Washington Araújo: A inversão de papéis

Tempo de leitura: 5 min

INVERSÃO DE PAPÉIS

A imprensa como partido político

Por Washington Araújo em 20/4/2010

no Observatório da Imprensa

Sugestão do leitor Fernando, via comentário

Esperei baixar a poeira. Em vão, porque a poeira existiu apenas na internet. E tudo porque me causou estranheza ler no diário carioca O Globo (18/3/2010) a seguinte declaração de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha de S.Paulo:

“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação e, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo.”

E como a poeira não baixou resolvi colocar no papel as questões que foram se multiplicando, igual praga de gafanhotos, plantação de cogumelos, irrupção de brotoejas. Ei-las:

1. É função da Associação Nacional de Jornais, além de representar legalmente os jornais, fazer o papel de oposição política no Brasil?

2. É de sua expertise mensurar o grau de força ou de fraqueza dos partidos de oposição ao governo?

3. Expirou aquela visão antiquada que tínhamos do jornalismo como sendo o de buscar a verdade, a informação legítima, para depois reportar com a maior fidelidade possível todos os assuntos que interessam à sociedade?

4. Como conciliar aquela função antiquada, própria dos que desejam fazer o bom jornalismo no Brasil, como tentei descrever na questão anterior, com a atuação político-partidária, servindo como porta-voz dos partidos de oposição?

5. Sendo o Datafolha propriedade de um dos grandes jornais do Brasil e este um dos afiliados da ANJ, como deveríamos fazer a leitura correta das pesquisas de opinião por ele trabalhadas? O Datafolha estaria também a serviço de uma oposição “que no Brasil se encontra fragilizada”?

6. Na condição de presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) será que Maria Judith Brito não se excedeu para muito além de suas responsabilidades institucionais?

7. Ou será próprio de quem brande o estatuto da liberdade de imprensa que entidade de classe de veículos de comunicação assuma o papel de oposição política no saudável debate entre governo e oposição?

8. Historicamente, sempre que um dirigente ou líder de partido político de oposição desanca o governo, seja justa ou injustamente, é natural que o governo responda à altura e na mesma intensidade com que o ataque foi desferido. Mas, no caso atual, em que a ANJ toma si para a missão de atuar como partido político de oposição, não seria de todo natural esperar que o governo reaja à altura do ataque recebido?

9. E, neste caso, como deveria ser encarada a reação do governo? Seria vista como ataque à liberdade de expressão? Ou seria considerado como legítima defesa de da liberdade de expressão ou de ideologia?

Claro e transparente

10. Durante o período de 1989 a 2002, em que a oposição política no Brasil esteve realmente fragilizada, e ao extremo, não teria sido o caso de a ANJ ter tomado para si as dores daquela oposição, muitas vezes, capenga?

11. E, no caso acima, como a ANJ acha que teriam reagido os governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso?

12. Com o histórico de nossos veículos de comunicação, muitos deles escorados em sua antiguidade, como aferir se há pureza de intenções por parte da ANJ em sua decisão de tomar para si responsabilidade que só lhe poderia ser concedida pelo voto dos brasileiros depositados nas urnas periodicamente? Não seria uma usurpação de responsabilidade?

13. Afinal, não é através de eleições democráticas e por sufrágio universal e secreto que a população demonstra sua aprovação ou desaprovação a partidos políticos?

14. Será legítimo que, assinantes de jornais e revistas representados pela associação presidida por Maria Judith Brito passem, doravante, a esmiuçar a cobertura política desses veículos, tentando descobrir qual a motivação dessa ou daquela reportagem, dessa ou daquela nota, dessa ou daquela capa?

15. E quanto ao direito dos eleitores de serem livremente informados… que garantias estes terão de que serão informados, de forma justa e o mais imparcial possível, das ações e idéias do governo a que declaradamente se opõe a ANJ?

16. Para aqueles autoproclamados guardiães da liberdade de expressão e do Estado democrático de direito: será papel dos meios de comunicação substituir a ação dos partidos políticos no Brasil, seja de situação ou de oposição?

17. Em isso acontecendo… não estaremos às voltas com clássica usurpação de função típica de partido político? E não seria esta uma gigantesca deformação do rito democrático?

18. Repudiam-se as relações deterioradas entre governo e mídia na Venezuela, mas ao que tudo indica nada se faz para impedir sua ocorrência no Brasil. Ironicamente, os maiores veículos de comunicação do país demonizam o país de Hugo Chávez. A origem do conflito político na Venezuela não está umbilicalmente ligado ao fato que na Venezuela os meios de comunicação funcionam como partido político de oposição, abrindo mão da atividade jornalística?

19. Esta declaração da presidente da ANJ, publicada no insuspeito O Globo, traduz fielmente o objetivo de a ANJ estabelecer a ruptura com o governo, afetar a credibilidade da imprensa e trazer insegurança a todos os governantes, uma vez que serve também aos governos estaduais e dos municípios onde a oposição estiver fragilizada?

20. Considerando esta declaração um divisor de águas quanto ao sempre intuído partidarismo e protagonismo político dos grandes veículos de comunicação do país, será que não seria mais que oportuno e inadiável a ANJ vir a público esclarecer tão formidável mudança de atitude e de missão institucional? Por que não abordar o assunto de forma clara e transparente nas páginas amarelas da revista Veja? Por que não convidar a Maria Judith Brito para ser entrevistada no programa Roda Vida da TV Cultura? Por que não convidá-la para o Programa do Jô? E para ser entrevistada pelo Heródoto Barbeiro na rádio CBN? Por que não solicitar a leitura de “Nota da ANJ”sobre o assunto no Jornal Nacional? Por que não submeter texto para publicação na seção “Tendências/Debates” do jornal Folha de S.Paulo, onde a presidente trabalha? De tão interessante não seria o momento de a revista Época traçar o perfil de Maria Judith Brito? E que tal ser sabatinada pela bancada do Canal Livre, da Band?

Prudente e sábio

Já que comecei falando de estranheza, estranhamento etc., achei esquisito a não-repercussão ostensiva da fala da presidente da ANJ junto aos veículos de seus principais afiliados. Estratégia política? Opção editorial? Ou as duas coisas?

Finalmente, resta uma questão de foro íntimo: que critério deverei usar, doravante, para separar o que é análise crítica própria de um partido político, para consumo interno de seus filiados, daquilo que é matéria propriamente jornalística, de interesse da sociedade como um todo?

Todos nós, certamente, já ouvimos centenas de vezes o ditado “cada macaco no seu galho”. E todos nós o utilizamos nas mais diversas situações. O ditado é um dos mais festejados da sabedoria popular, é expressão de conhecimento, nascido da observação de fatos; um aprendizado empírico. Vem de longa data e se estabelece porque pode ser comprovado através da vivência e mais recentemente foi citado por Michel Foucault e Jurgen Habermas. No caso aqui abordado, o ditado popular cai como luva assim como as palavras de Judith Brito ficarão por muito tempo gravadas no bronze incorruptível da nossa memória.

Mesmo assim sinto ser oportuno aclarar que entendo como papel da mídia atividades como registrar, noticiar os fatos, documentar, fiscalizar os poderes, denunciar abusos e permitir à população uma compreensão mais ampla da realidade que nos abarca. Neste rol de funções não contemplo o de ser porta-voz de partido político, seja este qual for. Ora, o governo tem limites de ação: operacionais, constitucionais, políticos. A mídia, quando não investida de poderes supraconstitucionais, também tem seus limites que não são tão flexíveis a ponto de atender as conveniências dos seus proprietários ou concessionários. É prudente e sábio reconhecer que em uma sociedade democrática todos os setores precisam de regulação – e a mídia não é diferente. E é bom que não seja. Afinal, a lei é soberana e a ela todos devem se submeter, já escrevia o pensador Shoghi Effendi (1897-1957) na segunda metade de 1950. Nada mais atual que isto.


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Comentários

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Washington Araújo: A inversão de papéis – A imprensa como partido político | Conversa Afiada

[…] Luiz Carlos Azenha publicou em seu blog, por sugestão do leitor Fernando, artigo de Washington Araújo no Observatório da Impensa: […]

Antônio Máximo

E o "menorzinho da globo"?

A bola entrou, não entrou, parece que entrou porque bateu no chinelo "desmontando" o gol improvisado na calçada. Um dos moleques bica a bola, zunindo-a por cima do muro da casa do vizinho. Porrada come na rua. O menorzinho, que só entrara pra completar o time, é afastado:

"sai fora!"

A porrada continua e o menorzinho, querendo ajudar o irmão embolado no meio-fio, vai até ali, pega uma pedra e joga no tumulto. Sem mira, sem coordenação, a pedra bate na vidraça da janela de um outro vizinho, que aparece, o pastor alemão na coleira, ameaça soltá-lo se a confusão não acabasse. Foi a salvação do irmão do menorzinho, que entrava na porrada.

Guardadas as devidas proporções, pois o menorzinho da pelada ainda demonstrou alguma inteligência e se revelou útil, o "menorzinho da Globo" não consegue ser lido sequer pelo diagramador de sua afasia nas páginas de "o globo". Lembra-me trecho das memórias de Samuel Wainer, onde o jornalista, de fato, e não de butique, dizia ainda não se sentir seguro e, por isso, não escrevia, delegando a confecção dos editoriais da "Última Hora" a redatores que considerava mais aptos e experientes. De experiência não se ressente o "menorzinho da globo". É tão antigo quanto nota falsa. Aliás, sempre teve problema com a originalidade. Nasceu paulista, e acredita até hoje que é carioca. Padrão que imprime a tudo que produz, mas, na verdade, só vende. Isso fica aqui, exatamente do tamanho do "menorzinho da globo". Falta assunto.

Um abraço
Antônio Máximo
Vila Isabel – RJ /http://www.vilaisabel28.blogspot.com

Explorando as contradições da coalizão governista | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] O Washington Araújo descreveu a partidarização disfarçada aqui. […]

rita

digo e repito: liberdade de imprensa, direito relativo.

Adriana

E sabe o que mais me espanta?
Li várias declarações na internet e de conhecidos que não viram nada demais na propaganda de 45 anos da Globo a ainda acharam um absurdo o PT reclamar e a propaganda sair do ar…
Eu fiquei assustada com a falta de conhecimneto, informação e de memória das pessoas…

    Ubaldo

    Adriana,
    Agora, a Globo vai ser processada porque como concessionária de serviços públicos deveria ser isenta. Outro dia foi o PSDB (45). Agora foi a vez dela privilegiar o PSOL (50), quando ontem o dia todo passou as comemorações de Brasília.
    Parece que na próximo sexta-feira 13 a Globo vai lançar o aludido filme, Parte 13. Assim tudo fica em casa.

    Gustavo

    AH AH AH, nossa, este Ubaldo, inteligente, sagaz….um homem a frente do seu tempo…

Adriana

Azenha.
Sou formada em jornalismo mas não trabalho na área justamente por prezar pelos mandamentos da ética e do jornalismo decente.
Sou radialista, locutora de rádio há 20 anos, comecei ainda adolescente.
Tirei meu título aos 16 anos por ter plema consciência do meu papel na sociedade.
Sabe que me ainda me espanto com a falta de visão e de procura d e informação de inúmeros amgos e conhecidos.
A menina (menina, se formou há pouco, e tem uma visão absurda das coisas) que escreve para o meu horário é estupidamente tendenciosa. Tive que conversar com a dona da emissora (grande aqui no RJ) o perigo de deixar essa garota escrever o jornalismo da rádio que acaba se tornando a "visão" da empresa. (a dona não dá nenhuma direção em relação ao jornalismo da rádio e eu tive que explicar isso a ela).
Veja o absurdo.
Uma rádio de primeira linha no Rio de Janeiro. O noticiário é redigido por uma menina preconceituosa e a dona da emissora não tem posição e nem direciona a emissora (concessão pública) que tem nas mãos.
Se não fosse minha indignação estaria lendo notas tendenciosas copiadas da Folha e do Globo (já trabalhei no sistema globo de rádio tb).
E é assim que um veículo de comunicação vai ao ar todo dia no Rio de janeiro…
E eu ainda tento…

Dirck

Chega de intermediários.
William Bonner para presidente e William Waack vice.
Assim, bi-william, o PIG seria chamado de Brazilian Press Party.

Felipe M

Obrigado, Azenha, por mais esse excelente texto. A imprensa brasileira está passando por uma grave crise de identidade e agora assume publicamente que é parcial e partidária – análises como a sua são importantes e, infelizmente, raras atualmente.

    Jairo Beraldo

    Antes fosse somente a imprensa,caro Felipe.Pior que a crise de identidade da imprensa,é o que está acontecendo na Justiça,depois de ter sido comandada pelo BILTRE Gilmar Mendes,com a falta de credibilidade,decencia e discernimento.E vendo como age o TSE e os TRE's,a coisa está descambando para a baixaria generalizada,por parte de quem deveria colocar limites,em momento que o país tem melhorado a vida da população,de crédito no exterior e crescimento intelectual,com o grande número de academicos nas faculdades e universidades.

Ubaldo

A sociedade brasileira vive num dilema político. Se o presidente não tiver a maioria na Camara e no Senado certamente ele será derrubado. Quando o presidente tem a maioria, contando com a base aliada ele não só consegue governar mas acaba extrapolando e sufoca a oposição. A oposição, no nosso sistema, fica com as mãos amarradas e não consegue aprovar nada, exceto quando os governistas propositadamente permitem. Não existe o interesse público. O que impera é o desejo e interesses do executivo, qual compra sem nenhum constrangimento os parlamentares através da distribuição de benesses e quando ainda não é o caso de oferecer propina mesmo.

Luciano Prado

O Washington Araújo fez uma pesquisa pela mitilogia e descobiu um novo ser mitológico. Trata-se do "Midiátido", "originários do Sudeste brasileiro, mais exatamente no eixo Rio-São Paulo". Segundo Washington os serres midiátidos "da cabeça ao tronco personificam os partidos políticos em sua incessante luta pelo poder ou por sua manutenção, e da cintura para baixo encarnam características próprias de veículos de comunicação. São invariavelmente agressivos, em especial quando precisam tomar de assalto o poder. Algumas vezes no lugar da cabeça descansa a TV e, nas pernas e braços, teclados e microfones". Melhor ler o estudo do pesquisador (kkkkkk), você vai dar boas e divertidas gargalhadas.http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos….
O Azenha bem que podia disponibilizar no Viomundo. Uma delícia.

José Tadeu

Caro Azenha;

A matéria nos faz refletir, será que não existe neste país uma organização ( ONG ou mesmo empresa privada) que se disponha criar um jornalismo sério e honesto?
Existem muitos Jornalistas com estes atributos, o que falta é a curto prazo uní-los e dar suporte a eles para criação de meios ( jornal, televisão, revistas). A Internet já mostrou que está no caminho certo, mas para atingir um número maior de brasileiros ainda é necessário os veículos tradicionais.
Temos o exmplo do Pasquim que tanto incomodou a ditadura.

abraços

Genaro

Luiz

A oposição estava tão motivada pelas terceirizações que resolveu até terceirizar a oposição ao governo Lula. Agora que eles têm que subir nos palanques, estão sem discurso e pior, ficaram como terceirizados para os interesses particulares dessas empresas. Trabalham para elas e a elas têm que prestarem contas ou,,,, não aparecem nas telinhas. Bem feito. Quem se mete com o mal, mal está.

Marcelo Gonçalves

Seria melhor a grande imprensa brasileira assumir que estão ao lado do PSDB. E para com esse papo furado de isenção jornalística!

    dvorak

    Adoraria que fosse o "lado" do PT, não é caro Marcelo???

    eheheheheheh

Marcelo Gonçalves

Já passou da hora dos grandes meios de comunicação assumirem seu lado. E o lado é o PSDB.

Pedro Luiz Paredes

"A vida é linda, mas uma pessoa justa é muito mais."
Uma pessoa jurídica não devia ter tanta liberdade e credibilidade, algo esta errado aí. Até porque ela não sente, não tem filhos, e agindo como ser humano, nesse caso carente de sentimentos, não passa de um psicopata de grau máximo.
Quem faz média com a desgraça e ri dizendo boa noite depois de anunciar centenas ou milhares de mortes?
Quem explora essa desgraça para tirar uma grana?
Quem ri da miséria de milhões de brasileiros e trabalha para a escravidão e submissão como o fizeram na ditadura militar?
Como "isso" pode ter tanta credibilidade e espaço?

francisco.latorre

quem tem medo?..
http://maureliomello.blogspot.com/2010/04/quem-te

..

José

D. Judith expressou uma opinião pessoal ou da diretoria da ANJ? Ou só do Otavinho?

laura

Acabei de suspender minha assinatura da Folha.
È isso o que penso.

Alcindo

A jogada suja da máfia serrista para ganhar na marra as eleições, passa pelo expediente sórdido de manipular as pesquisas. Não há dúvida alguma disso. As pesquisas são fundamentais para a estratégia deles. Está provado pela fraude grosseira das pesquisas do Datafolha, dando vantagem ampla a Zé Serra de modo tão abertamente cínico que logo foi descoberto. E está comprovado pelo ódio hidrófobo com que os tucanos, eles próprios e não o DEM como era de costume, se voltaram contra o Instituto Sensus, procurando esmagá-lo com denúncias na Justiça Eleitoral. São as pesquisas o eixo mais importante da alavancagem falsificada que pretende fazer com que Zé Serra comece a campanhia oficial aparecendo como à frente de Dilma. Tudo isto são manobras. Nada corresponde à realidade. Ninguém com miolos sadios pode mais acreditar em Datafolha ou Ibope, institutos inoculados até os ossos pelo vírus da sabotagem da vontade popular. Tememos o afrouxamento da honestidade dos institutos mais honestos, por força da gigantesca pressão que esses criminosos estão fazendo. Acostumados a se movimentarem com facilidade na Justiça, não duvido que até a Justiça Eleitoral esteja sofrendo várias atmosferas de pressão para que penda para o lado deles. A luta é grande, e o momento é de fato agora. Eles sabem que se não garantirem sólidas posições agora, antes da Copa, estarão derrotados por antecedência. Pois é agora que se deveria dar-lhes combate corpo a corpo. Na Justiça. No PIg, no interior mesmo do PIG. Seja lá onde for.

V

A Maria Judith Brito deve estar com saudades, do tempo em que as pessoas corriam para as bancas, para comprar um jornal como porcos correndo para um coxo para se alimentarem.

E. Cabral

Na verdade, essas pessoas, Dona Judite e associados só vão entender que estão na contramão da história quando começarem a receber, fisicamente, o troco por ese comportamento anti povo. Quando ficarem sem governos do PSDB/DEMO/PPS pra sustentá-los com compra de assinaturas, vão fechar e aí Dona Judite vai ter que viver menos folgadamente.

dvorak

Nos países desenvolvidos grande parte dos meios de comunicações têm suas preferências políticas e fazem questão de demonstrá-las.Por que aqui seria diferente? As críticas aparecem pelo fato dos principais meios de comunicação não terem escolhido o governo do "divino" para fazer afagos diários, caso contrário, estariam todos elogiando.É hipocrisia explícita!!!

ehehehehehehe

    Ricardo

    Naturalmente o sr. dvorak ignora a comprovação de fraude das pesquisas do instituto dos Frias, as capas manipuladoras da Falha de S.Paulo nos últimos 8 anos, as capas com "denúncias" da Veja, as omissões de notícias que não interessam, no Jornal Nacional, e por aí vai… Não, sr. divorak, Lula não é o "divino", e sim o presidente que fez mais pela maioria da população, do que qualquer governante anterior. E vem o senhor falar em hipocrisia?

    Maria Dirce

    Ricardo o Dvorak faz o contraponto no blog do Azenha,manda ele ver a palestra do Mino Carta que diz claramente que o unico lugar do mundo que jornais e tvs são partidos políticos é no Brasil.Devorak é o personagem cínico da direita.

    daniel

    Bom, se ficasse apenas no editorial não teria nada de errado. Agora, escolher qual matérias e como publica-lás para utilizar como arma política é que só existe aqui.

    José

    Dispensamos afagos, agrados e similares.
    Para nós, basta que façam jornalismo, não mintam, não manipulem, não distorçam, não omitam informações.

    Marcelo

    Não Dvorak, as nossas reclamações são da obscuridade com que esta oposição é feita. Não seria mais ético a imprensa abertamente mostras sua posição ao invés de trabalhar nos bastidores.

Urbano

Não se pode confundir hipocrisia com banditismo…

Mc_SimplesAssim

Agora entendi porque a Folha vive escrevendo que o Hugo Chavez persegue órgãos jornalísticos "opositores" ao seu governo.

Estão preparando o terreno para se tornarem também opositores a eventuais governos que lhes podem as asinhas.

E já treinam com Lula e sua preposta Dilma.

Simples assim.

    Cristina de Proenca

    Assino e endosso o que escreveu.Perfeito.

Cícero Zimmerman

É algo brilhante! Algo dito com clareza! Mas, dizer que isto não teve repecussão nenhuma também exagerar. A Imprensa se sentiu satisfeita com as declarações de Judith, mas, isto em nada muda, pois, simples mortais sempre soubemos que a Imprensa falada e escrita sempre faz oposição ao Governo quando falta-lhes $$$$$$ via gordas verbas publicitárias como se sucedia no Governo anterior! A Globo, qualquer pessoa mais ou menos esclarecida sabe: Toda publicidade feita para o Governo e afins era com tabela cheia e a maioria paga antecipadamente. E como o FHC era um Governo "frouxo" pagava pra não ser mostrado suas mazelas. É só liberar bastante publicidade do jeito que eles querem que acaba este trololó!

Marat

Eu me recordo muito bem, durante o governo FHC, o pessoal dos meios de comunicação sabia que a oposição estava realmente muito fragilizada e, mesmo assim, fazia apologia do governo… Como eles mudam rápido, né?

O Brasileiro

EU acho que o jornalismo está muito "fragilizado", e portanto EU vou assumir as editorias dos principais jornais deste país, porque EU é que sei o que é bom jornalismo, e não os leitores e ouvintes!!!

Hernán

Mas, esse negócio de isenção sempre foi um mito.. O único diferente pode ser a visibilidade. Antes estava oculto, agora é escancarado porque um dos biombos ruiu.
Imprensa sempre foi partido.
O PT nunca entendeu que também tem que ter mídia. Já apanhou no RS uma vez, será que tem que apanhar de novo?
Como tem mídia que é oposicionista, tem que ter mídia situacionista, assim de simples.
Acho que os ideólogos petistas levavam Gramsci no suvaco, ler que é bom, nadica de nada.

    valmont

    Por enquanto, uma das poucas opções é a Carta Capital, revista que assino por dever de militância contra o PiG.
    Espero que a TV Brasil venha a realizar as promessas de sua criação. Mas o buraco é muito mais acima: Ministério das Comunicações, feudo do suserano global Hélio Costa (argh! – ex-vassalo do marinho – argh!).

Messias Macedo

Dilma não é Pitta

emhttp://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/04
Deu no Último Segundo:
“Eu não sou o Pitta e Lula não é o Maluf”, diz Dilma

COMENTÁRIO:
… Oxente, aqui na Bahia, Dilma Arretada Brasileira Rousseff reiterou o que todos os 'bananienses' já estão careca do (S)erra de saber: "o 'mardito' candidato da OPOSIÇÃO AO BRASIL, que odeia os matutos malcheirosos, é que nem biruta de aeroporto!"
E a Dilma ainda nem começou a rodar a baiana!

Esta Dilma é das boas, siô!

BRASIL – em homenagem a esta mulher de fibra, corajosa da gota serena!
Bahia, Feira de Santana,
Messias Franca de Macedo

sergio

o pig é lixo e não vai mudar

Messias Macedo

[UM AVISO AO PT, DIGAMOS, ELITISTA!]: “Ali Kamel segue na coleira, pronto para ser lançado contra a candidata de Lula.”

#############

(…)
Ali Kamel segue na coleira, pronto para ser lançado contra a candidata de Lula.
(…)
Depois do recuo da Globo no episódio do clip serrista, imaginem que a a emissora dos Marinho pode se fingir de "neutra" nos próximos 4 ou 5 meses. Afinal vem aí Copa do Mundo, depois o horário político ganha peso…

    Antonio

    Fucinheira nele.
    Dilma neles!

zikzila

São estes "artigos prolixos" que forma a base do conhecimento.

Teorizar e problematizar corretamente essa questão da Mídia é importantíssimo para a solução desse embróglio.

A sedução de achar que esse problema extremamante complexo e antigo, de situar corretamente o equilíbrio da cobertura jornalística se resolve facilmente nos conduz a derrota.

São textos densos como esse e não apenas manchetes mal escritas ou os 140 caracteres leoninos do Twitter que podem nos apontar o rumo verdadeiro.

Ler os artigos desse e de outros pensadores com esse quilate é sempre um prazer.

São verdadeiros tijolos de grande peso que podem construir uma boa edificação ou serem lançados nas cabeças dos pseudo-jornalistas que se venderam em troca do "sal" de cada dia.

Baruch

Pelo que estou percebendo não está resolvendo nada estes artigos prolixos contra o PIG. Estão deitando e rolando do mesmo jeito. A gente fica brigando e apoiando aqui na internet enquanto eles atacam na rede globo e nos jornalões. Por enquanto acho que a luta está muito desigual e ainda tem este governo e o PT que não tomam providências.

    valmont

    Na Argentina e na Venezuela o governo tomou suas providências, segundo as suas circunstâncias.
    Qual seria a reação dos barões da mídia se o governo fizesse qualquer gesto no sentido de regular essa casa de mãe joana em que se tornou o mercado de mídia no Brasil?
    O Plano de Direitos Humanos anunciado recentemente foi recebido com um violento bombardeio pelo PiG.
    Essa regulação, para acontecer, depende de o próximo governo (Dilma Roussef) conquistar uma ampla maioria no Congresso para aprovar uma lei, tal como fizeram na Argentina.

Roberto Locatelli

Sensacional esse artigo!! Muita lucidez.

Dona Judith não foi eleita por ninguém. A mídia não tem votos. E quer se transformar em partido político de oposição.

No período FHC, a mídia agiu como partido da situação. A sanha privatista dos jornalistas e repórteres era até maior que a do governo neoliberal.

O vice do Lula?

Washington,só faltou voce perguntar; Será que tudo isso acontece porque a "imprensa livre" esconde que esta escondendo que vivemos numa sociedade de luta de classes,ou seja,não é sincera e nunca sera verdadeira,por isso, jamais a imprensa sera neutra? haja hipocrisia!!!

francisco.

    francisco.latorre

    no olho da mosca.

    ..

dvorak

Estão reclamando de quê? O Governo já não tem a TV Brasil e sua imensa audiência???

eheheheheheheheh

    José

    TV Brasil terá que montar suas próprias bases em todo o País, sem ficar na dependência das educativas estaduais – a confirmar: a Cultura, de SP deixou de retransmitir a programação da TV Brasil?

jbmartins

Com respeito a todos que trabalham nos meios de comunicação; Ou voces são santos ou do contrario tem um pacto que é proibido publicar coisas alheias. Imaginem isto onde envolve $$$$$ interesse grande, graudo, poder, isenção de impostos, e etc…. os meios de comunicação tem que serem mais forte que Padres, para não cometer um pecado, acho que a tal Liberdade de expressão serve para uma Democracia sim, mais estrapolando a mentira tem que haver punição, e a punição não puderia representar violencia a liberdade de imprenssa.

Maria Efigênia

Muito bom o texto e define toda a nossa angústia.

Gerinho da Terra

E o silêncio permanece, porém germina, lenta e silenciosamente.
Parece piada, mas a ANJ não pode se esconder nem se calar.
FUI!!!!!!!

Adozinda P. Almeida

Meu amigo…o seu texto é brilhante, tem uma claresa enorme sobre o que é ou deveria ser liberdade de expressão…Isso é só o começo do que está por vir…

Um abraço e parabéns..

Adozinda P. Almeida

Evilázio Costa

Excelente análise do professor Washington Araújo, pena que um esclarecimento desse não chega para maioiria da população brasileira.

Vera Silva

Minha pergunta é a mesma do autor: "…que critério deverei usar, doravante, para separar o que é análise crítica própria de um partido político, para consumo interno de seus filiados, daquilo que é matéria propriamente jornalística, de interesse da sociedade como um todo?"
Como é impossível responder, considero que tudo o que escrevem e tudo o que publicam na TV é propaganda política da chamada direita.
Se eu tivesse muita grana mesmo, imprimiria este maravilhoso texto e distribuiria em todo o DF e entorno: casa por casa, nas ruas, nas lojas comerciais.
A quem reclamar? É preciso muito dinheiro mesmo para contratar um advogado e acusar esta associação e seus filiados de abuso e descumprimento do CDC e da Constituição.

Carlos Alberto

Análise perfeita, também não entendi por que a "grande mídia" não repercutiu essa declaração da presidente da ANJ, será que a carapuça serviu.

diego mascarenhas

excelente texto, análise perfeita, no ponto, na medida, os textos do professor Washington Araújo retratam o melhor da crítica d amídia no país.

Leider_Lincoln

Brilhante a maneira como o autor demonstra, de forma cabal, o quanto a mídia é hipócrita!

    Franciscão

    Revela mais caro Leider, revela também nossa impotência em relação a tudo isso. O que é brutalmente intrigante!

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