Padre desmente denúncia de que PF impediu apoio religioso a reitor que cometeu suicídio

Tempo de leitura: 3 min


De Samuel Gomes, via Gustavo Santos

Bom dia! Sou mestre em filosofia do Direito pela UFSC. É de lá que vem uma boa notícia. A UFSC se levanta! Que o Brasil se levante com ela! “Queremos de volta da democracia e do Estado democrático de Direito”, convoca-nos o meu amigo Ubaldo Baltazar, diretor da Faculdade de Direito.

Samuel Gomes
Advogado em Curitiba e Brasília

Eis a boa notícia:

” PADRES DENUNCIAM: PF NEGOU DIREITO DE APOIO ESPIRITUAL AO REITOR SUICIDADO

Raquel Wandelli, dos Jornalistas Livres

Ao celebrar missa em homenagem ao reitor Luiz Carlos Cancellier hoje pela manhã, no Templo Ecumênico da UFSC, o padre William Barbosa Vianna fez uma denúncia espantosa: ele e outro religioso foram impedidos ao menos quatro vezes pela Polícia Federal de oferecer apoio ao reitor, que foi preso, algemado nu, submetido a exame interno vexatório e encarcerado sem processo judicial.

Segundo o padre, a Polícia Federal também proibiu a Pastoral Carcerária de visitá-lo no dia da prisão, em 14 de setembro.

Em seguida, quando a prisão de Cao Cancellier foi relaxada, mas a juíza o manteve exilado da universidade e recolhido em reclusão domiciliar noturna, os padres novamente tentaram socorrê-lo, sabendo de seu abalo emocional, mas não obtiveram permissão para visitá-lo.

“É preciso lembrar que o direito à assistência religiosa é garantido pelo artigo V da Constituição”, afirmou William, assessor da Pastoral Universitária da UFSC, fazendo uma revelação que assombrou a própria família do reitor, levado ao suicídio por um espantoso processo de linchamento moral.

Até então, sabia-se apenas que Cancellier estava privado do apoio de amigos, principalmente de pessoas de sua convivência na gestão da universidade.

As cerca de 200 pessoas aplaudiram de pé quando o irmão do reitor, Júlio Cancelier, se disse chocado e surpreendido com a recusa ao direito de ajuda espiritual e solicitou à reitora em exercício, Alacoque Lorenzini Erdmann, que apure a verdade e instaure processo para averiguar as calúnias apresentadas contra o reitor no processo calunioso patrocinado pela Polícia Federal, Corregedoria da UFSC e grande parte da mídia comercial.

William Vianna, que além de padre é professor e chefe do Departamento de Ciências da Informação da UFSC, disse com clara consternação que há muitos anos a Pastoral Carcerária já vem avisando sobre os abusos nas revistas vexatórias a mães, filhas e familiares em geral dos presos.

Com visível consternação, leu o artigo V da Constituição, inciso VII: “É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”.

Na terça-feira, às 14 horas, haverá Reunião do Conselho Universitário para decidir a continuidade da gestão.

Como o professor faleceu antes de completar metade do mandato, é possível que sejam convocadas novas eleições, embora haja polêmica na interpretação do estatuto.

A cerimônia foi organizada pelo Grupo de Oração Universitária e Pastoral da Juventude e teve a participação do Grupo Shalon, e Emaús como símbolo da pluralidade e interculturalidade religiosa que deve reinar na UFSC.

Uma ampla frente de forças progressistas chamada “Floripa contra a exceção” está se mobilizando para fazer do suicídio do reitor um caso exemplar contra o estado terrorista e fascista que pratica o desrespeito total aos direitos de defesa e usa campanhas de difamação para atacar as instituições públicas.

“Queremos a volta da democracia e do estado democrático de direito”, afirmou o professor e diretor do Centro de Ciências Jurídicas, Ubaldo Baltazar.

Crédito das fotos: Reitor Cancellier/Comunicação UFSC; missa e faculdade de Direito em luto/Jornalistas Livres

PS do Viomundo: Posteriormente, o padre desmentiu a notícia divulgada pelos Jornalistas Livres. Ao blog de Marcelo Auler, disse:

O que está sendo divulgado, que eu falei sobre a Polícia Federal, não é verdadeiro. Até porque, tanto a polícia quanto os hospitais conhecem os procedimentos e nós, em geral, não temos problemas nas delegacias, presídios e hospitais. A situação foi específica. Ela se deu durante o período em que ele estava na casa dele, depois de ter sido preso e solto. Agora, é claro, não aparecerá nenhum responsável.


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Comentários

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Messias Franca de Macedo

DELEGADA NÃO DEIXOU PADRE DAR APOIO A REITOR
“Direito à assistência religiosa é garantido pelo artigo V da Constituição”
Por egrégio e intimorato jornalista e escritor Paulo Henrique Amorimn
https://www.youtube.com/watch?v=UDp9p8dJeYU

RENATO

Da forma como LULA foi julgado e condenado, justamente sem as prova que tu cobra, ai esta a parcialidade da justiça, entendeu ou quer que desenhe.

João Lourenço

Será que vcs conseguem provar quem assassinou o suicída ???Por que vc s não mostram as provas que o tornam inocente ,não seria mais inteligente ?Lembro que vcs cometeram o mesmo erro só bajulando o Lula e ele foi condenado .Só atacam ?Sejam JORNALISTAS e vão fundo investigando e provando ,ficar na fofoca da invenção não deu certo nunca.

    albert Fanon

    Não é preciso ser jornalista…até o procurador-geral de SC e desembargadores do Tribunal de Justiça daquele estado afirmam que houve notório abuso de autoridade na prisão do reitor. Mas um dia acontece com você,

    Márcia Nogueira

    Em primeiro lugar, o ônus da prova é de quem acusa. Segundo, o fato de ter havido condenação de Lula, não significa que seja culpado, principalmente pela ausência de PROVAS. Só demonstra o estado de exceção em que estamos vivendo.

    Antonio

    Provas são OBRIGAÇÃO da acusação e não do réu. Lula foi condenado SEM PROVAS, apenas por convicções, assim como este pobre reitor, que NÃO era réu no processo e nem mesmo era reitor quando das denúncias de irregularidades na Universidade(que datam de 2006). Foi preso e submetido a humilhações, ficando algemado e nú em uma cela, por 36 horas, por supostamente estar obstruindo a justiça! Apenas para satisfazer a vaidade de uma juíza e uma delegada, loucas por holofotes!

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