Quanto dura o “caso” Palocci?

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por Luiz Carlos Azenha

Não existe ainda uma única prova de que Antonio Palocci tenha cometido um crime, ou enriquecido ilicitamente.

Mas, como escrevi anteriormente, não se trata de uma questão policial, mas ética e política.

O que explica porque o PT tenta “politizar” o assunto.

É uma forma de tirar os holofotes da questão ética: o que fazia um deputado-coordenador de campanha arrecadando ao mesmo tempo para a candidata e para seu próprio bolso, para em seguida assumir o “coração” do novo governo?

Aliás, no item arrecadação de campanha, um colega jornalista me lembrava que os serviços “imateriais” foram uma importante descoberta: a varrição das empresas de coleta de lixo, quem é que mede? E os serviços das assessorias de comunicação? E os serviços de consultoria?

Quanto ao “caso” Palocci, ele durará tantos quanto forem os clientes do ministro. Calculando que cada cliente de Palocci receba cinco dias de cobertura nos jornais, multiplicado por 20 empresas, teremos 100 dias de noticiário…

Como não se trata de uma caso estático, ou seja, tanto o ministro quanto as empresas para as quais ele prestou consultoria vão continuar por aí, trata-se de um inesgotável manancial de manchetes com ilações, suposições e dúvidas.

Aos próprios clientes de Palocci, em algum momento, vai interessar que ele se afaste do governo: caso contrário, todos os negócios que essas empresas fecharem com entes públicos, subordinados direta ou indiretamente a Palocci, ficarão sob suspeição.

Minha suspeita: Dilma defende Palocci publicamente e, em seguida, ele pede para sair. Mas costumo errar meus palpites.

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