Aécio e sua “bolsa família”: Parasitismo estatal para si e os seus

Tempo de leitura: 3 min

Aecio-Neves

Aécio e sua “bolsa família”: Parasitismo estatal para si, liberalismo para os outros

por Luis Carlos da Silva, especial para o Viomundo

Em várias declarações já ouvimos Aécio dizer que os petistas não podem perder a presidência da República, dentre outros motivos, para não ver cair seu padrão de vida. Provocação barata que ocupa o espaço dos debates estruturais que deveriam presidir uma disputa eleitoral da magnitude desta que temos à frente.

Mas, entremos no clima por ele proposto.

Aécio, de fato, não precisa se preocupar com seu padrão de vida. Ganhando ou perdendo eleições. Aliás, nunca se preocupou. Descendente das oligarquias conservadoras mineiras, que foram geradas nas entranhas do Estado, desde o império, ele não tem a menor ideia do que seja empreender na iniciativa privada. Do que seja arriscar em negócios e disputas de mercado. Do que seja encarar uma falência, uma cobrança bancária, uma perda de patrimônio.

Pasmem: é esse o candidato que faz apologia do livre mercado, da iniciativa individual como base para a ascensão social e da ideia do “cada um por si” como critério de sobrevivência na selva do capitalismo contemporâneo.

Até sua carreira eleitoral tem como fato gerador a agonia terminal do avô, cuja morte “coincidiu” com o dia de Tiradentes . Seu primeiro cargo eletivo é tributário disso: em 1986 ele obteve mais de 200 mil votos para deputado federal sem lastro político próprio. Quatro anos mais tarde, distante do “fato gerador”, ele se reelegeu com magros 42.412 votos.

No quadro a seguir temos um diminuto resumo da versão de sua “bolsa família”.

aecim

Reitera-se: trata-se de um “diminuto resumo”. A história de seus avós paternos e maternos é a reprodução integral de como foram formadas as elites mineiras: indispensável vínculo estatal (cargos de confiança no Executivo, cartório e muita influência no Judiciário), formação de patrimônio fundiário à base da incorporação de terras devolutas e estreitas ligações com carreiras parlamentares.

O pai, Aécio Cunha, por exemplo, morava no Rio de Janeiro quando,  em 1952 retorna a Belo Horizonte e, com 27 anos de idade, em 1954,  “elegeu-se deputado estadual, pela região do Mucuri e do Médio Jequitinhonha, ainda que pouco conhecesse a região (…)” conforme descrição no Wikipédia. Seus oito mandatos parlamentares nasceram de sua ascendência oligarca. Do avô materno, Tancredo, dispensa-se maiores apresentações. Atípico sobrevivente de várias crises institucionais que levaram presidentes à morte, à deposição e ao exílio, Tancredo Neves sempre esteve na “crista da onda”. Nunca como empresário. Quase sempre como interlocutor confiável dos que quebravam a normalidade democrática.

Aécio Neves, por sua vez, era um bon vivant quando passa a secretariar o avô, governador de Minas Gerais, a partir de 1983. Nunca foi empresário, nunca prestou concurso público, nunca chefiou nenhum empreendimento privado. Sua famosa rádio “Arco Íris” foi um presente de José Sarney e Antônio Carlos Magalhães. Boa parte de seu patrimônio é herança familiar construída pelo que se relatou anteriormente. O caso do aeroporto do município mineiro de Cláudio é apenas mais uma ponta do iceberg.

Enfim, ele é isso: um produto estatal que prega liberalismo, competição, livre mercado… para os outros. Uma contradição em movimento. Herdeiro, portanto, de uma típica “bolsa família”; só que orientada para poucos.

Aliás, esse parasitismo estatal é característico da maior parte das elites brasileiras. Paradoxal é defenderem os valores neoliberais.

Luis Carlos da Silva é sociólogo e assessor do bloco Minas Sem Censura

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Comentários

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gagige

aecio sabia sobre denuncia de corrupiçao mais familia envolvida com drogas esta para mim foi nova , para você é 0

LUIZ GONZAGA

para refrescar ideia, FHC PRESIDENTE, AECIO PRESIDENTE DA CAMARA DEPUTADOS, nesta época ocorreu uma grande seca no vale do jequitinhonha,
o governo concedeu uma ajuda com sextas basicas, veio uma chuva imediatamente o FHC sugeriu o corte da ajuda e foi aceita e votada pelo mineiro da gema grande Aecio ( ESTE NÃO FEZ NENHUM ESFORÇO )ISSO MARCOU MUITO JAMAIS ELE TEM MEU VOTO.

    Aline shuellther

    Cadeia nessa trupe de reacas.. Eles não tem o mínimo pudor, passam por cima dos menos favorecidos como rolo compressor, desde QUE tenham vantagem e engordam seus patrimônios. Cadeia neles.

FrancoAtirador

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CHOQUE DE JEITÃO DO PSDB: ADMINISTRAR NA ILEGALIDADE

Trapalhada administrativa de Aécio
resultará em 78 mil demissões em MG

STF declarou inconstitucional a Lei 100/2007,
do então governador Aécio Neves (PSDB-MG),
que efetivou 98 mil trabalhadores da educação
que não haviam prestado concurso público
como determina a Constituição Federal.

Por Najla Passos, na Carta Maior

Nesta terça (12), os trabalhadores da educação de Minas Gerais paralisam suas atividades para cobrar do governo do Estado uma solução para o desemprego iminente de cerca 78 mil trabalhadores da categoria.
São diretores de escolas, supervisores, professores, cantineiros, vigilantes e auxiliares de serviços gerais que, há sete anos, foram efetivados como servidores estaduais sem prestar concurso público pela polêmica Lei 100/2007, do então governador Aécio Neves, hoje candidato pelo PSDB à presidência da República.

Em março, a Lei 100/2007 foi declarada inconstitucional pelo do Supremo Tribunal Federal (STF), que só publicou agora, em 31 de julho, o acórdão final.

Na semana passada, o governo de Minas entrou com embargos declaratórios, uma espécie de recurso que não tem o poder de mudar a posição tomada pela corte, mas possibilita o esclarecimento de dúvidas e pontos obscuros da decisão.
De qualquer forma, protela seu cumprimento, já que o novo presidente da corte, Ricardo Lewandowski, ainda terá que marcar nova sessão de julgamento para apreciá-los. E isso pode demorar.

O governo do Estado, que continua nas mãos do PSDB, conta, portanto, com a morosidade com que o STF vem tratando questões judiciais envolvendo seu partido para não ter que amargar, antes das eleições, o custo político de ver milhares dos seus potenciais eleitores desempregados devido a uma trapalhada administrativa do presidenciável que tenta vender a imagem de gestor público competente.
E enquanto isso, se esquiva de responder os anseios dos demissionários que, após a decisao do STF, foram transferidos do regime previdenciário próprio do Estado, o Ipsemg, para o Regime Geral, o INSS.

“O Governo do Estado lavou as mãos e vem fazendo de tudo para protelar o cumprimento da decisão para depois das eleições.
Mas os trabalhadores precisam de respostas para seus problemas concretos agora” afirma a presidenta do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE MG), Beatriz Cerqueira.

Segundo ela, servidores que estavam em licença médica autorizada pela previdência estadual, por exemplo, foram reconvocados para o trabalho, já que, como o tempo deles de contribuição ao INSS não alcança um ano, o órgão não cuseia a licença.

Além disso, a maioria teme não conseguir se aposentar com a mudança de regime.
Muitos, inclusive, amargam grande prejuízo: os que acumulavam mais de um emprego e, por isso, pagavam dupla contribuição ao Estado e ao INSS, agora, só terão direito à aposentadoria pelo segundo, que paga menos.

É o caso da supervisora da Escola Normal de Juiz de Fora, Gina Sarkes Machado, que atua há 17 anos no Estado.
“A sensação que temos é que estamos completamente desamparados, sem ninguém para resolver nossa situação. Eu, por exemplo, vou perder 17 anos de contribuição ao Ipsemg”, afirmou à Carta Maior.

Ela conta que começou a trabalhar nas escolas estaduais na segunda metade da década de 1990, logo após se formar.
Como o salário era baixo, trabalhava também na rede particular e municipal.
Chegou a ser aprovada em dois concursos públicos para o Estado, mas nunca foi convocada.
“Todo ano eles me chamavam para trabalhar como designada, com contrato temporário, e eu ia continuando, esperando a efetivação dos concursos, que nunca vieram.
Até que em 2007, com a Lei 100, prometeram que eu e outros 98 mil servidores seríamos finalmente efetivados”, conta ela.

(http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Trapalhada-administrativa-de-Aecio-resultara-em-78-mil-demissoes-em-MG-/4/31594)
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FrancoAtirador

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(http://abre.ai/aecioporto)
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Ricardo Natal RN

nao tenho nada contra a ele ser herdeiro rico o problema e que estamos falando da administraçao do Brasil e nesta questao nem ele e nem o partido tem nada de concreto sendo assim como podemos confiar o Brasil pode nao estar cem por cento mas nunca esteve melhor.

Saint Clair

Todo mundo sabe que o moço é playboy, nunca bateu um prego. Só mineiro que não é mineiro ou seja mineiro trouxa vota nele. O ritmo dele é de sangue.

Maria Laura (ENSA)

É normal o fato de que quanto mais aproximamos das eleições mais intrigas partidárias vão surgindo mas a questão aqui é o paradoxo vivido por Aécio Neves um dos grandes candidatos a presidência do Brasil.Ao ler o texto fica claro que falando em benefícios políticos ele tem uma longa historia marcada por sua arvore ginecológica até os dias de hoje.Mas isso não me surpreende nem um pouco,no Brasil não existe até momento a política sem benefícios ilegais para os políticos brasileiros,Dilma,Aécio,Pimentel,entre outros vão ser beneficiados ilegalmente.Acho que o mais importante ao ler esse texto,é o surgimento do sentimento de justiça e igualdade social,nunca vamos evoluir se não cobrarmos mudanças e se recusarmos a eleger candidatos que já possuem um histórico errado,insistindo assim em um erro que alastra essa realidade desigual e sem cobranças dando todo e toda forma de poder para os políticos deixando de seguir um dos grandes ganhos da nossa humanidade como as ideias iluministas,como a de Montesquieu que preza a existência dos 3 poderes e a não concentração deles em uma só pessoa e também o direito da sociedade de tirar o poder , já que a obrigação do estado é cuidar do bem do povo.Mas nos esquecemos disso simplesmente nos tornamos alienados e submissos do poder e assim só vamos viver oprimidos pelo governo.Toda eleição é uma nova chance de mudar o rumo das nossa sociedade.

Rafael martins

O Aécio seria uma versão do PT pró-mercado, diferentemente de Dilma que os especuladores a acham “imprevisivel”, ora sendo populista, ora sendo benevolente com os bancos, como a noticia da liberação de 45 bilhões para os bancos.

Se a Dilma quer uma chance tem de sair de cima do muro e dizer qual lado prefere.

Cláudio

‘.****:D:D . . . . ‘Tá chegando o Dia D: Dia De votar bem, para o Brasil continuar mudando!!!! ****:L:L:D:D ****:D:D . . . . Vote consciente e de forma unitária para o seu/nosso partido ter mais força política, com maioria segura. . . . . ****:L:L:D:D . . . . Lei de Mídias Já!!!! ****:L:L:D:D ****:D:D … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. ****:D:D … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …:L:L:D:D

Abelardo

Quando o Aécio abre a boca não dá para confiar e não leva muito tempo para identificarmos uma espécie de oportunista em campanha. Quando penso que não dá para entender como Dilma não está disparada na frente dessa pesquisa, imagino se é manipulação dos institutos de pesquisa ou se os eleitores estão hipnotizados por algum efeito das mentiras e manobras sujas que circula contra Dilma e o PT. Em qualquer país avançado, eu imagino, que se uma candidata como Dilma tivesse como concorrentes essa mesma turma que concorre com ela aqui no Brasil ela estaria disparada na liderança e já teria assegurada a sua reeleição em primeiro turno. Estou certo que até as eleições os eleitores daqui saberão identificar todas as fraquezas dos concorrentes de Dilma e entenderão que não existe candidato que se aproxime da qualidade, do conhecimento e da competência em administrar e governar este país melhor que Dilma Rousseff.

FrancoAtirador

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23 de julho de 2014 às 23:17:55
MG1

Por Daniel Quoist*

O aeroporto de Claudio é a metáfora perfeita da real imagem que os tucanos deveriam desde sempre ostentar ante uma opinião pública anestesiada com blindagens sucessivas da mídia tradicional

O aeroporto de Claudio tem feito mais estragos à pseudo imagem dos tucanos que toda a artilharia da oposição mineira e a verve – tão estridente como pouco sincera – demonstrada pelos caciques do PSDB em suas avaliações dos governos petistas e nos juízos de valor que tentam, quase sempre em vão, colar em líderes petistas.

O PSDB há muito se revela escondido sob o manto da gestão nota 10, do choque de gestão, da eficácia no uso do dinheiro público.

Mas não é e nunca foi assim.

O aeroporto de Claudio é a metáfora perfeita da real imagem que os tucanos deveriam desde sempre ostentar ante uma opinião pública anestesiada com blindagens sucessivas da mídia tradicional e amiga dos inimigos da ‘corja petista’:

– será choque de gestão enterrar quase R$ 14 milhões em uma pista de pouso metida a aeroporto em uma cidade pequena do interior mineiro, como é Claudio, distante não mais de 36 km de Divinópolis que possui aeroporto equipado para atender a demanda aeroportuária da região?

– será choque de gestão desapropriar, de forma atabalhoada e confusa, parte de propriedade rural pertencente à família do mesmo governador que assina ato de ofício da desapropriação?

– será que choque de gestão não indicaria prévio exame da capacidade de o aeroporto de Divinópolis atender satisfatoriamente à população de Claudio em suas necessidades de locomoção aérea?

– será que choque de gestão não significaria mostrar zelo pelo cumprimento das leis do país e atenção aos canônes da ética na administração pública que vedam qualquer tipo de relação promíscua entre interesses públicos e privados?

– será que choque de gestão não implicaria em fazer – e concluir em sua integralidade – o processo de desapropriação de terras particulares antes de despejar milhões de reais oriundos da arrecadação de impostos na construção de um aeroporto que mais parece aérodromo ou pista de pousos e decolagens de brinquedos conhecidos como ‘aeromodelos’?

Há uma semana, reportagem da Folha de S.Paulo, jornal quase sempre aliado à defesa de teses oposicionistas e a combater sucessivos governos petistas, publicou que durante o segundo mandato de Aécio Neves à frente do governo de Minas Gerais, este levou a cabo a construção/reforma do aeroporto da bucólica cidade de Claudio, em terras pertencentes a Mucio Tolentino, tio-avô do candidato tucano à presidência da República.

Chamou atenção o volume de dinheiro aplicado – cerca de R$ 14.000.000,00. E também o fato – comprovado por repórter da Folha – de que as chaves do aeroporto estão sob custódia de familiares de Aécio Neves.

Em sua primeira, e um tanto tardia aparição no Jornal Nacional (TV Globo), milhões de telespectadores assistiram a uma defesa capenga e fraca protagonizada por um Aécio Neves claramente nervoso, inseguro, apreensivo e constrangido.

As palavras saíam da boca do tucano mineiro na forma de jatos desgovernados, como se estivessem há muito no modo piloto-automático, buscando qualquer extensão de terra firme para realizar pouso.

E por isso deram pitencializaram aquela indignação legítima que se tem quando político de alta plumagem na política nacional é flagrado em ato claramente desabonador no que tange ao uso de recursos públicos.

A expertise tucana em se safar de processos é amplamente reconhecida: Mensalão tucano, origem do mensalão petista, vem absolvendo meliantes através de sucessivas prescrições; corrupção no metrô de São Paulo, avança célere e já com condenações alcançadas na França, Suíça e Estados Unidos e, nada no Brasil, quem sabe aguardando o momento das respectivas prescrições, uma vez que remonta ainda ao governo primeiro Mario Covas, no início dos anos de 1990.

A ANAC, órgão federal de reputação ilibada, de natureza regulatória e fiscalizatória, provocado pelas reportagens dos jornais, veio a público informar que ainda não foi completada toda a documentação necessária para homologação como aeroporto da pista de pouso de Claudio e que, portanto, ali não poderiam estar decolando nem pousando aeronaves, sob pena de pagamento de multas e outras sanções penais.

O PT, desde sempre alvo das mais variadas formas de denúncias vazias por parte do PSDB, entrou com representação contra o senador mineiro por prevarização e peculato, dentre outros crimes circunscritos também ao Código Brasileiro de Aeronáutica.

O PSDB, como de costume e sempre no piloto-automático, ao invés de clamar por ampla investigação dos atos e fatos nebulosos envolvendo o aeroporto de Claudio, resolveu brandir toscas e destrambelhadas acusações de uso político da ANAC, por parte do PT, para “perseguição política” ao presidenciável tucano.

No meio de todo o imbroglio tucano, Aécio Neves vem a público apresentar pareceres de dois ex-integrantes do Supremo Tribunal Federal que não vêem qualquer objeção sobre a compra de terreno e construção de aeroporto em Cláudio, no interior de Minas; “Foi para fins de utilidade pública, sem nada de juridicamente inválido”, escreveu Ayres Britto; “O procedimento é correto”, garantiu Carlos Velloso.

Ante a rapidez com esses dois ex-ministros de nossa Suprema Corte vieram a público, as seguintes questões logo se levantavam:

1. Quem são Ayres Britto e Carlos Velloso para, a toque de caixa, emitirem juízos de valor, escorados em uma possível sapiência jurídica, para isentarem Aécio Neves de suas trapalhadas de “gestão” no município de Claudio?

2. Será que no Brasil funciona indústria de pareceres para uso exclusivo de políticos flagrados em atos claramente desabonadores enquanto gestores da res pública?

3. Tendo servido como ministros do STF por alguns anos, esses ex-ministros não deveriam ter aprendido que ter acesso ao mais amplo conjunto de documentos e provas, estar coente de todas as pendências judiciais pertinentes e dedicar tempo hábil a seu meticuloso exame, são condições prévias à emissão de tão concludentes juízos de valor, seja para incriminar, seja para a isentar (como foi o caso)?

4. E se vierem a público não dois, mas quatro ex-juízes do STF, igualmente lépidos, dando pareceres incriminando o tucano mineiro, em quem devemos acreditar?

5. Qual o valor jurídico, qual o peso da opinião política e qual a importância do significativo apreço pessoal de Ayres Britto e de Carlos Velloso para se sentirem no direito de julgar o caso do aeroporto de Claudio com tão inaudita celeridade, mais rápidos até que os tristes 7 gols marcados pela Alemanha contra a seleção brasileira na recente semifinal de nossa Copa das Copas?

6. E, também, sem ocuparem qualquer função em órgão ou instância julgadora dentro do ordenamento jurídico do Brasil, chama a atenção essa disposição para emitirem o que os tucanos chamam desesperadamente de “pareceres jurídicos”.

7. O mesmo se poderia perguntar aos dois combativos advogados, ex-ministros do STF, se um aeroporto como esse de Claudio poderia

– receber quase R$ 14.000.000,00 do governo de Minas Gerais, recursos, portanto, oriundos da arrecadação de impostos, para a construção ou reforma de aeroporto, aeródromo ou pista de pouso reformada em terras cujo processo de desapropriação encontrá-se inconcluso e sub-judice na justiça mineira e cuja indispensável homologação pela ANAC anda não foi concedida;
– funcionar normalmente sem receber prévia autorização para tanto por parte do Poder Público, aqui representado pela ANAC;
– sendo obra pública, ter suas chaves para acesso em poder de familiares do ex-governador mineiro, Aécio Neves ao invés de estarem na posse de algum órgão público, seja municipal, estadual ou federal.

Seria bom a sociedade brasileira receber pareceres bem mais detalhados sobre essa penca de tópicos.

*Mestre em Jornalismo e Ativista dos Direitos Humanos.

(http://mg1.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=48084)
(http://migre.me/kCFZr)
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Julio Silveira

Para muita gente politica é um otimo balcão para negocios. Assim constrõem fortunas, constroem interdependencias.
No Brasil vimos esse filme secular, e foram os atores desse filme os responsaveis pela construção da visão popular de que se escolhe ser politico para se locupletarem e garantir as gerações de suas familias.
Neoliberalismo e apenas uma forma de garantir cumplicidade privada na utilização de recursos publicos, por que destinam-se recursos a alguns fortes privilegiados que retribuirão com ajuda nas barreiras as criticas.
Exemplos vemos varios, São Paulo nos presenteou com muitas exibições, como aquele terreno doado a parceira representante da midia corporativa.

Miguel Matos

A bolsa dele é Louis Vuitton.

marcio gaúcho

Também quero queijo!

Luiz Aldo

BOMBA!!!! E se eu disser que o aeroportim já era investigado desde a pista de terra? Divirtam-se:

http://atarde.uol.com.br/politica/noticias/1608495-pista-de-terra-de-

aeroporto-tambem-teve-verba-publica

    Luís Carlos

    Segundo matéria, Aécio e família têm fazenda no mesmo município, cerca de 6 km. Tá entendendo?

Francisco

Sem eu para sustentar, como é que Aécio vai chegar em casa?

ESSE moço não pode perder a “vaguinha”…

carlos

Eu pergunto, esse Aécioporto é aquele mesmo em que foi apreendido o helicoca, ou seja, é mesma fazenda?

Urbano

Do tunganato de alta estirpe, só quero o nome de unzinho, que não troque os pés pelas mãos; só um…

Elias

-Ói, esse troço de éroporto num tem nada que vê com Aécio, não.

-Não, cumpadi? Intão cum quem tem?

-Cum Minas! Saiu no jorná Foia. Minas fez éroporto.

-Ah, intão foi Minas e tão dizendo que foi Aécio.

-O pessoá tem inveja du moço.

Eduardo

O texto reflete verdade, mas na minha opinião é muito leve, incompleto e condescendente com a oligarquia Cunha/ Neves! Seria crime dizer que Tancredo não era democrata, mas não é crime, ao contrário deve-se louvar quem quer alertar ao povo e ao eleitor, que Aécio não o representa( representa sim elites secularmente exploradoras do que é do povo) e não possui conhecimento que se respeite, amor ao povo e mínima competência para ser o Presidente do País! Sempre foi um legislador em colegiado! Nada mais! Pare, reavalie o passado e vote! Não se deixe enganar por fanfarronices!

Gilson

Em suma,sempre mamando o dinheiro Público.

Romanelli

Então ..é isso aí ..e alguém aqui duvida que o “conselho participativo” não tomará igual caminho ? Inocente ..a teta da mãe pátria, esta que dorme em berço esplendido, é grande colega.

Evidente que temos que lutar por uma Nação mais justa e HONESTA, mas pra tanto, ela precisa ser eficiente, produtiva.

Pior que estes conselheiros, duma forma ou de outra, na maioria das vezes, acabam se saindo sempre ISENTOS dpor seus “conselhos ..mas com as BURRA CHEIAS.

E eficiência não rima, INFELIZMENTE, pela nossa cultura, com Estatal, muito menos com BARNABÉ ..uma pena, um grave erro TAMBÉM permito por nosso culto à IMPUNIDADE, ao empreguismo e á estabilidade de preguiçoso e vagabundo de todo tipo.

Assim sendo, como em Pindorama tudo é pitoresco, pra NOSSA realidade, defendo uma sociedade sim, mais fraterna, atuante e atenta, INTERVENCIONISTA, com um Estado mais poderoso e regulador, porém, porém SEM dinheiro nem emprego no bolso ..mas muita, MUITA cadeia

e será que isso é possível, ter poder sem ter dinheiro ? SIM, depende da força dos seus valores MORAIS ..e aqui é que dá medo (obs: BR, 60 mil mortes assassinadas/ano ..precisa dizer mais ?)

FrancoAtirador

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Com PSDB na Presidência da República

Brasil teria ABUTRE(S) na Fazenda.

Teria, se Aébrio Naves se elegesse.

(http://imgur.com/aqUarw5)

23/07/2014
Tijolaço, via Justiceira de Esquerda

Por Fernando Brito

Por todas as (altas) rodas comenta-se que Armínio Fraga,
o homem das medidas impopulares,
seria o Ministro da Fazenda de Aécio Neves.

Ainda bem que não será, porque o tucano não será eleito.

Mas, de qualquer forma, é bom que os brasileiros saibam
nas garras de quem essa turma quer colocar a economia brasileira.

De alguém que, no mínimo, coopera com um banco internacional
que especula com títulos públicos do nosso país.

Banco que opera um “fundo abutre”, semelhante a estes que,
com a cooperação da Justiça dos Estados Unidos,
está tentando quebrar a Argentina.

A acusação não é minha, ou de qualquer “blog sujo”.

É informação publicada pelo jornal O Globo no domingo,
em seu caderno de economia.

“Grandes bancos estrangeiros como o Bank of America Merrill Lynch e Goldman Sachs também já operam nesse mercado, aqui, há algum tempo.
Agora surgem mais competidores.
A Gávea, criada pelo ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga
e hoje controlada pelo JP Morgan, juntou-se à Jus Finance para formar
a Gávea Jus, especializada em comprar recebíveis judiciais,
entre eles precatórios em que a Fazenda Pública foi condenada a pagar em dez anos.”

O esquema é simples e terrível.
Comprar com deságio (desconto) forte sobre o valor
e depois forçar o recebimento pelo valor de face,
nem que seja levando o Estado à bancarrota, como na Argentina.

Pode-se argumentar que Fraga vendeu o controle da Gávea ao JP Morgan
e não posso dizer se ainda conserva participação societária.

Mas participa da gestão da empresa,
como está expressamente registrado no site da Gávea:

“Em novembro de 2010, a Gávea anunciou a venda de participação majoritária
no seu capital para o J.P. Morgan Asset Management,
braço global de gestão de recursos do J.P. Morgan Chase & Co.
O processo de investimento que caracteriza a gestão de nossos fundos
Multimercado e de Private Equity continua a ser conduzido
por Arminio Fraga Neto, Luiz Henrique Fraga e equipes.”

O aeroporto do Aécio é vôo rasteiro [pois é na Fazenda do Tio Tolentino].

O dos abutres é muito mais alto.

(http://tijolaco.com.br/blog/?p=19326)
(http://migre.me/kBH41)
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MacCain

Perfeito texto. Alías, Tancredo Neves, muito esperto e maroto convenceu Jango a aceitar covardemente o parlamentarismo……Depois agente sabe o que aconteu, Brizola sabia muito bem quem era esse Tancredo.

Guilherme

E a Dona Risoleta que recebia pensão de viúva de Presidente, sem que o Tancredo tivesse sido presidente. Tomou posse, mas não entrou em exercício.
http://www.jusbrasil.com.br/diarios/3527556/pg-39-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-04-05-1988
O Aécio foi governador de Minas por culpa do Newton Cardoso, que comandava o PMDB e não permitiu que o Itamar fosse candidato à reeleição. Como vingança , resolveu trazer o Aécio de Brasília, que nem tinha muito apetite pelo executivo.

Luís Carlos

Como todo neoliberal, Aécio faz discurso para justificar ferrar o povo e mama nas tetas do Estado.

pimenta

“Aecioporto”ajudou campanhas do PSDB
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A imprensa dá uma informação hoje que muita gente já sabia ontem, através das redes sociais, que a Vilasa, a empresa que construiu o aecioporto, doou R$ 67 mil para Aécio em 2006, e R$ 20 mil para seu sucessor, Anastasia, em 2010.

Entretanto, se é para apurar as doações da Vilasa, contemos a história completa. A empresa doou R$ 200 mil para a campanha de Artur Virgílio ao Senado, em 2010.

Virgilio não conseguiu se eleger, mas arrecadou mais de R$ 4 milhões, segundo o site Donos do Congresso.

Os tais R$ 200 mil foram a maior doação da empresa para qualquer político.

Se fôssemos especular, diríamos que houve “dobradinha”. Aécio pediu para a companhia fazer um aecioporto pertinho de sua fazenda, em Claudio, em troca de doação para um correligionário querido.

Com isso, não se pode negar que o aecioporto tenha valido a pena. Aécio ganhou um aeroporto privê, que ele usa para chegar de jatinho em seu “palácio de versalhes” (conforme descrição que ele mesmo deu à Piauí), e ainda levou uns trocados para campanhas do PSDB.

Outro tucano graúdo de Minas que recebeu dinheiro da Vilasa foi Rodrigo de Castro, deputado federal e secretário nacional do PSDB, além de filho do todo-poderoso Danilo de Castro, secretário de Estado no governo Aécio/Anastasia.

Protagonista de uma das campanhas mais caras para deputado federal em 2010 (R$ 3,7 milhões, segundo o site Donos do Congresso) de Minas Gerais, Castro recebeu R$ 40 mil da Vilasa.

Lindivaldo

Um recadinho ao Eduardo Campos, que “comeu a corda” do PSDB e seus panfletos e que agora começou a “comer o pão que o diabo amassou”:

Olha aí, Eduardo Campos, o destino de quem trai suas origens e vai beijar as mãos da elite branca.

Nas “casas grandes” de lá, meu cara, eles não misturam a “rapadura” no seu “café com leite”, não!

Nordestino lá, só como serviçal!

É triste, meu cara, mas você agora, que já perdeu a serventia, está sendo descartado..

Tome prumo, homem, lembre-se de seu avô, gente de fibra, pois MG e SP, quando se juntam, só pensam em seus próprios umbigos.

Sabidos mesmos são o RJ e RS que sempre desconfiaram da dupla.

Afinal, o Brasil só cresce quando eles brigam e surge um Getúlio Vargas.

Ou um Lula… e Dilma, também.

E que os outros Estados da Federação deixem de ser bestas também e aprendam a lição!

Veja a reportagem de hoje:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/07/1490054-vice-de-aecio-considera-grave-a-acusacao-de-compra-de-apoio-pelo-psb.shtml

pimenta

Outro aecioporto: a pista fantasma de Montezuma, cidade de menos de oito mil habitantes

Outro aecioporto: a pista fantasma de Montezuma, cidade de menos de oito mil habitantes

Fernando Brito, Tijolaço

“Montezuma é uma pequena cidade no pobre Norte de MInas.

Tem, como se dizia no meu tempo, menos de oito mil almas: 7.900, segundo o IBGE.

Mas tem, também, a Perfil Agropecuária e Florestal, empresa de Aécio Neves e de sua irmã, Andréa Neves, da qual já eram sócios e, agora, herdeiros de seu pai, o ex-deputado Aécio Cunha.

Uma “terrinha” de apenas 950 hectares – ou 9.500.000 metros quadrados, ou 950 campos oficiais de futebol, para nós, urbanos, pouco acostumados a essas grandezas.

Ganha em usucapião do próprio Estado de Minas Gerais, onde eram devolutas.
O ex-Governador Newton Cardoso, o “Newtão”, tem negócios na região.

E, no seu governo, nos anos 80, mandou construir um aeroporto, de cascalho, para pequenos aviões pousarem na “cidade” de Montezuma.

Municipio que está em 438° lugar em população entre todas as municipalidades mineiras.

Pois não é que no Governo de Aécio Neves, aquela pista foi asfaltada para receber até mesmo jatinhos?

Não consegui apurar o valor da obra.

Mas achei uma foto da cabeceira da pista, já asfaltada, no site Em tempo real, de Luís Cláudio Guedes.

E a matéria no Diário Oficial de Minas Gerais comprovando que as obras foram feitas no governo Aécio Neves, pelo governo estadual.

Porque o aeroporto é municipal.

E, segundo o testemunho dos moradores, passa meses a fio fechado, sem receber um único avião.

Pobre Montezuma, não merecia essa maldição.”

Isabela

Mas não são essas as características das elites políticas locais Brasil afora?

jair almansur

Apareceu mais um aeroporto em outra fazenda.

Mailson

Fora de Pauta

Pernambuco e Paraíba estão de luto. Morre o grande ARIANO SUASSUNA.

    Luís Carlos

    O Brasil está de luto. Suassuna, Ubaldo e Ruben Alves. Últimos dias foram de perdas sucessivas nas letras.

    FrancoAtirador

    .
    .
    E o Merval, lá na ABL,

    E nem uma Gripezinha,

    Para compensar o luto.
    .
    .

FrancoAtirador

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.
De acordo com cópia do documento da folha 147 (http://imgur.com/xrtUqyp)
dos autos do Processo de Desapropriação nº TJMG 016608018873-2
(nº único: 0188732-37.2008.8.13.0166),

não foi ‘somente’ [TODO] O IMÓVEL MATRÍCULA Nº 3687,
de propriedade do Tio MÚCIO GUIMARÃES TOLENTINO
e “ONDE ESTÁ LOCALIZADO O CAMPO DE AVIAÇÃO”,
que foi desapropriado pelo Governo de Minas no ano de 2008,

mas também OUTROS 3 (TRÊS) IMÓVEIS MATRICULADOS
no Cartório de Registro da Comarca de Claudio-MG
sob os números 3927, 3928 e 3929,
todos de propriedade da Tia FRANCISCA ROCHA TOLENTINO.

Há por demais evidências de que houve exclusivo interesse privado
nas desapropriações desses 4 (quatro) imóveis pertencentes aos tios-avós do então governador do estado de Minas Gerais Aécio Naves,

não ‘só’ por serem de propriedade de parentes próximos a ele

e nem ‘apenas’ pelo fato de que a Governo Estadual Mineiro
dispendeu R$ 14 MILHÕES para asfaltar uma Pista de Aviação
na beira do campo do Tio Tolentino, para uso particular
[Vide: (http://migre.me/kzFgX) e (http://imgur.com/9F0bwWS)],

mas também porque havia indisponibilidade decretada
pela Justiça Mineira, nos termos da averbação 07-3687,
para garantir uma dívida judicial em uma Ação Civil Pública (ACP)
movida pelo Ministério Público de Minas Gerais,
no ano de 2003, contra MÚCIO GUIMARÃES TOLENTINO,
ação essa que se encontra em trâmite até a presente data
[(http://migre.me/kzkWr) e (http://migre.me/kBpy3)].

Veja-se decisão judicial publicada no Diário Oficial em 07/10/2011:

“Diário MG – TJ – Cláudio de 07/10/2011 (14298138)
[…]
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
[…]
00006 – Numero TJMG: 016603000173-8
Numeração única: 0001738.71.2003.8.13.0166

Autor: Ministério Público do Estado de Minas Gerais;
Réu: Múcio Guimarães Tolentino

“O valor equivalente à indisponibilidade do imóvel pertencente ao requerido
foi determinado por decisão judicial
da qual não houve interposição de recurso. [!!!]

Assim, não há que se falar em alteração do mesmo,
sendo que por tal razão
continua atrelado ao valor da causa atualizado,
dado à Ação Civil Pública.

Lado outro, quanto ao pedido de substituição da garantia,
como bem observado pelo Ministério Público,
pelo valor do imóvel indicado para a substituição (fls.587)
comparado com o valor da causa (fls.581),
é ínfimo para tal mister, razão pela qual indefiro,
por ora a substituição pretendida…”

[Vide Nota de Expediente 00006: (http://migre.me/kBnKg)]

Observe-se, ainda, que no curso do Processo de Desapropriação nº 016608018873-2,
Tio e Tia Tolentino requereram em diversas oportunidades,
a liberação das importâncias depositadas pela Fazenda Pública Estadual de Minas Gerais,
relativas aos 4 (quatro) imóveis desapropriados (um do Tio e três da Tia).

Conforme decisão judicial prolatada nesse Processo,
publicada em 13/09/2011 no Diário Oficial do Estado,
o Juiz da Comarca de Claudio acolheu o pedido de FRANCISCA ROCHA TOLENTINO, autorizando o saque do valor que por Lei lhe cabia, isto é, 80% da quantia em depósito judicial efetuado pelo Governo de Minas Gerais, correspondente aos três imóveis desapropriados (3927, 3928 e 3929), condicionada à comprovação da propriedade dos mesmos,
que nem isso havia sido feito, até então.

Porém, na mesma decisão, o Juiz da Causa negou a MUCIO GUIMARAES TOLENTINO
o levantamento da importância depositada pelo Governo Estadual de Minas,
relativa ao imóvel desapropriado (3687) onde estava localizado o Campo de Aviação:

“Diário MG – TJ – Cláudio de 13/09/2011 (14257510)
[…]
DESAPROPRIAÇÃO (http://migre.me/kzC5M)
MONITORIA

00021 – Numero TJMG: 016608018873-2
Numeração única: 0188732.37.2008.8.13.0166
Autor: Fazenda Pública do Estado de Minas Gerais;
Reu: Múcio Guimarães Tolentino e outros [Francisca Rocha Tolentino]

Quanto ao pedido de levantamento da quantia depositada [!!!],
formulado reiteradamente [!!!] pelas partes demandadas [!!!]
(fls.442/443, 455/456, 504/507,512/514),
bem como diante do parecer Ministerial de fls.517/518,
tenho que o pedido de levantamento de FRANCISCA ROCHA TOLENTINO
deve ser acolhido nos moldes da Lei (80% do valor que lhe cabe,
cf. artigo 34, do Decreto Lei no 3365, de 1941),
cumpridos os requisitos legais.
[…]
Já o pedido de levantamento [!!!] de MUCIO GUIMARAES TOLENTINO,
este deve ser analisado com parcimônia,

tendo em vista que o objeto do direito, de tal demandado
encontra-se indisponível [!!!]

por decretação nos autos da Ação Civil Pública, nº 0166.03.000173-8,
até o limite do valor dado àquela causa [!!!].
(…)
Diante do teor da averbação 07-3687 (fls.22v) [!!!],
onde consta a indisponibilidade [!!!] sobre
‘o imóvel onde esta localizado o campo de aviação)’ [!!!],

intime-se a expropriante [Fazenda Pública de Minas Gerais]
para delimitação [!!!] da área do imóvel desapropriando
que constitui o gravame.”

[Vide Nota de Expediente 00021: (http://migre.me/kBqxT)]

Assim, por estar “indisponível o valor equivalente
à indisponibilidade do imóvel pertencente ao requerido”
“por decretação nos autos da Ação Civil Pública, nº 0166.03.000173-8,
até o limite do valor dado àquela causa”,

que o Tio Tolentino não recebeu e nem receberá a quantia depositada
pelo Estado de Minas Gerais, na ação relativa à desapropriação do imóvel,
porque o valor servirá para pagar a dívida do réu na outra ação (ACP),
e, enquanto não ocorrer o devido pagamento naquela Ação Civil Pública,
o depósito “continua atrelado ao valor da causa atualizado”.

Grosso modo, é como se o Governo de Minas Gerais
houvesse adquirido um imóvel ‘penhorado’ na Justiça,
aliviando a dívida dos parentes do Governador,
para salvar o patrimônio da própria Família.

E, no fim das contas, na verdade, foi o Povo Mineiro
quem pagou por essa dívida privada que o Tio Tolentino
tinha [e ainda tem] na Justiça do Estado de Minas Gerais.
.
.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Para que os Abutres da Extrema-Direita Raivosa

    não venham dizer aqui que ‘Isso é Coisa de Petralha’,

    transcreve-se matéria do jornalista Marcelo Portela,

    correspondente do Estadão, Jornal Tucano de São Paulo:

    Atualizado: 23/07/2014 22:14 | Por Marcelo Portela, correspondente,
    estadao .com.br

    Pista de terra de aeroporto também teve verba pública

    Governo de Minas pôs dinheiro em área
    que pertenceu a tio de Aécio em 1983 e em 2009

    Belo Horizonte – O aeroporto da fazenda que pertenceu ao ex-prefeito
    Múcio Guimarães Tolentino, tio-avô do senador e presidenciável
    Aécio Neves,
    já era alvo do Ministério Público muito antes de o tucano destinar
    R$ 13,9 milhões do governo mineiro para construir ali
    uma pista de asfalto.

    Múcio é réu em ação [Civil Pública nº 0001738712003, acima referida]
    de reparação de danos ao erário por ter usado verba pública,
    também do governo mineiro,
    para abrir uma pista de terra batida no local em 1983.

    A partir daquele ano o então governador, Tancredo Neves,
    avô de Aécio, fez repasses para a prefeitura de Cláudio,
    então dirigida por Múcio, seu cunhado.

    O dinheiro, cerca de Cr$ 30 milhões,
    foi usado na fazenda do próprio Múcio
    para a construção do aeroporto com pista de terra batida.

    Em 2009, quando Aécio era o governador,
    o Estado de Minas voltou a investir na fazenda.

    Desapropriou o terreno do aeroporto
    e injetou R$ 13,9 milhões na construção de uma pista de asfalto no local.

    O aeroporto ainda não tem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para funcionar,
    mas, segundo relato de um parente de Aécio,
    o candidato à Presidência pelo PSDB já pousou e decolou dali várias vezes.

    Aécio, suas irmãs e sua mãe também têm uma fazenda em Cláudio.
    Ela fica a cerca de 6 quilômetros do aeroporto.

    As chaves de acesso à pista ainda estão nas mãos da família de Múcio,
    que contesta [SIC] o valor de R$ 1 milhão oferecido pelo Estado de Minas
    pela desapropriação da área.

    Aécio nega que tenha havido irregularidades nas obras,
    mas ainda não esclareceu se utiliza ou não a pista quando vai a Cláudio.

    Ação [Civil Pública].

    A ação civil sobre o repasse de verba pública para a construção da pista de terra
    foi apresentada pelo Ministério Público Estadual em 2001
    [e foi cadastrado na internet pelo TJ-MG no ano de 2003],

    pedindo o bloqueio de bens de Múcio – inclusive da fazenda do aeroporto –,

    a quebra de sigilo bancário e a condenação do ex-prefeito por improbidade, além do ressarcimento de danos.

    Os pedidos foram atendidos, mas, segundo o Tribunal de Justiça de Minas,
    a maior parte das acusações já prescreveu.

    A exceção é a reparação de danos ao erário,
    pena que ainda pode ser [SIC: já foi] imposta a Múcio.

    Segundo o Ministério Público, a obra foi feita sem licitação,
    por meio do convênio 971/83, firmado entre Tancredo e Múcio.

    Conforme a promotoria, o “dinheiro estadual para construção do Campo de Aviação
    veio pela ordem da autoridade de Tancredo de Almeida Neves,
    governador do Estado neste período”,
    e o convênio, assim como o depósito e a execução da obra,
    foi feito “sem participação ou fiscalização da Câmara de Cláudio”.

    A ação relata que vereadores do município tentaram buscar a documentação
    relativa ao caso e constataram que os recursos foram pagos à Construtora Brasil S/A,
    mas não houve prestação de contas dos juros da conta,
    que não aparecem nos extratos de pagamentos e duplicatas relativos ao convênio.

    ‘Acordo verbal’.

    O Ministério Público relatou ainda que, ao prestar depoimento sobre o caso,
    Múcio disse que tinha um “acordo verbal” com Tancredo
    para que a área do aeroporto fosse posteriormente desapropriada.

    “Apurou-se, assim, pelas versões de Múcio Guimarães Tolentino,
    que o campo de aviação foi usado pelo finado Tancredo de Almeida Neves,
    junto com sua comitiva, e que várias outras pessoas e políticos
    usaram o campo de aviação”, diz trecho da ação civil.

    O processo mostra também que vereadores de Cláudio tentaram “negociar amigavelmente”
    com Múcio para que ele passasse o aeroporto para o município,
    mas o ex-prefeito se negou.

    Múcio não foi localizado para comentar o caso.

    Em sua página no Facebook, Aécio negou que a ação contra o tio-avô
    interfira no processo de desapropriação iniciado por seu governo em 2008.

    “Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
    A ação civil pública solicita a devolução dos recursos públicos
    investidos na pista de terra no município.
    É um processo diferente, que se arrasta já há 13 anos
    e pode durar ainda muitos mais”, escreveu o candidato à Presidência.

    Em nota, o governo mineiro disse que, no pedido de desapropriação da área,
    foi citada a existência da ação contra Múcio.

    “O imóvel será registrado em nome do Estado,
    independentemente do andamento da ação.”

    (http://migre.me/kBHZj)
    .
    .
    NAVES, TEU NOME É FALCATRUA!!!
    .
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    FrancoAtirador

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    José Serra (PSDB-SP) não vê nenhum problema ético

    no negócio do AécioPorto do Tio Tolentino em MG:

    “Um programa de construção de aeroportos no interior
    de repente bate na família.
    Não quer dizer que houve favorecimento.
    Eu não tenho parentes no interior.
    Se tivesse, poderia ter acontecido”,
    afirmou Serra.
    .
    .
    Publicado: 23 de julho de 2014 às 17:03 – Atualizado às 17:05
    Diário do Poder

    EX-DESAFETO (sic)

    SERRA DEFENDE AÉCIO NO EPISÓDIO DO AEROPORTO DE CLÁUDIO

    O candidato do PSDB ao Senado por São Paulo, José Serra,
    defendeu na noite desta terça-feira (22)
    o postulante tucano à presidência, Aécio Neves,
    da acusação de favorecimento por ter construído,
    quando era governador de Minas Gerais,
    um aeroporto dentro da fazenda de um parente,
    no município mineiro de Cláudio.

    “Um programa de construção de aeroportos no interior
    de repente bate na família.
    Não quer dizer que houve favorecimento.
    Eu não tenho parentes no interior.
    Se tivesse, poderia ter acontecido”,
    afirmou Serra.
    .
    .
    O Ex-Governador Paulista e ex-Prefeito de São Paulo

    só tem parentes na Capital. Será que investiu neles?
    .
    .

Mailson

Quanto mais o PIG esconde mas eu falo no assunto:

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/07/complica-situacao-de-aecio-com.html

Complica a situação de Aécio com aeroporto. Batalhão de advogados são contratados. Globo abafa.

Além dos advogados que já o atendem, Aécio Neves contratou também mais dois que foram ex-ministros do STF, para reforçar sua defesa em possíveis processos civis e criminais, pela construção e uso do aeroporto de Cláudio (MG).

O advogado Ayres Britto e Carlos Velloso foram contatados para emitir parecer sobre a legalidade da desapropriação da terra do tio, e só. Mesmo assim, ambos fizeram ressalvas. Veloso estava em Portugal e ressalvou que “enviava uma breve opinião legal” sobre o caso, dizendo uma coisa genérica, praticamente descrevendo como é a lei, e dizendo que se a desapropriação foi feita de acordo com a lei, então a construção do aeroporto não haveria ilegalidade quanto a esta questão, sem entrar em outros questionamentos. Britto foi na mesma linha, citando a cronologia dos documento de desapropriação e licitação para construção.

A coisa está tão feia que Aécio convocou entrevista coletiva, mas se recusou a responder perguntas, se limitando a ler um texto preparado com o aval de seus advogados e marqueteiros. Nem isso o Jornal Nacional da TV Globo levou ao ar, numa clara manobra de blindar o tucano no noticiário. O telejornal nem tocou no assunto do dia a dia dos candidatos para não expor Aécio, apostando no esquecimento do eleitor.

Uma pergunta muito simples Aécio se recusou a responder: Usou ou não o aeroporto? A reportagem do jornal Folha de São Paulo apurou com testemunho de parentes de Aécio em Cláudio que ele usou sim, e várias vezes. Isso pode complicar bastante a situação jurídica do tucano. Por isso é compreensível que ele não responda aos repórteres e só fale em juízo para evitar se incriminar, mas não pega bem para sua imagem perante os eleitores.

Pelas declarações do senador tucano, a estratégia de defesa é focar só na questão burocrática da legalidade da desapropriação do terreno do tio, sem entrar em outros detalhes.

Porém a linha de investigação do Ministério Público vai bem além disso. Começa em avaliar se a decisão de investir um valor tão alto do dinheiro público em uma localidade sem movimento aéreo que justifique atendeu ao interesse privado em vez de atender ao interesse público, principalmente porque há um aeroporto regional ao lado na cidade de Divinópolis, que atende perfeitamente a cidade de Cláudio.

Outra questão a ser investigada é se a escolha da terra do tio era a mais adequada. O laudo ambiental da obra, mostra que a pista cascalhada antiga não foi aproveitada, havendo aterros para nivelar a inclinação do terreno, mudança do traçado, em área de plantação de cana e de vegetação, sendo totalmente reconstruída. Diz que há uma linha de distribuição de eletricidade em um extremo do terreno. No outro extremo fica a curva da rodovia, o que coloca em dúvida se a localização foi tecnicamente a mais acertada para desapropriar. Qualquer outro terreno de cultivo ou de pasto meio plano e livre por ali serviria, principalmente mais distante da linha de transmissão e da curva da rodovia.

Ainda há o preço da obra. Aeroportos mais amplos e mais complexos ficaram com o custo muito mais baixo. Houve ou não superfaturamento? E além disso, a empreiteira que construiu o aeroporto foi doadora da campanha dos tucanos.

Outro mistério é apurar porque está pronto há quase quatro anos sem regularizar junto ao Comando da Aeronáutica e a ANAC. Sem isso o aeroporto não pode ser aberto ao público para uso. Se o aeroporto fosse necessário para atender a cidade, haveria interesse em abrir logo. É mais indício de que a construção pode ter sido mais para atender o interesse privado do senador.

É preciso apurar também porque deixar a posse de um bem público nas mãos privadas de seus parentes, detentores das chaves, como apurou o jornal.

Também há a necessidade de apurar o uso do aeroporto sem licença para pouso, como se fosse uma propriedade particular para uso exclusivo do senador e de sua família.

Francisco

A esquerda comete uma falha estratégica crassa. “Burguesia” (burguesia de fato) sempre foi um grupo minoritário e frágil no Brasil. Recentemente é que tivemos uma maior expressão desse espécime raro.

A classe trabalhadora organizada é um fenômeno quase tão recente quanto “capitalistas” no Brasil. Esses, são grupo minoritário dentro da direita.

O grupo dominante na direita no Brasil é a OLIGARQUIA RURAL que sofreu uma ligeira modernização ao estender o conceito de latifúndio e sesmaria para emissoras de TV, concessões de transporte e licitações arrevesadas.

O PT não tem praticamente contencioso nenhum com a burguesia autentica que quer ver uma economia (de mercado, pois são capitalistas) sustentável e que funcione. Estão bastante abertos à ideia de redistribuição de renda, investimento em capital humano (educação) e até mesmo coisas “esdrúxulas” como nacionalismo.

A desgraça da nação são as oligarquias “ancient regime”. A França resolveu com a guilhotina, aqui queremos resolver sem nem ter Lei de Mídia ou reforma política. Esse é o impasse: derrubar a Bastilha (a Papuda) sem sujar o tapete da sala…

Galodoido

Sou playboy e vivo na farra, vou a praia todo dia e sou cheio de marra.

Atuante

Tocou no ponto. Um dia tivemos um acadêmico que nunca colocou a mão na massa. Falava o que lhe mandavam.
Agora um herdeiro. Isso não é bom acordo com o povo.

Fernando Graça

E há muito mais

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