25 de maio de 2011 às 14:47h
por Sergio Lirio, em CartaCapital
Cômico: para manter firme um “raro elemento de racionalidade” em Brasília, segundo definição de Antonio Palocci feita por uma certa revista, a presidenta Dilma Rousseff viu-se obrigada a ceder a todo tipo de irracionalidade.
Ontem à noite, não só foi derrotada na votação do Código Florestal, como teve de aguentar graçolas de um aliado (aliado?), o deputado peemedebista Henrique Eduardo Alves. “Eu sou o governo”, afirmou o parlamentar ao cabo da decisão que alterou o código a favor da tese dos ruralistas e em meio a um discurso sobre a autonomia do Congresso (desde quando Alves se preocupa com isso?).
Hoje, noticiam os portais na internet, em troca do apoio das bancadas religiosas contra uma CPI que pretende investigar o súbito enriquecimento do ministro da Casa Civil, o Palácio do Planalto decidiu não mais distribuir o chamado “kit gay”, um material didático cujo objetivo era combater o preconceito nas escolas.
Segundo o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o governo concluiu não ser “prudente” editar o material neste momento.
Moral da história: para salvar Palocci, o governo se alia até a Jair Bolsonaro.




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