Itaú passou motosserra em mais de 16 mil empregos desde 2011

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Juvandia Moreira: “O discurso do Itaú de banco sustentável está muito longe da realidade, da sua prática; é propaganda enganosa”

por Conceição Lemes

Na última terça-feira 19, aconteceu, em São Paulo, a primeira rodada de negociação da campanha nacional dos bancários de 2014.

Nos seis primeiros meses de 2014, os cinco maiores bancos atuando no Brasil tiveram lucro líquido de R$ 28,5 bilhões. Alta de 16,5% em relação ao mesmo período de 2013.

O Itaú Unibanco foi o campeão. No primeiro semestre de 2014, lucrou R$ 9,5 bilhões. Salto de 33,2% comparado ao primeiro semestre de 2013. O dobro da média dos cinco maiores bancos.

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Na mesma semana, Maria Alice Setúbal, a Neca, coordenadora do programa de governo de Marina Silva, disse em entrevista à Folha e ao UOL que, se eleita, a candidata do PSB à presidência da República dará autonomia formal, por lei, ao Banco Central.

Neca é filha do banqueiro Olavo Setúbal (1923-2008) e acionista do Itaú, assim como a sua família. Participa do Conselho Consultivo do banco. O Itaú foi autuado pela Receita Federal e recebeu uma multa de quase R$ 19 bilhões.

“Mesmo lucrando tanto, o Itaú cortou 16.602 postos de trabalho de março de 2011 a junho de 2014”, denuncia Juvandia Moreira. “O banco diz que está fazendo ajustes, mas é demissão em massa, mesmo, para potencializar os seus lucros. Quem fica, fica sobrecarregado.”

“O Itaú fez uma reestruturação e deixou agência com dois funcionários apenas: um caixa e um gerente operacional”, revela. “Eles não tinham pausa no trabalho, que é obrigatória por lei. É impossível isso. O cliente não é bem atendido e o trabalhador, sobrecarregado, adoece. Falta compromisso social do banco.”

“O discurso de banco sustentável está muito longe da realidade, da sua prática ”, avalia Juvandia. “É propaganda enganosa.”

“O Itaú deveria ser mais responsável com os seus trabalhadores, assim como com a sociedade, praticando tarifas e taxas de juros mais plausíveis”, defende.

Juvandia Moreira é presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Justamente a base sindical onde o Itaú tem o maior número de funcionários. Ela integra o comando nacional da categoria que está negociando com a Federação dos bancos (Fenaban) a pauta de 2014.

Segue a nossa entrevista na íntegra. Nela, Juvandia faz uma radiografia do Itaú, principalmente da relação do banco com os seus trabalhadores, revelando um retrato desconhecido fora da categoria.

Viomundo – Neca Setúbal,  coordenadora do programa de governo de Marina, diz que ela, se eleita presidenta, dará autonomia formal, por lei ao Banco Central. O que acha?

Juvandia Moreira – Nós, bancários, somos contrários. No Brasil, a única responsabilidade Banco Central é cuidar da moeda. Nós defendemos um BC atento também à questão do emprego.

Se ele toma uma medida que afeta o setor produtivo, ela, consequentemente,vai atingir o emprego. Achamos que o Banco Central tem que dialogar com as políticas do governo. Não pode ser independente de forma alguma. Insisto: a independência total do Banco Central seria ruim para o trabalhador.

Viomundo – No primeiro semestre de 2014, o Itaú teve lucro líquido de R$ 9,5 bilhões. O que representa isso?

Juvandia Moreira – O lucro do Itaú aumentou 33% num semestre. Se olharmos outros setores da economia, supera o de todos os outros setores. Supera ainda o dos demais bancos (veja tabela ao final).

Esse lucro significa também que é alta a taxa de juros cobrada dos consumidores pelo Itaú. Nós só perdemos atualmente para Madagascar e Malaui.

Viomundo – Mas a alta taxa de juros ao consumidor não é exclusividade do Itaú.

Juvandia Moreira —  Concordo. A taxa de juros cobrada do consumidor é mais ou menos parecida nos diferentes bancos. Mas no Itaú ela é muito alta. A do cheque especial está em 172,39% ao ano!

Veja outras taxas de de juro cobradas pelo banco.

Taxa de juros - Itaú

Viomundo – No que o Itaú Unibanco se diferencia dos outros bancos?

Juvandia Moreira – Demissão em massa.  Mesmo lucrando tanto, o Itaú eliminou 14 mil  postos de trabalho de junho de 2011 a junho de 2014. E se considerarmos de março de 2011 a junho de 2014, o corte é ainda maior: 16.602.

Em março de 2011, o quadro de empregados do Itaú Unibanco era de 104.022 pessoas. Em junho de 2014, caiu para 87.420.

Nesse período, portanto, o número  trabalhadores foi reduzido em 16.602. E esse corte seria ainda maior se, em 2013, o Itaú não tivesse agregado 1.194 trabalhadores provenientes da Credicard, incorporada pelo banco.

Viomundo – O Sindicato cobrou essas demissões? Qual a alegação do Itaú?

Juvandia Moreira  — Cobramos, claro. Fizemos paralisações. Denunciamos. O Itaú nega que fez demissões em massa. Diz que está fazendo ajustes. Só que são demissões em massa, mesmo!

Cortou postos pra potencializar ainda mais os seus lucros. Os trabalhadores que ficam no emprego, ficam sobrecarregados demais. Essa é uma realidade nacional do que acontece no Itaú.

Viomundo – Esses 16,6 mil postos eliminados ocorreram onde?

Juvandia Moreira  — O banco não divulga esses dados. Mas é claro que o corte foi maior em São Paulo, onde o Itaú tem o maior número de trabalhadores. Mas os cortes não foram numa área só. Ocorreram nos centros administrativos e nas agências. Foi de forma generalizada, no Brasil inteiro.

Viomundo – Quando vocês questionam essas demissões o Itaú leva em conta?

Juvandia Moreira – Imagina, claro que não! Tanto que na próxima semana nós vamos discutir com a Fenaban as demissões nos bancos privados. É uma grande prioridade nossa.

Do nosso ponto de vista, os bancos estão fazendo uma nova reestruturação. Eles estão transformando as agências em agências de negócios. Expulsando o cliente de dentro da agência. É uma dificuldade hoje em dia você pagar uma conta de luz ou água, por exemplo, numa agência. Os bancos estão se recusando a fazer esse serviço e eles não poderiam se recusar a fazê-lo.

Viomundo – No Itaú também?

Juvandia Moreira  — Também. O recebimento de contas é hoje em dia considerado custo pelos bancos; então, eles querem eliminar esse custo.

Eles querem que você coloque as contas no débito automático. Ou que vá pagá-las nos correspondentes bancários, que são principalmente as lotéricas.

Viomundo – Neste momento, que banco está demitindo mais?

Juvandia Moreira — O Santander.  De junho de 2013 a junho de 2014, ele eliminou quase 3 mil postos de trabalho. Ele também foi o que proporcionalmente mais cortou de 2011 para cá. Agora, em números absolutos, o  campeão é o Itaú.

São postos cortados, eliminados. Não são puramente demissões, cujas vagas serão preenchidas na sequência. Agora, se formos considerar as demissões para contratar outros funcionários, muitas vezes ganhando menos, os números crescem muito mais. Isso é o que nós chamamos de rotatividade da mão de obra, que também está na pauta da campanha salarial de 2014.

Viomundo – O Itaú Unibanco divulga esses números?

Juvandia Moreira – Não.

Viomundo — E como vocês ficam sabendo? 

Juvandia Moreira – Pelos balanços. Também nas conversas e reuniões com bancários de todo o Brasil.

Viomundo – A propaganda do Itaú diz que é um banco preocupado com você, ou feito para você. Como ficam os bancários nessa história?

Juvandia Moreira – Os trabalhadores que se danem. Itaú, Bradesco, Santander e  HSBC só pensam em potencializar os seus lucros.

O discurso de banco sustentável, preocupado com o social, está muito longe da realidade, da prática do Itaú. É propaganda enganosa.

Este ano nós tivemos de parar uma agência do Itaú na Zona Norte da cidade de são Paulo porque só tinha dois funcionários.

O Itaú fez uma reestruturação e deixou a agência apenas com um gerente operacional e um caixa. Eles não tinham pausa, que é obrigatória por lei.

Viomundo – Os dois funcionários faziam tudo?!

Juvandia Moreira – Tudo! Nós conseguimos colocar mais um funcionário na agência.

Viomundo – Em entrevista na semana passada, você me disse que  a alta lucratividade dos bancos era à custa das demissões, condições inadequadas de trabalho, metas abusivas e da saúde dos seus funcionários, entre outros fatores. Isso acontece também no Itaú? O Itaú tem algum diferencial em relação à questão saúde?

Juvandia Moreira – Sim. E sim. Tem um problema que está acontecendo no Itaú e nós estamos questionando. É a revalidação de atestado médico, que é proibido pelo Código de Ética Médica.

Viomundo – O que é revalidação do atestado médico?

Juvandia Moreira – O funcionário passa no médico do convênio que o Itaú disponibiliza para os seus funcionários. O médico diz que ele tem uma depressão grave e precisa de um afastamento de 60 dias, por exemplo.

Acontece que, para afastamento acima de 15 dias, o funcionário precisa de um atestado do banco para dar entrada no INSS.

O que faz o Itaú? Marca para o funcionário passar no médico do trabalho da empresa.  í, o médico diz: você não vai ficar afastado 60 dias, você tem só gastrite…vai  cuidar da sua gastrite. Afastamento de cinco dias resolve o teu problema.

Isso é a revalidação do atestado médico, uma coisa que o Itaú tem feito muito aqui em São Paulo.

Viomundo – E aí o que acontece?

Juvandia Moreira – Como o funcionário não vai para o INSS, o caso não caracteriza possível adoecimento decorrente do trabalho. Com isso, o Itaú subnotifica os números dos seus adoecimentos.

Viomundo – Por quê?

Juvandia Moreira – Normalmente é para diminuir o tempo de afastamento, para que não seja superior a 15 dias, pois, aí, o caso tem de ser notificado ao INSS.

O INSS tem uma classificação sobre o grau de risco no ambiente de trabalho. Os bancos em geral têm grau 3. É o máximo de risco.

Pois bem, dependendo do número adoecimentos a empresa, aumenta a porcentagem de imposto que ela terá de pagar sobre a sua folha de pagamento. Esse imposto chama-se Seguro Acidente de Trabalho (SAT).

Viomundo — O imposto é proporcional ao número de pessoas afastadas por doenças relacionadas ao trabalho?

Juvandia Moreira — Sim. A alíquota de 1% é quando a atividade do setor é considerada de risco leve, 2% de risco médio e 3% quando o setor apresenta risco grave.

Isso depende do risco associado àatividade preponderante da empresa. No caso do Itaú a alíquota é de 3%, pois o risco dos bancos é considerado grave.

Viomundo – Em termos de dinheiro, quanto representa?

Juvandia Moreira — O banco não disponibiliza essa informação, mas com base nas despesas com remuneração de pessoal estima-se que o gasto em 2013 tenha sido da ordem de R$ 195,4 milhões.

Viomundo – Ou seja, o Itaú subnotifica as doenças do trabalho. Mesmo escondendo a realidade, ele tem risco 3?

Juvandia Moreira — É. Por isso mesmo eles escondem os números de adoecimentos. Nós queremos que o Itaú pare de revalidar o atestado médico. Para a Febraban, a função do médico do trabalho é fazer isso. Nós achamos que não.

Primeiro, o Código de Ética Médica proíbe que o médico revalide um atestado de outro médico.

Segundo, a função do médico do trabalho não é revalidar atestado de outro médico.  Ele tem de estar preocupado em verificar se aquele ambiente de trabalho está causando adoecimentos ou não. Se estiver, ele tem de propor mudanças.

Terceiro, a própria legislação diz que a função do médico do trabalho é preventiva. Ou seja, principalmente acompanhar os exames periódicos e detectar onde estão os problemas que podem gerar doenças  na empresa e orientá-la nas mudanças.

Não é o que nós temos visto nos bancários em geral. Muito pelo contrário. Nós temos visto eles não darem o afastamento, diminuírem para menos de 15 dias, mudarem o CID [Código Internacional de Doenças], de forma a que o problema não se relacione a uma doença do trabalho.

Em vez de adotar políticas que melhorem o ambiente de trabalho e, assim, reduzir os adoecimentos, eles querem reduzir o risco nos bancos, escondendo as doenças.

Viomundo —  Por quê?

Juvandia Moreira – Apenas com a intenção de reduzir o [pagamento do] SAT.  Se a  empresa é responsável, o que ele faz? Melhora o ambiente de trabalho e não esconde os adoecimentos. Esconder adoecimentos não é atitude de empresa responsável.

 Viomundo – Na sua opinião, o que o Itaú deveria fazer?

Juvandia Moreira – Deveria ser mais responsável com os seus trabalhadores, assim como com a sociedade em geral.

Com os seus funcionários, melhorando a gestão dos processos. Por exemplo: adotando metas exequíveis, humanas, de trabalho; não escondendo o adoecimento dos seus funcionários do INSS.

Com a sociedade, praticando tarifas e taxas de juros mais plausíveis.

Apenas com os ganhos de tarifas e prestação de serviços —  não é a sua principal conta — o Itaú cobre a sua folha de pagamentos e sobra. Na verdade, essas receitas pagam uma folha e meia do Itaú.

Não estou falando da intermediação financeira, que são os juros. Repito: a taxa de juros do cheque especial do Itaú é estratosférica. Está em 172,39% ao ano! Absurdo total.

Só sendo mais responsável com os seus trabalhadores e a sociedade o Itaú será realmente sustentável, concordam?

 Balanços dos cinco maiores bancos atuando no Brasil: 1º semestre de 2014

     Fonte: Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região

Bancos - Balanço 1º semestre de 2014

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Comentários

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Jose Mario HRP

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Jose Mario HRP

Como será ser governado por um governo que diz governará fazendo a não politica?
Anarquista?
Com Eduardo Gianetti como capitão do “econômico”?
Ao lado do pombinho da paz Itaú?
Com apoio do Roberto Freire?
Namorando com e lançando pontes para o Serra?
Tá, se as urnas a levarem a Brasilia , que assim seja, mas é difícil de aturar esse discurso de “novo”.
Além de não precisar qual a matriz energetica alternativa ao negar prosseguimento a construção de novas hidrelétricas, ela nos deixa na insegurança de um governo futuro no mundo dos riscos da ingovernabilidade.
Fora isso , há ainda o risco da orientação econômica mais a direita , que sempre usa instrumentos econômicos recessivos e arrochadores de salário para purgar “possíveis” doenças da economia nacional.
De resto o discurso dela é muito mais do mais e mais do mesmo que está em todas as bocas dos outros candidatos.
Só falta combinar com os governadores e prefeitos de todo o Brasil.
Com escreveu Luis Nassif, ela não é (Marina), tão preparada como os outros dois fortes candidatos, mas isso não seria problema se ela fosse de verdadeiramente agrgar, mas não é, e vai logo pular para o ninho da Rede, como o fez quando contrariada no PT e PV.
O Brasil jamais esteve numa situação como a de hoje.
Pleno emprego, ganhos salariais acima da inflação, e rico em divisas em dólares.
por 56 anos eu não vi antes o país na mesma situação.
E agora vamos “cagar” no prato e dar risada do formato do resultado?

Jose Mario HRP

Marina vai explicar seu engajamento com Eduardo Campos e a lavanderia do Cesna ???????

Jose Mario HRP

Novidade essa porra toda do Itaú?
Necas!!!!!!!
Marina a candidata do “Vote em mim, o novo, que está há + de 40 anos na velha politica, e depois a gente ve como se arranja!”
KKKKKKK……
Tem que ser muito ingênuo para crer numa cínica dessas…..

Luís Carlos

Neca e Marina, planejando os lucros dos banqueiros e deixando o sabugo para trabalhadores. A teocracia marinista tem essa cara. Ela se acha escolhida pela divina providência e é escolhida pelos banqueiros.

Sergio Silva

Não nos esqueçamos também que o Itaú, assim como todos os grandes bancos atuantes no país, batem recordes sucessivos face à política monetária brasileira. Nenhum lugar do mundo é tão lucrativo quanto aqui para os bancos.
Cenário esse que era durante o PSDB e que em nada mudou no PT.
Portanto, se a intenção é atacar a Marina e essa sua aliança, o Viomundo deveria começar a cortar os próprios pulsos e também atacar a política petista.

    Luís Carlos

    Sérgio
    Não discordo sobre lucros dos bancos serem muito altos nos governos do PT, mas daí dizer que nada mudou desse quadro do PSDB até o PT, é outra coisa. Não fosse assim, a taxa SELIC continuaria nas alturas tucanas, onde só quem tem asas pode chegar. Ou você não se lembra de taxas de juros da SELIC superiores a 40%? A menor taxa SELIC dos governos FHC era bem superior a praticada atualmente. Ou os bancos não ganham com SELIC elevadíssima? Não é essa receita dos assessores de Aécio para a´rea econômica? Não é a mesma medida que será adotada por Marina, segundo assessores dela? Não será Marina que dará “autonomia” (do governo não do mercado, claro) ao Banco Central, como adianta Neca Setúbal?
    Sim para meu gosto, os banqueiros continuam com lucros exorbitantes, mas dizer que governos tucanos e petistas são iguais é no mínimo esconder fatos inegáveis.

sergio

O governo cria empregos e o Itaú desemprega, é a “nova política”.
Coitado do Banco Itaú, no primeiro semestre de 2014 lucrou apenas 9.5 bilhões de reais.
Mariana vai precisar, urgentemente, criar uma Bolsa-Bancos.

Luiz

típico do capitalismi

FrancoAtirador

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ATÉ ONDE VÃO AS LIGAÇÕES DE MARINA COM A FAMÍLIA SETUBAL?

Por José Carlos Peliano, na Carta Maior, via O Palheiro

(http://www.opalheiro.com.br)
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    FrancoAtirador

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    A ESFINGE DO ACRE: ‘Decifra-me ou Devora-me!’

    A Imprensa, sim, sabe identificar
    com precisão onde estão seus interesses
    e com quem pode contar para atendê-los.

    Por enquanto, tenta decifrar a “Esfinge do Acre”.

    Se ela [“Esfinge do Acre”] não atender
    a seus interesses [político-financeiros],
    a Imprensa é que vai devorá-la.

    Por Luciano Martins Costa,
    no Observatório da Imprensa,
    via Blog do Miro

    (http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/08/marina-silva-em-revista.html)
    .
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FrancoAtirador

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11 de fevereiro de 2012 às 2:44
VIOMUNDO

Itaú é líder de reclamações no Procon

do Sindicato dos Bancários do Rio, por e-mail

O Itaú eliminou 4 mil postos de trabalho em 2011, gerando uma queda na qualidade dos serviços prestados a clientes e usuários.

Por causa disso, o conglomerado Setúbal/Moreira Salles desponta como campeão de reclamações no Procon (81,9 mil), à frente da Oi (80,8 mil), Claro-Embratel (70,1) e Tim-Intelig (27,1 mil).

Os dados referem-se a 2011, quando o órgão de defesa dos consumidores registrou 1,6 milhão de queixas.

O Itaú Unibanco lucrou 14,6 bilhões em 2011, parte desse lucro vem da redução da folha de pagamento que caiu 13,4%, cerca de R$215 milhões.

A estratégica do banco é associar o ganho com as demissões e outras economias – redução do uso de papel, por exemplo – para reduzir o índice de eficiência, atualmente em 47,8%, para 41%.

Esse índice estabelece a relação entre receitas e despesas. A empresa gasta R$47,80 para cada R$100,00 faturados. O banco admite que se tivesse conseguido o índice de eficiência de 41% em 2011, teria acrescentado mais R$3 bilhões ao seu lucro.

Significa dizer, que o banco pensa continuar demitindo, principalmente no Rio, onde o conglomerado perdeu 460 mil contas de servidores estaduais para o Bradesco, por conta da transferência da folha de pagamento e outra movimentações bancárias.

“Demitir em massa, quando o banco carece de funcionários para atender a demanda das agências, é um opção burra, que pode levar o Itaú a perder cada vez mais clientes”, afirma a diretora de Imprensa do Sindicato Vera Luiza Xavier.

O Sindicato dos Bancários avisa que manterá em 2012 suas ações contra as demissões, o assédio moral e a imposição de metas abusivas.

(http://www.viomundo.com.br/denuncias/bancarios-do-rio-itau-demitiu-4-mil-em-2011.html)
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FrancoAtirador

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Aviso à Rede Globo e ao Banco Itaú:

Última Chance aos Devedores de Impostos

SEG, 25/08/2014 – 15:56

Prazo para adesão ao Refis da Crise termina hoje

Jornal GGN – Os contribuintes que têm dívidas com a União vencidas até 31 de dezembro de 2013 têm até esta segunda-feira (25) para pedir o parcelamento no programa de renegociação de débitos federais, o chamado Refis da Crise.

O programa para adesão pode ser obtido no Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-CAC).

Segundo informações da Agência Brasil, o Refis da Crise prevê o parcelamento em até 180 meses de dívidas de pessoas físicas e jurídicas com a União.

A renegociação abrange tanto tributos em atraso, devidos à Receita Federal, quanto débitos inscritos da dívida ativa da União, cobrados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Todos os parcelamentos terão isenção de encargos e descontos escalonados de multas e juros conforme o número de prestações.

Em relação às multas de mora e de ofício, o abatimento varia de 100% para débitos quitados à vista a 60% para dívidas parceladas em 180 meses. O desconto nos juros ficará entre 45% e 25% na mesma comparação.

Originalmente, o contribuinte deveria quitar 10% de dívidas de até R$ 1 milhão e 20% de débitos acima de R$ 1 milhão para entrar na renegociação.

A parcela caiu para 5% nas dívidas de até R$ 1 milhão, para 10% nos débitos entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões e para 15% nas dívidas entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões.

Apenas para dívidas acima de R$ 20 milhões, a prestação de entrada foi mantida em 20%.

O valor dessa antecipação poderá ser pago em até cinco prestações, sendo que a primeira vence nesta segunda-feira, último dia de opção.

Diferentemente de outras reaberturas do Refis da Crise, débitos renegociados em versões anteriores do programa poderão ser reparcelados nesse novo regime.

Neste ano, o governo decidiu ampliar o programa e permitiu o parcelamento de dívidas vencidas até 31 de dezembro do ano passado.

Originalmente, a equipe econômica esperava obter R$ 12 bilhões com a reabertura do Refis, mas a estimativa foi aumentada para R$ 18 bilhões após o governo reduzir a parcela mínima de adesão e permitir a entrada de mais empresas no programa.

Criado em 2009, o Refis da Crise originalmente renegociou dívidas com a União vencidas até dezembro de 2008.

No ano passado, o programa foi reaberto para incluir débitos vencidos até 2012 e fez o governo obter R$ 21,8 bilhões em receitas extraordinárias.

(http://jornalggn.com.br/noticia/prazo-para-adesao-ao-refis-da-crise-termina-hoje)
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Romanelli

ta certo o ITAU ..mesmo pq é melhor termos bancos sustentáveis do que SUSTENTADOS e/ou interditados (né Silvio ?!)

Aliás, o grande erro não foi do ITAU, mas do Estado brasileiro ao permitir que ele se fundisse com o UNIBANCO ..ai sim meu filho, sobrou cabeça mesmo

Verdade é que a tecnologia muda e substitui homens e uma empresa, assim como o ESTADO não pode parar no tempo

hoje loterias e correios fazem o papel de bancos, hoje nós mesmos nos tornamos CAIXA e gerente de nossos recursos, então..

..pensei inclusive que tinha sindicalista que já sabia que profissões como CAIXA de banco, telefonista, sapateiro e tantos outros tinham um ENORME risco de definharem com o progresso e tecnologia

bem, mas como nosssos sindicalistas MAMADORES (vide por exemplo a turma do sistema S) não fica atento a melhorias, visto que tem renda garantida ..aqui é aquilo, criticar, mesmo que não se tenha razão para a critica

laura

Sabe o que Itau faz para espantar os clientes das agencias? Tira das caixas automaticas tudo que deixe o cliente confortavel. Vc não tem onde se apoiar, onde colocar a bolsa, onde pegar uma caneta, NADA.já reclamei, NADA. É para te expulsar MESMO.

Rodrigo Leme

Engraçado que quando o Itau era só um dos top 5 financiadores da Dilma não tinha sindicato, Conçeicao ou Viomundo indo atrás.

O que mudou?, eu me pergunto.

    laura

    O Itau nunca COORDENOU NEM ESCREVEU O PROGRAMA DE DILMA, e nunca DEU ENTREVISTAS EM SEU NOME.
    E o ITAU DAVA GRANA PARA TODOS OS CANDIDATOS.
    Ou vc acha que não dava para o queridinho Serra? Vc não sabe que o banco BBA é tucano até é a alma?

    Cassius Clay Regazzoni

    Esse sujeito consegue ser a favor até de bancos e banqueiros.
    As vezes me pergunto como podem existir figuras assim.

FrancoAtirador

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Memória EBC
29/06/2012 – 17h24

MP do Trabalho denuncia discriminação
e pede retorno dos bancários demitidos pelo Itaú

Fernando César Oliveira, repórter da Agência Brasil | Edição: Davi Oliveira

Curitiba – O Ministério Público do Trabalho (MPT) apresentou na Justiça do Trabalho pedido de reintegração dos trabalhadores que foram demitidos pelo Itaú Unibanco desde março de 2011.

A Ação Civil Pública, assinada pela procuradora Margaret Matos de Carvalho,
denuncia que as “inúmeras demissões” tiveram “nítido caráter discriminatório”
e visaram aos mais velhos, às pessoas com deficiência e aos portadores de doenças ocupacionais.

“Os empregados dispensados eram os que contavam com mais idade e tempo de serviço, sendo que muitos se encontravam há poucos meses do tempo necessário para requerer aposentadoria”, diz trecho da ação.

Outra irregularidade das demissões, de acordo com a procuradora, é a falta de negociação coletiva prévia com as entidades sindicais que representam a categoria.

A procuradora não especifica na ação civil pública, que tramita desde a semana passada na 9ª Vara do Trabalho de Curitiba, o número exato de bancários que seriam beneficiados por uma eventual decisão favorável da Justiça.

Com pedido de liminar, a ação do MPT solicita que o banco apresente a relação das dispensas efetuadas no período.

Entre março de 2011 e março deste ano, o total de funcionários do Itaú teria passado de 104 mil para 96,2 mil – uma redução de 7,8 mil postos de trabalho em todo o país.

Os dados fazem parte de uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a partir de números oficiais do Ministério do Trabalho.
Apenas em Curitiba, 170 funcionários foram dispensados de janeiro até o último dia 15.

Além da reintegração, o MPT pede na ação o pagamento de todos os salários e benefícios dos demitidos durante o período de afastamento.

Também requer a condenação do banco ao pagamento de uma indenização de
R$ 100 milhões por Dano Moral Coletivo.

O dinheiro seria revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Funcionária do Itaú há 23 anos, uma trabalhadora demitida no começo deste mês relatou à Agência Brasil como recebeu a notícia de seu desligamento.

“Muitas vezes você abre mão do almoço para atingir as metas do banco, nunca fiz menos do que os mil pontos exigidos, e, no final do dia, você recebe a visita de alguém para lhe dizer que você está fora da curva”, diz a ex-bancária, que prefere não se identificar.

A ex-bancária acredita em sua reintegração ao cargo.

“Preciso do emprego, estou na rua da amargura, desesperada. Meu marido ficou dez anos fazendo bicos, agora até conseguiu um emprego, mas com baixo salário. Essa ação judicial é a esperança que tenho”.

Entre os argumentos da ação do MPT está a Lei 9.029, de 1995, que proíbe práticas discriminatórias para efeito de acesso ou manutenção de emprego em razão da idade. A Lei 8.213, de 1991, que estabelece cotas de até 5% nas empresas para pessoas com deficiência e proíbe a demissão de pessoas nessa condição sem a devida substituição, também é citada no processo.

De âmbito nacional, a convenção coletiva de trabalho da categoria garante estabilidade de um a dois anos aos bancários em idade próxima à de aposentadoria, conforme o tempo de serviço.

“Sabemos que a Justiça ainda não se pronunciou, mas já consideramos a propositura da ação uma vitória, já que nem sempre conseguimos sensibilizar os procuradores para problemas como esse”,
disse à Agência Brasil a secretária de Assuntos Jurídicos Coletivos e Individuais do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Karla Huning.

Segundo levantamento do Dieese e da Contraf, os trabalhadores demitidos pelos bancos brasileiros ao longo de 2011 tinham um salário médio de R$ 4,1 mil. Já a remuneração média dos novos contratados foi de R$ 2,4 mil, o equivalente a 58,5% do salário dos dispensados. O lucro do Itaú Unibanco no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 3,4 bilhões. “Para o banco, a rotatividade de trabalhadores é uma forma de redução de custos”, avalia Karla Huning.

A Contraf levou ontem (28) o caso do Itaú ao conhecimento do ministro do Trabalho, Brizola Neto, durante audiência em Brasília. “O ministro mostrou preocupação com essa realidade e afirmou que chamará o banco para explicar os motivos desta redução de empregos”, disse Carlos Cordeiro, presidente da confederação.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa do Itaú Unibanco afirmou que a instituição irá se manifestar apenas nos autos do processo.

Leia também:
Itaú, Telefônica e Bradesco foram campeãs de reclamações ao Procon

Itaú, Banco do Brasil e Bradesco lideram ranking
de processos abertos pela CVM por queixas de investidores

Itaú anuncia [a contragosto] redução de juros

(http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-06-29/mp-do-trabalho-denuncia-discriminacao-e-pede-retorno-dos-bancarios-demitidos-pelo-itau)
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Fabio Passos

Sustentável?
Será por isso que a família setúbal contratou a marina como candidata?
Para tornar os lucros pornográficos do Itaú sustentáveis por pelo menos mais 4 anos? rsrs

Urbano

Não paga o que deve e ainda quer a chave do Tesouro Nacional? Nhã, nhã, nhã; necas de pitibiriba…

Marcos

Toda matéria agora tem o nome da Marina, eita medo de perder a eleição… como se Dilma não estivesse com os banqueiros do seu lado também…

    Antonio Serrano

    Meu querido,
    O que você tá esquecendo é que não é a Dilma que se reivindica como representante da “nova política”, “contra tudo que tá aí”. A propósito os marineiros já combinaram com o PSB (afinal, lá se vão 12 dias prá responder uma perguntinha tão simples: quem é o dono?) como vão explicar o jatinho?

    Marcos

    Com tamanha redução de juros vc ainda acha que os banqueiros estão do lado de Dilma?

    Sabe de nada inocente.

    Luís Carlos

    Dilma não deu autonomia ao Banco Central. Pelo contrário. Isso deixa os banqueiros furiosos. Já Marina, acertou e autorizou a amiga Neca a divulgar o que fará. Certamente não é para beneficiar trabalhadores assalariados.

Renato

Contra o médico de trabalho do Itaú vale a Código de Ética Médica, mas contra um médico-fascínora cubano não vale. Interessante a posição da esquerda.

    Caracol

    Explica aí o que é um médico “fascínora”.
    É um Abdelmasih cubano?

    Renato

    Contra o médico de trabalho do Itaú vale o Código de Ética Médica, mas contra um médico (retiro fascinora) cubano do “mais médicos” não vale. Interessante a posição da esquerda, para o mais médicos um enfermeiro cubano melhorado pode atender como médico. Ah se vocês estiverem em Cuba com uma dor forte no peito, cruzem a baia da Flórida, para não morrerem de gastrite (perdão, de enfarto)

    Luís Carlos

    Já está valendo o código de ética médico para o médico do Itaú? Ela já deixou de invalidar atestados de colegas médicos brasileiros? Ainda não? Então ele ainda desrespeita o código de ética médico, e claro, o CRM feza absolutamente nada, até o momento. Fará alguma coisa?

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