Rosangela Buzanelli, sobre Bolsonaro se dizer insatisfeito com o preço dos combustíveis: É só cena para fugir de sua responsabilidade

Tempo de leitura: 2 min
Da série "me engana que eu gosto": Bolsonaro finge que discorda do preço dos combustíveis e que a culpa não é dele. Fotos: Alan Santos/PR e reprodução

Para se eximir da responsabilidade, Bolsonaro encena insatisfação com política de preços dos combustíveis e troca até ministro

Por Rosangela Bruzanelli, em seu blog

Em mais uma crítica rotineira, o presidente da República encena sua insatisfação com a política de preços dos combustíveis, como se não fosse o responsável final por ela.

Seus discursos têm alvos bem específicos: terceirizar a responsabilidade que é sua, agradar sua fiel claquete e eleitorado e, de lambuja, jogar a população contra a Petrobrás.

Após recente troca do presidente da empresa, hoje acordamos como um novo ministro das Minas e Energia, que teria sido substituído, segundo a imprensa, por fazer críticas à política de preços da Petrobrás.

Mas a troca de hoje resolverá a escalada de preços dos combustíveis? Já sabemos a resposta.

Mantida a política de desmonte e privatização fatiada da Petrobrás, com destaque para a área de refino, o descontrole e aumento de preços continuarão, como já fartamente alertado por nós, comprovado com a privatização da RLAM na Bahia e recentemente constatado em estudo do TCU (https://epbr.com.br/privatizacao-de-refinarias-pode-encarecer-combustiveis-conclui-tcu/).

Mantida também a política de dolarização do preço dos combustíveis, através do PPI (Preço de Paridade de Importação), que ele, presidente do país e representante da União no controle acionário da Petrobrás, não modifica, continuaremos reféns das instabilidades do setor.

Subsídios, fundos de amortecimento, etc, são, de fato, uma outra forma de transferência de verbas públicas para o setor privado e de garantir seus altíssimos dividendos.

A solução depende da decisão política de abandonar a dolarização do preço do petróleo, gás e derivados, praticando um preço justo para a população, o país, a Petrobrás e ainda remunerar seus acionistas.

É possível? Certamente que sim. Já foi possível até 2016 e isso não quebrou a Petrobrás, diferentemente do que propalam nas mídias. Mas isso é matéria para outra conversa.

A solução é resgatar a Petrobrás para o Brasil e o povo brasileiro, que foi quem a criou e engrandeceu até aqui, superando desafios e obstáculos ao longo de sua brilhante história.

O resto é retórica.

*Rosangela Buzanelli foi reeleita recentemente representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás. Formada em Engenharia Geológica e mestre em Sensorismento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), ela acaba de completar 35 anos de trabalho na empresa.

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Comentários

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Zé Maria

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O Energúmeno Genocida bateu no Teto: 35%. O Resto é Rejeição.
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“PoderData: Bolsonaro para de crescer e Lula amplia vantagem”.

Na enquete eleitoral de Maio, diferença a favor de LULA
voltou a crescer em relação à pesquisa do mês anterior.

“Lula tem 49% entre os que recebem até 2 salários mínimos por mês,
contra 28% de Bolsonaro.
Esse estrato corresponde a quase metade da população brasileira.
Numa disputa presidencial, quem vence entre os mais pobres
dá um passo enorme para a vitória”.

Os dados foram coletados de 8 a 10 de maio de 2022,
por meio de ligações para celulares e telefones fixos.
Foram 3.000 entrevistas em 288 Municípios
nas 27 Unidades da Federação. [Poder360]
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Zé Maria

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Essa Encenação do Energúmeno Genocida, que se diz Presidente do Brasil,
tem pelo menos dois Propósitos facilmente identificáveis:

1) Se eximir de qualquer Responsabilidade
pelo Aumento de Preços dos Combustíveis
(Gás de Cozinha (GLP), Óleo Diesel, Gasolina);

2) Fazer com que, atribuindo à Petrobras a
culpa exclusiva pelo Reajuste dos Preços,
a População Brasileira, induzida em erro,
conclua, enfim, que ‘sendo assim, então
é melhor privatizar a empresa’.
Só de falar, os Abutres já ficam salivando,
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Essa é uma Estratégia que é comumente
utilizada pelo Guedes na Imprensa Venal.

Aliás, não fosse o Governo de FHC (PSDB/PFL), em 1997 [*],
quebrar o Monopólio da Produção, Refino e Distribuição
do Petróleo Brasileiro, abrindo o Capital da Petrobras na
Bolsa de New York/USA, e não haveria essa Manipulação
da Informação (Fake News) sobre quem é competente
para reajustar os Preços dos Produtos Refinados, Derivados
do Petróleo Bruto (Gás de Cozinha (GLP), Gasolina, Diesel)
que o Brasil tem de sobra, principalmente no Pré-Sal, que
por sinal foi amplamente desqualificado pela Mídia Venal,
durante os Governos do PT. Mentiram à época, assim como
agora mentem que a Dima quebrou a Petrobras.

A Petrobras nunca quebrou e não vai quebrar, se reduzir os
Preços Exorbitantes dos Combustíveis, mesmo que a Mídia
‘Tradicional’ (Neoliberal), Voz do Mercado, diga isso e repita,
e pela Repetição pretenda transformar a Mentira em Verdade.

*[ https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi120310.htm ]
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    Zé Maria

    “Na minha humilde opinião [Friedrich] Hayek,
    [Milton] Friedman e [Robert] Lucas foram os
    3 grandes economistas do século XX.” [*]
    https://twitter.com/ASachsida/status/1523965460978487303
    “Agradeço ao Presidente @JairBolsonaro pela confiança,
    ao min Guedes pela apoio e ao min Bento pelo trabalho
    em prol do país. Com muito trabalho e dedicação espero
    estar a altura desse que é o maior desafio profissional
    de minha carreira.
    Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil.”
    Adolfo Sachsida
    Novo Ministro de Minas e Energia
    ao qual a Petrobras está Vinculada.

    *[Escola de “Chicago Boys”, da qual Guedes é Discípulo]
    .
    .
    “Com Aval de Bolsonaro, Novo Ministro
    quer Privatizar Petrobras e Pré-Sal” [UOL]
    .
    .
    Foi mais rápido do que se imaginava.
    Pra ferrar o Brasil, eles são ligeiros.
    .
    .

    Zé Maria

    .
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    Como a Escola de Chicago transformou País Latino-Americano
    em Laboratório do Neoliberalismo

    O Golpe de Estado que depôs o Presidente Eleito Salvador Allende,
    em 1973, e iniciou o Governo Ditatorial do General Augusto Pinochet
    marcou um ponto de inflexão na Economia Chilena.

    Esse Golpe Militar que derrubou Allende foi seguido de ‘Ajustes’ Econômicos Gradativos, influenciados pela “Escola Chicago”.

    No lugar do Estado de Bem-Estar Social e Regulador,
    foi ganhando força um Projeto Macroeconômico
    de viés Desestatizante, liderado por um grupo de jovens
    economistas apelidados jocosamente de “Chicago Boys”.

    Nesta Guinada Neoliberal sob Pinochet, conviviam relativas
    Liberalidades Econômicas e Repressão Violenta a Direitos Civis.

    Privatizações, Abertura ao Mercado Externo, Reforma Trabalhista
    e Redução do Gasto [e do Investimento] Público e do Papel do
    Estado em áreas-chave, como Saúde e Educação.

    As sementes da implementação dos itens dessa Cartilha Desestatizante
    foram plantadas no Chile pelos Estados Unidos da América (EUA)
    duas décadas antes.

    Em 1955, professores da Escola de Chicago visitaram o país
    a fim de firmar convênios.

    Nos anos seguintes, passaram a influenciar a formulação de políticas
    econômicas por meio principalmente de alunos que foram bolsistas
    em Chicago, escola que atribuía a crise econômica ao excessivo
    intervencionismo estatal na atividade produtiva privada.

    O contexto geopolítico da Guerra Fria favoreceu a transformação
    do Chile em uma espécie de laboratório neoliberal por quase
    uma década, com influência até hoje na economia chilena,
    a exemplo da obsessão com equilíbrio fiscal e controle inflacionário.

    Mas quem eram esses jovens economistas chilenos
    e qual foi o impacto da política neoliberal inspirada
    em Milton Friedman, principal nome da Escola de
    Chicago?

    No pós-guerra, a escola econômica dominante era ligada ao britânico
    John Maynard Keynes (1883-1946).

    Em oposição à ortodoxia liberal que dominara o pensamento
    econômico europeu e o americano até o início dos anos 1930,
    os keynesianos representavam o principal paradigma heterodoxo.

    Em Chicago, um grupo de economistas afirmava que a origem
    dos desastres econômicos daquele século não estava em limites
    do capitalismo, mas na mão pesada do Estado.

    Milton Friedman e Frank Knight, professores de Chicago, se associaram
    ao economista austríaco Friedrich von Hayek [SIC], num grupo
    que acusava o Estado de bem-estar social de fortalecer o marxismo
    na União Soviética e em outros países.

    Para Friedman, o desemprego, obsessão da escola dominante keynesiana,
    era resultado das políticas assistenciais do Estado de bem-estar,
    que desestimulariam os ‘menos arrojados’ a procurarem trabalho.

    Parte importante dos economistas chilenos desse período foi influenciada
    pela Escola de Chicago, que havia levado sua agenda ao país em 1955.

    Naquele ano, uma missão de professores americanos visitou Santiago a fim de firmar convênio com Universidade Católica do Chile.

    A partir dali, haveria bolsas de estudos para alunos chilenos nos EUA,
    subsidiadas pelo governo americano, e estágios no Chile para professores
    de Chicago.

    Quando retornaram do período de estudos em Chicago,
    os jovens economistas chilenos formaram um grupo organizado
    e alguns deles se tornariam professores da Universidade Católica
    do Chile.

    A atuação se aproximou também da política, com um flerte com
    o candidato de direita à Presidência Jorge Alessandri, que nas eleições
    presidenciais de 1970 seria derrotado pelo Socialista Salvador Allende,
    desenvolvimentista que ampliou o papel do Estado.

    Esse Processo Desenvolvimentista é interrompido em 11 de setembro
    de 1973 com o Golpe de Estado, apoiado também pelos Neoliberais,
    que inicialmente se tornaram Assessores Técnicos dos Homens de Confiança dos Militares Colocados nos Postos-Chave no Governo Pinochet – Cargos que os Chicago Boys ocupariam mais à frente. [SIC]

    O avanço da influência dos Chicago Boys viveu um ápice em 1975, quando Milton Friedman visitou o Chile, fez conferências e se reuniu com o Ditador Augusto Pinochet.

    O economista de Chicago buscava também convencer o General
    a adotar, em vez de uma mudanças paulatinas, um “Tratamento
    de Choque” Neoliberal [SIC] para recuperar a economia.
    E o convenceu.

    Apesar de alguma evolução temporária nos indicadores econômicos
    durante a Ditadura Militar, a Distribuição de Renda praticamente
    não mudou – a Desigualdade Social se tornaria alvo das principais
    mudanças adotadas na redemocratização chilena, com aumento
    do gasto [investimento] público sem desequilíbrio fiscal.

    “Essas políticas neoliberais acabam resultando em concentração
    de renda.
    Apenas um Grupo movimenta a Economia, enquanto você precisa
    de estímulo às outras classes consumirem.
    Após a Ditadura Militar Chilena, os Governos Eleitos passam a criar
    uma série de Políticas Socioeconômicas para reduzir essa desigualdade
    social”, afirmou Guerrero Rojas, mestre em Ciência Política pela
    Universidade Federal do Paraná.

    Noah Smith, colunista da agência de notícias Bloomberg, resumiu
    o debate em um tuíte:
    “O crescimento anualizado do PIB Real Per Capita no Chile
    sob [a Ditadura do General] Pinochet (1973-1990) foi de 1,6%.
    O crescimento anualizado do PIB Real Per Capita no Chile
    nos 17 anos posteriores a Pinochet (1990-2007) chegou a 4,36%.
    Pinochet está bastante superdimensionado”[pelos Neoliberais].

    [ Fonte: BBC News Br | 23 Março 2019 ]

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