Paulo Franchetti reprova artigo publicado na Folha em prol da lista da Fuvest: Falta consistência, argumentos levianos e arrogância

Tempo de leitura: 5 min
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O papel formativo da literatura

Crítica de artigo publicado na Folha defendendo a lista da Fuvest

Por  Paulo Franchetti, em A Terra é Redonda 

1.

Numa postagem na minha página do Facebook, registrei as primeiras impressões de leitura de um artigo  de autoria de Maria Arminda do Nascimento Arruda, Aluísio Cotrim Segurado e Gustavo Ferraz de Campos Monaco, publicado na p. 3 do jornal Folha de S. Paulo, em 17 de dezembro de 2023, intitulado “A Fuvest e a marginalidade das escritoras”. São, respectivamente, a vice-reitora da USP, o pró-reitor de Graduação e o diretor-executivo da Fuvest.

Impressionou-me a falta de consistência do texto, a leviandade dos argumentos e a arrogância com que três professores – nenhum deles notável por trabalhos de teoria ou crítica literária – tratavam uma questão complexa, que desencadeou um debate sério, convocando vários intelectuais de indisputada relevância no campo.

2.

O que escrevi, no tom condizente com o veículo, foi isto:

Acabo de ler, entre divertido e perplexo, um artigo assinado por três autoridades da USP.

O tópico é a lista de autoras de leitura obrigatória para o vestibular. Leio ali, por exemplo, que “tradicionalmente, o cânone literário tem valorizado autores já consagrados”.

É difícil imaginar o que os autores quiseram dizer. Tradição, cânone e consagração comparecem ali numa lapalissada ridícula.

Podemos fazer variações com esses termos. A tradição valoriza autores consagrados, a tradição é a consagração de autores, autores consagrados são a tradição; o cânone valoriza a tradição, o cânone é a tradição, o cânone é a consagração.

Podíamos pensar pelo lado contrário: o cânone tem valorizado autores não consagrados, o cânone tem valorizado obras não tradicionais, a tradição é constituída de autores não consagrados ou não canônicos.

Fico imaginando que conceitos de tradição, de cânone e de consagração foram mobilizados nessa afirmação. Mas confesso que não consigo… A leitura, porém, de outras passagens do artigo permitem entender. É que ali se encontra a empáfia em corpo inteiro.

É verdade que parece ter havido um tempo em que a Universidade de São Paulo tinha, a partir das suas cátedras, o poder ou a ilusão de criar ou orientar o cânone.

Mas creio que já vai longe o tempo em que se poderia dizer com propriedade que a marginalidade de autores/as no ensino médio decorre de eles/as “não fazerem parte do rol de exigências da Fuvest”.

Também se lê ali que o compromisso da Fuvest é “acompanhar o avanço do conhecimento e induzir a que o ensino médio possa absorver as pesquisas mais avançadas”.

Ora, além do que já destaquei, basta contrapor essa afirmação aos nomes que integram o abaixo-assinado a que esse texto responde  a que esse texto responde.

De fato, ali encontramos um rol de críticos e professores (a maior parte da própria USP) que sem dúvida desenvolve o que quer que se entenda por “pesquisas mais avançadas” na área dos estudos literários.

Por fim, é tão pueril dizer que a lista feminina surgiu como remédio ao fato de que os estudantes leem resumos e não as obras (pois se for assim é claro que vão ler agora resumos dos livros das autoras indicadas), quanto que a escolha não tem um caráter ostensivamente militante – o que só é verdadeiro se admitirmos que demagogia e populismo são opostos a militância ostensiva.

O que, pensando bem, combina com essa descoberta genial de que “tradicionalmente, o cânone literário tem valorizado autores já consagrados”.

O nível da argumentação das três autoridades uspianas não só corrobora o que já estava óbvio nas entrevistas do diretor-executivo da Fuvest, isto é, o despreparo e a falta de domínio do campo literário, mas também a autonomização da burocracia (as bancas são um dos segredos mais bem guardados!), em prejuízo do debate aberto e da valorização da competência científica nessa que foi, em tempos, um modelo da Universidade brasileira.

3.

Haveria, entretanto, mais a dizer sobre o raso artigo que a postagem comentava.

Um ponto que merece a atenção vem involuntariamente destacado no artigo.

De fato, lê-se ali que “compor a lista de leitura obrigatória da Fuvest confere prestígio a autores, às casas editoriais e é componente da construção do cânone literário”.

A continuidade é um típico non sequitur: “A própria reação à lista recentemente divulgada é exemplo eloquente nesse sentido.”

Quer dizer: as reações à lista constituem exemplo do poder da Fuvest conferir prestígio?

Só se for num sentido usual nas agências de propaganda, o de que qualquer menção, positiva ou negativa, divulga e promove o produto.

Porque é mesmo de produto que se trata quando se mencionam “casas editoriais”.

Porque quando se trata de obras “clássicas”, de domínio público, a indicação de uma delas não promove nenhuma casa editorial.

Isso só ocorre quando se indicam obras em plena vigência do direito autoral, ou seja, obras que são monopólio de editoras que firmaram contratos de exclusividade com autores ou seus herdeiros. Acredito que não seria injusto nem inadequado substituir “prestígio” por “lucro”, nesse caso.

Essa questão não é sequer abordada pelas autoridades da USP, embevecidas com o próprio e suposto poder de canonização e convenientemente esquecidas de que as casas editoriais cujos autores são escolhidos como leitura obrigatória de milhares de estudantes agradecem, porque ganham muito mais do que prestígio. Assim também os autores vivos ou seus herdeiros.

Todo o artigo é fundado na arrogante ostentação do (suposto, repito) poder cultural da USP, esquecendo que a tal comissão secreta que elege autores e casas editoriais é contestada, ao menos nessa escolha da lista feminista, por vários dos mais notáveis professores de literatura da própria universidade.

Outro ponto importante a discutir, tendo em mente uma lista tão questionada não só pelo que exclui, mas ainda por incluir uma obra que não é ficcional, mas de antiga militância feminista, é a própria necessidade ou exigência de listas de livros obrigatórios.

O texto de novo aborda o problema, sem aparentemente dar conta dele, quando diz que “nestes últimos anos, constata-se que as novas gerações não são afeitas à leitura integral das obras, preferindo a informação advinda de resumos que acabam por empobrecer a formação dos estudantes, eliminando o espaço de reflexão e imaginação que o acesso direto às obras proporciona”.

Ora, creio que a prática dos resumos é função direta da existência de listas.

E que um ponto que importa muito à discussão dos efeitos sobre o ensino médio sequer é destacado: por que haver listas de obras?

O vestibular é um concurso público. Sendo um concurso, dispõe de um programa.

Não parece muito mais razoável elencar no programa os problemas e os tópicos que estimulam a leitura, a imaginação e a reflexão?

Do meu ponto de vista, a lista de livros obrigatórios é uma simplificação que em nada ajuda a difundir o gosto da leitura ou a reflexão sobre a literatura e a cultura.

A quem ela serve, então?

Serve a uma e mesma ilusão, que deixa rastro por todo o artigo e é o seu único lastro: a de que a USP (ou a Unicamp, que também divulga listas) consegue por esse meio influir positivamente no ensino médio.

Mas o próprio documento desmente a esperança, na medida em que reconhece que os resumos (e a indústria dos cursinhos, eu diria) suprem as necessidades do vestibular.

Nesse sentido, não é preciso muito esforço intelectual para concluir que a indicação de livros em vez de problemas literários e culturais funciona no sentido inverso ao pretendido pelos autores.

Restaria dizer, talvez, que o diretor-executivo da Fuvest apresenta, do estudo e do ensino da literatura, uma visão tão banal quanto o artigo que subscreve com os outros: numa entrevista quando da divulgação da lista, argumentava que, com essas autoras e esses livros, se poderia continuar ensinando as escolas literárias.

Pelo que vimos, talvez seja esse mesmo o nível da secretíssima comissão que elaborou a momentosa lista, uma vez que nenhum membro dela assessorou minimamente as três autoridades, para evitar que assim se expusessem ao ridículo.

Na verdade, não creio que valha a pena continuar a analisar e comentar esse fraco artigo escrito a seis mãos (quatro masculinas e duas femininas, por sinal).

O que já veio à luz parece ser suficiente para demonstrar cabalmente o quanto está barateada, no âmbito da Fuvest (e, felizmente, como mostra a Carta aberta postada no site A Terra é Redonda, não nos departamentos competentes da USP) a discussão sobre o papel formativo ou informativo da literatura na escola.

*Paulo Franchetti é professor titular do departamento de Teoria Literária da Unicamp. Autor, entre outros livros, de Sobre o ensino de literatura (editora Unesp).

Leia também

Em carta aberta, professores e críticos questionam lista de livros da Fuvest para vestibular da USP


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Comentários

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Zé Maria

A votação do requerimento de urgência na votção do PL 5230
impôs uma derrota vexaminosa ao governo Lula: 351 a 102.

A vergonha foi magnificada por um fato insólito:
na orientação de voto, o PT liberou a bancada
para votar a favor do requerimento do partido Novo [SIC].
Depois orientou voto contrário, mas ainda assim parlamentares
do partido – incluindo o líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT/CE) – votaram contra o governo.

O corpo mole em relação ao PL do Ensino Médio não se deve apenas
à adesão de membros do Executivo às pautas regressivas das
fundações e institutos empresariais [“o centrão da educação”],
mas a uma estratégia de ação combinada com a base parlamentar.

… a votação da urgência e as notícias dos bastidores revelaram que
o acordão em torno do NEM envolve um grupo de deputados petistas
que não necessariamente apoiam as agendas das fundações empresariais,
mas votam com o centrão para não desgastar a relação.

Por puro pragmatismo, apoiam a reforma de Temer e confundem-se
com fisiocratas como Mendonça Filho, mas juram que é o governo Lula
que está pautando o centrão.

Alguns deputados chegaram ao cúmulo de simular mobilização com as
suas bases enquanto costuravam acordos com o centrão a portas fechadas.

Que justificativas esses parlamentares criam para convencer a si mesmos
de que esse comportamento é aceitável?
Renunciar à agenda agora e ficar no poder para fazer o que é certo amanhã?
Como isso nunca acontece, já que amanhã sempre haverá outra pauta
de direitos a vender, resta apenas a perpetuação no poder.

A justificativa pragmática não passa de autoengano e hipocrisia.

Não é à toa que Mendoncinha acusa o movimento #RevogaNEM
de revanchismo político.

São eles, o centrão e as fundações empresariais, que foram derrotados
no debate público e agora usam seus tratores para aprovar um texto
sem respaldo da sociedade em regime de urgência.

O governo, que até agora não entrou em campo, tem a possibilidade
de reverter parte dos retrocessos no Senado Federal, mas já vimos
esse filme em 2016 e sabemos como termina.

Se o “novo” Ensino Médio aprovado no Congresso Nacional for igual
ou pior do que o atual NEM, ele será descredibilizado pela população
ainda antes das eleições de 2026.

O custo político do desmonte recairá sobre um único indivíduo:
aquele que ocupa a cadeira mais nobre do Palácio do Planalto.

O centrão [político partidário]e o “centrão da educação” aguardarão
placidamente o deslinde do processo eleitoral para seguir parasitando
o futuro governo. Com Lula ou sem Lula.

Trecho do Artigo do Professor Fernando Cássio,
da Faculdade de Educação da USP.
Na CartaCapital.

[Link no Comentário Abaixo (19/12/2023 – 12h29)].

Zé Maria

As últimas duas semanas foram frustrantes para qualquer pessoa
que tenha compreendido os efeitos perversos do chamado
‘Novo’ Ensino Médio (NEM) sobre a educação pública no Brasil.

Pressionado por estudantes, educadores e pesquisadores que exigiam
a revogação da reforma, o Ministério da Educação não teve saída:

Precisou abrir consulta pública, mediar antagonismos e elaborar um
projeto de lei que melhora alguns pontos da atual reforma e mantém
(ou piora) outros tantos.

O conteúdo da minuta foi anunciado pelo governo no final de setembro,
mas a apresentação do PL n. 5.230/2023 à Câmara dos Deputados
só se deu um mês depois, acompanhada de um pedido de urgência
constitucional para a tramitação.

Uma vez que o ano letivo de 2023 já estava no fim (e, assim, qualquer nova
política de Ensino Médio só teria consequência prática a partir de 2025),
muitos se perguntaram sobre o motivo da pressa.

Teriam os membros do governo avaliado que a política do Ensino Médio
proposta pelo MEC estaria imune a revezes caso tramitasse a jato
no Congresso?

Não foi o que se viu.

Considerando que tanto o governo Lula quanto a bancada petista são
formados por políticos experimentados, a sucessão de barbeiragens
no trato do PL do Ensino Médio [novo?] nas últimas semanas exige
uma explicação melhor do que aquela regurgitada pelo governismo
infantiloide das redes sociais: ‘são as vicissitudes da governabilidade’.

No caso da educação, que é pauta absolutamente secundária
para os governos, é preciso olhar com mais calma para as relações
dos parlamentares com o centrão e com as fundações e institutos
empresariais.

O pedido de urgência feito pelo governo federal foi acatado por Arthur Lira,
que indicou Mendonça Filho (União/PE) para a relatoria do PL que modifica
justamente a reforma do Ensino Médio que o próprio Deputado da Direita
Pernambucana – quando ministro da educação de Michel Temer – ajudou
a colocar de pé.

O governo sabia desde setembro que Mendonça estava ávido pela relatoria
e pela oportunidade, como o próprio deputado declarou mais tarde,
de ‘aprimorar o legado de Temer’ [SIC] por meio do PL do Ensino Médio.

Não se sabe se o Planalto ou o MEC tentaram impedir a indicação,
embora seja de conhecimento público o empenho dos ministérios
palacianos na liberação de 10 bilhões de reais em emendas
parlamentares para garantir votações em projetos de interesse
do Ministério da Fazenda somente na última semana.

A educação, repito, sempre foi pauta secundária.

Mendoncinha – como é conhecido no parlamento – é um típico deputado
medíocre do centrão.
Agraciado por Temer com o MEC, aproveitou os holofotes para se notabilizar
como pai da Reforma do Ensino Médio.

Para isso contou com os préstimos de uma dúzia de fundações e institutos
educacionais vinculados às maiores fortunas do país, cujo projeto elitista
depende de políticos arrivistas para frutificar.

Essa relação simbiótica garante a sobrevida do político sem estofo
à custa do acesso aos espaços de tomada de decisão que ele franqueia
às organizações privadas.

Se a pauta educacional é acidental na vida de Mendoncinha, ela certamente
não o é para as fundações empresariais.

Essas fundações compreendem muito bem o efeito-cascata de uma reforma
educacional estrutural como a do Ensino Médio sobre as políticas de ensino
técnico, de avaliação em larga escala, de formação docente e etc.

Influenciar na pauta educacional nesse nível é influenciar de forma profunda
e duradoura na organização do mundo do trabalho e na estrutura social
do país.

O caráter das propostas do empresariado para a educação pública
– menos acesso ao conhecimento científico e mais ensino profissionalizante
ralé para estudantes pobres – reveste-se de uma retórica de modernização
educacional que transforma estrume em ouro.

Nessa lógica, o ‘novo’ Ensino Médio (com as tais aulas de ‘brigadeiro gourmet’ e ‘o que rola por aí?’) seria necessariamente melhor e mais
interessante do que o ‘velho’ (com aulas das disciplinas ‘tradicionais’).

Com o debate simplificado pela dicotomia novo/velho, as perguntas
que realmente importam são deixadas de lado:
‘Melhor’ para quem?
‘Mais interessante’ para quem?

As fundações e institutos empresariais são o “centrão da educação”.

Essas organizações, que colaboraram com o Golpe [de 2016] contra Dilma,
estiveram de mãos dadas com Jair Bolsonaro em 2019, e só romperam
relações ao perceberem que não conseguiriam impor as suas agendas
a um governo ainda mais autoritário do que elas.

Escorraçados por Abraham Weintraub, se juntaram a parlamentares
e secretários de educação [principalmente Municipais das Grandes
Cidades e Estaduais] para empunhar a mesma bandeira de Bolsonaro
– ‘menos Brasília, mais Brasil’ – que atirou o MEC à irrelevância política.

Implementaram o NEM sem o ministério, e são diretamente responsáveis
pela calamidade vivida pelas juventudes nas escolas públicas do país.

Por Fernando Cássio, Professor da Faculdade de Educação da USP.
Integra a Rede Escola Pública e Universidade (REPU) e o Comitê
Diretivo da “Campanha Nacional pelo Direito à Educação”.

Leia mais em:
https://www.cartacapital.com.br/opiniao/governo-terceiriza-a-politica-do-ensino-medio-para-fundacoes-o-centrao-da-educacao

.

Dra Alba Ferreira

Creio que a resposta da USP foi adequada. Curta, rasa, não dando muita ‘trela’ à continuidade dessa discussão retrógrada. Daí vem este distinto professor, botar lenha na fogueira. Pois bem, adoro gasolina: listas existem, sempre existiram na Fuvest, porque esta incomodou tanto? A resposta é simples: ela inova por ser uma lista de autoras, mulheres, em meio a uma contemporaneidade que ainda se agarra ao velho padrão sexista, patriarcal e antifeminista . As mulheres incomodam. Ponto. Mas não é ponto final: o cânone é masculino, branco. Ele ME incomoda enquanto mulher acadêmica. Sempre me incomodou. Qualquer cânone , mas a hipocrisia sobre ele mais ainda. Um professor da Unicamp dizer que não sabe a que se refere cânone nesta situação, indagar bobamente se a lista gera cânone, vir com um contraditório discurso sobre o papel social da Literatura que deveria ser ” formativo” e ” informativo” ao mesmo tempo que critica o que chama de ” lista feminista”, e não de “lista de autoria de mulheres”.( não é uma lista feminista, caro professor, e nem ” feminina” pois este conceito é bem relativo), assim como critica o fato de haver uma obra que não é ficção, mas ser de militancia ( novamente)” feminista”, porém, caríssimo professor, até a Literatura Informativa de ” descobrimento” do Brasil como a chatíssima Carta de Pero Vaz de Caminha é cobrada em Vestibulares, há tempos, mas cobrar autoras mulheres é tão ofensivo assim ao ponto de o senhor, crítico literário, que tem para si o que é ou não relevante em Literatura , desconsiderar totalmente a importancia destas autoras,para além do ego em relação a quem criou a lista, enquanto autoras publicadas de obras que podem formar e informar jovens leitores ? Ah, pra finalizar, alunos que irão se deparar com esta lista talvez tenham alguma dificuldade de encontrar resumos prontos sobre as obras/autoras ( ou o sr acha que qualquer uma produção da lista é tão resumida, usualmente, quanto um Olavo Bilac, um José de Alencar, um Machado de Assis? Aconselho a dar uma googlada. Se achar resumos prontos, a torto e a direita, sobre as autoras, trabalhe isto junto a seus alunos de Educação Básica, mas duvido que conheça tal realidade discente. Mas talvez aí o sr relembre o que é cânone . Já quanto ao feminismo, ele não lhe cabe. Não é seu lugar de fala. Mas cabe saber minimamente distinguir autoria de mulher de obras feministas. E nem isso rola… Enfim, já me posicionei como acadêmica de Letras, doutora em Literatura Comparada pela Uff, contra a quarta que repudia a lista. Carta inclusive assinada pelos mais notáveis, segundo o sr, inclusive, destaco aqui: várias mulheres, infelizmente.
PS. A propósito, o sr ainda usa Facebook???

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