Neiva Ribeiro: Pela primeira vez, agências bancárias terão horário alterado na Copa Mundial Feminina

Tempo de leitura: 2 min
Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de SP e jogadoras brasileiras no jogo de estreia na Copa Mundial Feminina em 24 de julho. Fotos: Spbancários e Thaís Magalhães/CBF

Pela primeira vez, agências bancárias terão horário alterado na Copa Mundial Feminina

Por Neiva Ribeiro*

Parece simples, mas mudar a estrutura do pensamento patriarcal exige séculos de luta. Recentemente, conquistamos o direito de assistir aos jogos do Brasil da Copa do Mundo feminina de futebol, após mudanças nos horários das agências bancárias.

O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de São Paulo, Osasco e Região solicitou aos bancos, financeiras e cooperativas da sua base territorial a redução das jornadas dos trabalhadores nos dias de jogos do Brasil.

As agências bancárias terão horário alterado nos jogos do Brasil na Copa do Mundo Feminina de Futebol, como acontece no mundial masculino.

Nos dias de jogos da seleção brasileira que iniciarem às 8h, no horário de Brasília, os bancos abrirão uma hora mais tarde. Ainda, segundo a Fenaban, “cada banco adotará política própria para os colaboradores que não trabalham em agências”.

Importante destacar que essa conquista seguiu uma decisão do governo federal que estabeleceu o ponto facultativo para os jogos da Seleção feminina na Copa.

A prática do futebol feminino é cercada de preconceitos.

Há bem pouco tempo, em 14 de Abril de 1941, durante a presidência de Getúlio Vargas, foi-se criado o Decreto-Lei 3199, proibindo a “prática de esportes incompatíveis com a natureza feminina”, entre eles o futebol. Este decreto-lei só seria revogado em 1979.

O campeonato nacional de futebol feminino foi interrompido diversas vezes, por falta de patrocínio, interesse e apoio por parte dos clubes, confederações e empresas.

Esta será apenas a nona edição do Mundial Feminino.

Portanto, essa é uma luta de todas as mulheres e toda a sociedade, por respeito, igualdade e oportunidade.

*Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Leia também:

Michel Aires: Barbie, a imagem estereotipada da mulher moderna capturada pela lógica masculina

Marilia Amorim: A ‘gel política’ e ‘as armas do crânio’


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Edson Araujo

Pena q o time seja muito ruim, parece pelada de meninada de 8 anos, infelizmente é a realidade do futebol feminino brasileiro, sem a Marta o time é ridículo.

Zé Maria

Excerto

“Importante destacar que essa conquista
seguiu uma decisão do governo federal
que estabeleceu o ponto facultativo para
os jogos da Seleção Feminina na Copa.”

.

Ibsen

Vamos ver scomo se dará essa conquista por direitos. Como evitar incorrer no erro do futebol masculino transformado em mercadoria.; completamente mercantilizado ec posto a serviço da estrutura do capital. Conquista ou perda do sentido originário?

Essa fala é a de quem parava para torcer pelo Corinthians e pela seleção brasileira edeixou de assistir qualquer jogo de futebol há duas décadas.

Willian

Não vão dizer então eu digo: ninguém vai assistir, nem você.

Deixe seu comentário

Leia também