Transparência SP: Quatro Rodas diz que pedágios paulistas estão entre os mais caros do mundo

Tempo de leitura: 8 min

Paulistas pagam em média 16 reais por 100km, o mesmo valor que na França, Noruega e Portugal, e bem superior aos valores nos EUA, no Chile e na Argentina.

do Transparência São Paulo

As revistas do grupo Abril, assim como grande parte da mídia, fogem o quanto podem da questão, mas pressionados por seus leitores, a revista Quatro Rodas teve que fazer uma matéria ampla — O preço do quilômetro —  sobre o alto preço dos pedágios, sobretudo nas rodovias paulistas. É claro que a reportagem busca despolitizar a questão, mas acaba apontando as questões principais.

As empresas concessionárias das rodovias paulistas faturam bilhões por ano e investem cada vez menos em razão do modelo de concessão aplicado, que garante taxas de lucro (retorno) astronômicas (18% ao ano) e não exigem contrapartidas em investimentos. O índice de correção dos contratos (IGP-DI) também é apontado como fator importante para o aumento abusivo dos preços dos pedágios.

A reportagem[está abaixo] só não diz que os contratos de concessão das rodovias paulistas foram renovados pelo governo do Estado em 2006, sem que estas distorções fossem corrigidas. Os grifos em negrito são nossos, do Transparência São Paulo.

O PREÇO DO QUILÔMETRO

por Maria Paola de Salvo e Sara Duarte Feijó, da revista Quatro Rodas

Na próxima vez que o gerente do banco o orientar a investir em ações da Petrobrás ou da CSN, proponha a ele uma aposta na cartela de concessao de rodovias. Em Janeiro de 2002, a CCR, maior empresa do ramo em receita, abriu seu capital na Bolsa deValores de Sao Paulo. Naquela epoca, se alguem gastasse 450 reais na compra de um lote de 100 ações, poderia ter resgatado, em 12 de abril, 4.705 reais. Os papeis da empresa se valorizaram 945% nesses nove anos, o dobro da media de rendimento das 66 ações mais negociadas na Bovespa no mesmo periodo. Desde o inicio de suas operações na bolsa, as empresas OHL e Ecorodovias também tiveram desempenho invejavel. Os papeis das administradoras dos pedágios brasileiros já são os queridinhos de analistas de corretoras do mercado financeiro. A explicação está na boa rentabilidade do setor.

Segundo levantamento feito pela Austin Rating para QUATRO RODAS com as 15 principais concessionárias brasileiras, o ramo e o quarto mais rentável do país. Perde apenas para empresas de cartão de crédito, bebidas, cigarro e mineração, mas está a frente dos setores de calçados, indústria e até dos bancos. A Ecorodovias, que administra o SistemaAnchieta-Imigrantes, em São Paulo, ocupa o 16° lugar no ranking de rentabilidade composto por 330 empresas brasileiras e é duas vezes mais lucrativa que o Bradesco e o Banco do Brasil, que renderam, respectivamente, 20,9% e 23,3% em 2010. E ainda há muito espaço para crescer. Os 15.000 km de rodovias pedagiadas, 33% deles concentrados no estado de São Paulo, representam apenas 7% da malha viária brasileira. Segundo especialistas, e possivel chegar a 15%.

É claro que os bons ventos da economia brasileira, que cresceu 7,5% em 2010, ajudam a explicar tamanho retorno financeiro. “Por causa desse aquecimento, as viagens e o escoamento de mercadorias aumentaram”, afirma Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. Em 2010,1,4 bilhão de veiculos passaram pelas praças das quatro maiores concessionárias do Brasil – Ecodorovias, CCR, OHL eTPI.Trata-se de um aumento médio de 28% em relação a 2009.

Mas só o aquecimento econômico não explica o apetite dos pedágios. “Quando há lucro excessivo, duas coisas podem estar ocorrendo: sobrevalorização do preço ou falta de investimentos”, diz Paulo Resende, coordenador do departamento de Infraestrutura e Logistica da Fundação Dom Cabral. A resposta está nos balancetes das quatro maiores empresas do ramo.

Responsveis pela metade das 54 concessões no Brasil, Ecodorovias, CCR, OHL eTPI faturaram juntas 8,6 bilhões de reais em 2010. O montante arrecadado nas praças é 22% maior que em 2009. Apesar disso, no último ano, elas investiram 16% menos em melhorias nas rodovias sob sua administração. “Ter uma concessão é o melhor negócio do mundo”, diz o economista Carlos Campos, coordenador de Infraestrutura Economica do Instituto de Pesquisa Economica Aplicada (Ipea). “O principal risco que essas empresas correm é a variação do fluxo de veiculos, que só tende a aumentar no futuro.”

Em 2007, Campos analisou os contratos de concessões de rodovias estaduais e federais, firmados na década de 90, e notou que boa parte dos investimentos na infraestrutura das estradas é feita nos primeiros anos do acordo, principalmente nos seis meses iniciais. “As empresas são obrigadas a deixar as rodovias em boas condições antes da abertura das praças”, afirma. “Depois que o pesado já foi feito, os gastos tendem a diminuir, mas a partir dai a arrecadação e a rentabilidade só aumentam.” A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) diz que as empresas já investiram 22,5 bilhões de reais em melhorias de 1995, inicio das concessões, até 2010. E admite que uma das caracteristicas do setor é fazer a maior parte dos investimentos nos primeiros anos de contrato.

É o que acontece agora com a Ecopistas, concessionária do Sistema Ayrton Senna/Carvalho Pinto, em São Paulo, que passou a administração da Ecorodovias em 2008. Para melhorar a rodovia, a empresa teve de aplicar mais dinheiro em recuperação do pavimento e na ampliação da Marginal Tiete, que dá acesso a estrada. Resultado: os investimentos mais que dobraram. Já com a Autovias, conjunto de rodovias do nordeste de São Paulo, controlada pela OHL desde 1998, ocorre o inverso. O montante reaplicado na estrada no ano passado foi 24% menor que em 2009.

Outras 11 concessões, das 22 analisadas pela reportagem, tiveram alta de faturamento e queda de investimentos em melhorias. Não por acaso, nesse grupo estão as rodovias paulistas com contratos mais antigos, firmados no fim da decada de 90. É o caso da Ecovias dos Imigrantes, que cobra 33 centavos por quilometro percorrido, a maior taxa do país. A concessão arrecadou 635 milhões de reais no ano passado, mas aplicou 52,2 milhões de reais na estrada, 14 milhões a menos que em 2009. De acordo com a empresa, isso ocorre porque os investimentos mais pesados já foram feitos em 2002, quando a segunda pista da Imigrantes foi inaugurada.

A Autoban, que administra os 316 km do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, em São Paulo, foi a concessao que mais faturou no Brasil em 2010 – 1,3 bilhão de reais -, mas aplicou em suas bem pavimentadas rodovias 223 milhões, 63,9 milhões a menos que em 2009. A CCR admite em um de seus boletins financeiros que “grande parte dos investimentos realizados pelas concessionarias e feita nos primeiros cinco anos de operação das concessões”. E completa: “A maioria das concessoes do Grupo CCR tern mais de cinco anos e a maior parte dos investimentos em tais concessões já foi realizada.”

que inclui, entre outros itens, pavimento bem conservado, boa sinalização e serviço de atendimento ao usuário. No Chile, é diferente. O acordo com o governo termina quando a empresa atinge o faturamento que ela diz ser necessário para cobrir as despesas e ainda alcangar a margem de lucro estabelecida em contrato. “Se o Brasil seguisse o modelo chileno, as atuais concessões teriam de ser encerradas, pois já atingiram seus objetivos”, afirma Campos, do Ipea.

O problema é que os acordos tem validade entre 25 e 35 anos. Ou seja, passado o periodo de gastos, é natural que a arrecadação seja maior que o montante empregado em obras, ampliações e melhorias. Além disso, a grande maioria dos contratos não determina percentuais de investimento ao longo dos anos. Exigem apenas que as rodovias sejam mantidas em perfeitas condigoes de uso.

Preços nas alturas

Apesar da queda nos investimentos, as tarifas continuam subindo. Desde a concessão dos primeiros trechos rodoviarios, em 1995, até Janeiro de 2011, os valores cobrados nas praças cresceram, em média, 120% acima da inflação, segundo o Ipea. A diferença influencia o preço dos fretes e dos alimentos, já que cerca de 60% da produção agrícola brasileira é escoada por rodovias.

Nao há motorista que não sinta ao volante as mais bem conservadas e seguras. Segundo pesquisa realizada neste ano pela Fundação Dom Cabral, o número de acidentes com vitimas fatais em rodovias concedidas é a metade do que acontece nas vias públicas. Apesar de o tráfego ter dobrado nas rodovias concedidas nos últimos quatro anos, a taxa de acidentes por 10.000 veículos caiu ligeiramente. “Os benefícios são inegáveis”, diz o engenheiro José Bento Ferreira, especialista em engenharia de transportes. “O que tem de ser discutido é o preço que se paga por isso.”

Segundo levantamento do Ipea com base nos preços divulgados pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), o motorista brasileiro gasta, em média, 9,13 reais para percorrer 100 km de uma rodovia pedagiada. O valor é mais alto que o das estradas do Chile, dos Estados Unidos e da Argentina. Nas rodovias paulistas, são 16,04 reais para rodar 100 km, quase o dobro da média nacional e equivalente ao valor na Franga, Portugal e Noruega, cuja renda média per capita de 59.100 dolares é cinco vezes maior que a nossa. Os baianos são os que pagam menos: 3,91 reais.

A explicação para diferenças tão gritantes está, de novo, nos contratos. Há dois tipos de concessão rodoviária em vigor hoje no país. As mais antigas, assinadas no fim da decada de 90 pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e pelos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. E os novos, de 2007, celebrados pelo governo federal. Enquanto a média de preço nas estaduais é de 10,41 reais por 100 km, as mais recentes cobram 3,06.

Isso acontece porque os acordos pioneiros foram firmados em tempos de economia estagnada e eram considerados de risco. Para torna-los atrativos, o poder publico concordou em incluir nas clausulas uma taxa maior de retorno de investimento, cerca de 18%. Ou seja: em qualquer cenário, a concessionária tinha assegurada uma boa margem de lucro.

Outro problema dos contratos antigos é que os valores são reajustados pelo Indice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas. No periodo entre 1997 e 2007 ele variou bem acima do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governo para medir a inflação. Nesse periodo, as tarifas do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, que continuam reajustadas pelo IGP-M, aumentaram 270% acima da inflação oficial medida pelo IBGE.

Em 2005, o governo federal concluiu que administrar rodovias não era mais um negócio de risco. Fixou, então, uma taxa de retorno menor e possibilitou maior flexibilidade no cronograma de obras. Permitia, por exemplo, antecipar obras previstas caso a receita aumentasse ou postergar duplicações, se o fluxo diminuísse. Com isso, foi possivel buscar quem oferecesse o preço mais baixo. É o caso da Litoral Sul, que cobra 1,57 real a cada 100 km, o menor valor do pais. Mas mesmo essas concessões recentes aumentaram os preços em 3,5% acima da inflação por ano, entre 2008 e 2011.

Nos tempos de bonança de hoje, as concessões antigas continuam praticando preços que refletem o cenário do fim da decada de 90. Atualmente, mais da metade dos contratos da CCR seguem calcados no IGP-M. Uma saída seria os governos estaduais abrirem mao da chamada outorga onerosa, uma taxa anual milionária que as empresas tem de repassar ao estado para que ele possa manter estradas vicinais. Em troca, as empresas adequariam seus índices de reajuste aos da inflação.

Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin reconhece que os contratos precisam ser revistos e os valores, equacionados. Passados mais de 100 dias de governo, sua equipe estuda como isso sera feito. Procurados por QUATRO RODAS, Alckmin e seu secretario de Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, não quiseram dar entrevista. A assessoria de imprensa do governo informa que um novo indicador para reajuste está em estudo. Existe a possibilidade de se cobrar pedágio por quilometro rodado, por faixa de horário ou peso do veículo. O sistema usaria placas eletrônicas para monitorar os carros e organizar o trânsito, como j áocorre em países europeus, como a Itália.

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A propósito, as empresas que “exploram” rodovias paulistas lucram R$ 155 mil por quilômetro. O Transparência São Paulo organizou as informações dos balanços das concessionárias das rodovias paulistas. Com base nos dados levantados, podemos observar que:

a) no Estado de SP, até abril de 2011, existiam cerca de 5.361 km de rodovias concedidas, sendo 3.565 no período 1998 a 2000 (antigas concessões) e 1.796 no período 2008 a 2010 (novas concessões);

b) o faturamento total das concessionárias em 2009 foi de R$ 4,6 bilhões;

c) o lucro líquido total das concessionárias em 2009 foi de R$ 832 milhões;

d) este lucro líquido representou 17,88% do faturamento das empresas concessionárias em 2009;

e) as empresas faturaram R$ 868 mil por quilômetro;

f) as empresas lucraram R$ 155 mil por quilômetro;

g) quando analisamos apenas os valores das concessões mais antigas, estas cifras sobem de forma expressiva: as concessionárias antigas faturaram R$ 1,1 milhão por quilômetro e apresentaram lucro de R$ 303 mil por quilômetro.

Sob qualquer ângulo que se olhe, os números são absurdos. Até quando o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público Estadual permanecerão omissos no caso das rodovias paulistas?


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Comentários

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Roberto Weber

Estive em Maiorca, Espanha, em março deste ano. O único pedágio lá existente é para a travessia de um túnel com mais de 5 km de extensão. O preço? apenas 4 euros, ou 11 reais pelo câmbio de hoje. Qual a diferença? lá a concessionária construiu o túnel, aqui, receberam as estradas prontas e passaram a cobrar altos pedágios para, supostamente, “mantê-las”…

Pedágios em rodovias de SP: Preços e rentabilidade sobem, investimentos caem « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Transparência SP: Quatro Rodas diz que pedágios paulistas estão entre os mais caros do […]

Lico Lico RJ

Vocês falam dos pedágios e da educação de São Paulo. Pois é, está na hora de falarmos também da CETESB que aprova aterro sanitário que desabam ou explodem. No interior de São Paulo está cheio de aterros aprovados por esta empresa que estão com sérios problemas ambientais. Estes 16 anos de tucanos arrebentou até com a CETESB. Depois que não sobrar pedra sobre pedra é que povo paulista deixará de votar nelles.

FrancoAtirador

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Kassab põe PSD na órbita de Sarney

Prefeito de São Paulo faz acordo para estruturar partido no Maranhão

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), fechou um acordo ontem com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), sobre a estruturação no Maranhão do seu novo partido, o PSD.
Pelo acerto, Kassab não aceitará que a oposição ao senador tenha espaço no partido e apresente candidaturas adversárias ao grupo de Sarney nas eleições de 2012 e 2014.
Para tanto, permitirá que a governadora Roseana Sarney (PMDB) forneça deputados federais e estaduais para comandar a legenda no Estado.
Foi o próprio Kassab quem procurou Roseana para propor o acordo.
Pelo telefone, afirmou que queria montar o partido no Estado sem incomodar politicamente a família.
Para provar isso, ofereceu a eles a direção estadual da futura legenda, contanto que fosse chefiada por um deputado federal.
Roseana consultou seu pai e acabou aceitando.
Colocou, contudo, como condição, que o deputado federal que fosse "oferecer" a Kassab viesse de um partido da oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff.
Era a forma de agradar ao Palácio do Planalto, na medida em que diminuiria ainda mais o número de deputados da oposição.
Além disso, impediria a migração de um deputado da base da presidente para um partido cujo governismo ainda é incerto, embora todos os indícios apontem para isso.
Passou-se, então, a buscar um nome para presidi-lo e é justamente isso que está emperrando as negociações.
Sarney quer que a deputada Nice Lobão (DEM-MA), mulher do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, presida a legenda no Maranhão, com o que Kassab concorda.
Ocorre que ela tem se manifestado contra a ideia, dando a justificativa de que "está bem" em seu partido. Detém o controle estadual e integra, como suplente, a Executiva Nacional.
Sua recusa até o momento, porém, tem-lhe causado dificuldades com a base, que se anima com a ideia de um partido alinhado com o governo em São Luís e em Brasília.
Dois dos cinco deputados estaduais eleitos pelo DEM – César Pires e Max Barros – já manifestaram interesse em deixar a sigla e montar o PSD.
Um outro deputado estadual do PTB, Manoel Filho, também quer.
Por isso que, ao ficar no DEM, Nice Lobão corre o risco de ver o DEM que controla ser esvaziado pelo PSD e perder a oportunidade de controlá-lo.

https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/ca

M. S. Romares

Percebo que já passou da hora de resgatar a história dos pedágios. O Azenha poderia fazer um "ensaio" sobre o tema. Começar lá atrás, na época que só havia pedágio no trecho Campinas-SP e todos pagavam a TRU para a conservação das estradas. Depois mudaram para IPVA e brotaram pedágios pra tudo que é lado com o discurso de perna fina de que o IPVA não era para ser investido nas estradas. Em SP então foi uma maravilha: hoje temos a maior densidade de praças de pedágios por km. Acostumamos a pagar 2 ou 3 vezes pela mesma coisa. E depois ainda leio uns posts nos quais os autores acham isso normal. Ora, vá catar coquinhos!!

Scan

Azenha, no ano passado rodei exatos 217 km na A61 (L'Autoroute des Deux Mers) que liga Montpellier a Toulouse e paguei 16,80€ ou cerca de R$40,00 no câmbio de hoje, o que dá R$18,40 a cada 100 km, pouco mais caro que as nossas tarifas aqui em São Paulo.
Entretanto, é preciso lembrar que esta comparação é inadequada: na França você paga pedágio SE QUISER, pois existe sempre pelo menos uma rota alternativa (p.ex. as Routes Nationales – RN) de qualidade não tão boa, plenamente utilizáveis e DE GRAÇA!
Tanto que rodei ao todo 3200 km e não paguei nada além desses 17,00€, e isto somente porque me confundi numa entrada e acabei pegando, por engano, um trechinho da autoroute.
Estas rotas alternativas gratuítas é que fazem a diferença, não os trocados a mais ou a menos entre preços de uma pedagiada francesa e outra do PSDB.
[]'s

a mosca na sopa

impressionante como essas empresas piratas da privataria mantém empregados para policiar a blogosfera e
argumentar pelos seus interesses,…sinal que tem dinheiro sobrando mesmo…

    Leider_Lincoln

    Olhe o "Bruno" abaixo, e me digam vocês se nosso colega não está correto?Vejam o empenho do rapaz!

    Lousan

    queria eu ganhar dinheiro fazendo isso!!!! que quiser me contratar, estou a disposição para defender qqer causa

Bruno

Mais uma mentira deslavada "progressista" explorada pelas revistas e jornais sempre populistas: quando querem falar do "lucro" das concessionárias rodoviárias, sempre colocam o tal do EBITDA. Para quem nunca abriu as páginas de economia, não trabalha com finanças ou simplesmente não se interessa, EBITDA quer dizer, em Angla Lingua, Lucros Anteriores a Juros, Tributos, Depreciação e Amortização. É uma medida para avaliar, de forma comparável com outros anos, a eficiência econômica da OPERAÇÃO. Portanto, não se considera:

– JUROS dos empréstimos bilionários que as empresas pegam para pagar a concessão onerosa e financiar construção de obras de arte, novas faixas, repavimentação, maquinário, veículos de apoio, etc.;
– TRIBUTOS sobre o lucro, entenda-se Imposto de Renda PJ, CSLL, etc. Apenas entram na conta (na diferença entre Receita Bruta e Receita Líquida) impostos como ISS, ICMS e outros impostos sobre produção e serviços;
– DEPRECIAÇÃO dos ativos valiosíssimos envolvidos, como as próprias vias e viadutos, as viaturas, as balanças e outros, de acordo com as normas da Receita Federal; e
– AMORTIZAÇÃO das dívidas monstruosas já citadas anteriormente.

Ou seja: parece um negócio sensacional, um verdadeiro roubo. Mas em especial pelo enorme custo financeiro, não é nada disso. Pode-se ver, por exemplo, pela situação do OUTRO modelo de concessão, adotado pelo Governo Federal petista: a Fernão Dias realmente quase não tem mais buracos, mas os investimentos em modernização são mínimos se comparados aos previstos e realizados nas estradas paulistas, além de, face às pequenas tarifas, serem jogados muitos anos ao futuro para atrairem propostas de pretendentes a concessionária, quando da época do lançamento do edital. Entre todos pagarem "muito" e se observar redução de congestionamentos e mortalidade em pouco tempo e todos pagarem "pouco" para as modernizações se restringirem a eliminação de buracos, sem correção de curvas acentuadas, duplicações, criações de trevos estratégicos, fico com a primeira opção.

    Leider_Lincoln

    Você faz mesmo por receber seu salário, hein?

    Aline C. Pavia

    Bruno vc insiste em defender o indefensável.

    M. S. Romares

    Aline, por favor, não alimente os trolls.

    Scan

    Em outras palavras: péssimo negócio para as concessionárias!
    Gostaria de saber quem foi o malvado que as forçou a assumir tal empreendimento fadado ao fracasso.
    Pobres concessionárias…quiseram ajudar e deu nisso: prejuízos imensos e déficit constante.
    E ainda têm que gastar dinheiro pagando um idiota para defendê-las das acusações mentirosas dessa cambada de comunistas que frequentam os blogs sujos.
    Assim não pode, assim não dá!

    Alvaro Tadeu Silva

    Durante dez anos percorri a Dutra, ida e volta, quase todas as semanas, exceto nas férias. A estrada estava caindo aos pedaços. Depois que implantaram as tais praças de pedágio (4, Santa Isabel, Roseira, Itatiaia e Baixada Fluminense), ainda sofri com os buracos e a péssima sinalização por mais de um ano. Depois de arrecadarem dinheiro com os pedágios é que a estrada foi melhorando aos pouquinhos. O pedágio era muito caro e a estrada, de segunda classe. Apenas duas faixas de rolamento, 3 apenas em poucos trechos com no máximo 1 kim. Certa vez, já na Baixada Fluminense, tive um problema mecânico. Esperei mais de 90 minutos pelo socorro. Fui levado até um posto de gasolina no meio do nada. O celular não pegava e os orelhões estavam destruídos. Por sorte, consegui um telefone público em uma padaria a uns 700m dali. Foi assim que consegui um reboque, a preço de ouro, mas mais barato que os reboques dos urubus que infestavam o posto, era preço de diamantes. Isso foi em 1999, 2000, por aí.

    edv

    O texto acima, da Transparência SP ("mentiras progressistas"), não fala em EBITDA, mas em lucro líquido.
    Daqui a pouco vc vai (tentar) nos convencer (como vc já se convenceu) que os "altruístas" investidores que pegaram as concessões só pensam no "bem estar do povo". Por isso até praticam precinhos camaradas.
    Por isso, até fecham acessos e alteram posições das praças de pedágio para eliminar opções de passagem, para que os usuários "não fiquem reféns" de sua "suada concessão", némêz?
    Acorda ou muda de emprego, Bruno…
    Ah…e "emocione-se" menos!
    Deixa isso pro pessoal REFÉM, que "adora" ter que pagar estes pedágios "tão em conta"…

Lousan

pedagio é um ponto importante na hora de fazer os calculos da futura viagem.
só uma ressalva…antes de privatizarem a ayrton senna (antes trabalhadores) o preço do pedágio era de R$ 8,20 e agora privatizada está a R$ 2,40…até quando? não sei…mas meu ponto é, só estatizar não é a solução, mas sim estatizar com consciencia, respeito e disciplina…
vou aproveitar pra desabafar outro problema que vejo na ayrton senna (que é a que eu mais utilizo) que é o acesso a zona leste. Toooodos os dias tem transito da saida da marginal até a entrada de sao miguel pta…passou este pedaço o transito flui tanto q nao pode nem ser chamado d transito…com a gde incidencia d carros até a zona lost, o numero d acidentes tb é mto maior…porém o pedagio está bem depois disso, em outras palavras…mta gente utiliza o incio da rodovia, a infra estrutura d socorro e não paga por nada…a minoria q continua na rodovia é quem paga por todos os serviços d manutenção q os outros utilizam…acho injusto…

a mosca na sopa

taí um tema substantivo para a blogosfera se ocupar: preços…
alguem sabe dizer onde mais no mundo o litro de tinta para impressora – com base no preço do cartucho –
custaria mais de R$ 13.000,00????
mas nao somente os que são administrados por governos da oposição, mas todos os preços em nosso país que são absurdos, e todos os produtos e serviços..para além dessa partidarização tola (alguem acha mesmo que temos governo de "esquerda" e que essa "esquerda" e substantivamente diferente da direita? – essa sem aspas, que nao gasta não é?

    edv

    Tem uma piada da velhinha de bicicleta, que toda vez que passava na fronteira, os guardas inspecionavam a bolsa, o bagageiro etc. Um dia, disseram: "Sabemos que vc passa com alguma coisa. Cansamos, diga o que é, passará e nunca mais lhe incomodaremos"… A velhinha contrabandeava bicicletas…
    Acho que vc não percebeu que a Epson, HP e congêneres ganham dinheiro com o cartucho (ainda que vazio). A tinta, vc compra baratinho no mercado, mas o cartucho…
    Eles dão a impressora de graça (verdade, já "ganhei" uma!), mas o cartucho…
    Por isso eles, criminosamente, fazem de tudo para que não possamos recarregá-los. Um dano ecológico e financeiro (por desnecessário). Mas dá grana!

RONALD CURITIBA

Caras(os). Pedágio não é um privilégio dos paulistas não…
Aqui no PARANÁ tem uma herança do jaime lerner. Um pedágio que vai de CURITIBA para o litoral do estado com um trecho em torno de 110 KM. Por ele você paga a bagatela de R$ 12,50 automóvel pequeno. Ida e volta R$ 25,00.
Tá achando caro o pedágio paulista? Vem pro PARANÁ…..eh…eh…eh
E aqui no PARANÁ acho que não existem esses órgãos: TCU; MP; JUDICIÁRIO……

    edv

    Fica triste não! Aqui, se vc vai pro Guarujá (~ 88 km) paga R$ 27, ida e volta.
    O paranense precisa tomar cuidado para que o estado não copie o que há de pior na política paulista.
    O povo paulista ainda não chegou, mas já tá quase lá!…
    É pro outro lado!…

Polengo

No começo deste ano rodei 10000 Km de carro.
Gastei uns 60 reais pra sair de SP. Rodei o nordeste inteiro (fora Maranhão), Goiás e Minas.
Depois que saí de SP não gastei mais nem um puto (só pra voltar pela Fernão, um trecho de Minas e em SP)

Não achei que as estradas no Nordeste deviam nada pras de SP.
Cheguei a pegar alguns trechos não muito bons, mas em 10000 Km tá na média.
Se a Washington Luís tivesse 10000 Km, ia ter alguns trechos não muito bons também (e tem).
Mas, que ia ter pedágio nos 10000 Km, ah, isso ia ter.
E você vai indo, vai aumentando.
O valor na praça de pedágio do Km 9000 ia ser uns 358 reais.

    Bruno

    Realmente, a BR-101 no trecho Vitória-Salvador é quase uma A1-Bahn – sem os pedágios, claro. Só faltam as BMWs e Audis.

    Cinismo descarado: a gente vê por aqui.

    Aline C. Pavia

    Se a política de concessão de pedágios inventada por FHC e replicada pelo Paladino dos Pedágios Geraldo Opus Dei Alckmin estivesse OK à luz da razão, por que Alckmin barra toda e qualquer CPI que se pretende instalar na ALESP sobre o assunto?
    Será que ele tem medo de OAS, Camargo Correa, Odebrecht e outros que tais?
    Ou medo do Paulo Preto?
    Ou medo da Alstom?
    Acorda filho. Vai lá comentar no bolotaço do Serra Trololó. Lá vc pode ejacular suas sandices verbais à vontade, vai ter plateia e aplauso, vai estar no seu habitat natural.

    ana

    vê mesmo, Bruno. o seu. quanto te pagam para que você defenda as concessionárias?

    edv

    Andei pelo Ceará uns 1500 km e também não tive do que reclamar do que usei.
    Nenhuma "autobahn" (só mesmo na Alemanha).
    Mas também nenhum pedágio!
    Ou seja, com governos que querem, dá pra fazer.
    Assim como no exemplo da estatal aberta Petrobrás e da privada Vale.
    O que não significa que sou contra pedágio (que pode até ser público).
    Ou privatização (se for necessária).
    Sou contra pedágio "safado".
    E privatização "safada".
    E os safados que deitam e rolam fazendo do interesse público um negócio…
    Safado!

Lia

Vejam o que denomina o termo Politicamente Correto, e quando o povo Exige corretamente a coisa acontece.
http://www.youtube.com/watch?v=3iLEN2_UpDA
http://www.youtube.com/watch?v=77y1Bj-fHt0&fe
http://www.youtube.com/watch?v=e-wgQ3re-F0&fe
http://www.youtube.com/watch?v=ZxruR3Q-c7E&NR

Thomas Morus

Senhores, capitalismo sem RISCO não é capitalismo é socialismo. O PSDB inventou a social democracia que tira do pobre para dar para o (amigo do Rei) rico. Pela re-estatização das estradas.

Lia

A questão é muito profunda, mais que gostaríamos que fosse. O nosso país é lindo e cheio de riquezas naturais, e só de passagem mal exploradas, e exemplo claro a grilagem nas terras da União e etc… país onde existem várioas reis (os nossos ilustres políticos e alguns mal sabem assinar o nome, além dos demais corruptos que existem em outros setores também na máquina da corrupção), e a plebe "nós" que trabalhamos pra manter todos eles bem confortáveis, bem fartos e com as burras sempre cheias de dinheiro, e quando as coisas apertam um pouquinho para eles, a saída é SEMPRE MAIS IMPOSTOS, e se não dá pra aumentar o valor da contribuição JÁ EXISTENTE, eles (categoria política) prontamente criam mais um imposto, votam rapidinho e na surdina e aprovam o tal novo imposto, mas NUNCA, JAMAIS SEM ABRIR MÃOS DE SEUS INÚMEROS BENEFÍCIOS (criados por eles mesmos sem a aprovação do povo) E seus salários ASTRONÔMICOS! E assim é esse reino chamado Brasil, de gente alegre e feliz que adora PAGAR IMPOSTO E MAIS IMPOSTOS. Detalhe, sem reclamar onde se deve que é na URNA! UM REINO ONDE A DIGNIDADE, JUSTIÇA, VIDA, MORAL, EDUCAÇÃO, SAÚDE, O CARÁTER, HONESTIDADE E ETC… TUDO TEM SEU PREÇO. A coisa mais fácil do mundo é comprar isso no Brasil, "além do proprio brasileiro" claro! a exemplo os nossos "ilustres representantes" lá em Brasília. As "pessoas" ínfimas desta nação, que são a grande maioria, não estão nem aí pra o que acontece de verdade neste país, caso contrário não elegiam esses cânceres, que estão na nossa política a anos e anos, só sugando e sugando nossas vidas, através de impostos. O imposto no Brasil, virou fonte de renda de corruptos e salafrários que cada vez aumenta mais… Não se trata ser contra os impostos, apenas de ser contra os abusos cometidos com nosso dinheiro, para começar a falta de prestação de contas devida, temos diversos casos de quem vira político neste país que morava em uma casa simples e em menos de 1 ano estava em uma mansão! Muitos fazem fortunas na política, com dinheiro desviados, e ninguém cobra esses caras! E Ninguém consegue prender estes caras e fazer eles aprodecerem na cadeia! Acho tão impressionante!!!
O termo CPI é algo tão fantasioso que me enche de nauseas. Você cidadão (ã) que trabalha pra bancar todos os políticos, tem que justificar cada ato seu ao seu patrão, mas, os políticos que são nossos funcionários, agem sempre sem prestar atenção em nós, ou melhor sem se importarem conosco literalmente, nós que pagamos seus salários, tamanho é o absurdo! E o mais constrangedor nisso tudo é a inversão de valores que sofre o povo, onde o errado é visto como certo e o certo como errado! Se o erro, crime, desvio de conduta é no o outro ela estava errado, mas se a for eu, eu estou certo! Não existe o certo é certo e errado é errado, pra ambos, a lei de fato se se aplica por conveniência! E um orgão que eu nunca vejo agir de fato quando assunto é verba/imposto desviado é o TCU, parece um orgão amputado, ao contrário da Receita "de pizza".

Pafúncio Brasileiro

Pafúncios que nem eu. É urgente o levantamento sobre a exploração das fibras óticas pelas concessionárias nos canteiros centrais das principais rodovias paulistas. Isto precisa ser levantado pois ganham uma baita grana TAMBÉM com isso e não é contabilizado no preço do pedágio. Este assunto é "batata quente" para eles. Será que ninguém vai ajudar a esclarecer isto ?

    Oliveira

    Muito bom Pafúncio é isso mesmo o caso da fibra ótica, mas não podemos esquecer da esploração da publicidade que é ambem fonte de lucro para eles e pequeno, mas se por na pnta do lapis é uma boa grana.

SILOÉ -RJ

É a nova classe média toda se achando, orgulhosa no seu carrinho, mandando ver nas cobranças dos seus direitos, aí em São Paulo. Nos aguarde!!!
É para essa nova classe média que o FHC quer virar suas baterias!!!
Tadinho!!! Dá até dó!!!

Daniel Vieira

Caro Azenha, perdão, a opinião do pig, só fede, nada mais que isso. Mau humor esse meu.

Melinho

Fora de pauta.

A folha continua a mesma merda. Veja só a manchete da Folha online de hoje: "Sem Lula no mensalão, Dirceu será absolvido".

    FrancoAtirador

    .
    .
    Quem fez essa afirmação que virou manchete da Fulha (Folha Pulha)

    é um midiático procurador regional da república, que adora se autopromover.

    Aliás, foi esse mesmo procurador que ganhou um "troféu papagaio" da AMB,

    apresentadora de um programa especializado em culinária político-jurídica, da RGTV.
    .
    .

FrancoAtirador

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HINO DOs ZÉs POVINHOs
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OS NINGUÉNS
(Tradução)

As pulgas sonham com comprar um cão,
e os ninguéns com deixar a pobreza,
que em algum dia mágico a sorte chova de repente,
que chova a boa sorte a cântaros;
mas a boa sorte não chove ontem,
nem hoje, nem amanhã, nem nunca,
nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte,
por mais que os ninguéns a chamem
e mesmo que a mão esquerda coce,
ou se levantem com o pé direito,
ou comecem o ano mudando de vassoura.

Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, os nulos,
correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são, embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam supertições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não têm cultura, têm folclore.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal,
aparecem nas páginas policiais da imprensa local.

Os ninguéns…
que custam menos do que a bala que os mata.”

[youtube BF7CKx9PcU0&feature=player_embedded http://www.youtube.com/watch?v=BF7CKx9PcU0&feature=player_embedded youtube]

FrancoAtirador

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HINO DOS ZÉs POVINHOs
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LOS NADIES
(Eduardo Galeano)

Sueñan las pulgas con comprarse un perro
y sueñan los nadies con salir de pobres,
que algún mágico día llueva de pronto la buena suerte,
que llueva a cántaros la buena suerte;
pero la buena suerte no llueve ayer,
ni hoy, ni mañana, ni nunca,
ni en lloviznita cae del cielo la buena suerte,
por mucho que los nadies la llamen
y aunque les pique la mano izquierda,
o se levanten con el pié derecho,
o empiecen el año cambiando de escoba.

Los nadies: los hijos de nadie, los dueños de nada,
los nadies: los ningunos, los ninguneados,
corriendo la liebre, muriendo la vida, jodidos, rejodidos.
Que no son aunque sean.
Que no hablan idiomas sino dialectos.
Que no profesan religiones sino supersticiones.
Que no hacen arte sino artesanía.
Que no practican cultura sino folklore.
Que no son seres humanos sino recursos humanos.
Que no tienen cara sino brazos.
Que no tienen nombre sino número.
Que no figuran en la historia universal
sino en la crónica roja de la prensa local.

Los nadies…
que cuestan menos que la bala que los mata…

[youtube pEkyblfn6oo&feature=player_embedded http://www.youtube.com/watch?v=pEkyblfn6oo&fe… youtube]

    ZePovinho

    Não conhecia e adorei.Valeu!!!

mquadros1

Pelo visto as concessionárias terão que contratar algum executivo que saiba manter a grande imprensa quieta através do pagamento mensal de alguns milhões em propaganda superfaturada.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Será apenas mais um episódio da série

    MENSALÕES DO PIG,

    popularmente conhecidos como "JABÁs"

    que não se limitam à indústria fonográfica.
    .
    .

Fábio

É possível saber quem são as "pessoas físicas" que detêm o controle acionário das concessionárias de rodovias? Uma pesquisa a respeito pode mostrar a razão dos valores escorchantes.
Por que o Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Bruno Covas) quer ampliar a inspeção veicular para todo o Estado?
Quem fará a inspeção? A Controlar que pertence a CCR? A quem pertence a CCR?

Pafúncio Brasileiro

Azenha,
E a exploração das redes de fibras óticas pelas concessionárias ? Isto dá uma grana impressionante com a transmissão de dados. A arrecadação da transmissão de dados com as fibras óticas enterradas nos canteiros centrais das rodovias não é computada ou contabilizada em nenhum lugar. Isto faria o preço do pedágio cair muito. Ou seja, fizeram (a tucanalha) a concessão das rodovias e não previram o preço do pedágio com a exploração das fibras óticas. Aí as concessionárias "nadaram" de braçada. Azenha, porque não se fala do uso das fibras óticas nas rodovias ??

Antonio Soares

Essa patranha das concessões dos pedágios, naturalmente não são consideradas cartórios pelos neoliberais. Até quando, paulistas otários ?

Roberto Locatelli

Os tucanos, mesmo sendo a favor de privataria completa, deveriam prestar mais atenção nisso.

1) Os pedágios afetam a classe média, justo onde os demotucanos tem sua maior base. Tudo bem que a classe média paulista é otária. Mas chega uma hora em que até os otários abrem os olhos. É aí que a casa cai.

2) Pedágios caros fazem com que os produtos transportados fiquem mais caros, o que também é notado pela classe média, que viaja para outros estados a negócio ou por lazer.

3) As empresas que dependem de transporte rodoviário (a maioria nos dias atuais, pois nossa malha ferroviária ainda não se recuperou dos anos FHC) começam a fazer as contas e descobrem que vale a pena ir embora do estado. Com isso a arrecadação se reduz, postos de trabalho são extintos, o estado se empobrece. Aliás, é isso mesmo que está a ocorrer.

    Scan

    Ah, Roberto…
    Será que os otários abrem mesmo os olhos alguma hora?
    Os 20 anos de punguistas nos governos de Sumpaulo já não teriam sido suficientes?
    Não, meu caro, continuaremos a eleger a canalha para conduzir a capital e o estado.
    Que importa se nos outros estados os produtos são mais baratos? O importante para paulistas é justamente que os preços sejam excludentes: eu posso comprar, você não.
    []'s

ZePovinho

AH!!!!!!!!!!!!Cadê o Goro Hama,o Delúbio do Covas???????????????

Aline C Pavia

Cadê a Carmem Leporace pra matar nossa saudade de suas sandices fluoxetinadas?

    SILOÉ -RJ

    Ela como ninguém, vivendo em SP acho eu, e sendo PSDBista, pode nos dizer o que sente toda vez que mete a mão no bolso pra pagar esse pedágio.

Eduardo Marques

A questão não é apenas do lucro e do faturamento exorbitante obtido pelas concessionárias. A questão é que estes valores são repassados para os preços de todas as mercadorias e serviços no Estado de SP, tornando o custo de vida muito mais alto.
Outra questão importante: as concessionárias antigas não são responsáveis por conservar estradas vicinais ou outras rodovias. Estes recursos saem do chamado "onus fixo" pago pelas concessionárias para o Estado fazer o serviço. Em 2006 e 2007, as estradas vicinais e demais rodovias estaduais estavam em péssimo estado, levando o governo Serra a lançar um pacote de obras nesta área. Ainda existem muitos problemas no setor em todo o Estado. Infelizmente a situação em São Paulo tem sido a seguinte: ou pagamos valores da Noruega para ter bons serviços ou trafegamos por estradas péssimas. Não existe meio termo.

FrancoAtirador

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MEMÓRIA HISTÓRICA

Isso acontece porque os acordos pioneiros foram firmados
EM TEMPOS DE ECONOMIA ESTAGNADA [governos PSDB/DEM]
e eram considerados de risco.

Para torná-los atrativos, o poder público concordou em incluir nas cláusulas
uma taxa maior de retorno de investimento, cerca de 18%.

Ou seja: em qualquer cenário, a concessionária tinha assegurada uma boa margem de lucro.

[Além disso,] …os acordos têm validade entre 25 e 35 anos.

As [concessões] mais antigas, assinadas no fim da decada de 90
pelo governo de Fernando Henrique Cardoso [PSDB]
e pelos estados de São Paulo [governo Mario Covas-PSDB],
Paraná [governo Jaime Lerner-DEM] e
Rio Grande do Sul [governo Antonio Britto-PPS].

Outro problema dos contratos antigos é que os valores
são reajustados pelo IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas.

No periodo entre 1997 e 2007 ele variou bem acima do IPCA do IBGE,
índice utilizado pelo governo para medir a inflação .

Nesse período, as tarifas do Sistema Anhanguera-Bandeirantes,
que continuam reajustadas pelo IGP-M, aumentaram 270%,
acima da inflação oficial medida pelo IBGE.

Atualmente, mais da metade dos contratos da CCR,
[por exemplo], seguem calcados no IGP-M.

Ou seja, mesmo NOS TEMPOS DE BONANÇA DE HOJE (!!!),
as concessões antigas continuam praticando preços
que refletem o cenário do fim da década de 90 (governos PSDB/DEM).

Segundo levantamento feito pela Austin Rating com as 15 principais concessionárias brasileiras,
o ramo é o quarto mais rentável do país.
Perde apenas para empresas de cartão de crédito, bebidas, cigarro e mineração,
mas está à frente dos setores de calçados, indústria e até dos bancos.
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AS PRIVATIZAÇÕES DOS GOVERNOS NEOLIBERAIS (PSDemB), DO FINAL DO SÉCULO 20,
TROUXERAM CONSEQÜÊNCIAS DANOSAS, AO BRASIL, ATÉ OS DIAS DE HOJE.

COMO DIZIA VLADIMIR ILITCH ULIANOV:

"QUEM NÃO TEM IDEOLOGIA É ESCRAVO DA CIRCUNSTÂNCIA"

E, EM HAVENDO IDEOLOGIA, AINDA É PRECISO FAZER A ESCOLHA CERTA.
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joão b. do amaral

Lembrar que os elevados preços que vigoram nos pedágios das rodovias paulistas ajudam a elevar os preços de mercadorias que são essenciais para o consumo dos brasileiros , em função dos elevados preços dos fretes , uma vez que a maior parte destas mercadorias transitam pelas rodovias do estado de São Paulo. E lembrar que a oposição tucana critica a elevada carga tributária do governo federal.

Adilson Cavalcanti

Na época do Governo MIlitar, as estradas tinham acostamento, sinalização (inclusive olho-de-gato nas margens), não havia buracos, nem ladrões de cargas e nem pedágio.
O valor da TRU era módico e por isso mesmo ninguém reclamava de pagá-lo.
Havia plano plurianual de construção e pavimentação de estradas, as balanças de pesagem funcionavam e a Polícia Rodoviária circulava pela rodovia, ao invés de ficar dormindo no posto.
Bons tempos.

    Pedro Teixeira

    É claro que todo mundo acha isso; quem reclamasse morria, né?

    Dúvido que a resposta seja esse saudosismo de tempos autocráticos, esta aparente ordenança pode ser atribuída a incontáveis fatores que não o primor com que os militares cuidavam da coisa pública.

    Ademais, esse saudosismo só serve pra afundar a democracia pátria na desesperança, na idéia de que a nossa civilização não foi feita para a democracia. E eu discordo enormemente dessa assertiva. A história há de me fazer justiça quanto a isso.

Gerson Carneiro

Não adianta a blindagem da velha mídia. Outro "trololó" recentemente desfeito foi a ladainha do "Estado mais rico".

ZePovinho

Quanto aos combustíveis:

Em São Paulo se cobra 25% de ICMS(imposto estadual que sustenta oligarquias) e outro tanto de ISS(alguém aí pode informar?),que é um imposto municipal cobrado dos postos de gasolina.Somando isso,temos mais de 1/4 do preço da gasolina só para as oligarquias estaduais/municipais mamarem.
Depois vem o álcool adicionada à gasolina,que as usinas aumentam ao bel prazer e fora da planilha de custos.
O preço da gasolina que a PETROBRÁS fabrica está estável há anos.A ANP(agència criada para defender empresas privadas) não faz nada.
A inflação,em sua maior parte,vem da montanha de dólares que os EUA mandaram imprimir com os 2 pacotes de "facilidade quantitativa"(quantitative easing 1 e 2),uma novilíngua da nomenklatura de Wall Street que significa ligar a impressora e fabricar dinheiro à vontade,sabendo que se pode exportar inflação para os países que adotam o padrão dólar flexível(outro nome em novilíngua para o papel pintado que é o dólar).

Lazlo Kovacs

Um amigo meu é engenheiro civil e tem contatos, evidentemente, com outros engenheiros.

Além disto, tem contato com profissionais que foram contratados para verificar a relação custo-benefício das rodovias estaduais paulistas.

O que ele me disse na época?

"A empresa de engenharia e o político recebem suborno e fica tudo por isto mesmo", querendo dizer que são maquiadas as análises.

Lembrando, humoristicamente, do Zé Simão, que apelidu o "diguinícimo" e falecido governador Mário Covas de "Covágio".

    Lazlo Kovacs

    Errata: "apelidou".

    Pedro Lomba

    Ou tu denuncia isso ao MP ou tu fica calado.

    João

    E desde quando a justissa de Sum Paulo funciona??

    Lazlo Kovacs

    Grande sugestão – apesar desta linguagem autoritária. A quem trabalha? Não responda, pois sei que não tem proposta de governo.

    M. S. Romares

    Baita bobalhão….

    Orsola Ronzoni

    Para Lazlo Kovacs •
    Pois é meu caro, foi o saudoso Covas que iniciou essa empreitada e os seus precedentes deram continuidade para São Paulo contar hoje com uma malha rodoviária de 34.650 km, com o maior número de estradas duplicadas da AL, quiçá do mundo. Levou esse benefício para toda população, fazendo com que atualmente 90% dos paulistas estejam a menos de 5 km de uma estrada pavimentada, pois as concessionárias que cobram pedágios em SP estão obrigadas a zelar pelas estradas vicinais que não têm pedágio. A população paulista “desaprova” tanto essa medida que desde 1994 o partido do Covas completará em 2014 um ciclo de 20 anos ininterruptos no poder. E o melhor de tudo: faz tempo que SP não figura mais nas estatísticas de acidentes fatais por culpa das condições precárias das estrada. Já nas estradas federais ela é a principal causa.

    Lazlo Kovacs

    Um bom discurso, baseado em números, enaltecendo a gestão tucana. Claro que a conta é "burra" (termos da comentadora), aquela estatística em que você conta uma família com dois carros e outra sem e faz a média. Então, é preciso determinar com clareza esta história de "benefício a todos". Talvez "todos aqueles que possuem carro no interior da média".

    A discussão é se o benefício vale o seu custo, por mais que se diga que as estradas estão em bom estado – devemos entender que vale qualquer preço? Em dados de 2001(já que importam os dados), como se vê em http://www.estadao.com.br/arquivo/economia/2001/n… "76% dos entrevistados se disseram satisfeitos com as concessionárias rodoviárias"; porém, "78% acredita que as tarifas são muito caras". Moral da história: não existe relação direta entre índice de satisfação das estradas e aceitação do valor do pedágio.

    Por qual motivo o Estado paulista não quer intervir no problema? Algum "rabo preso" com as concessionárias que não possa ouvir os "78%" daqueles que acham a tarifa cara?

    Com relação ao fato de os tucanos serem eleitos mais uma vez, não deixa de ser uma excelente questão pois, se retiramos as estradas, a educação, o transporte (não a estrada para transporte individual de passageiros, mas o metrô) e a saúde vão mal. Claro, se a imprensa esconde por omissão o que é feito localmente, na Assembleia Legislativa, nas Secretarias Estaduais de SP, etc, etc, você não tem como se informar e ligar o fato concreto à causa. Por isto, os comentaristas aproveitam para jogar a culpa no petismo ou seja lá o que for. Os tucanos, neste caso, não governam São Paulo.

    Aliás, nada melhor do que barrar CPIs. Vejamos em http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2011/0…. "Um dia após ser eleito, Barros Munhoz barra CPI dos Pedágios na Alesp".

    Sobre o seu Covas, desde a época dele lá na Baixada Santista, era "meio esquisito". Mas isto não importa, seria mais um "causo". Leia-se em http://www.istoe.com.br/reportagens/31278_OS+BONS…. Deixo para o leitor.

    Aliás, por qual motivo um modelo de transporte baseado em estradas? O que houve com a malha ferroviária? A ALL, proprietária da malha privatizada em SP, destroçou-a. Situação esta que também é alvo de CPI.

    Nada mais para o momento.

    Quando saímos da "mera" questão dos pedágios e começamos a contextualizar o problema, torna-se uma massa bem cheirosa.

    Orsola Ronzoni

    Sim, beneficia a todos, pois ou de carro ou de ônibus todo mundo se utiliza de uma estrada. E trafegar em uma estrada de pavimentação excelente é satisfação garantida.
    O bolso é a parte mais sensível do corpo humano, por isso que 78% das pessoas acreditam que as tarifas são caras. Eu também a acho cara, mas ainda é o único serviço público em que vejo contrapartida pelo dinheiro que estão me cobrando.

    Lazlo Kovacs

    Segundo o raciocínio, está disposta a pagar qualquer preço por uma estrada decente. Ao deixar o preço de acordo com aquele que detém a concessão, o Estado deixa de realizar o seu papel fiscalizador. Aliás, não será isto mesmo que o Covas & Asseclas vem fazendo continuamente em SP? Para se diminuir a corrupção (sic) implanta-se um papel mínimo ao Estado, como vemos em http://www.scielo.br/pdf/ln/n52/a05n52.pdf, que recomendo à leitura de gregos e troianos. O texto é "ideológico", claro, mas vale a leitura.

    "As pessoas ACREDITAM (sic) que as tarifas são caras" pois "o bolso é a parte mais sensível do corpo humano". Deixando de lado a má metáfora, mas de modo objetivo, o preço dos pedágios são repassados aos produtos (como bem disse um internauta) e pressiona o orçamento das famílias. Portanto, é inflacionário (em tempo: quem quer avidamente o retorno da inflação pela simples falta de plataforma política?) .Não importa qual seja o valor – afinal, se estão colocando a mão no meu bolso em uma atitude sem peias e o Estado e seus poderes constituídos não investigam, deveria aceitar? A quem o Estado serve quando deixa de zelar pelo interesse público? Além disto, as pessoas que ACREDITAM (mudança sutil do texto por parte de Orsola, insinuando subjetivismo, achismo e, portanto, digno de erro por parte do pesquisado) podem INTUIR (forma de compreensão da realidade de modo imediato, também de origem subjetiva, mas a partir de dados) que algo está errado. Não precisamos ir longe, pois os internautas já colocaram os dados objetivos a respeito do aumento dos pedágios, os índices de inflação, a taxa de retorno em melhorias, etc. Além disto, é preciso levar em conta o próprio subjetivismo da leitora. Ela mesma afirma sobre si mesma: "vejo contrapartida pelo dinheiro que estão me cobrando". Se a sua experiência – subjetiva – se refere àquilo que vê, qual o valor dos dados que traz senão apenas para defender a sua própria experiência subjetiva? Bem se vê que em termos de política, temos que nos ater, igualmente, às paixões.

    Aqui vem o grande ponto das análises de Orsola: a política do mal menor e de um conformismo (confortável?) acabrunhante – se não tem carne, come-se pão; se não tem pão, roi-se o osso. Como vê apenas ESTA contrapartida, a da boa estrada, põe-se a defender o todo.

    Por fim, dentre os 78% que citei anteriormente, tenho a hipótese de que, sim votaram no Alckmin, o que não deixa de ser uma grande questão, a saber, como alguém pode agir contra as suas próprias necessidades e interesses.

    Orsola Ronzoni

    Para Lazlo Kovacs
    Seu texto é confuso e enviesado, e ao longo dele você se contradiz. Para dizer que a metáfora do bolso é má, escreve que “o bolso é sensível quando colocam a mão nele, sobretudo quem não deveria”. E logo em seguida arremata “se estão colocando a mão no meu bolso em uma atitude sem peias e o Estado ….”
    Não são palavras minhas, mas suas que "78% acredita que as tarifas são muito caras". Você as disse na primeira intervenção, eu apenas as repeti.
    Preciso da tecla SAP para entender o seu contraponto à minha afirmação "vejo contrapartida pelo dinheiro que estão me cobrando". Eu disse que acho o pedágio caro. Como tb acho caro e um absurdo dar para o governo 40% do que eu ganho e receber em troca um serviço de merda em termos de educação, segurança, transporte, assistência médica, etc. Pago um imposto escandinavo e recebo serviços africanos do governo. No caso do pedágio, não, pago taxas escandinavas, mas recebo estradas excelentes, de qualidade tb nórdica.
    Por fim, de 1994 até 2010 os candidatos do PT para governador, Zé Dirceu, Marta ex-Suplicy, Genoíno, Mercadante, tinham no preço do pedágio o seu principal mote de campanha e perderam de lavada logo no primeiro turno. Portanto, a sua afirmação de que “se apenas a estrada que o seu carro anda serve de modelo para dizer que existe uma boa gestão de Estado em SP, então só posso lamentar” é falacioso. Diga aos seus pares para mudar o discurso caso contrário sabe Deus por mais quanto tempo vocês ficarão por na fila.

    Lazlo Kovacs

    1. "O bolso é a parte mais sensível do corpo humano" chega a ter estatuto de argumento? Apenas usei as suas próprias palavras em tom de ironia (um exercício de metalinguagem para o momento).

    2. Confirma, efetivamente, de que faz parte dos "76%" da estrada boa e dos "78%" que consideram a tarifa cara. Enfim, pratica a política do mal menor.

    3. Paga uma taxa escandinava e recebe um serviço africano? Mas não farei tábula rasa da História. Quem gosta de fazer isto é o Alckmin em termos de gestão tucana. A educação vai mal? Quem é o Secretário Estadual da Educação? Há quanto tempo um professor não recebe aumento decente? Vale a pena ser professor da rede pública de SP, que coloca como tese central que "o número de alunos em sala de aula não afeta o desempenho e o aprendizado" (relatório do Banco Mundial)? O transporte vai mal? Quem é o Secretário de Transportes do Estado? Por algum acaso toma o metrô (então veja em http://2.bp.blogspot.com/_TsK2WHBCW4U/S9AN0xroTNI…? Quem é o Secretário Estadual da Saúde? Quais as políticas para estas áreas nos últimos vinte anos? Isto sem falar das CPIs nas gavetas e arquivos da AL. Os "blogs sujos" dão o máximo de informações e você sabe disto. Parece que atira no Governo Federal e respinga no Estadual.

    4. Quanto ao fato de "meus pares" – teria eu? – mudarem o discurso, tenho a hipótese de que SP não é, necessariamente, projeto de poder – muito embora seja o Estado que mais se beneficou com a política econômica de Lula. O PSDB virou o Partido Republicano Paulista, não encontra consistência interna, pois está em conflito com forças do próprio partido de outras regiões do Brasil.

    5. A questão do pedágio é apenas UMA dentre várias situações horrorosas em termos de gestão dos vinte anos de tucanagem, respaldada pela censura seletiva dos jornalões de esgoto. Parece defender com unhas e dentes o que nem mesmo tem certeza de ser correto. É o conservadorismo em sua mais tenra carne. E como sempre, a culpa do que acontece no Metrô, na Assembléia Legislativa, na Educação Paulista seja "toda do PT". É a Dilma quem governa aqui?

    5. Ainda continua em pé o acabrunhante problema: como e por qual motivo alguém pode agir contra os seus próprios interesses.

    Lazlo Kovacs

    A causa de as pessoas acharem que as tarifas são caras é pelo fato de o bolso ser a parte mais sensível do corpo humano. Eu pensei que fosse o valor da tarifa em si mesma que tornasse o pedágio caro. Deixando a má metáfora de lado, o bolso é sensível quando colocam a mão nele, sobretudo quem não deveria. Se existe contrato de concessão deve-se ao fato de prestar um serviço que, segundo uma tese de concepção de Estado, deve deixá-lo de fora. Sob a égide de combate à corrupção, implantou-se esta concepção, mas criou outras formas mais nefandas. Ver o texto "ideológico-mor" em http://www.scielo.br/pdf/ln/n52/a05n52.pdf.

    Estamos lidando, então, com a teoria do mal menor – onde não se come a carne, come-se pão; se não tem pão, rói-se o osso. Na falta de algo melhor (esconde-se aqui um certo conformismo), aceitamos o que está e aferramos as nossas convicções nisto. É melhor uma empreiteira que o Estado; o Estado é ineficiente; a concessionária que cobra alto o valor do pedágio rouba, mas faz.

    Se apenas a estrada que o seu carro anda serve de modelo para dizer que existe uma boa gestão de Estado em SP, então só posso lamentar.

    João

    Carmem, você voltou com outro nome?

    Também, depois daquele escorregão na matéria da menina que teve o pai falecido no acidente da Air France, qualquer um se esconderia.

    Mas, como sabemos o que você pensa, e como escreve, aposto 10 contra um que é você Carmem Leporace.

    Leider_Lincoln

    Sabe ler, Carmem Leporace/Suzana Alves/Paulo Amaral/Henderson Sousa/Ubaldo?
    Então leia: "Apesar da queda nos investimentos, as tarifas continuam subindo. Desde a concessão dos primeiros trechos rodoviarios, em 1995, até Janeiro de 2011, os valores cobrados nas praças cresceram, em média, 120% acima da inflação, segundo o Ipea. A diferença influencia o preço dos fretes e dos alimentos, já que cerca de 60% da produção agrícola brasileira é escoada por rodovias."

    Marcelo Fraga

    O Ubaldo não era tão besta como esses outros que você citou e que infestam o Viomundo. Com aquele até dava pra conversar.

    Já com essas bestas quadradas aí…

    Abs.

    beattrice

    20 anos de dinastia tucana transformando o Palácio dos Bandeirantes numa espécie de Bastilha do Morumbi, mas como aquela um dia esta também cai, metaforicamente claro.

Gerson Carneiro

Viiije! Até a Abril agora tá atirando pedra? Tá sem moral hein Zé Bolinha!
Que matéria ótima para estreiar o Bolotaço.com
Não adianta, disfarçam, fazem cara de paisagem, desconversam… mas uma hora alguém faz uma blitz e cata eles no flagra. Esses demo-tucanos… são só pose.

beattrice

“Quando há lucro excessivo, duas coisas podem estar ocorrendo:
sobrevalorização do preço ou falta de investimentos”
Nos pedágios paulistas privatizados pelas aves de rapina tucanas as duas coisas ocorrem.
A AUTOBAN é emblemática, quem quiser pode chamar para um desafio,
a BANDEIRANTES e a ANHANGUERA ostentam trechos esburacados simplesmente perigosíssimos.
E a CCR ainda "controla" de quebra a CONTROLAR, o pesadelo de qualquer paulistano motorizado, pesadelo que o secretário Covas, neto do coveiro, ainda quer estender a todo estado de SP.
Muito rentável tudo isso, pra eles.

M. S. Romares

Excluindo assalto a banco, pedágio é a atividade mais rentavel. E com uma característica bastante agradavel: ele é legal. Não justo, apenas legalizado. Acho que em cada praça de pedágio, os felizardos que exploram essa atividade deveriam, em um gesto de eterna gratidão, erigir uma estátua do Çerra, ou do Saboroso, ou até do Boca.

Marcelo de Matos

E o combustível, também é o mais caro do mundo? Naquela sua reportagem sobre a Venezuela, que assisti de novo ontem no Entrevista Record News Mundo, com o Rodrigo Viana, você diz que com R$ 2 se enche o tanque por lá. Fiquei com vontade de alugar um carro na Venezuela e sair gastando o combustível que tanto economizo por aqui. Hoje fui consultar uma médica para cuidar da rinite e li uma daquelas revistas que só se lê em consultório. Parece que era Moto Esporte. Diziam que a Honda não vai produzir carro elétrico aqui se o governo não der incentivos, como fazem os outros países. É claro que aqui eles não terão incentivos porque estamos dominados pelo poderoso lobby dos usineiros. Vamos continuar usando carros flex, que gastam mais que os monocombustível, sem ver a cor do álcool. E os cartéis continuarão agindo impunemente. Será que um dia, com o Pré-Sal gorgolejando, pagaremos mais barato pela gasolina?

    Jotapeve

    É Marcelo, não é fácil viver neste país…tô chegando à conclusão que independentemente de quem esteja no governo o povo é e será sempre roubado. Pedágios mais caros do mundo e estradas precárias. As autoridades tem a cara de pau de anunciar que o Brasil é autosuficiente em petróleo..que tem o pré-sal e nós, os babacas, pagando 3,00 reais o litro da gasolina…tão de brincadeira com a gente.

    edv

    Ora, de Matos, lobby é uma coisa que já vem desde o século 19 pelas irmãs siamesas petroleiras e industria automotiva. Nós temos no momento a melhor matriz automotiva de combustível do mundo.
    As outras soluções são ainda incipientes e somente quando deixarem de ser é que se tornarão efetivamente disseminadas.
    Outra coisa que vc deveria perceber, ao falar em cartéis, monopólios, etc. é que TODA a nossa indústria automotiva, uma das maiores do mundo, é ESTRANGEIRA!
    As nossas filiais smpre farão aquilo que suas matrizes decidirem, não "nós"…
    isto faz parte bem sucedida do modelo neoliberal, que vc deve ser fã.

    edv

    Ou talvez não seja fã, posso ter percebido errado seu comentário. Mas fica o restante.

Pedro Lomba

A inflação tá vortando…. te cuida Dilma….

    M. S. Romares

    Tá apostando nisso, né trollzinho?? Vais quebrar a cara. Essas viuvas do Boca não se emendam mesmo.

    Leider_Lincoln

    "O montante arrecadado nas praças é 22% maior que em 2009. Apesar disso, no último ano, elas investiram 16% menos em melhorias nas rodovias sob sua administração."

    Luís

    Eis um leitor da Miriam Porcona. Dá uma lida nesse texto:
    http://hariprado.wordpress.com/2011/05/09/caresti

    edv

    Ela voltou com FHC, que a entregou alta a Lula, que tratou de reduzí-la.
    Leia um pouco mais sobre a crise e a inflação no mundo todo.
    Aí talvez vc torça menos para que as coisas dêem errado.
    E salve seu pé de inúteis tiros a esmo.

    Will

    Pedro, recomendo que vc assista esse vídeo:
    [youtube 8KPkkAdN5Vs http://www.youtube.com/watch?v=8KPkkAdN5Vs youtube]

GilTeixeira

"Sob qualquer ângulo que se olhe, os números são absurdos. Até quando o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público Estadual permanecerão omissos no caso das rodovias paulistas?"

Até quando a oposição, no estado, chegar ao poder, aí eles vão fazer como fizeram com a CPMF. Já que o pedágio funciona como imposto indireto pra engordar os cofres do estado.

Em 1992 participei de um festival de teatro na cidade do Porto, eu e um amigo alugamos um carro e fomos viajar por Portugal, a primeira viajem foi pra Lisboa, pegamos a estrada com pedágio, lá os pedágios ficam nos trevos de saída e entrada da estrada, quando vc entra recebe um ticket que você vai entregar na cabine na saída e a cobrança é feita pelo tanto de quilometros que você rodou, e não a cada 50 km como aqui.

    beattrice

    Antes precisa combinar com a oposição pra ver se eles QUEREM chegar ao poder em SP,
    porque a atitude do candidato da "oposição" em SP foi deplorável,
    leia-se Mercadante, o "especialista" em ciência e tecnologia.

    Klaus

    Talvez quando a oposição chegar ao poder no estado faça como fez com a CPMF e este pedágio passe a não ser tão caro e sim necessário para o desenvolvimento do estado. Na oposição o PT era contra a CPMF, na situação a favor. Com os pedágios será a mesma coisa. Governo algum rasga dinheiro.

    Leider_Lincoln

    Só que este pedágio, gênio, não dá dinheiro para o governo. Só para as concessionárias…

ZePovinho

Coitado do Zé Povinho paulista.Esses pedágios são uma brutal extração de renda do trabalhador.
Esse dinheiro poderia ser usado em outras coisas mais prementes para o bem estar de nós:a escumalha,a choldra,os esquecidos por Deus e pelo Diabo.

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