“Queremos ética e transparência no uso dos recursos, mas isso contraria muita gente”

Tempo de leitura: 9 min

por Conceição Lemes

Desde anteontem, estudantes e professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir) comemoram esta grande vitória. A renúncia do professor José Januário de Oliveira Amaral ao cargo de reitor, apresentada na quarta-feira, 23 de novembro, ao ministro da Educação, Fernando Haddad. A exoneração deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

Pesa sobre a Fundação Rio Madeira (Riomar), que serve de apoio à Unir, uma série de irregularidades. Há desde problemas em concursos, convênios e diárias à contratação de empresas fantasma, utilização de “laranjas”, compra de terrenos e produtos superfaturados.

Resultado: malversação e desvio de recursos públicos por uma “organização criminosa”, que envolve pessoas ligadas ao reitor, “também suspeito de envolvimento no esquema”, segundo o Ministério Público Estadual Rondônia.

Isso tudo só veio à tona graças à greve histórica de estudantes (inicialmente) e professores (aderiram depois), que hoje completa 72 dias, e à ocupação da reitoria pelos alunos, há 51. Além de tornarem públic esses desmandos, eles sofreram pressões e ameaças.

O pedido de socorro que o professor Alexandre Pacheco, do Departamento de História, enviou ao Viomundo, e foi publicado em 23 de outubro, é revelador:

Estamos em greve a 38 dias contra a corrupção que se instalou na Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e sua fundação de apoio.

Forças políticas locais fazem cerco e impedem a divulgação nacional de nossa greve.

Pedimos o afastamento imediato do Reitor e denunciamos o estado de ruínas em que se encontra nossa universidade nas mãos da atual administração.

A foto abaixo se constitui como resumo do nosso drama!

Essa foto foi tirada dois dias antes, 21 de outubro. Mostra agentes da Polícia Federal (apresentaram-se como tal, sem mostrar identificação, assim como não exibia a logomarca da PF o carro deles ) em ação dentro da universidade. Há suspeitas de que eles  poderiam ter simulado uma explosão no campus para culpar os manifestantes e desocupar a reitoria.

O fato é que, fazendo-se passar por estudantes, esses policiais entraram no prédio da reitoria. Lá, um carregando pistola e o outro, cassetete, prenderam o professor Valdir Aparecido (na foto, ao centro, camiseta branca, óculos escuros), do Departamento de História do campus de Porto Velho. Esse mesmo cassetete seria utilizado em seguida para agredir o deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO, camisa azul clara, no alto da imagem, à direita). O dono da camiseta laranja (só aparece um pedaço, no canto inferior, à esquerda da foto) é o policial que pegou a câmera de um dos professores que estava registrando tudo.

Este vídeo detalha o que aconteceu.

“Houve várias formas de pressão e repressão, desde as mais veladas, como ameaças em estágios probatórios e reprovação de alunos em greve, até as mais escancaradas, como a ‘visita’ feita à casa de uma aluna por homens encapuzados, que gritaram de um carro ‘você vai morrer’, e o bilhete deixado, na manhã do dia 16 de novembro, sob a porta de laboratórios, departamentos e banheiros”, denuncia o antropólogo e professor Estevão Rafael Fernandes, chefe do Departamento de Ciências Sociais da Unir. “O bilhete dizia ‘Não adianta contar vitória antes do tempo. Muita água ainda pode rolar… Segue (sic) alguns nomes que podem descer na enchente do rio’ Aí, nomeava cerca de 40 professores e alunos da capital e do interior do Estado, incluindo o meu.”

“‘Descer na enchente do rio’ é uma evidente  menção ao hábito que existe na região de se desovar cadáveres no rio Madeira”, acrescenta o professor. “Uma clara ameaça de morte a alguns dos envolvidos na greve.”

Ameaças que, diga-se de passagem, não são novidade para Estevão Rafael Fernandes, que, como antropólogo, lida com demarcação de terras indígenas, e também é coordenador do Observatório de Direitos Humanos de Rondônia. Eis nossa entrevista:

Viomundo – O que levou a essa prolongada greve na Unir? No caso dos professores, foi por melhoria do salário?

Estevão Rafael Fernandes – Salário?! Nãoooooooooo! Esta greve não é nem nunca foi por salário. Ela teve início quando alguns alunos se uniram para começar a exigir melhores condições de estudo na universidade. A coisa foi crescendo, crescendo, e os professores acabaram aderindo.

É complicado estudar ou trabalhar em uma universidade localizada a 14 km da cidade, que fica entre o canteiro de obras da Usina de Santo Antônio (devido às explosões por lá de vez em quando o campus treme) e o cemitério (que pode estar contaminando o lençol freático), tendo ao lado o lixão municipal (onde frequentemente colocam fogo e as aulas têm de ser canceladas devido à fumaça tóxica).

Não temos extintores de incêndio, cobertura nos pontos de ônibus, restaurante universitário, telefones, manutenção nos aparelhos de ar condicionado… Brinco com meus alunos, dizendo que nosso campus parece ter saído daquela música do Vinícius de Moraes, “A Casa”…

Aí, te pergunto: como estudar e trabalhar em um lugar onde não se têm ônibus suficiente, iluminação à noite, água sequer para beber e muito menos, o que é pior, para se dar descarga nos banheiros?!

Tem um laudo técnico do Corpo de Bombeiros ( íntegra, AQUI), que mostra bem a situação do campus, inclusive com coisas que sequer sabíamos, como a existência de dois pára-raios radioativos! Entre texto e imagens, tem 28 páginas.

Enfim, alunos e professores resolveram paralisar suas atividades para reivindicar melhores condições de trabalho e estudo, que já tinham sido solicitadas em 2008.

Na ocasião, o professor Januário Amaral, que já era o reitor, assinou um documento (disponível  AQUI), comprometendo-se garantir as condições necessárias para o funcionamento do campus.

Mas não cumpriu. Em setembro deste ano, quando a paralisação foi deflagrada, ele respondeu que 95% da pauta dos grevistas estava atendida. Diante disso, o diálogo cessou, os colegas do interior (alunos e professores) aderiram ao movimento e surgiram as denúncias de irregularidades no uso de recursos públicos e em alguns concursos. A pauta de reivindicações do movimento grevista passou a ser então a saída do reitor e a investigação imediata de todas as denúncias feitas contra ele e sua gestão.

Viomundo – Qual foi o nível de adesão?

Estevão Rafael Fernandes – Praticamente todos os cursos aderiram à greve, em todos os campi. Os que não entraram em greve foi por medo de represálias ou por terem, entre seus quadros, pessoas diretamente envolvidas nas denúncias. Interessante é que muita gente, apesar do medo de represálias (especialmente os professores em estágio probatório), tem apoiado o movimento nos bastidores, postando textos, conversando com os alunos…

Viomundo – Apesar de o movimento já durar mais de dois meses, só nos últimos dias teve cobertura nacional. Por quê?

Estevão Rafael Fernandes — Esse foi um dos pontos mais sensíveis do movimento. A invisibilidade das nossas ações na mídia nacional nos assustou. Na minha avaliação, não há uma apenas uma resposta para esse comportamento da mídia, mas várias possíveis.

Uma delas, evidentemente, é a ação de forças políticas locais contrárias ao movimento, posto que foi de encontro a interesses de pessoas e/ou grupos que elas representam. Nós, alunos e professores, queremos ética e transparência no uso dos recursos da universidade. Mas isso, tudo indica,contraria muita gente.

Outro motivo é a distância, não apenas física, mas também em termos de informação em relação à Rondônia e à Amazônia, de modo geral. Apesar de sermos 48% do território nacional, a população do Centro-Sul parece desconhecer as especificidades da nossa região. Imagina que aqui haja meia dúzia de “caboclos” e onças andando livremente pelas ruas. Isso faz com que até o Governo Federal, por exemplo, pense a agenda amazônica apenas como um grande bolsão de recursos naturais e/ou energéticos a serem explorados, deixando um imenso vácuo institucional por aqui.

É nesse vácuo que operam o coronelismo e o personalismo locais, e o jornalista Everaldo Fogaça, editor do site O Observador, foi ameaçado e constrangido por agentes públicos em sua própria casa. Motivo? Ter publicado uma nota do DCE da Unir! Intimado a comparecer à Polícia Federal para dar explicações sobre a origem da nota, ele foi indiciado por um delegado da Polícia Federal.

Esse tipo de coisa nos faz pensar: se essa greve fosse em São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília, como teria sido a repercussão desde o início? Certamente seria maior do que aqui em Rondônia.

Viomundo – O que achou do indiciamento do jornalista pelo delegado da PF?

Estevão Rafael Fernandes — Atinge não apenas a liberdade de imprensa e  de expressão, mas também os direitos humanos fundamentais de modo geral. Daí a importância de a imprensa nacional cobrir o que acontece aqui. Além de ser uma forma a mais de cobrar transparência e rapidez nas investigações das denúncias, é fundamental para resguardar a integridade física de professores e alunos, seus familiares, simpatizantes do movimento e jornalistas.

Nosso movimento nos diz muito não apenas sobre a Amazônia brasileira hoje, mas, de certa forma, sobre como a distribuição de poder no país interfere em assuntos como a educação pública.

Viomundo – Soube que houve pressão, intimidação e repressão aos participantes movimento. O senhor confirma?

Estevão Rafael Fernandes – Houve, sim, várias formas de pressão e repressão, desde as mais veladas (como ameaças em estágios probatórios e reprovação de alunos em greve) até as mais escancaradas, como o bilhete deixado na manhã do dia 16 de novembro, sob a porta de laboratórios, departamentos e banheiros da universidade.

O tal bilhete dizia: “Não adianta contar vitória antes do tempo. Muita água ainda pode rolar… Segue (sic) alguns nomes que podem descer na enchente do rio”, nomeando, em seguida,38 professores e alunos da capital e do interior do Estado, incluindo o meu.

“Descer na enchente do rio” é uma menção evidente ao hábito que existe na região de se desovar cadáveres no rio Madeira. Ou seja, uma ameaça clara de morte a alguns dos envolvidos na greve.

Nesse mesmo dia, uma aluna de Psicologia foi “visitada” em sua casa por homens encapuzados que gritaram de um carro: “você vai morrer”. Essa aluna foi uma das que iniciaram o movimento e fez parte  da comissão de negociação que foi ao MEC, em Brasília, relatar o que estava acontecendo na Unir. Ela foi seguida também em Porto Velho. Alguns outros alunos e professores  foram igualmente seguidos e hoje dormem em casas de amigos ou parentes e tentam mudar um pouco a rotina.

No início deste mês, outro professor, desta vez do campus  Rolim de Moura, teve seu carro atingido por um tijolo, arremessado por um motociclista. Junto ao tijolo, um bilhete escrito com letras recortadas de revista: “Se o semestre for cancelado a próxima (sic) será na sua cara, filho de uma vadia”.

Viomundo – Além da prisão do professor Valdir, em 21 de outubro, houve outras?

Estevão Rafael Fernandes — Em 4 de novembro, dois alunos que carregavam panfletos.

Viomundo – Como se deu a prisão do professor Valdir?

Estevão Rafael Fernandes – Foi em uma tentativa desastrada de desalojar o prédio da reitoria, que estava ocupado pelos alunos. Agentes da Polícia Federal prenderam o professor Valdir Aparecido, do Departamento de História, e agrediram o deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO), que estava tentando negociar. O professor Valdir não estava fazendo nada a não ser observar a cena, chupando um pirulito!!! Infelizmente, tivemos a própria Polícia Federal como protagonista em alguns episódios lamentáveis da nossa greve.

Viomundo – A previsão é de que a greve termine na segunda-feira após a posse  da vice-reitora Maria Cristina Victorino de Frença como reitora. Se o professor Januário Amaral não tivesse renunciado, o movimento continuaria?

Estevão Rafael Fernandes – Claro que sim! Há um mês e meio os alunos dormem em uma reitoria, cuja luz e água foram cortadas a pedido do reitor. Eles estão lá para salvaguardar os documentos que, eventualmente, servirão como provas para a Polícia Federal e o Ministério Público nas investigações. Amigos e colegas professores têm dormido ao relento, nas escadarias dessa mesma reitoria, para resguardar a segurança física de nossos alunos. Alunos e professores têm sido ameaçados, presos e agredidos. Por isso,  te garanto: o movimento continuará até que a professora Maria Cristina Victorino de França seja empossada como a nova reitora.

Abrir mão do movimento, agora, seria cuspir sobre os valores que vem sendo defendidos: democracia, ética, transparência. É ignorar que não se trata de um movimento orquestrado por uma minoria, sob alguma bandeira político-partidária, mas algo que surgiu espontaneamente, a partir do sentimento comum de que as coisas não podem mais seguir como estão. Seguir na luta é ir contra a inércia, contra a corrupção…

Temos, naquelas escadarias da reitoria, a maior aula de democracia que se pode querer! Os alunos e professores querem um hospital universitário, um colégio de aplicação, transparência em contratos e concursos… Portanto, não haveria como interromper o movimento agora, se o reitor não tivesse renunciado. Alguém se submeteria ao que temos nos submetido senão por um sincero e intenso amor pelo que representa uma universidade pública e gratuita de qualidade!??

Precisamos que mais vozes de outras partes do país  se unam às nossas,dizendo que compartilham desses ideais, que buscam ética no ensino superior e transparência nas investigações dessas denúncias. Pedimos à população, seja ela sociedade civil organizada, centros acadêmicos, sindicatos, organizações não-governamentais, imprensa, academia, DCEs, entidades de base, que enviem emails à Presidência da República, Casa Civil, MEC, Ministério da Justiça e parlamentares, cobrando apuração rigorosa das denúncias.

Não há apoio que seja pequeno. Seja de outros estudantes, mães e pais de alunos, de outros professores… Toda a ajuda é mais do que bem-vinda, sempre!

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Comentários

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Homens encapuzados ameaçam líder da greve da Federal de Rondônia: “Você vai morrer” | Universidade Transparente

[…] Na entrevista que o professor Estevão Rafael Fernandes concedeu ao Viomundo sobre a greve na Universidade Federal de Rondônia (Unir), ele denunciou a “visita” à casa de uma aluna, por homens encapuzados, que gritaram de um carro “você vai morrer!”. Denunciou também que ela foi seguida em outras ocasiões em Porto Velho. […]

Sr.Indignado

Fui preso por panfletar, em 1983. Duas vezes, e levei coturnada e cacetada, em todas as ordens. E dos que se manifestaram, fui o mais "sortudo". I na cre di tá vel, isto estar acontecendo hoje. Que PF mais mal preparada, mais inescrupulosa, mais sem-ética… Incrível. Como estas pessoas conseguiram passar no concurso da PF?

Juréia Z Alves

Quero parabenizar e me solidarizar com os alunos e professores da UNIR pela coragem e determinação com que conduziram esta grave e pelos motivos mencionados.
Fiquei chocada com os vídeos apresentados, mas tambem com muita esperança pela reação manifestada.
Pessoas como voces (alunos e professores), são a garantia de um país mais justo e igualitário.
Abs.

RicardãoCarioca

Dias atrás eu fiquei sabendo de uma proposta feita por algum deputado para premiar em dinheiro as denúncias sobre corrupção. Eu acho uma excelente ideia, claro que tais denúncias recebendo o devido procedimento investigativo, nosso país sangraria bem menos. Quem pôr isso adiante no congresso, terá meu apoio.

Daniel Alves

Os agentes e delegados da PF não são diferentes do restante da população, normalmente se alinham ao lado do mais forte. A lei, de um modo geral, ajuda sempre o mais forte. Tanto é que tem que se criar legislações especiais com interpretação diferenciada para proteger os mais fracos, ex.: CLT, CDC (código de defesa do consumidor). Se nesses casos fossem utilizados o Código Civil seria um retorno a escravidão na certa.

Gerson Carneiro

Somente agora pude ver o vídeo na íntegra. O professor está proibido de comparecer à sede da Universidade enquanto o movimento perdurar. Que absurdo! Que ilegalidade!

FrancoAtirador

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VÍDEO MOSTRA O ATO ARBITRÁRIO DE PRISÃO DO PROFESSOR DA UNIR

[youtube xnj1zx0nW3M http://www.youtube.com/watch?v=xnj1zx0nW3M youtube]

Sr.Indignado

Fui preso por panfletar, em 1983. Duas vezes, e levei coturnada e cacetada, em todas as ordens. E dos que se manifestaram, fui o mais "sortudo". I na cre di tá vel, isto estar acontecendo hoje. Que PF mais mal preparada, mais inescrupulosa, mais sem-ética… Incrível. Como estas pessoas conseguiram passar no concurso da PF?

Como o sistema ainda permite dar posse a monstros, como os que haviam na ditadura militar? Tem que ter punição e livrar a PF desses maus elementos. Todos.

joão33

bom video , para cobrar o ministro da justiça , a corregedoria da policia federal , este pessoal faz parte da banda podre , e nós sustentamos eles , uma punição severe é o que cabe , cadê a justiça , quem vai provocá-la neste caso , pois é fragrante a arbitrariedade, estão totalmente fora da função. e dá prá deduzir que é o mesmo tipo de elemento que pode vestir um capuz e partir para a ilegalidade , e essa história de bomba está muito mal contada.

FrancoAtirador

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De norte a sul, de leste a oeste,

os estados da federação continuam

sendo latifúndios dos coronéis.
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Gerson Carneiro

A forma de agir desses elementos não indica que trata-se de Policiais Federais. Pelo menos a polícia Federal que costumamos ver. Esses aí estão mais para capangas.

    Conceição Lemes

    Gerson, já perguntei à PF. Mandei a foto. Estou aguardando o retorno. Mas eles se identificaram como da PF. Várias fontes me disseram o mesmo. abs

    Gerson Carneiro

    Embora a averiguação da informação seja necessária, e é corretíssimo que o faça, não carece de ser expert para notar elementos que descaracterizem provável ação da Polícia Federal, como: ausência de viatura identificada; ausência do uso de distintivo e uniforme da PF pelos elementos; e o próprio comportamento dos elementos pelo que é possível inferir da cena.

    Policial Federal desce da viatura usando óculos escuros, se identifica, captura o que tem que capturar e vai embora. Não apronta barraco.

    Observe esse sujeito com a pistola na mão: bolso da calça furado; jeans surrado; camisa pra fora da calça; chaveiro pendurado no cós… e os demais com camisa polo comprada de baciada na C&A. Desculpem-me pela franqueza mas Policial Federal é no mínimo mais elegante.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Caros Gerson e Conceição.

    Ainda que fossem policiais federais
    teriam agido de forma ilegal.

    É interessante apurar isto.
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    Conceição Lemes

    Com certeza, Franco. Entrar na reitoria com pistola em punho, pra quê? Absurdo.

    Gerson Carneiro

    É por isso que estou dizendo: policial federal não age com esse excesso de despreparo. Aliás, não age com despreparo.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Você tem razão.

    Este não é o procedimento padrão da Polícia Federal.

    Além disso parece ter havido simulação e premeditação.
    .
    .

Marcio H Silva

E Aí, com estas fotos o Ministro Haddad e a PF vão apurar quem são estes homens?
São da PF mesmo?
A mando de quem foram lá prender o Professor?
Porque as armas? estão tratando com bandidos, ou eles são os bandidos contratados?
Documentos e fotos para investigar há, vão se mexer?
E o reitor vai ser processado, ou somente quem invadiu a reitoria?
O MEC e a PF tem que botar isto a limpo.

Gustavo Pamplona

Só uma idéia aqui

O link da notícia: "Boitempo: Até 50%de desconto nas vendas diretas" não está funcionando, nem pelo site como pelo Feed (RSS)

Presumo que seja o sinal de % no meio, geralmente é usado quando se quer colocar caracteres não latinos ou sinais gráficos.

Bom… vocês me vetam quando falo mal do MST, mas não estou nem aí… hahahahahhaha

    Conceição Lemes

    Gustavo,por favor, como resolvo isso? abs

    Gustavo Pamplona

    É um negócio chamado URL Encode (http://www.w3schools.com/tags/ref_urlencode.asp), do link:

    "URL encoding replaces unsafe ASCII characters with a "%" followed by two hexadecimal digits."

    Aparentemente o blog de vocês usa WordPress como plataforma de "blogagem", notei pelo Feed isto uma vez e tecnicamente falando vocês teriam que substituir o sinal de porcentagem % no título com este código aqui: %

    Vejam a tabela de caracteres ASCII com os códigos: http://www.w3schools.com/tags/ref_ascii.asp

    Conceição Lemes

    Gustavo, obrigada. abs

ZePovinho

A maior parte das federais padece desse problema,Azenha.As eleições para reitor são proporcionais,ou seja:o voto dos professores vale,na média,três vezes mais do que os dos alunos.É uma ditadura professoral.
Onde já se viu,numa democracia,o voto de uma pessoa valer três vezes menos do que outra com o argumento de que os alunos passam e professores e funcionários ficam??????????É daí que vem grande parte da corrupção acadêmica.
Professores e funcionários se unem para assaltar os cofres da universidade e permanecem por dez e até vinte anos no poder.Lógico(como é cansativo dizer esse jargão pela milinésima vez) que não podemos generalizar,mas esse modelo de administração das universidades pelos professores está falido.Professor é para dar aulas e pesquisar;não para administrar a universidade.No comando da academia,eles rasgam a Constituição e perseguem aqueles que não seguem a cartilha da submissão,caindo até para o crime como vemos agora.
Existem casos graves de fraude em licitações,nos concursos para admissão de professores(só entram os amiguinhos) e,pasmem,até na concessão de bolsas de iniciação científica.Se você for filho de professor,por exemplo,var ter a bolsa mantida mesmo que tenha média inferior ao que é exigido.
Chegou a hora de rediscutir a propalada "autonomia universitária".Será que a universidade não seria melhor gerida por um corpo separado dos docentes???????

Allan

Parabéns aos alunos e aos professores!! Vocês são exemplos para o Brasil. Tudo isso que tem conseguido, encarando o risco de vida pela luta por uma gestão ética na Universidade Federal de Rondônia, dá a cada brasileiro a consciência e a esperança de que é possível mudar, que é possível darmos as mãos, unirmos as vozes, e enfrentarmos o poder político e econômico existente, especialmente na Amazônia. Emocionante!!!Parabéns!!

Agora, a mídia nacional, mais uma vez, deixou de participar desse momento histórico de busca da moralidade no Estado de Rondônia, prestando um desserviço à nação, dando espaço para a repressão aos alunos e professores. Lamentável!!

E mais lamentável ainda, o papel da Polícia Federal. Se fosse a polícia militar, que sabemos que é totalmente orquestrada pelos poderes políticos locais (e não pela lei), vá lá, mas a PF atuar dessa forma? Os responsáveis pela PF no Estado de RO devem ser denunciados por sua atuação, desastrosa, repressiva, contra alunos e professores que desejam uma Universidade melhor, mais ética.

Gerson Carneiro

Por falar em ética e transparência: alô povo que mete o pau no ENEM!

Manipulação no SARESP: apenas 10% dos alunos farão a prova de redação, no próximo dia 30, para evitar que as notas na avaliação do SARESP despenquem. A suspeita é que a seleção tomou como base as notas nos boletins.

Alô desembargador do Ceará que implica com o ENEM!

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