Pedro dos Anjos: Quando a assimetria militar é a arma dos covardes

Tempo de leitura: 2 min

GOLIAS E DAVI NAS DISPUTAS DA HISTÓRIA

Quando a assimetria militar é a arma dos covardes

Por Pedro dos Anjos

Exemplos pusilânimes de supremacia militar imposta a nações ou povos militarmente mais fracos não são novidade.

O século 20 elevou esta covardia militar a níveis sem precedentes.

Os nazifascistas europeus e os militaristas japoneses, à frente dos seus respectivos Estados, foram além na prática de esmagar países sem capacidade de combate eficaz.

A covardia do Japão com o povo de Xangai em 1937, o bombardeio da Etiópia sob as ordens de Mussolini e a agressão da Alemanha nazi contra a frágil capacidade militar da Polônia, Ucrânia e de outros pequenos países da Europa de Leste são acontecimentos bem conhecidos.

Além disso, especializaram-se nas formas mais hediondas de vingança, adotando o princípio de matar 10, 20 ou mais civis para cada soldado morto pela resistência local.

Por outro lado, com superioridade militar já consolidada em 1945, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha praticaram ou toleraram o assassinato incendiário ou atômico de centenas de milhares de civis japoneses (Tóquio, Hiroshima e Nagasaki) e alemães (Hamburgo e Dresden).

Durante a Guerra Fria que se seguiu, a antiga e poderosa União Soviética invadiu covardemente e subjugou a Alemanha Oriental, a Hungria e a Checoslováquia.

O Afeganistão foi outra vítima militar do imperialismo soviético.

Mais tarde, vimos a poderosa máquina militar americana tentando subjugar toda a Coreia e esmagar o pequeno Vietnã, sofrendo no final um revés humilhante por parte da resistência vietcongue.

Sob Reagan, procurou uma compensação patética porém trágica ao atropelar a pequena Granada em 1983.

Chegamos então ao Oriente Médio (OM) onde agora um Golias belicoso esmaga um povo sem recursos de defesa militar, os seus serviços públicos e sua infraestrutura, bem como as suas casas precárias.

Contudo, num jogo abusivo de espelhos, este Golias faz o papel de vítima, fingindo ser o pequeno Davi.

O verdadeiro Davi tem sido caçado e trucidado implacavelmente como se fosse ele o Golias.

Os números de vítimas e destruições produzidos no exercício belicoso, o acesso e a utilização desproporcional de armas de alta tecnologia, a prática vingativa de cem olhos por um olho, o apoio recebido dos principais meios de comunicação e dos fornecedores de Internet, tudo fala por si sobre quem é quem no OM.

Definitivamente, o Golias pós-moderno é o único país que possui armas de destruição em massa ali, aniquilando vidas, bombardeando instalações de saúde e impondo a fome generalizada.

Alguém já disse que os fatos são cabeçudos e não podem ser escondidos por narrativas.

No OE, neste século, todos sabem quem é Golias e quem é Davi.


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Zé Maria

Biden Admin once again bypasses Congress
to send more exploding projectiles to Israel.

“Biden has not shown he cares about political fallout”

“Administração Biden mais uma vez contorna o Congresso
para enviar mais projéteis explosivos a Israel.”

“Biden não demonstrou que se preocupa
com as consequências da política de Israel”

Apesar das sondagens mostrarem que os cidadãos mais jovens dos EUA
se opõem cada vez mais ao apoio contínuo de Biden à guerra de Israel
em Gaza, a administração pouco fez para indicar que está a tentar
reparar as consequências políticas.

“Certamente há uma pressão significativa sobre Biden por parte
de segmentos dos EUA, especialmente os mais jovens”, disse ele.
“Vimos em inúmeras pesquisas que o apoio à posição do governo Biden
sobre a guerra de Gaza diminui com cada faixa etária mais jovem.”

No entanto, acrescentou, “a equipa de Biden não parece importar-se muito.
Quer dizer, tenho a certeza que estão obviamente a prestar atenção
às atitudes dos eleitores mais jovens, mas isso não está a ter qualquer efeito
nas políticas da administração Biden”.

“Será que esses jovens americanos votarão em um candidato
de terceiro partido? Não irão votar? Ou apoiarão Biden,
quando ele enfrentar um republicano?”
“Não sabemos.
Mas certamente há um preço político que ele pode estar pagando.”

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, aprovou a potencial
venda de projéteis M107 de 155 mm e equipamentos relacionados
para Israel, de acordo com a venda.

O Pentágono disse que Blinken determinou que existe uma emergência
que exige a venda imediata para Israel, dispensando assim os requisitos
de revisão do Congresso.

A venda potencial aprovada das munições de artilharia explosivas
está avaliada em US$ 147,5 milhões.

A administração Biden já havia contornado o Congresso para aprovar
a venda a Israel de quase 14.000 cartuchos de munição de tanque
no valor de mais de US$ 106 milhões no início deste mês.

A medida surge no momento em que vários legisladores proeminentes
dos EUA apelam a que as vendas de armas a Israel sejam condicionadas
a medidas concretas para diminuir a violência e reduzir as vítimas civis
em Gaza.

https://www.lipstickalley.com/threads/biden-admin-once-again-bypasses-congress-to-send-more-exploding-projectiles-to-israel-analyst-biden-has-not-shown-he-cares-about-political-fallout.5481728/
https://www.aljazeera.com/news/liveblog/2023/12/29/israel-hamas-war-live-israel-kills-at-least-20-in-attack-on-rafah

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