um único tema: a corrupção.

Então, acabar com a fome endêmica não merece reconhecimento, nem termos em curso o maior programa de habitação popular da história do país, nem termos, como temos, hoje, de maneira inédita, um quadro de pleno emprego, nacional, numa democracia, nesta gigantesca crise mundial.

Não importam as conquistas da Petrobras, nem as obras em infraestrutura. O Brasil Sem Miséria, a valorização do salário mínimo e o PRONATEC tampouco são questionados.
As políticas de cotas, a política de investimentos públicos e de crédito via bancos públicos.

Tudo isso é “corrupção”. Por que?

Se tudo isso não passasse de corrupção, esses programas teriam os resultados
que tiveram e teriam produzido o impacto que produziram?

Por que razão não apresentam alternativas, outras propostas ou programa,
para disputar o voto e a confiança do eleitor?

Em que se alicerça a confiança requerida pelo candidato do PSDB,
para pedir o voto dos brasileiros?

O que ele teria a oferecer está baseado no seu mandato como senador ausente, morador do Rio de Janeiro, ou como ex-governador de Minas Gerais?

Seria possível Aécio tecer alguma crítica ou oferecer algum programa de governo alternativo,
sem depender da TV Globo, dos seus colunistas no rádio e nos seus jornais,
e da Editora Abril e do Grupo Frias, em São Paulo?

O que Aécio pensa do nordeste brasileiro e da transposição do São Francisco?

O que ele pretende fazer com a ferrovia transnordestina?

Qual a opinião do candidato sobre o sistema de ferrovias e hidrovias em curso
e, claro, qual a sua política para o setor energético, vale dizer, Petrobras?

Qual o programa do candidato para fazer o Brasil voltar a crescer nos patamares que o PT fez?

Qual o balanço que Aécio faz da educação, do ensino superior e da pesquisa produzida hoje, no país?

Qual o balanço que o candidato do PSDB faz da maior experiência
de redução de desigualdades do mundo, neste intervalo de tempo, na história moderna?

O candidato da oposição foi julgado pelo seu estado,
um dos maiores colégios eleitorais do país,
e condenado, politicamente, pelos maus serviços prestados.

O que o mantém e eleva é, uma vez mais, a mídia oligárquica e a direita rearranjada,
com seus odiadores de estimação, em alta velocidade.

Pouco importa se ele só apresentou o seu programa de governo na véspera do primeiro turno:
ele não precisa de um programa de governo, porque quem precisa disso é quem está submetido ao debate.

Ele foi ungido midiaticamente para limpar o país.

A esse tipo de escárnio não se responde aceitando as suas acusações nem se submetendo ao seu jogo.

Vence-se esse escárnio com seriedade, respeito, memória e sentido histórico.

Não tem essa de que o que o PT fez foi dar continuidade ao que o PSDB fez.
Os projetos são diferentes.
Para deixar essa distinção às claras, é fundamental situar historicamente as escolhas que foram feitas.

O Brasil Sem Miséria é um programa muito menos custoso do que qualquer entrega de patrimônio público já feita pelo PSDB e muito menos custoso do que a remessa de dinheiro via taxação de juros ao sistema financeiro, que foi uma regra aceita pelo PSDB, com galhardia, e pelo PT, com conivência.

Todas e cada uma das conquistas do país, da última década, devem-se a decisões de natureza Política.

Reivindicar a dignidade da Política e defender a representatividade
é a única maneira de combater o fascismo que nutre a acusação moralista.

Se essas coisas não são concretas, cabe mostrar e estabelecer o seu elo de concretização:
decidimos enfrentar essa indignidade, que é a fome, abrimos outras possibilidades,
para o próximo passo, com o PRONATEC, valorizamos a agricultura familiar,
o conteúdo nacional, a economia interna, o patrimônio público.

O ódio moralista é um ódio contra a ideia mesma de algo público e estatal;
é a recusa cevada em doses cavalares de denúncias criminalizantes, ad nauseam, de que a solidariedade, a generosidade e o reconhecimento são truques.
É esta repulsa que está na origem da defesa das privatizações
e também na denegação do caráter civilizatório da transformação ocorrida no país.

Sabemos de tudo isso, aprendemos e podemos olhar para o mundo e ver o que fizeram e no que deu o que fizeram (mais de 60 milhões de desempregados nos EUA e na União Europeia, sem contar a regressão brutal nos índices de desigualdade nessas regiões, à beira da depressão econômica e sem prognóstico que não um quadro mais sombrio).

A América Latina é hoje, graças aos governos a contravento, da última década,
um mercado mais robusto, mais educado, mais estável, do que era
e do que estão zonas tradicionais do capitalismo;
não é preciso muito esforço para se inferir, daí,
o caráter estratégico do Brasil (vai sem dizer um detalhe: o Pré-Sal).

A resposta sopra em Minas, no nordeste, na memória e na Política.

E no ataque, em contrapartida, à hipocrisia, ao cinismo, ao autoritarismo
e ao caráter oligárquico do projeto representado por Aécio.

Foi porque o Brasil rejeitou esse projeto que conseguiu incluir dezenas de milhões,
sair do mapa da fome e ter pleno emprego.

Foi porque o povo tirou o PSDB da centralidade das decisões políticas sobre o rumo do país
que o Brasil chegou aonde chegou, e não o contrário:
não somos nós que devemos ao PSDB as grandes conquistas alcançadas.

Essas conquistas, todas elas, derivam das escolhas antagônicas àquelas por eles defendidas.

Por fim, sobre o caráter da Dilma.

É preciso apresentar a sua “cepa” política:
o Brasil tem, talvez pela primeira vez na sua história,
uma estadista, republicana e democrática, à frente do país.

Essas características estão fincadas na história do trabalhismo,
da resistência à ditadura e da construção da democracia
por dentro das gestões democráticas e populares.

É uma trajetória de compromisso com a democratização do estado
e universalização de direitos.

É a história da construção mesma do Estado nacional,
como experiência democrática, popular e nacionalista.

De nada adianta cantar Bob Dylan em lamento.
A resposta não está soprando no vento.

(http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Aecio-Bolsonaro-Feliciano-este-e-o-legado-de-junho-/4/31935)
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    LAURA HELENA

    GOSTARIA DE SABER EM QUE PAÍS VOCÊ VIVE, DEVE SER NO DA ALICE O PAÍS DAS MARAVILHAS, ACORDA FRANCO ATIRADOR ANTES QUE SEJA MUITO TARDE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Brancaleone

Tiririca com um milhão de votos…
Qual parte do “sistema eleitoral inútil” voces não estão entendo?
Carece ser desenhado que ao se dar um milhão de votos a um néscio político como Tiririca a democracia esta se ferrando?
Olha gente – gente de esquerda e gente de direita que pensam – precisa-se com urgente da reforma eleitoral.
Aécio ou Dilma tanto faz. Temos que exigir reformas na legislação eleitoral. É condição de sobrevivência da democracia.
Se continuar como está, num futuro próximo só bandidos, inúteis e palhaços se elegerão. Ninguem de esquerda. Ninguem de direita, Só a gentalha, os medíocres vigaristas.
Nem precisa grandes mudanças.
Voto não obrigatório.
Cláusula de barreira.
Voto Distrital.

Véio Zuza

Solução simples: voto em lista, como no Uruguai e na Argentina, para ficar mais perto… Com isso, fica garantida a representação das minorias com um mínimo de representatividade, o que não acontece no distrital puro, onde só os grandes sobrevivem. O distrital misto (Alemanha) me parece muito complicado para o nosso sistema; lá, os senadores são eleitos pela via indireta e não existe eleição direta para o excutivo, pois o sistema é presidencialista.
Em resumo: voto em lista e vinculado (Presidente/deputado da mesma coligação ou partido). Quem ganha, leva…

FrancoAtirador

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Essa distorção na Eleição Proporcional sempre existiu.

Foi pensada em época de Partidos Fortes e Ideológicos.

Entretanto, com essas Coligações Espúrias de atualmente,

em que até o PSoL se coliga com o DEM, e o PCdoB com o PP,

não tem o menor cabimento se manter a legislação dessa forma,

a não ser que se faça uma Ampla Reforma Político-Eleitoral.

Não para beneficiar um partido e prejudicar outro, como dizem,

mas, sem prejudicar um ou outro, não distorcer a Vontade Popular.
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Lukas

Quando o Protógenes foi na carona do Tiririca não houve um pio…

    abolicionista

    Você quer comparar o Protógenes com isso?

elizabeth pretel

Esse é o motivo pelo qual pessoas que “deveriam ser eleitas”, não conseguem, ao passo que qualquer um acaba conseguindo. Muuuuitas pessoas que pensam no Brasil não conseguiram. É por causa dessas distorções que o país NECESSITA COM URGÊNCIA DE UMA REFORMA POLÍTICA. Vamos ver se nosso povo está realmente querendo alguma mudança e, assim como nas “manifestações” de junho, irão com essa proposta que realmente é necessária para as ruas.

    elizabeth pretel

    melhor dizendo: irão para as ruas com essa proposta (Reforma Política JÁ).

L@!r M@r+e5

Enquanto isso, Protógenes Queiróz, da Satiagraha, não se reelegeu.

FrancoAtirador

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“A Primeira Como Tragédia, a Segunda como Farsa”

Está de volta a Aliança Renovadora Nacional (ARENA).

NANHDP um Delírio de Ignorância tão Obscurantista.
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    Pacoel

    Mas não se esqueça que quem tem dinheiro, compra posição boa na lista e você não pode escolher o candidato, só o partido. Isto acontece na Itália onde o Berlusconi, que aparece comendo meleca em vídeo e faz programas com garotas menores de idade, se torne eternamente primeiro ministro da Itália, porque tem dinheiro e compra a primeira posição da lista. Não é isso que eu quero para o Brasil. É isso que você quer?

    FrancoAtirador

    .
    .
    A Itália é Parlamentarista,

    o Brasil é Presidencialista.

    Em momento algum se cogitou

    em voto em lista partidária.

    Uma Constituinte Exclusiva,

    a ser definida por Plebiscito,

    poderá discutir a viabilidade.
    .
    .

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