Vermelho: Pior chuva em 44 anos causa calamidade no Rio

Tempo de leitura: 7 min

6 de Abril de 2010 – 20h34

do Vermelho

O Rio de Janeiro registrou volume de chuva recorde para um único dia —  o maior em pelo menos 44 anos -, causando estragos, deslizamentos e 95 mortes em vários locais da região metropolitana desde a noite de segunda até a tarde desta terça-feira (6). Só na cidade do Rio, o número de mortes chega a 35, praticamente todas causadas por deslizamentos de terra. A tragédia só não foi maior por que as autoridades municipais, estadual e federal agiram rapidamente.

Institutos consultados pelo G1 apontam que o volume é o maior das últimas décadas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os dados indicam que a quantidade foi a mais elevada desde 1962, há 48 anos, quando foi registrado o maior volume em único dia pela série histórica – a medição é feita desde 1917. Já segundo a prefeitura do Rio, o volume registrado bateu o das chuvas de 1966, há 44 anos, quando tempestades também causaram estragos no município.

O Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (Georio), que analisa os dados pluviométricos de 32 locais da cidade, destaca que, somente nos seis primeiros dias deste mês, já choveu na maioria das estações mais do que em todos os meses de abril desde o início da série histórica.

Aquecimento global?

De acordo com meteorologistas, as chuvas fortes que atingem o Rio são “anormais” para a época e causadas por dois fatores: o calor acumulado na atmosfera, uma vez que as temperaturas registradas na cidade foram muito elevadas no verão e uma frente fria que passou pela região.

Para Lúcio de Souza, do Inmet, a frente fria é a principal razão. Gustavo Escobar, do Inpe, chama a situação de “anômala”. “A frente fria que chegou, combinada com atmosfera carregada de umidade e o calor dos últimos tempos, foi um gatilho para o temportal. A combinação provocou esse evento anômalo.”

Para o meteorologista Igor Oliveira, do Alerta Rio, ligado ao Georio, não é possível associar o fenômeno, que classificou de “atípico”, com o aquecimento global, mas também não se pode descartar sua influência.

Para ele, abril deste ano vai ficar marcado. “As chuvas já estão acima do normal comparando com outros meses de abril, então mesmo que daqui para frente chova pouco, isso vai contribuir muito. A situação é anormal, embora haja uma explicação, que é a combinação da frente fria com a atmosfera quente e úmida. Muita gente gosta de dizer que é o aquecimento global, e essa é uma hipótese muito provável, mas não dá para saber, precisamos de estudos mais amplos.”

Oliveira destacou que a maré alta na noite de segunda ajudou a favorecer os alagamentos na cidade do Rio.

Contraste com São Paulo

Apesar do número de mortes no Rio (95) ser superior ao número registrado durante as enchentes ocorridas em São Paulo –entre dezembro de 2009 a março de 2010, 78 pessoas morreram por causa dos temporais em municípios paulistas– chama atenção o contraste entre a ação rápida das autoridades do Rio em comparação com a morosidade dos órgãos públicos de São Paulo.

Enquanto a Prefeitura do Rio e o governo do Estado colocaram todos os seus efetivos em alerta e acionaram os canais de comunicação para orientar a população, em São Paulo levou dias para que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) mostrasse alguma ação concreta para ajudar os atingidos pelas chuvas. Alguns bairros passaram semanas debaixo da água. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), praticamente não se pronunciou sobre o assunto durante o período mais grave dos temporais. Quem visitava as páginas eletrônicas da prefeitura de São Paulo e do governo do Estado no período em que ocorreram as enchentes tinha a impressão de que o problema era em outro estado, pois quase não havia informação nos sites sobre a tragédia causada pelas chuvas.

Já os sites da Prefeitura do Rio e do governo fluminense estavam nesta terça-feira (6) quase que inteiramente dedicados a fornecer informações e serviços aos atingidos pelas chuvas.

Providências e ajuda federal

O governador Sérgio Cabral (PMDB) decretou luto oficial de três dias pelas vítimas das fortes chuvas que atingem o Estado. Ele pediu a quem mora em áreas de risco ou vizinhas a locais que já deslizaram que procure a casa de um parente ou espaços públicos, como ginásios e igrejas, para se abrigar. “O mais importante agora é evitar o mal maior, que é a perda de vidas”, disse Cabral.

Nesta quarta-feira, às 10h, o governador terá uma reunião de trabalho no gabinete do prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, para avaliar os estragos das chuvas e os investimentos necessários não só neste município, mas também nas cidades de São Gonçalo, Itaboraí e Tanguá, cujos prefeitos estarão presentes.

Cabral ressaltou que governo federal já se pôs à disposição para ajudar o Rio. “O ministro da Justiça, Luiz Barreto, já nos ofereceu aeronaves para apoiar nos resgates, e o ministro das Cidades, Márcio Fortes, também está atento para nos ajudar com o que for preciso”, informou.

O ministro da Integração Nacional, João Santana, virá de Brasília para acompanhar o governador no encontro junto com o secretário de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, e o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado. Às 11h30, o governador e seu vice, Luiz Fernando Pezão, Côrtes, Machado e o ministro João Santana vão se reunir com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, no Centro de Comando e Controle da CET-Rio, com o mesmo objetivo.

Nas entrevistas que concedeu nesta terça-feira, Cabral disse que a tragédia foi agravada por ocupações irregulares e voltou a defender a construção de muros em torno de comunidades para frear a ocupação irregular do solo.

“No Rio de Janeiro entra ano, sai ano e essa missão da ocupação do solo urbano não é tratada com a devida seriedade. Quando dissemos que construiríamos um muro na Rocinha, íamos garantir a vida das pessoas. Não é possível a construção irregular continuar. Quase todas as pessoas que morreram estavam em áreas de risco”, avaliou.

Trabalhos de recuperação

Em coletiva à imprensa, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) reiteirou o apelo aos cariocas para que permaneçam em casa e pediu às famílias que residem em encostas e áreas que correm risco de desabamento para que busquem locais seguros. “Todas as vítimas fatais que tivemos até agora foram de deslizamentos. Não coloquem em risco suas vidas nem a de seus familiares. Todas as encostas da cidade estão muito encharcadas e as chances de deslizamento são enormes. Não vamos poupar esforços para resolver esta situação e mais uma vez nosso apelo é para que as pessoas não se arrisquem, não enfrentem as ruas alagadas. Neste momento, o objetivo da prefeitura é cuidar de vidas”, afirmou Paes.

O Rio de Janeiro, como garantiu o prefeito, tem todas as condições de realizar os trabalhos de recuperação da cidade. “O governador Sérgio Cabral e eu estamos em contato permanente desde a noite de ontem e estado e município estão realizando um trabalho 100% integrado, sobretudo no socorro às vítimas”, disse Cabral.

O prefeito destacou os investimentos que têm sido feitos na cidade para melhorar seu estado de conservação e prepará-la para responder com mais eficiência aos eventos de chuva. “Existem várias intervenções já em andamento, como o plano de macrodrenagem do Rio Acari e da Bacia de Jacarepaguá, e ainda um conjunto de obras que estão sendo licitadas neste momento. Além disso, a Geo-Rio tem recursos e autonomia para agir diante de todo e qualquer risco de deslizamento de encosta, independente da situaçao meteorológica. O governo federal também já se dispôs a liberar verbas caso o Rio precise. O nosso foco agora é muito menos encontrar culpados. O que queremos nesse primeiro momento é amenizar o sofrimento e os transtornos causados pelas chuvas e não perder mais vidas”, garantiu o prefeito.

Todos os órgãos da prefeitura ligados ao combate aos efeitos da chuva estão com efetivo reforçado. A Comlurb trabalha com 4 mil homens na limpeza e liberação das vias, para recuperar a acessibilidade. A Coordenadoria Geral de Conservação está com 1.200 funcionários nas ruas fazendo limpeza de galerias pluviais. A Defesa Civil Municipal tem 60 homens no comando das ações de socorro e remoção de pessoas em áreas de risco, que conta com o apoio dos bombeiros e da Polícia Militar. A secretaria de Obras, que coordena as operações da Geo-Rio e Rio-Águas, conta com 300 homens. A Guarda Municipal atua com efetivo de 2.200 e a Cet-Rio tem 100 operadores de controle de tráfego.

A secretaria especial de Ordem Pública e a GM trabalham com 43 reboques para retirar veículos enguiçados e abandonados das ruas. A secretaria de Conservação está com 110 caminhões e 34 retroescavadeiras para realizar os trabalhos de drenagem nos locais mais afetados pelas enchentes na cidade.

Lula presta solidariedade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na manhã desta terça-feira que a Marinha e a Aeronáutica estão à disposição para ajudar o governo do Estado e a prefeitura do Rio de Janeiro nas ações emergenciais de atendimento às vítimas das chuvas. No entanto, o presidente afirmou ter sido informado pelo governador Sérgio Cabral que não há necessidade imediata de ajuda material. Lula ainda disse que pede a Deus que pare a chuva no Estado.

“A ajuda material que o governador e o prefeito precisarem, tudo isso está pronto e à disposição, mas me parece que não é o caso. O que precisa é conscientização para evitar que as pessoas ocupem áreas de risco”, afirmou o presidente ao deixar o hotel Copacabana Palace.

Lula disse que pretende incluir na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) recursos para garantir um melhor sistema de drenagem na capital fluminense, “para ver se conseguimos, em 10 ou 15 anos, ter uma cidade menos sofrida do que temos hoje”.

Porém, Lula ressaltou que a quantidade de chuva tornou mais difícil o enfrentamento da situação. “Não existe ser humano no planeta Terra que consiga enfrentar uma mudança de clima como esta. Quando o homem lá em cima está nervoso e faz chover, só temos que pedir a Ele para parar a chuva no Rio de Janeiro e a gente poder tocar a vida na cidade.”

O presidente disse que, depois dos temporais, aguardará um levantamento do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e do governador Sérgio Cabral sobre as necessidades de recuperação das cidades mais atingidas. “Estaremos totalmente solidários em partilhar as soluções para este problema”, afirmou Lula, reiterando o pedido para que moradores de áreas de risco deixem suas casas. “Por favor, saia. Espere a chuva passar. Vá para a casa de um parente, procure a prefeitura. Só tem chance de brigar para melhorar sua vida se estiver vivo. Não fique arriscando, neste momento, porque não ajuda nada”, apelou o presidente.

Copa e Olimpíada

O presidente afirmou ter certeza de que não haverá grandes problemas no Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo de 2014 e também na Olimpíada de 2016. “Quando acontece uma desgraça, acontece. Não chove todo dia, nem toda hora. Nem todo dia tem terremoto no Chile, nem no Haiti. Normalmente, os meses de junho e julho são mais tranquilos. O Rio de Janeiro está preparado para fazer a Olimpíada e a Copa com muita tranquilidade, as melhores que esse mundo já viu. Não é por causa de uma catástrofe que a gente vai achar que vai acontecer todo ano, toda hora.”

O Comitê Olímpico Internacional (COI) reafirmou hoje “absoluto apoio” ao Rio e elogiou a rapidez com que as autoridades municipais e estaduais enfrentaram os transtornos causados pelas última chuvas.

A informação é do presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman. Ele está em Lausanne, na Suíça, participando de reuniões com o COI.

De acordo com a nota do Rio 2016, o comitê internacional entende que o excesso de chuvas no Rio é um “fato meteorológico de natureza extraordinária” que poderia afetar qualquer cidade.

Com agências


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Comentários

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R Lima

O nosso Brasil, tem demonstrado as nações amigas alto espirito de solidariedade humana, nos casos de catástrofes naturais, entretanto nos parece que não existe reciprocidade. Pelas noticias jornalisticas e televisivas, o Brasil tem enviado para as nações amigas, além de militares, remessas de dinheiro para socorrer as pessoas necessitadas.

R Lima

O nosso querido Brasil, pelas informações televisivas e jornalisticas tem prestado aos paises, vítimas de catastrofes relevantes serviços na prestação de socorro aos necessitados, incluisive remessas de dinheiro pelo presidente lula e nos parece que a recíproca não é verdadeira. Não temos noticias de que o Rio de Janeiro, tenha sido agraciado pelas nações amigas.

Fernando

´´Ação rápida evitou que a tragédia fosse maior“

Declaração lamentável, o morro do Bumba em Niterói desabou mais de 48 horas depois de iniciada a chuva.

Renato

Só por que os dois são queridinhos do Lula elogios.

Fernando

Gosto do Vermelho, mas esse artigo foi ridículo.

Pra que mentir? E pior, mentir pra defender dois tucanos: Paes e Cabral.

Não dá pra entender essa postura.

francisco.latorre

Causa da tragédia no Rio é muito simples: faltou PAC e faltou "Minha Casa, Minha Vida" no passado

Com certeza as chuvas no Rio de Janeiro estão fora do normal, pois temporais acontecem todos os anos e nunca aconteceram tantas mortes, tantos desabamentos nos aos anteriores. Mas é claro que não cabe nos conformarmos com explicações e justificativas. Obviamente que se as vítimas de hoje não vivessem em condições de risco, sofreriam menos do que estão sofrendo, independentemente do tamanho da chuva.

O fato é que a geografia do Rio espreme a cidade entre o mar e entre montanhas. Os mais ricos e remediados compram casas e apartamentos na parte urbanizada. Os mais pobres, foram se acomodando nos morros, sem plano diretor de urbanização, sem conhecer o terreno, sem conhecer riscos, sujeitos a desabamentos. Tudo por falta de programas habitacionais como existe hoje o "Minha Casa, Minha Vida" e o PAC que já alcançou Manguinhos, Complexo do Alemão, Pavão-Pavãoznho e Rocinha.

Ainda há muito a fazer, não só no Rio de Janeiro, como em todo o Brasil, porque o déficit habitacional, de saneamento e de drenagem era e ainda é muito grande, depois de mais de 20 anos quase parado.

Ainda bem que o PAC está andando e o "Minha Casa, Minha Vida" também. Se outros governos tivessem feito também sua parte antes, mais gente já viveria em moradias dignas, longe das áreas de risco, e menos vítimas haveriam.

Por: Zé Augusto
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010

    emanuel rego lima

    Nesses 20 anos de paradeiro estão incluindos os ultimos 7 ?
    O que se fez ( afora lançamentos de programas) neste campo nos anos recentes?
    Quantas casas, apts, vilas?

    Parece que a coisa anda meio empacada, né?

Marcelo de Matos

O professor Luís Carlos Lopes, no Agência Carta Maior, já disse que, salvo exceções, as tragédias naturais atingem os pobres. A causa primeira das mortes não seria as convulsões naturais, mas, a exclusão social. O fim da mortandade passa por uma melhor distribuição de renda, pelo planejamento familiar e urbano. A Globo, anteontem, passou o dia cobrindo a tragédia no Rio. Nos intervalos comerciais incluía as chamadas para o Profissão Repórter, de Caco Barcelos, sobre a situação atual no Haiti. Impossível não lembrar, então, do refrão de Gilberto Gil: O Haiti é aqui.

dvorak

Será que o pessoal do Vermelho fica "vermelho" ao publicar um texto como esse??? Quanta cara de pau…

eheheheheheheeh

Douglas

Tirar gente de áreas de risco. Entendi, mas o que querem que se faça ? Que se expulsem as pessoas, para onde ? Não há destinação para estas pessoas, não há previsão de haver tanta oferta de casas e há um déficit urbano, agora um muro, não venham me dizer que é apra o bem das pessoas… Só das gentes de bem da zona sul, se ele passou a ter um uso humanitário, acredtio que seja circunstancial.

Ubaldo

Não houve o repasse de verbas federais para prevenção previstas no orçamento.
Mas o Lula não sabia que o pessoal não estava liberando o dinheiro.

Klaus

Em São Paulo a culpa foi da dupla Serra/Kassab, no Rio, da pior chuva em 44 anos. Isto é jornalismo.

    francisco.latorre

    sera/kassab foram culpados de não fazer nada depois da chuva. depois. não agiram.

    mais. fugiram desavergonhadamente da responsa.

    ps… não enrola que não cola.

    Klaus

    Valeu Mestre Yoda pela atenção.

Dr Marcelo Silber

Vermelho, de V de VERGONHA

A INCOMPETÊNCIA de Sergio Cabral Governador do RJ é patética.
Por Quê não retirou das " areas de risco" milhares de pessoas em seus mais de três anos de mandato??
Perguntem ao homem humilde que perdeu suas três filhas na tragédia o que ele acha da "ação integrada dos governos estaduai-federal-municipal???
Vergonha para quem escreveu este texto e para os idiotas que se manifestaram a favor…
Idiotas que acham que a política se restringe a um eterno Fla-Flu, dos bons contra os maus…
Para estes idiotas,saibam, que no Fla-Flu da chuva José Serra ganhou…por incrivel que pareça…
Mesmo tendo uma postura omissa e lamentável nas chuvas em SP
Quanta mediocridade….

    emanuel rego lima

    Concordo com Vc, Marcelo.
    Vergonhosa essa estrategia de transformar cadaveres em bucha de canhão para bombardear adversários politicos.
    Mais que vergonhosa, chega a ser calhorda mesmo!

    Quiseram jogar no colo do Lula os duzentos mortos do desastre da TAM.
    Quiseram jogar no Colo do Serra os 70 mortos das chuvas de janeiro em São Paulo.
    Agora querem jogar no colo do Cabral as dezenas de cadaveres da tragedia carioca.
    Usar os mortos em tragedias causadas por acidentes ou pelo clima, neste caso agravada por DEZENAS de anos de frouxidão na fiscalização da ocupação das cidades, é sintoma de total ausencia de escrupulos.
    Quem dentre os que assim procedem ousaria criticar o Collor e sua inimaginavel Miriam?
    Vergonha!!!!
    Os que assim procedem tem espelho em casa? Tem filhos, esposas, amigos?
    Parece que não….

    francisco.latorre

    três anos é mesmo muito tempo.

    sessenta anos… esperando o estado palestino sair do papel… aí é pouco tempo.

Antonio Claudio

Alguns comentários de leitores que, certamente devem ser fãs de carteirinha do PIG, querem comparar o incomparável. Ou será que se deve elogiar governadores por mandarem invadir universidade, inaugurar e entregar obras inacabadas, espancar professores e infiltrar policiais em movimentos reivindicatórios?
O passado não se distorce, se omite pelos asseclas do recente e inolvidável neoliberalismo entreguista.

    Alceste Pinheiro

    E você acha que os professores do Rio de Janeiro são bem tratados?
    Também apanharam da polícia quando foram reinvindicar na frente do Palácio Guanabara.
    Você acha que o Sérgio Temporal não inaugura também obras inacabadas? Não inaugura mais porque começou umas pouquinhas.
    Não sei se o Temporal infiltra policiais em movimentos reivindicatórios. Ele reserva os agentes para tarefas mais "nobres". Afinal o Rio de Janeiro tem a polícia que mais mata no país. Devo dizer iso com c erta cuatela porque você é capaz de dizer que sou aliado dos traficantes como você já disse que pertencem ao PIG quem critica o Serginho.
    Que a eleição não lhe faça perder o senso crítico, Antônio Cláudio, como já fez com o Vermelho.

    Antonio Claudio

    Assim como a saúde, a educação (e também a segurança pública) em nosso país se pode classificar como de calamidade pública. Afinal foram décadas, desde o golpe militar, de dilapidação dos serviços públicos no Brasil.
    Repetindo: NÃO SE PODE COMPARAR O INCOMPARÁVEL, como você está fazendo também. Com minha crítica, não estou defendendo o indenfensável. O governo do Serginho, como diz, é tão inoperante como os demais.
    Agora não se pode aturar sem resposta, leitores que defendem o que de pior aconteceu no Brasil: o desgoverno criminoso, digno dos maiores facínoras, do PSDB do BHC, digo, do FHC. Tentou e quase conseguiu acabar com o país com sua política de entreguismo neoliberal. Somente se explica pelo domínio quase absoluto do PIG, a alienação dos que não enchergam os ainda poucos avanços do Brasil. Muito se tem que caminhar, mas é preciso dar os primeiros passos e Lula já os deu. Para esses leitores dizemos: DILMA NELES!

Rosko

Parece que foi o mesmo fenômeno que aconteceu em novembro de 2008 no vale do Itajái -SC. Teve uma zona de baixa pressão no mar próximo a costa que girava, resultando na grande precipitação de chuvas.

Thadeu Melo

Fantastico!!!

Os cadaveres de mais de 100 cidadãos, a maioria de pobres e favelados serve de desculpa para politicagem e ofenças.
Ridiculo isso.

Esse pessoal do Vermelho até tenta distorcer o passado e a memoria do povo. Serra e Kassab deram varias declarações e colocaram as equipes de resgate em alerta durante todo o verão.

Isso que os petistas fazem aqui é nojento.

    Tião Macalé

    Nojeeento…

    Nojento é seu trololó raivoso.

Fabio Guedes

Já começou a contagem macabra de cadáveres. Os 78 mortos (em 43 dias de chuvas) de São Paulo foram parar no colo do prefeito e do governador. Os 102 do Rio (em 1 dia de chuva) vão mesmo pro colo de São Pedro. Lula já deu uma declaração dando conta de que o morador de área de risco se recusa a sair de casa. Ou seja, no Rio, a culpa é mesmo da vítima do desabamento.

Outra diferença na cobertura da imprensa é que, em São Paulo, claques comandadas por ex-prefeitos da cidade organizavam vaias nas visitas do prefeito. No Rio, isso não ocorrerá, porque o PT tem sua boquinha nas secretarias estaduais e municipais.

    Edmilson

    TroLLoló…

Aldo Luiz

Meus caros amigos… Com o H.A.A.R.P. trabalhando desde antes de1990 sob a sombra da midiocracia vigente para a falácia do aquecimento global e outras "armações inconfessas" como terremotos em alvos estratégicos, não haverá investimento que resulte algum resultado para salvar os povos crédulos e enganados, a não ser dar continuidade ao r "invisível" holocausto proposto pelos donos dessa terrível máquina de guerra para a modificação do clima.
Pesquisem H.A.A.R.P. na bendita internet e encontrarão todas as respostas para estas "estranhas" e cada vez mais intensas desgraças.
Sinto muito, sou grato

    Taques

    Sem dúvida, Aldo Luiz !!!

    Você está coberto de razão: a culpa mais uma vez é dos malvados estadunidenses.

    Haíti, Chile, Niterói são alvos comprovadamente estratégicos, aliás, segundo informações do serviço secreto boliviano, cerca de 63% do efetivo de inteligência do Pentágono trabalha com informações sobre o Haíti.

    Os EUA temem muito o Haíti.

Joana

A Globonews tentou de todas as formas arrancar de um professor de geografia da PUC/SP que a enchente seria culpa do governador Sérgio Cabral. Foi vergonhoso, especialmente porque encobriram durante tanto tempo a responsabilidade de Serra e Kassab pelos alagões em SP.
O UOL dava como manchete ontem "Cabral reedita discurso sobre enchentes", ou coisa parecida. Tentei postar um comentário questionando a cobertura dada pela imprensa às chuvas em São Paulo, cujos únicos responsáveis, segundo eles, teria sido São Pedro e os pobres da periferia – que jogariam lixio nas ruas. Como sempre, tive meu comentário bloqueado.

    Edmilson

    O que esses "comentaristas" globais não informam é que no RJ choveu quase 290 ml EM 12 HORAS, enquanto em SP teve até torcida para quebrar o recorde histórico de pouco mais de 470 ml de chuva EM UM MÊS (o que serviria de desculpa para aliviar a barra dos "jestores" demo-tucanos).

    natan

    Eu estou devendo uns tres meses de uol e não pretendo pagar e quando me ligarem quero fazer duas perguntas
    1) porque eles são tão PIG"s
    2) porque todos os campeonatos,paulista,mineiro,gaucho ,capixaba e o do RIO e campeonata estadual do RIO DE JANEIRO numa descriminação total em não dizerem ou campeonato CARIOCA OU FLUMINENSE eles e suas babaquices regionaIS

Alceste Pinheiro

Esse vermelho é mesmo o maior dos bajuladores. Elogiar esse governador do Rio só porque apóia o Lula, sem o menor senso crítico, é coisa mesmo de puxa saco.
É justificável: o PC do B é aliado (ou será cúmplice) desse governo do Rio de Janeiro que mata pobre, quer pelas armas da polícia, quer pelas chuvas. Tem secretário e tudo.
Esse texto é bajuilador demais e me surprende que você, Azenha, o tenha postado aqui.
Você sempre foi um jornalista crítico.
Como diz a música, "o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais".

Thiago

Azenha,

Valeria a pena reproduzir o texto do Mauro Santayana no JB:

http://www.jblog.com.br/politica.php?itemid=20472

Ele acertou na mosca.

Henri

A diferença entre Rio e São Paulo é que o Rio, há já um certo tempo, parou de querer fingir pro mundo que é "Los Angeles". Está assumindo seus problemas sociais, mostrando suas favelas e isso faz com que o governo fluminense e a prefeitura acabem trabalhando mais por essas áreas. Já São Paulo continua com seu faz de conta, fingindo ser Nova York. As favelas e os pobres daí são escondidos ao máximo, como se fizessem parte de um outro Estado. O governo e a prefeitura não aparecem nessas catástrofes que envolvem pobres, porque simplesmente não quer que eles apareçam para "arranhar" a imagem da "locomotiva do Brasil".

    francisco.latorre

    fogo na favela.

    essa a política social do zé golpista.

Vantuir

No Rio a culpa é do São Pedro. Em São Paulo do Serra. O Lula não tem nada a ver com isso. Os chapa branca estão com medo de perder essa crítica ao Serra, isso sim.

Indiana Jones

Ao contrário do que muitos pensam, tenho orgulho de ser nordestino. Não que eu seja melhor que ninguém, mas os motivos que muitos acham deméritos (a mistura negra, o sertanejo sofrido, a cultura cabocla, o desinteresse, a humildade do pobre, a ignorãncia gentil) vejo agora com admiração.

Antes de vir ao sudeste, nunca havia me sentido tão nordestino e, ás vezes, sinto-me como um personagem de Graciliano Ramos, ou Jorge Amado. Um Antônio Balduíno. Sou nordestino e não poderia ser outro. Nem tentaria ser. Talvez por eu ser nordestino tenha uma visão diferente das coisas. Tenha a visão dos sofridos e dos oprimidos, apesar de viver bem distante deles. Ao contrário de condenar-me ou envergonhar-me, sou grato a isso. Nunca quis ser mais um soberbo no mundo.

Um Soteropolitano nascido no Rio de Janeiro

    francisco.latorre

    mandou bem.

    viva o brasil. que é de todos os brasileiros. todos.

Indiana Jones

Moro num local privilegiado de uma capital do sudeste e vejo o preconceito da minha classe social branca e fútil (classe que só pertenço por causa do dinheiro porque sigo nordestino e mestiço) que move-se apenas pelo interesse e valoriza apenas a meritocracia como qualidade máxima, o "status".

Indiana Jones

O jornal o GLOBO fez questão de ressaltar que o Presidente Lula privilegiou a Bahia em investimentos contra chuvas. Aposto que nem eles sabem do que estão falando ou que investimentos foram estes. O egoísmo de certas camadas da população do sul e do sudeste do Brasil, levadas pela ignorãncia, é atávico. Algo quase impossível de ser extirpado. Já são adultos é dificilmente serão re-educados.

Indiana Jones

Peço a todos os paulistas, cariocas e sulistas em geral que frequentam este site (a maioria esclarecidos acredito) que abram os olhos de seus pares para que sejam mais sensíveis e menos egoístas quando o governo vai em auxílio a essa região do país. Muitos criticam como se fosse outro país. Ou como se o Brasil nunca tivesse privilegiado o sudeste no decorrer da sua História.

Indiana Jones

AZENHA…Venho fazer um apelo a todos que visitam o site para que abram os olhos e sejam mais solidários com o Nordeste. A matéria de VEJA é emblemática nessa questão. A crítica ferrenha de abrir uma universidade no recôncavo baiano faz parte do descaso e preconceito que (ainda!) se tem contra o Nordeste.

walter thadeu

Pois é, enquanto em São Paulo a cidade tinha que viver à propria sorte, no Rio de Janeiro foi colocado de imediato todos os recursos materiais pelo governo federal.
É por estas e por outras que o PT não leva em São Paulo.

    Joana

    O governo federal não pode intervir em um Estado sem a solicitação deste. Em SP, as autoridades (Serra e Kassab), desdenharam a ajuda federal para que isto não viesse a tona nas eleições. Quem sofre com esta arrogância é a população.

    francisco.latorre

    a catástrofe no rio justifica a incúria tucana em sumpaulo.

    'tão tá…

    em são paulo o candidato da reação se escondeu. fugiu.

    mas os mentirinhas de plantão fingem que não sabem.

    Leider_Lincoln

    Walther Tadeu, mas a sorte de São Paulo não foi elegeu Kassab e o Serra? O PT não ganha em São Paulo por que o que vocês gostam é de um Serra, um Alckmin, um Quércia, um Maluff, um Fleury, só por isso. Fiquem com eles para vocês. E aguentem. Agora o PT tem culpa de vocês preferirem quem preferem? Deixe de brincadeira, Sr. Troll…

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